Nov 12, 2015

Querem meter a mão na grana do Corinthians

Voltou -e voltou com muita força- a campanha para rediscutir a distribuição do dinheiro da TV entre os clubes da primeira divisão do campeonato brasileiro.

A campanha atual tem o velho mote: “precisamos fazer uma distribuição mais ‘justa’ e equitativa do dinheiro dos jogos”.

Alegam os nossos adversários que, pelos atuais critérios, Corinthians e Flamengo recebem muito da TV. Muito mais que os outros. Para eles, essa forma terminará por aumentar a diferença entre os dois maiores clubes dos demais.

A atual fórmula respeita o mercado publicitário. Isto é, quem vem com grande público de audiência  ganha mais. Quem dá audiência média ou pequena ganham menos.

Essa fórmula é claramente a mais justa. Dá a cada agremiação de acordo com seu tamanho. Quem define são os anunciantes e toda turma do mercado publicitário.

O que querem os nossos adversários é um sistema em que os dois grandes ganhem igual a clubes médios (SPFC, Palestra, Vasco, Flu etc), embora a TV tenha que transmitir mais de Corinthians e Flamengo para atrair audiência.

Esse sistema igualitário é injusto e nada ajuda ao futebol. E o caso visto adotado com o Campeonato Paulista, onde Corinthians, SPFC, Palestra e Santos “fingem” que são iguais e recebem o mesmo dinheiro. No Brasileirão não é assim. O mercado publicitário ditou as propostas da Globo e Corinthians e Flamengo estão bem distantes do “médios”.

Para justificar, eles dizem que o Campeonato Brasileiro pode tornar-se uma espécie de campeonato espanhol, no qual só duas equipes disputam.

Curioso isso. Todos elogiam o Campeonato espanhol pelos grandes atletas e grandes jogos, mas querem mudar a fórmula de pagamento dos clubes.

Não devemos cair nessa lorotas de coirmãos. Cada um com seu tamanho.

O Corinthians não nasceu grande. Lutou, enfrentou todas as dificuldades e tornou-se grande por seus méritos. Nesses mais de cem anos de história, o clube foi acumulando seu maior patrimônio: sua torcida.

Os médios e pequenos que façam o mesmo.

Nós não podemos renunciar o tamanho que temos.

Agora, com o aumento da TV paga, a diferença aumentará. E precisamos cobrar a venda de pacotes por times. Isso dará a clara diferença dos clubes.

Cada um de acordo sua força. É o mercado, no fim das contas, que acaba escolhendo quem é grande, médio ou pequeno.

11 Comments

  • Esses chorões que busquem aumentar a torcida deles. Falam em isonomia. Isonomia? Se o Corinthians dá mais lucro à Globo, a Globo tem que retribuir o Corinthians de forma equânime. Isso sim é isonomia. Os outros querem mais grana? Então deem mais receita à Globo.

  • Eles fingem não saber que, quem decide as transmissões no esporte EM QUALQUER EMISSORA, é o patrocinador. Quando as empresas se propõem, a patrocinar qualquer evento, ela quer saber que retorno terá, portanto, os dirigentes dos clubes “pidões” sabem perfeitamente que não depende da Globo tal divisão, sabem, mas não tem vergonha de pedir.

    1 – Mas, já que insistem em divisão “igualitária”, proponho o seguinte:

    a – 50% em dividido igualitariamente entre os clubes.

    b – 20% desempenho técnico no torneio anterior – não a posição apenas, mas o percentual alcançado com relação aos pontos disputados.

    c – 20% maior média de público e maior valor médio dos ingressos.

    d – 10% audiência maior média – utilizando os maiores percentuais do time que tiver mais transmissões. Ex: o Corinthians tem 20 jogos ao vivo, destes 10 são no domingo, outro time qualquer tem 10 jogos ao vivo dos quais 5 são aos domingos. Para efeito de comparação, pega-se os 5 melhores do Corinthians e compara-se com os 5 do outro clube. Não entram nestas os clássicos.

    Isto sim seria o justo, pois provaria quem de fato tem condições de atrais público sem fanfarronice e sem cobrar “dez real” em média nos ingressos e colocar média de 6000 torcedores por jogo.

    2 – Se for feito isso, sugiro a Corinthians e Flamengo que, obriguem que todos os assinantes de PPV, coloquem o time que torcem no ato da contratação dos serviços. Além disso, exigiria diminuição para metade das transmissões ao vivo em TV aberta.

