Eleição em nova data
Um dos incômodos problemas para todos os sócios do Corinthians é o período em que se realizam as eleições para o Conselho Deliberativo e para a Diretoria Executiva do Clube.
Normalmente é realizada -segundo as atuais normas do Estatuto- na primeira quinzena do mês de fevereiro, como se deu neste ano.
São inúmeros os inconvenientes do período eleitoral. Ocorre, quase sempre, em época em que o clube já está iniciando sua temporada e disputando campeonatos. Com isso, o período mais acirrado da campanha se dá quando o Corinthians está em pré-temporada com definições de técnicos, profissionais e jogadores.
Assim, a campanha é contaminada por discussões de contratação de jogadores, salários, renovações etc. Tudo em prejuízo do clube.
Por outro lado, os candidatos começam a fazer especulações de contratações como forma de fugir às discussões mais profundas da gestão. Neste ano, por exemplo, foi uma lista enormes de “prováveis contratações”, quase sempre vazadas pelos diretores e jornalistas amigos. Isso tudo ocorria quando a verdadeira situação era outra: o clube vivia grandes dificuldades nas finanças que eram escondidas com os anúncios propagandísticos de chegadas de craques.
A oposição, que pregava realismo, era criticada por não prometer a vinda de “craques fora de série”. As “contratações” sempre ganham grande apoio na mídia e, verdadeiramente, deixam os torcedores animados e aplaudindo.
A realidade era muito diferente, como os meses seguintes mostraram.
Como a grande maioria dos clubes adversários escondem a real situação financeira, o Corinthians (como está se provando) pode fazer uma realística política de controle orçamentário e, ao mesmo tempo, disputar as melhores posições nos campeonatos.
O ideal é que a eleição ocorra no final de novembro, antes das competições do ano terminarem, e , a nova direção possa realizar as medidas necessárias para a temporada que virá.
Creio que a maioria dos associados prefere esta data antecipada de eleições. E a reforma estatutária deste ano deve promover esta alteração.
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Citadini, justiça seja feita. Lembro-me que no último pleito, o presidente Mário Gobbi sugeriu antecipar as eleições. Mérito dele. Mas salvo engano, o grupo adversário, sabe-se lá por quais razões, não aceitou a antecipação. Lamentável.