Na noite desta quarta-feira, o Corinthians recebeu o Danubio, do Uruguai, em plena Arena Corinthians . Em jogo de casa cheia e espetáculo da Fiel, o Timão entrou em campo para defender sua campanha (imbatível em casa e na temporada).
Após a maratona de jogos pelo Paulista e fim dos amistosos da seleção, o treinador Tite finalmente teve seu time (quase) titular, com Cássio; Fagner, Felipe, Gil, Uendel; Ralf; Elias, Jadson, Renato Augusto e Emerson Sheik; Guerrero. Dos principais jogadores, somente Fábio Santos, que se recupera de lesão, não estava à disposição do treinador.
Primeiro tempo de golaço
Embalado pela torcida que fez muita festa na Arena, o Corinthians começou o primeiro tempo com um bom ritmo. Já o Danubio, apesar de ser a equipe que demonstrou mais fraqueza no chamado “grupo da morte”, não esteve entregue na partida.
O time uruguaio tinha pouco a perder e jogou solto, dando trabalho à equipe corinthiana. Além do ataque “atrevido” do Danubio, o goleiro adversário impressionou e impediu muitas vezes que o Corinthians marcasse seu tento.
Aos 24 minutos, porém, um episódio lamentável em campo: o jogador González, do Danubio, chamou Elias de “macaco”. O jogador corinthiano, transtornado, reagiu “Quem é macaco?” – mas o treinador Tite pediu ao atleta que mantivesse o foco. O lance foi reportado ao juiz, mas o uruguaio não foi punido.
No momento da confusão, auxiliares técnicos do Danubio ainda agrediram os maqueiros da Arena Corinthians, durante o atendimento de um dos atletas da equipe de Montevidéu. Porém, como aconteceu no Uruguai, as provocações só fizeram bem ao Timão.
A equipe comandada por Tite devolveu em campo as ofensas: aos 27 minutos, dos pés de Jadson, saiu o primeiro gol para o Corinthians. O segundo gol saiu depois de um cruzamento do próprio Elias paraPaolo Guerrero, aos 32 minutos.
Segundo tempo do “mas já?”
A segunda etapa da partida começou com o Corinthians jogando como nunca. O time chegou voando em campo e marcou o terceiro gol logo no primeiro minuto da partida. Sheik cruzou a bola na área para Guerrero, que bateu de primeira para aumentar o placar.
Aos 6 minutos de jogo, gritos de olé já começaram a ser ouvidos na Arena Corinthians, e o Timão continuou pressionando. Os jogadores uruguaios aumentaram a catimba e a violência e a partida ficou muito faltosa. Aos 23 minutos, porém, Guerrero marcou seu terceiro gol e fez seu primeiro hat-trick no Corinthians.
Com 29 minutos, Tite precisou fazer a primeira substituição: Felipe saiu sentindo o ombro, e deixou o gramado de maca – muito aplaudido pela Fiel. Dracena entrou em seu lugar. A segunda mudança do treinador foi aos 35, sacando Elias para entrada de Petros. Aos 36, Sheik sofreu a falta dentro da área, mas o juiz optou por não marcar o pênalti.
O Danubio continuou muito faltoso, e De Los Santos entrou com um carrinho violento em Emerson. O juiz deu o segundo amarelo e o jogador terminou sendo expulso. Na sequência, Sheik foi alvo novamente, e dessa vez até Tite, normalmente tranquilo, se indignou com a deslealdade do adversário.
O jogador foi o último a ser substituído. Ovacionado pela Fiel, Sheik deu lugar à Vagner Love, que entrou em campo aos 42 minutos do segundo tempo. Mesmo com a violência, porém, os minutos finais da partida, foram de puro olé na Arena Corinthians. O estádio ficou a 16 torcedores de igualar seu próprio recorde, com o público pagante de 38.471 pessoas e renda maior que R$ 3.2 milhões.
O próximo jogo do Corinthians será contra o Santos, no domingo. O clássico acontece no domingo de páscoa na Arena Corinthians, pelo Paulista.
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Boa vitória. Precisamos manter essa regularidade quando chegar a fase de mata-mata.
“Hat-trick”? Que diabo é isso?
É um termo comum usado na Europa (e ultimamente importado pelo Brasil) quando um jogador faz 3 gols no mesmo jogo.
Sim. Acho meio boba esta utilização de anglicismos no futebol. A começar pelo nome “futebol”! Bom, aí já é demais, né? (rs)
Durante o Mundial houve uma outra prática que achei curiosa: o goleiro dos USA teria feito – e que feito! – sei lá quantas defesas contra a Alemanha. Não é costume nosso contar as defesas de um goleiro durante uma partida, mas de elogiar quando elas são difíceis. “Goleiro bom, é goleiro bom pra ca…”. Agora vamos nos acostumar com o “hat-trick”! Mas e se no domingo o Guerrero fizer 4 contra o timinho da Vila como deveremos chamar o feito?
Para quem ainda não viu, Toquinho tocando o hino do Timão durante leitura de texto de Washington Oliverro: o mais belo gol de Rivellino.
https://www.youtube.com/watch?v=nYzrtK782Es