O futebol e o povo brasileiro
Poucas semanas antes da Copa das Confederações, em 2013, o Brasil vivia em “céu de brigadeiro”.
Tudo estava às mil maravilhas. A presidente tinha 72% de aprovação em todas as pesquisas, do DataFolha ao Vox Populis.
O país crescia e se preparava para realizar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.
As críticas e protestos eram isolados. Um despejo de moradores de local próximo do evento, uma crítica ou outra aos preços dos estádios, etc. Mas o clima era de euforia.
Aí, começaram os jogos da Copa das Confederações e os estádios foram inundados de… vaias aos governantes.
Nos primeiros dia, a justificativa oficial foi de que o público dos estádios não era representativo do Brasil. Naquelas novas Arenas estavam apenas uma “elite” econômica que não era a “voz” da rua.
Em seguida começaram, tímidos, os movimentos contra o aumento de preço das passagens dos ônibus. O governo federal foi logo dizendo que era a repressão policial que alimentava as manifestações convocada por jovens.
O governo prometeu gastar mais em transportes e as vaias nos estádios continuaram, mesmo em choque com a “grande aprovação” da presidente nas pesquisas.
As manifestações viraram e pegaram os slogans da Copa. O povo começou a dizer que queria “Saúde padrão Fifa”,”Educação padrão Fifa” “transportes padrão Fifa”, etc.
Veio a Copa e o tsunami de vaias continuou. O ponto mais constrangedor foi a presidente “ser escondida” na Arena Corinthians, na abertura da Copa, num vexame só comparado a quando a presidente não foi na final desta competição.
Com muita sorte -e uma equipe de propaganda eficiente- a presidente foi reeleita contra um candidato que perdeu em seu estado após ser governador por 8 anos. Contou, também, a morte do candidato Eduardo Campos que construiria uma alternativa que o país tanto precisava e precisa ainda. A candidata alternativa concorrente foi destruída por uma campanha de desqualificação poucas vezes vista.
Venceu e esqueceu das vaias nos estádios.
Bobagem. No estàdio – onde, como diz o pessoal do futebol, que se vaia até minuto de silêncio – se continuava a mostrar que no Brasil profundo o quadro ia de mal a pior.
A operação “Lava-jato” passou a mostrar que a Petrobras tinha sido quase destruída por um esquema para financiar partidos, eleições e comprar votos do Congresso como nunca tinha ocorrido.
Sempre por lá houve problemas. Mas nunca foram como os revelados pela “Lava-Jato”.
O governo não aprendeu uma lição: nunca esqueça as vaias nos estádios.
Ali está o povo brasileiro no seu mais perfeito retrato.
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O blog anda com poucos posts ultimamente. Citadini, queremos os grandes debates novamente, como na época em que você publicava quase diariamente.
Eu não gosto do Cosme Rímoli como jornalista. Mas infelizmente sou obrigado a concordar com esse post dele. Citadini, você poderia fazer um post a respeito de mais esse nebuloso tema? Que história é esse de venda de naming rights, sem dar nome ao estádio?
http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/arena-do-povo-arena-da-fiel-arena-dos-milagres-endividado-corinthians-espalha-que-depois-de-seis-anos-vendera-os-naming-rights-do-itaquerao-empresa-pagaria-r-420-milhoes-e-nao-gostaria-de-ter-26042016/
Pelo amor de Deus, dar crédito para Come Risólis e Portal R7? Você deve estar de brincadeira. Nem me dei ao trabalho de ler o que ele escreveu, pois já sei que é besteira e recalque.
