O Corinthians viajou à Buenos Aires para enfrentar o San Lorenzo, pela Copa Libertadores. Na noite desta quarta-feira, as equipes se enfrentaram no estádio El Nuevo Gasométro, em uma situação atípica. De portões fechados, o San Lorenzo não pode receber a sua torcida, punida pela Conmebol após o uso de sinalizadores durante a partida final da Recopa, em 2014.
Sem pode contar com Sheik e Fábio Santos, lesionados, e Guerrerosuspenso, Tite precisou montar a equipe fazendo mudanças no time que considera titular e novamente improvisando Danilo como um homem do ataque. A equipe do Timão entrou em campo com Cássio,Gil, Edu Dracena, Uendel, Fagner, Ralf, Elias, Renato Augusto, Jadson, Danilo e Mendoza.
No banco, Tite ainda perdeu Felipe – que foi cortado de última hora por dores de ouvido. O treinador pode contar somente com sete jogadores na reserva: Walter, Edílson, Yago, Cristian, Luciano, Petrose Vagner.
Primeiro tempo sem graça
A primeira etapa do jogo sem torcida foi no mínimo esquisita: sem a vibração da torcida, as duas equipes demoraram a entrar no ritmo da partida, que tinha jeito de treino. Com a formação mista e o cenário fora do comum, o Timão não foi o mesmo dos jogos anteriores na competição.
O time do San Lorenzo se encontrou mais fácil, e nos minutos iniciais pressionou e levou perigo ao gol de Cássio. Além da estranheza e da falta de entrosamento, o Corinthians teve outro inimigo na primeira etapa: a arbitragem. Como é comum nos torneios da Conmebol, a omissão é instrução dada ao juiz e assistentes na partida – e o San Lorenzo aproveitou para bater muito.
Aos 15 minutos, uma falta violenta em Renato Augusto – uma tesoura, que não valeu nem um cartão amarelo ao jogador do time argentino – virou preocupação para Tite. O meia, que sempre sofreu com problemas físicos, não se lesionava há quase um ano, quando começou trabalho preventivo adicional.
Por uma infeliz coincidência, o nome do árbitro – Carlos Veras – fez torcedores e equipe se lembrarem de um outro árbitro homônimo do futebol sulamericano. O nome de Carlos Amarilla, o juiz que prejudicou descaradamente o Corinthians em partida contra o Boca Jr, pela mesma competição, causa calafrios nos corinthianos.
Segundo tempo de sorte e talento
O segundo tempo começou com Renato Augusto substituído – com dores – para a entrada de Cristian. O jogo finalmente ganhou ritmo, mas ficou lá e cá e o Corinthians contou com a sorte para não sofrer gol do San Lorenzo.
O time argentino conseguiu chegadas perigosas, e aos 10 minutos protagonizou um lance quase inacreditável – em lance dentro da área do Corinthians, a bola bateu na trave salvadora.
Pouco tempo depois do lance, outra dor de cabeça para Tite: Mendoza sentiu e o treinador precisou chamar Petros para substituir o jogador. Embora o Corinthians tivesse melhorado em campo, o jogo parecia longe de se resolver.
Até que aos 20 minutos, Elias surgiu como elemento surpresa, em velocidade, invadiu a área e marcou o gol do Corinthians com muita habilidade. O jogador marcou seu quarto gol na competição e ganhou o status de artilheiro do Timão na competição.
Sem opções no banco, Tite ainda fez uma última alteração, que causou estranheza: Edilson entrou no lugar de Jadson, e a equipe ficou com 3 laterais em campo. Apesar de algumas chegadas perigosas do San Lorenzo, a sorte esteve a favor do Timão que conseguiu o resultado positivo.
Com o resultado, o Timão assumiu a ponta do Grupo B. O próximo jogo do Timão será contra o São Paulo, que apesar de rival também no grupo da Libertadores, encontrará o Corinthians pelo paulista no domingo.
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Não entendi o Tite não pôr um atacante para prender a bola mais no ataque e evitar aquela pressão maluca, mas enfim, ele é treinador campeão do mundo, e eu um pobre corneteiro…rs. Abraço a todos.