Aug 11, 2015

A crise na economia e no futebol

O péssimo desempenho de nossa seleção nacional na Copa do Mundo do ano passado já mostrava o tamanho do problema em nosso principal esporte.

A seleção é fraca, sem craques “fora de série” (excetuando-se o Neymar) e com um sem número de jogadores médios com poses de grandes heróis. Tudo isso indica a dimensão dos nossos problemas. É bom também lembrar que isso já havia ocorrido com o time que disputou a Copa da África do Sul.

Sem jogadores sendo revelados (como era comum em nosso futebol), os clubes sempre foram a principal esperança para mudarmos este quadro tão negativo. Ninguém tem ilusão com a CBF ou com alguma Federação estadual. Esse pessoal vive do futebol e não para o futebol.

Mas os clubes, mesmo com todos os problemas que apresentam, sempre foram a tábua de salvação. Mesmo fazendo uma política equivocada no futebol de base (como é o caso do Corinthians), a esperança é sempre de que apareçam novos Rivellinos, Sócrates, Zicos, Romários etc.

O problema é que, além da surra na seleção na Copa do ano passado, o Brasil entrou em uma crise econômica poucas vezes vistas nas últimas cinco décadas.

O futebol no período que antecedeu a Copa recebeu dinheiro como nunca havia recebido. A TV dobrou (para alguns até triplicou) os valores pagos. As agências de publicidade investiram muito no futebol e as empresas de material esportivo não ficaram para trás.

A crise na economia do país mudou tudo. As empresas puxaram o breque e os investimentos começaram a reduzir rapidamente.

É só ver o número de clubes que não tem publicidade na camisa e constataremos o problema.

Mesmo a bilheteria que havia aumentado -e poderia aumentar mais ainda com as novas Arenas- não está resolvendo a questão dos clubes.

Provavelmente tão ruim como a derrota na Copa está sendo a crise na economia do pais.

E o problema é que não temos nenhum quadro animador para os próximos meses.

É uma crise em cima de outra crise.

1 Comment

  • Claro que não se revelam mais craques, os empresários interrompem o trabalho na formação do atleta em busca de lucro.

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