O fim do Chapão

Um grave problema no Estatuto do Corinthians é a eleição dos membros do Conselho Deliberativo pelo sistema de “chapão”.

Todos os grupos políticos do clube dizem -pelo menos da boca para fora- que querem mudar este tipo de eleição.

A distorção neste sistema é clara.

Basta ver o que ocorreu na última eleição: a chapa que obteve a maioria dos votos ficou com todos os cargos no Conselho. A situação teve 57% dos votos e a oposição 43% . Foram eleitos somente conselheiros da situação.

Seria o mesmo que numa eleição para deputado, o partido que juntasse o maior número de votos ficasse com todas as vagas da câmara.

Todos dizem que a hora é esta para mudar.

Existem várias propostas para alteração. A mais comum estabelece o voto proporcional. Isto é, a chapa que obtivesse 40% dos votos teria 40% do Conselho, e assim por diante.

Nesta votação proporcional, cada chapa apresentaria -no mínimo- candidatos em número de um quarto (50 nomes) e metade dos suplentes.

Cada chapa teria que obter um mínimo (de 3 ou 5 %) dos votos e seriam eleitos os candidatos mais votados em cada grupo. Se fosse necessário, para complementar, seria adotado a ordem de inscrição na chapa.

Com um sistema como esse, vários grupos poderiam organizar suas chapas e o resultado seria um Conselho plural com todas as forças devidamente representadas.

Mas há outras sugestões. Alguns defendem o voto individual -sem chapa- com a simples eleição dos mais votados, enquanto outros  querem a votação sem mínimo de exigência para a Chapa entrar na distribuição.

O importante, neste momento, é que todos manifestem sua opinião sobre o novo modelo.

De minha parte, defendo o primeiro modelo mencionado: Votação em chapa, com no mínimo um quarto do número em disputa, barreira de 5% para entrar na distribuição e os eleitos seriam os mais votados de cada chapa e -ocorrendo necessidade para completar- a ordem de inscrição na chapa.

É hora de discutir as propostas.

Compartilhe este post!

•