Só os clubes podem ajudar a mudar o futebol
Após a tragédia da Copa do Mundo do ano passado (e não foi só o 7×1), as propostas de reformas no futebol brasileiro saíram de todas as cartolas.
Mas algumas não são para mudar nada. Na forma gatopardista querem “mudar para continuar tudo como está”.
O que podemos esperar de uma Confederação Brasileira de futebol que sempre foi resistente à mudanças e hoje encontra-se em situação incomum?
A diretoria está emparedada, pela ação do do FBI. O presidente vive “condenado” a não sair do Brasil com receio da ação da polícia dos EUA.
Restaram aos dirigentes da CBF artigos e mais artigos na página 3 da Folha defendendo uma revolução imaginária que não diz nada e não leva a nada.
A CBF só pode comemorar o êxito de ter bloqueado qualquer ação da CPI do futebol no Senado. O que, convenhamos, não é nada revolucionário.
As Federações continuam como órgão parasitas, que sugam os recursos do clubes, mantém a vida dos dirigentes e nada pensam em mudanças.
Os clubes, com todos os defeitos que possam a mídia apresentar, constituem-se no melhor caminho para medidas transformadoras. Pela própria estrutura são, os clubes, campos abertos para novas idéias, com debates entre seus participantes.
Veja-se agora o exemplo da Liga Rio-Minas e Sul, que pode ser uma iniciativa de mudanças.
Mesmo com a incrível ausência dos clubes de São Paulo (por medo dos dirigentes da Federação Paulista) os maiores clubes do Rio, Minas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul buscam organizar um Torneio -no início do ano- interessante do ponto de vista futebolístico e também rentável.
Os clubes de São Paulo jogaram fora uma oportunidade de reorganizarem o tradicional Rio-São Paulo, que tanta importância teve para nosso futebol. O último Rio-São Paulo em 2002 foi sucesso de público, financeiro e futebolístico. A lamentável subserviência dos nossos clubes coloca São Paulo fora das melhores mudanças. Por medo da CBF e da Federação Paulista.
Mas, mesmo com este estado de covardia de nossos clubes, é nessa área que aparecerão as melhores idéias e projetos de mudanças.
É o que esperamos e torcemos.
2 Comments
Leave a comment
Postagens Recentes
Arquivo
- September 2023
- January 2023
- September 2022
- August 2022
- January 2022
- November 2021
- April 2020
- December 2019
- November 2019
- January 2019
- February 2018
- January 2018
- December 2017
- November 2017
- October 2017
- September 2017
- August 2017
- July 2017
- June 2017
- May 2017
- April 2017
- March 2017
- February 2017
- January 2017
- December 2016
- November 2016
- October 2016
- September 2016
- August 2016
- July 2016
- June 2016
- May 2016
- April 2016
- March 2016
- February 2016
- January 2016
- December 2015
- November 2015
- October 2015
- September 2015
- August 2015
- July 2015
- June 2015
- May 2015
- April 2015
- March 2015
- February 2015
- January 2015
- December 2014
- November 2014
- October 2014
- September 2014
- August 2014
- July 2014
- June 2014
- May 2014
- April 2014
- March 2014
- February 2014
- January 2014
- December 2013
- November 2013
- October 2013
- September 2013
- August 2013
- July 2013
- June 2013
- May 2013
- April 2013
- March 2013
- February 2013
- January 2013
- December 2012
- November 2012
- October 2012
- September 2012
- August 2012
- July 2012
- June 2012
- May 2012
- April 2012
- March 2012
- 0
Categorias
- 2000
- 2012
- 2013
- 2014
- 2016
- Audiência
- Campeonato Brasileiro
- Campeonato Paulista
- CBF
- COB
- Confrontos Históricos
- Copa
- Copa do Brasil
- Copinha
- Corinthians
- Cultura
- Discursos na história
- Educação
- Esportes Olímpicos
- FIFA
- Futebol
- Gestão pública
- Legislação do Esporte
- Libertadores
- Marketing
- Mercado da Bola
- Mídia
- Música
- Opera
- Pesquisas
- Seleção Brasileira
- Torcidas Organizadas
- TV
- Uncategorized
- Violência
Acho que essa Liga Rio-Sul-Minas não vai dar em nada. Para mim, é a versão século XXI (piorada) do famigerado Clube dos 13, já que a maioria de seus fundadores são clubes sem a menor expressão e força tanto política quanto em termos de torcida e tradição.
O futebol precisa urgentemente de mudanças em sua estrutura, mas antes de qualquer coisa, precisamos saber quem estará conduzindo essas mudanças e principalmente saber que estará por trás dessas mudanças.
E para finalizar, tudo que não tenha a chancela e aval do Corinthians como um de seus protagonistas, estará fadado ao fracasso. Ou vão me dizer que haverá fila de patrocinadores de peso na porta dessa Liga, tendo como produto Patéticos Mimimineiro e Paranaense, Coritiba, os catarinenses, gaúchos, Cruzeiro e FluminenC? O único que pode trazer um pouco de mídia é Flamingo, e olhe lá.
Aquele Rio-SP foi memorável para o Corinthians, que tinha o Parreira como técnico que conquistou títulos e reconquistou seu lugar na seleção brasileira.