Cinco temas para a reforma do Estatuto do Corinthians
Neste período de discussão sobre a reforma no Estatuto do Timão muitas idéias são discutidas. Propostas boas e ruins surgem. Algumas, se adotadas, poderão abrir um futuro promissor ao clube. Outras poderão constituir-se em retrocesso.
Muitos grupos -alguns com boas intenções- têm procurado discutir questões relevantes para o Corinthians.
Sintetizo a seguir algumas propostas que vêm sendo levantadas.
1- Fim do Chapão e adoção do sistema proporcional
A proposta, que encerra as eleições majoritárias para o Conselho Deliberativo, seria com chapas apresentadas -no mínimo- com um quarto das vagas em disputas (50 nomes) e metade dos suplentes. Cada chapa que obtiver uma votação mínima (3 a 5%) dos votos teria o número de vagas proporcional aos votos recebidos. Seriam eleitos os mais votados na chapa e se necessário para completar a ordem de inscrição.
Esta seria uma boa solução para a Democracia interna no clube. O sistema de voto em candidato único, sem chapas, elegendo os mais votados é um retrocesso que aponta para a eliminação de várias áreas do clube.
2- Migração de sócios patrimoniais para Fiel Torcedor e de FT para sócio.
O número de sócios que votam nas eleições corinthianas é reduzidíssimo. Nem de longe representa o universo da Nação Corinthiana.
Para ampliar a Democracia, poderia ser criado um mecanismo de migração de sócios patrimoniais para o sistema de Fiel Torcedor e de migração de membros do FT para sócios do futebol, de forma que possam votar nas eleições para o Conselho e Diretoria.
Uma regra como essa permitiria aumentar -em muito- o quadro de eleitores. E seria uma grande força para o clube. Com essa medida, a eleição sairia de uma disputa limitada e englobaria milhares e milhares de corintianos. Poderíamos ter um quadro idêntico aos melhores clubes da Europa, onde a votação é quase uma eleição comum para cargos de governo.
3- Uma base com jogadores 100% do Corinthians.
A política de “parceria” com empresários foi um desastre para o clube. O Corinthians deixou de revelar jogadores e -quando revela e vende algum- nada (ou quase nada) ganha na operação. Somente os ditos empresários, amigos de diretores, tornam-se beneficiados no negócio.
O melhor é o Corinthians estabelecer no estatuto que os jogadores da base do clube passem a ser 100% do Corinthians. Como deve ser em um clube grande como o nosso.
4- Redução das antecipações de receitas.
A permanente medida de antecipar receitas está comprometendo as finanças do clube. Cada vez mais -e de forma mais intensa- o Corinthians vem trabalhando com receitas futuras. O que era uma operação de urgência pontual virou regra.
O novo Estatuto deve estabelecer parâmetros para antecipações fixando limitações de tempo (1 ou 2 anos) e valores (20 ou 30%). Isto seria altamente produtivo ao equilíbrio das finanças.
5- Maior controle sobre grandes contratações.
O clube deve criar mecanismo que evitem atos pouco responsáveis da direção ao contratar jogadores de altíssimo valor sem adequada avaliação dos aspectos futebolísticos ou econômicos da operação.
Contratar alguém -por elevado preço- precisa ser analisado e refletido por órgãos do clubes. Deixar ao diretor de futebol (ou outro diretor) a decisão singular dessas operações -como vimos nos últimos anos- é um desastre pronto.
Estas cinco proposta, e mais outras que são discutidas, poderão ajudar ao clube realizar uma reforma proveitosa e democrática.
É o que todos gostaríamos.
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Citadini, eu não sei é exatamente desse jeito que você propôs está acontecendo lá no Flamengo, mas lá, salvo engano, houve uma reforma responsabilizando diretamente os dirigentes por má gestão. Isso o Corinthians precisa copiar também.
Acrescentaria mais um sexto item:
Todos os diretores de todos os departamentos, bem como presidente, vice, além do presidente do CD e todos do Conselho Fiscal, assinassem documento, comprometendo-se em caso de erros ou desvios de conduta, devolverem ao clube eventuais perdas, para tanto disponibilizando seu patrimônio pessoal como garantia desta devolução, entregando sua declaração de bens do Imposto de Renda e, para evitar aqueles que, por ventura tenham o hábito de usar “laranjas”, incluir neste documento algo que possa ser investigado neste sentido. Tudo devidamente registrado de forma a legalizar o documento.
Será que conseguiríamos uns 5, dispostos a “tocar” o clube e a Arena?
Pode parecer um exagero, um sonho, mas não vejo outra forma para solucionar os desmandos e o descasos como são tratadas as negociações e a gestões do Clube e da Arena Corinthians.
Enquanto não existir punição RÁPIDA e SEVERA, as coisas dificilmente mudarão não apenas no Corinthians, mas em qualquer clube.
Boas idéias principalmente no que tange as bases que é suspeita pela facilidade de empresários ficarem com a maior parte das revelações,inadmissível um jogador de 17 anos grande promessa do clube e só tenha 5% do passe o resto é de empresário é caso de cadeia
Parabéns Sr. Citadini
Gostei muito espero que o senho consiga tirar a força desses bandidos dentro do clube estou com você nessa luta
obrigado por pensar em um Corinthians grande