    Caso Corinthians e Flamengo, consigam implantar a segunda sugestão, teremos dois problemas:
    – O primeiro a dificuldade em conseguir patrocinadores por parte da TV – seja ela qual for – pois, sem os “puxadores” de público, poucos pagariam o que pagam hoje.
    – O segundo um aumento ainda maior nos ganhos financeiros dos dois clubes, pois com a diminuição dos jogos ao vivo na TV aberta, e a obrigatoriedade do assinante identificar o clube que torce, os dois venderiam muitos pacotes PPV – eu assinaria, pois como o Corinthians tem a maioria dos seus jogos em TV aberta, não preciso assinar – ultrapassando em muito os valores atuais.

    Com estas mudanças, a choradeira será outra. Com a diminuição dos valores dos patrocinadores – visto que, a audiência diminuiria – a distribuição igualitária de nada adiantaria e a choradeira estaria de volta, não sei com que argumento, mas voltaria.

    As letras “c” e “d” do item “1”, os incompetentes não vão aceitar principalmente os que se acham o que nunca foram.

    A choradeira dos “pidões”, será eterna.

    • Alan, não sei se é verdade mas foi divulgado nesses últimos dias, que o Roberto de Andrade em reunião à convite da Globo para prorrogação do atual contrato de 2018 para 2020, disse que aceitaria rever os valores recebidos pelo Corinthians, se houvesse uma diminuição da transmissão do número de jogos do Corinthians e a equalização com o número de jogos dos adversários. Todos teriam exatamente os mesmos números de jogos transmitidos, e o Corinthians aceitaria a divisão das receitas da maneira que todos estão propondo, ou seja, 50% para todos, 25% índice técnico e 25% audiência.
      A Globo não aceitou nem ouvir o resto da conversa. Quem paga a conta sabe o que tem valor no mercado, e a Globo sabe que não pode abrir mão da preferência de exibição da maior quantidade possível de jogos de quem garante a audiência e atrai os patrocinadores.
      Se não fosse o atual modelo de direitos de arena (onde os dois clubes são donos do espetáculo e não apenas o mandante, como era nos principais campeonatos na Europa, e que estão mudando por causa da mesma choradeira dos nanicos de lá) e creio que a Globo assinava com Corinthians, Flamengo e mais uns dois ou três e dava uma banana para o resto.

    • Obs.: qualquer mudança que se faça hoje, e daqui a um ano os mesmos pidões estarão derramando outro rio de lágrimas reclamando do que o outro recebe. Incompetentes para aumentar a geração de suas próprias receitas, crescem os olhos para as receitas dos outros.
      Não vai demorar muito para que apareça alguma “jênio” propondo a socialização das cotas de patrocínio, bilheterias, venda de camisas, etc, tudo em nome de um campeonato mais equilibrado, justo, tal e coisa, coisa e tal.
      E sempre com os aplausos e incentivo da mídia metida a bacaninha e vanguardista, tipo ESPN, Folha, UOL, dentre outros, que gostam muito de agitar, mas na hora de propor soluções ou entrar na briga com a Globo, se escondem e se acovardam. Lembra da Record na época do Clube dos Treze? Na hora de apresentar a proposta, cadê a dela?

      • Parece que o Corinthians prorrogou o contrato para 2020, só não sei em que condições.

        O que aconteceu com relação ao C13, foi algo bem simples, tentaram dar uma rasteira na Globo e não deu certo. Esta conversinha da Record ter feito proposta eu não acredito. Parece que tinha um diretor de um time da capital que era funcionário da Record. Se a coisa fosse mesmo para valer, era bem simples, propusessem um leilão aberto. Mas, não o fizeram, queriam propostas em envelopes fechados. Fica complicado confiar.

        Pelo que sei a SKY manda e desmanda com exclusividade em diversos campeonatos. Os subdesenvolvidos e socialistas jornalistas brasileiros, não citam isso (a exclusividade das TVs em diversos países) quando mentem sobre a “espanholização” do futebol brasileiro.

