Os clubes paulistas estão com medo
Os clubes paulistas, que disputam a primeira divisão do futebol, estão com medo. Muito medo. Mas não é medo de perder jogos ou competições. Estão com medo de defenderem os interesses de seus próprios clubes e de contrariarem a Federação Paulista de Futebol.
Na última semana, está se consolidando a proposta de criação de uma Liga Regional de futebol para organizar -no início de cada ano- a competição entre clubes do Rio, Minas e Estados do Sul. Querem um campeonato mais atrativo, que junte as grandes equipes de seus estados.
Curioso que os clubes do estado de São Paulo ficaram fora e deixaram de organizar um dos melhores eventos de nosso futebol: o Torneio Rio-São Paulo. Ficarão as equipes paulistas no tradicional paulistinha que a cada ano torna-se menos interessante.
É claro que todos reconhecem que seria muito melhor um evento com os grandes de São Paulo e os grandes do Rio. Os históricos Rio-São Paulo até os dias atuais provocam emoção nos torcedores.
Em 2002 foi realizado o primeiro Torneio Rio-São Paulo organizado por uma Liga.
Foi um sucesso futebolístico, de público e renda. Os torcedores aplaudiram e a TV gostou. Deu ótima audiência.
Agora, quando os clubes com direções mais arejadas e modernas começam organizar Ligas Regionais, nossos clubes paulistas mostram sua face do atraso.
Tem medo da Federação que quer o campeonato dela e para ela (com lucro e tudo).
E Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos mostram que estão de joelhos para uma Federação que nem é reconhecida pela FIFA. Deixam que os clubes do Rio (Flamengo, Fluminense), sem outra saída, entrem para uma Liga meio capenga.
Por que este medo? Não seria tão difícil intuir.
A Federação Paulista é uma organização burocrática que vive de explorar os clubes. Recebe um percentual em todos os jogos de clubes paulistas, mesmo em competição que ela não organiza.
O Corinthians é o maior doador a esta Federação (que “morde” 5%, no mínimo, de todas as rendas da Arena).
É a maior beneficiada do novo estádio. Não gastou um tostão, não deu um saco de cimento ou um tijolo e vive de mordidas nos jogos do novo estádio.
Ao perder a oportunidade de reorganizar uma Liga Rio-São Paulo, como a de 2002, os clubes paulistas dão uma clara demostração de covardia e um grande passo atrás.
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“Por que este medo? Não seria tão difícil intuir.”
Pode não ser, mas eu não intuo, e mais, não
consigo nem imaginar os motivos.
Tá Citadini, mas as cidades do interior merecem ter um campeonato também, e de vez em quando receber equipes grandes. Tem pouca gente indo ao estádio no interior? Sim. Mas há uma minoria fiel, que gosta de jogos e quer ir ao estádio.
O Rio-SP de 2002 foi um sucesso em São Paulo, o problema é que naquele ano o Rio estava muito mal e as semi-finais foram entre 4 times de SP.
Certo muito bem observado Citadini