Sep 29, 2015

Só os clubes podem ajudar a mudar o futebol

Após a tragédia da Copa do Mundo do ano passado (e não foi só o 7×1), as propostas de reformas no futebol brasileiro saíram de todas as cartolas.

Mas algumas não são para mudar nada. Na forma gatopardista querem “mudar para continuar tudo como está”.

O que podemos esperar de uma Confederação Brasileira de futebol que sempre foi resistente à mudanças e hoje encontra-se em situação incomum?

A diretoria está emparedada, pela ação do do FBI. O presidente vive “condenado” a não sair do Brasil com receio da ação da polícia dos EUA.

Restaram aos dirigentes da CBF artigos e mais artigos na página 3 da Folha defendendo uma revolução imaginária que não diz nada e não leva a nada.

A CBF só pode comemorar o êxito de ter bloqueado qualquer ação da CPI do futebol no Senado. O que, convenhamos, não é nada revolucionário.

As Federações continuam como órgão parasitas, que sugam os recursos do clubes,  mantém a vida dos dirigentes e nada pensam em mudanças.

Os clubes, com todos os defeitos que possam a mídia apresentar, constituem-se no melhor caminho para medidas transformadoras. Pela própria estrutura são, os clubes, campos abertos para novas idéias, com debates entre seus participantes.

Veja-se agora o exemplo da Liga Rio-Minas e Sul, que pode ser uma iniciativa de mudanças.

Mesmo com a incrível ausência dos clubes de São Paulo (por medo dos dirigentes da Federação Paulista) os maiores clubes do Rio, Minas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul buscam organizar um Torneio -no início do ano- interessante do ponto de vista futebolístico e também rentável.

Os clubes de São Paulo jogaram fora uma oportunidade de reorganizarem o tradicional Rio-São Paulo, que tanta importância teve para nosso futebol. O último Rio-São Paulo em 2002 foi sucesso de público, financeiro e futebolístico. A lamentável subserviência dos nossos clubes coloca São Paulo fora das melhores mudanças. Por medo da CBF e da Federação Paulista.

Mas, mesmo com este estado de covardia de nossos clubes, é nessa área que aparecerão as melhores idéias e projetos de mudanças.

É o que esperamos e torcemos.

2 Comments

  • Acho que essa Liga Rio-Sul-Minas não vai dar em nada. Para mim, é a versão século XXI (piorada) do famigerado Clube dos 13, já que a maioria de seus fundadores são clubes sem a menor expressão e força tanto política quanto em termos de torcida e tradição.
    O futebol precisa urgentemente de mudanças em sua estrutura, mas antes de qualquer coisa, precisamos saber quem estará conduzindo essas mudanças e principalmente saber que estará por trás dessas mudanças.
    E para finalizar, tudo que não tenha a chancela e aval do Corinthians como um de seus protagonistas, estará fadado ao fracasso. Ou vão me dizer que haverá fila de patrocinadores de peso na porta dessa Liga, tendo como produto Patéticos Mimimineiro e Paranaense, Coritiba, os catarinenses, gaúchos, Cruzeiro e FluminenC? O único que pode trazer um pouco de mídia é Flamingo, e olhe lá.

  • Aquele Rio-SP foi memorável para o Corinthians, que tinha o Parreira como técnico que conquistou títulos e reconquistou seu lugar na seleção brasileira.

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