Pelo confronto de volta da Libertadores, o Timão recebeu o Guaraní em plena Arena Corinthians. Vinda de uma vitória na estreia do Brasileirão, a equipe contou com a presença massiva da Fiel em Itaquera.
Com a desvantagem no placar, a equipe de Tite precisava fazer dois ou mais gols para reverter a derrota sofrida em Assunção e garantir a classificação para as quartas de final da Libertadores. Por isso, o treinador montou uma equipe fortemente ofensiva e colocou o Corinthians para frente.
A surpresa na equipe esteve no banco: o paraguaio Ángel Romero – que nem vinha sendo relacionado pelo treinador – entrou em campo no domingo, contra o Cruzeiro, e acabou marcando o gol da vitória. Já especulado fora da equipe, o atacante ganhou a vaga de Vagner Love que não esteve entre as opções de Tite para a partida.
Com isso, a equipe do Corinthians era composta por Cássio, Fágner, Gil, Felipe, Fábio Santos; no meio Ralf, Elias, Jadson e Renato Augusto; no ataque a dupla Malcom e Guerrero. No banco, limitado pela Conmebol em número de reservas, Tite ainda podia contar com o goleiro Walter, o lateral Edilson, o zagueiro Edu Dracena, o volante Bruno Henrique e o meia Danilo, além dos atacantes Mendoza e Romero.
Primeiro tempo
O primeiro tempo começou com o Corinthians muito mais intenso, apesar de encarar um Guaraní ultra fechado no campo de defesa. Em apenas 5 minutos de jogo, a equipe de Tite já havia criado muito mais oportunidades do que semana passada, no Defensores del Chaco.
O time paraguaio, porém, recuou sem hesitar e dificultou muito a vida do Corinthians, que teve dificuldade no último passe contra a presença constante de 4 a 5 jogadores dentro da área adversária. Jubero montou um sistema defensivo impecável, que o Timão precisaria infiltrar.
A Fiel também cumpria o seu papel e não parou de empurrar o time em nenhum momento do jogo. Pressionando, o Corinthians atuou tão adiantado que até mesmo Gil se posicionava pouco depois da linha de meio campo. Perto dos 20 minutos, porém, o ritmo do jogo arrefeceu um pouco, e o Timão começou a perder o ritmo.
Dentro de campo, porém, a equipe se reencontrou e após os 35 minutos ofereceu mais dez minutos de pressão intensa ao time do Guaraní. Na melhor das oportunidades, Guerrero saiu cara a cara contra Aguillar e chutou à queima roupa: o defensor, porém, espalmou como deu e protegeu o gol.
Apesar da pressão e do ritmo alucinante do jogo, a primeira etapa terminou sem gols. Os primeiros 45 minutos acabaram com 70% de posse de bola para o Timão, com 15 finalizações (contra apenas 2 do Guaraní), sendo 9 delas em direção ao gol de Aguillar.
Segundo tempo
Sem ter encontrado o resultado no primeiro tempo, Tite partiu para o tudo ou nada. Sacou Malcom para a entrada de Stiven Mendoza, e surpreendeu com a saída de Felipe para colocar Danilo em campo.
Com a mudança, Ralf foi deslocado para a defesa, cumprindo o papel de zagueiro. A alteração surpreendeu uma que Tite jamais havia treinado essa formação ultra ofensiva. O sistema, expôs mais a defesa corinthiana e deixou a posse de bola mais equilibrada. Apesar disso, nos primeiros minutos da partida as chegadas corinthianas foram perigosas.
Até que aos 7 minutos, como já vinha acontecendo, o Corinthians foi sumariamente prejudicado por uma arbitragem desequilibrada. O juiz Enrique Osses – que tem histórico antigo de apitos polêmicos contra o Timão – sacou direto cartão vermelho para Fábio Santos. A jogada, fora do lance, teve punição desproporcional e desmontou o sistema tático corinthiano.
Até então conhecido pelo fair play incentivado por Tite, com o lance de Fábio, o Corinthians chegou ao quinto vermelho na competição em apenas 10 jogos. Somados aos incontáveis erros e falta de critério de um trio incompetente, o Timão não teve condições de buscar o placar. E piorou.
Aos 25 minutos, Jadson tomou o segundo amarelo. Em uma jogada que começou um lateral invertido de um bandeira mal intencionado, o meia corinthiano deu ao juíz a razão que ele buscava para mais uma punição. Foi expulso e deixou o Corinthians com dois a menos e a impossível tarefa de fazer dois gols. Além dos vermelhos, o saldo foi de mais seis cartões amarelos – dois para Jadson e um para Guerrero, Fagner, Gil e Elias.
Com nove em campo, Tite ainda fez uma última mudança, colocando Bruno Henrique no lugar de um exausto Elias. Antes do apito final, o sofrimento que não parecia poder piorar, foi ainda mais longe: por um erro na linha de impedimento, a equipe levou gol aos 45 minutos e perdeu a invencibilidade em casa pouco antes de completar 1 ano sem derrota na Arena.
A lamentável atuação do trio, porém, não isenta o Corinthians que perdeu para sua excessiva confiança uma partida que poderia ter sido tranquila em Assunção. Após a eliminação dramática, caberá à equipe se recompor e retomar o foco total para o Campeonato Brasileiro.
No que depender da Fiel, porém, o Corinthians não estará sozinho. Mesmo aos prantos, os torcedores cantaram e aclamaram os jogadores e aplaudiram a equipe quando a partida acabou. O próximo jogo do Corinthians será no sábado, às 21h. A equipe se reencontra com a torcida na Arena, onde receberá a Chapecoense pela segunda rodada da competição.
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A coluna do Juca de hoje na Folha explica tudo. Basta republicá-la. A única coisa que não explica (mas nem precisa explicar) são algumas contratações de jogadores com salários milionários em tempos de crise. Será que rola comissão por aí?
Tragédia anunciada…
Termos ganho uma lobertadores de maneira invicta é um ponto fora da curva, somos provincianos, somos bons para ganhar paulistinha, e só. Vamos acordar desse sonho de que podemos mais, não podemos.
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Marcos, é triste, mas não acho que é para tanto. Nossos problemas, hoje, são mais fora de campo do que dentro…
Curica e isso, time pequeno!