A Arena Corinthians faz a diferença
A Arena Corinthians é um marco para a renovação do futebol paulista e brasileiro.
Quem acompanha nossos artigos por aqui sabe que sempre defendemos a construção da Arena para abrir a Copa do Mundo, modernizar nosso futebol e permitir um salto do Corinthians.
Como sou oposição ao atual grupo dirigente do clube, muitos criticaram a defesa que fiz da construção do estádio. Mesmo a direção do Corinthians não defendia que o estádio estivesse na preparação da Copa. Quando da solenidade que anunciou o Morumbi como estádio escolhido para a abertura da Copa, lá estava a diretoria do Corinthians para aplaudir -entre políticos e tricolores- a opção são-paulina. Foi um grave erro. Felizmente foi corrigido à tempo.
A situação era clara: a cidade de São Paulo tinha que abrir a Copa e precisava de um estádio.
O SPFC apostava tudo em colocar o Morumbi na jogada. Mas havia um problema sério: o estádio tricolor precisava de uma reforma profunda, quase uma nova construção. Mas o tricolor não acreditava nisso. Dizia que o estádio era maravilhoso e que bastavam algumas pequenas mudanças e a abertura da Copa seria por lá. Foi um grande equívoco. Teriam que derrubar e construir um estádio novo se entrassem no projeto Copa.
Com o Morumbi vetado, o problema reapareceu: a cidade de São Paulo não poderia ficar fora da Copa.
O Corinthians tinha vários (e bons) projetos de construção de estádio, mas apenas o de Itaquera entrava na Copa. E isso era fundamental.
Quando o Luis Paulo Rosenberg apresentou o projeto em reunião do Cori, fiquei empolgado. Era moderno e diferente de todos os outros que estavam sendo construídos para o evento da Fifa.
Fez bem a direção corinthiana de entrar com todo o esforço para abrir a Copa.
Nunca me aprofundei na tal “engenharia financeira” que viabilizaria o estádio. Era -com pequenas mudanças- o mesmo suporte que estavam recebendo outros estádios da Copa (BNDES, vantagens fiscais etc). Tudo claro e igual a todos os outros.
Sempre apareceram “denúncias” do estádio que diziam: “é da Odebrechet”; ” é de um fundo”; ” é da prefeitura”; “não vão pagar”; “o Ministério Público disse isso ou aquilo”. Tudo isso passava à margem da construção do estádio.
O importante era construir essa bela e moderna Arena que abriria a Copa e daria uma posição de liderança ao Corinthians.
É o que está ocorrendo. Cada vez que vou ao estádio e vejo nossos torcedores assistindo ao jogo a poucos metros das jogadas e percebo o desespero dos adversários, sinto que o clube acertou.
A única ressalva é que o nosso estádio não pode virar um “Pacaembuzão”: estádio agradável para ver jogo (como é o Municipal), mas com uma confusão de penetras, cambistas e desorganização generalizada.
Nossa Arena é moderna e deve continuar marcando a mudança do nosso futebol.
O Corinthians e os corinthianos agradecem.
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Eu só lamento a forma como algumas coisas acontecem. Naming rigths que não saíram, torcedores organizados exigindo a retirada de cadeiras atrás do gol, cambistas (leia-se torcedores organizados) vendo ingresso mais caro. E por aí vai…
Citadini, entendo que a concepção do estádio e por consequência, o modelo de negócio proposto para o estádio foi equivocado. Sendo em Itaquera, o um estádio deveria ser maior evidentemente mais simples ( como os recentes estádio do Atlético de Bilbao e o da Juventus). Ele é pequeno e suntuosamente luxuoso. Vidros retorcidos italianos, piso de mármore, banheiros que não se encontra nem no Shopping Iguatemi. Essa é a razão pelo preço estratosférico final e essa dívida que nos acompanhará por muito tempo. Tentei discutir a questão com o Rosemberg e com o Andrés muito antes do projeto, mas nunca responderam a nenhum e-mail meu.
Em 2013 escrevi um artigo sobre o estádio. Convido-o à leitura: http://ocorinthiansentraemcampo.blogspot.com.br/2014/08/arena-corinthians.html
Abraço.