Vamos ao que interessa: o clube não divulgou uma só palavra sobre o acordo. Ninguém, a não ser os poucos envolvidos no negócio, sabem de nada sobre o assunto. O que existe, e muito, são apenas chutes e mais chutes da imprensa. Não é melhor esperar o acordo ser divulgado do que ficar espalhando boatos por aí? Não gosto nem um pouco da turma da Renovação e Transparência (para mim o nome não poderia soar menos esdrúxulo para esse grupo), mas não tem como criticá-los ou levantar dúvidas sobre esse negócio NESSE momento. Como se pode criticar o que nem se sabe se existe, ou de que forma será concebido? Eles podem sim lucrar sem expor o nome, existem vários setores a serem explorados na Arena, além do Fiel Torcedor e sua base de associados. Além disso, eles podem não usar o próprio nome mas sim terceirizá-lo de alguma maneira. Isso só para se começar a discussão. Talvez nem se chame o negócio de aquisição de Naming Rights (nesse caso da nossa Arena) mas sim de cessão de exploração do local.
Com todo respeito, entro todos os dias no Blog do Citadini, vejo que você é o mais assíduo leitor e comentarista do blog (escreve mais do que até o próprio dono), mas se não tem nada melhor para dizer/escrever/acrescentar, o mais recomendado é ficar calado. Sei que conselho não se dá, mas em todo caso aqui vai um: se não tiver nada melhor para fazer, vá ler um livro, ouvir uma música ou até mesmo dormir. Certos locais na internet e na tv deveriam ser veementemente contestados pelos corinthianos, e vou mais além, deveriam nunca serem acessados ou assistidos. Não ligo para esse papo de anti, mas determinados vermes tem que ser ignorados, pois não respeitam a instituição chamada Corinthians. Esse sujeito é um dos que se encaixam nesse conceito.
Desculpe, não quero ser mal educado com você com meu comentário. Respeito todas as opiniões e o direito de cada um fazer o que quiser, mas nesse caso não posso ficar calado e tenho que discordar da maneira mais veemente possível.
Vamos aguardar mais um pouco para jogar qualquer tipo de juízo de valor e caráter sobre os envolvidos? Já não basta a imprensa para vilipendiar o Corinthians e os corinthianos diariamente, e agora também nós mesmos vamos começar a fazer isso?
Abraços.
Mais denúncia (link abaixo). Citadini, já é hora de voltar a escrever posts…
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2016/05/conselheiro-e-ex-diretor-do-timao-sao-acusados-de-enganar-empresario.html
Boa tarde; texto pra lá de discutível. Parece dizer que os problemas que o governo enfrentou nos últimos anos – coroados com o impeachment da Presidenta – se deveram ao descaso com vaias acontecidas em estádios de futebol! Inegável que eles partiram, aliás, no caso da primeira partida da Copa do Mundo, de camarotes de patrocinadores da FIFA. Por outro lado o público dos estádios de nosso futebol, embora dividido, tem manifestado seu posicionamento contra outros focos da pol´tica braasileira e, em particular, a paulista. Basta ver como os Gaviões tem se manifestado!
Citadini, não tem post sobre nossa eliminação (mais uma) na Arena Corinthians? Eu penso que apesar de o time ser sofrível, com Bruno Henrique e André de titulares, o Tite mexeu muito mal quando tirou o Lucca (e deixou o André em campo) pra colocar o Romero. O André, que parecia que não tava na Arena (sabe Deus onde ele estava) não podia nem ter entrado em campo, mas como entrou, era ele que deveria ter saído.. também porque o Lucca tava bem… enfim.. mais uma vez fora nas oitavas.
Saudações. Que tal o mercado americano de soccer, Esporte Interativo ? A modificação de duas regras do futebol poderiam, diretamente, canalizar mais investimentos ao futebol brasileiro, historicamente, um dos maiores formadores de jogadores do mundo. O deslocamento da linha livre de impedimento até a grande área adversária e quatro tempos, dois de trinta e dois de quinze, tornariam o futebol mais ofensivo e mais movimentado, acarretando mais gols, pela maior possibilidade de contra-ataques, e maior descanso dos atletas. Inclusive aumentaria os intervalos comerciais. A ofensiva comercial da Esporte Interativo no Brasil, provavelmente propondo mais a Globo que a Bandeirantes pela retransmissão dos direitos do brasileirão, poderiam acarretar pressão à FIFA para a mudança de regras. Desta forma, poderia ser criada uma nova potência mundial do futebol, todo o Continente Americano, pela proximidade de fusos horários.