        Eles não pensam quando falam dos campeonatos europeus, pois como dividir de forma diferente como fazem por lá, por exemplo, na Inglaterra, onde numa cidade com pouco mais de 11 milhões de habitantes tem mais de 5 clubes na série A. Ou em outra (Liverpool) cidade com 1 milhão de habitantes e dois clubes ou ainda outra (Manchester) com dois clubes também, com cerca de 2 milhões de habitantes. Lá tem que ser assim mesmo, 50% igual, pois a expectativa de público não tem muita diferença entre os clubes como acontece por aqui.

        Os “pidões” vão continuar chorando, mesmo que os 100% sejam divididos de forma igualitária, pois ficarão na dependência destes recursos. Por isso proponho que um dos percentuais da divisão, seja a média de público associada à média de valor de ingressos, mas esta proposta, os que mais estão “batendo o pé” nem vão querer sequer estudar possibilidade, pois sabem que receberão quase nada.

  • Dr.Citadini, Boa tarde!!

    Gostaria de marcar uma reunião contigo para conversamos sobre o Direito a Voto do Fiel Torcedor, sou um dos idealista do movimento que já circula pela internet e ouvir e debater idéias contigo será de suma importância para a continuidade do movimento.

    Se possível entre em contato por email para que possamos estreitar esse assunto.

    Fico no aguardo e forte abraço.

    Jorge Luiz
    Jorgeluizxx@hotmail.com

  • O pior de tudo é ver a pressão aumentar e nenhum dirigente do Corinthians se pronunciar publicamente…

    Cade as entreveistas em programas de esporte, em coletivas de imprensa a respeito deste assunto, defendendo a força da audiência conquistada pelo clube ao londo dos 100 anos de vida???

    Posições fortes e públicas do Clube para brecar de vez esse movimento encabeçado por jornalistas palmerenses e sãopaulinos, que não aguentam ver o Corinthians colhendo os frutos da paixão e da fidelidade da sua torcida.

    É disso que precisamos… agora sim é a hora de jogar para a torcida… ameaçar pedidos para que se isso aconteça, a torcida boicote as transmissões em forma de repúdio… essa é a hora, não depois do estrago feito para tentar reverter o que não terá mais solução…

  • Caro citadini, o senhor se comporta como idiota ao menosprezar as outras agremiações. parece q nao ve tv. Tem um monte de maluco matando os outros por futebol. E o senhor é bastante conhecido. deveria se resguardar mais

    • Então você deve achar o mesmo daquele conselheiro do SPFC, o tal MAC, porque o que ele faz é estimular a raiva dos outros com provocações…

  • O que outros clubes não entenderam é que agora já é tarde demais. Por incompetência de gestão, viram a distância de seus clubes para o Corinthians aumentar em todas as esferas. Não creio que este processo tenha volta e a tendência é de que o abismo aumente. Não temos nada a ver com isso. Por nossos méritos, angariamos mais de 60% da torcida brasileira — seja a favor ou contra. Portanto, a eles agora só resta o choro, que é livre.

  • Prezado Citadini,
    Observe os motivos pelo qual a Premier League inglesa é um sucesso, e junto com ela, a Football League, a Série B deles, cuja média de público é superior à nossa. Ninguém quer meter a mão no dinheiro do Corinthians. Só se busca o que é justo. Até antes da implosão do Clube dos 13, as receitas eram escalonadas, de modo a que Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Vasco e Flamengo recebessem a mesma cota, e os demais, um pouco menos. Essa distância aumentou, e dramaticamente, em favor de Corinthians e Flamengo. Por ter torcidas maiores, ManU e o Arsenal têm receitas maiores. Ou seja, fazem a lição de casa, como os outros, também. Mas isso, não é por meio da TV: aqui é o ponto de partida, para todos terem condições de competir em matéria de gestão. É a partir daí, que fazem o trabalho deles, de licenciamentos, parcerias com grandes empresas etc. Nada contra a defesa dos interesses do seu clube de coração. Mas é preciso saber que tamanho de torcida não explica tudo. É como se quisesse ganhar no grito. No grito, vamos todos à arquibancada torcer para os nossos times. Quem tem mais torcida, pode cobrar mais, e faturar na bilheteria. Qualquer Liga nos EUA, as cotas de transmissão são divididas de maneira igual, nas fases de classificação, e aí entendemos o sucessos deles também. No caso do Brasil, um Campeonato tem 20 times, e esses 20 jogam o mesmo número de jogos. Logo, as cotas devem ser iguais, assim como o direito de voto. É simples assim.

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