Dec 4, 2016
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Cinco anos sem o Doutor Sócrates

Há cinco anos morria o craque Sócrates, no dia da final do Brasileiro

Do R7

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Neste dia 4 de dezembro, completam-se cinco anos da morte de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Sócrates morreu nesta data em 2011, aos 57 anos, de causas decorrentes de cirrose hepática, no mesmo dia em que o Corinthians se sagrava campeão brasileiro ao empatar com o Palmeiras no Pacaembu.

Antes do apito inicial, os jogadores se reuniram em círculo no centro do gramado e os corintianos ergueram a mão direita para o alto, em homenagem ao gesto que o Doutor, como Sócrates era conhecido, utilizava para comemorar os seus gols.

Na Copa do Mundo de 1982, Sócrates foi o capitão da seleção brasileira, na ocasião uma equipe que pode ser considerada uma das melhores da história, mesmo tendo sido eliminada pela Itália antes das semifinais. O seu gol contra a União Soviética, após driblar dois marcadores, um deles Susloparov, e chutar no ângulo de Dasaev, foi um dos momentos inesquecíveis da campanha.

Dotado de uma visão de jogo rara e uma técnica apurada, Sócrates se consagrou no Corinthians, após deixar o Botafogo de Ribeirão Preto, onde iniciou a carreira. Na cidade do interior paulista, para onde a família se mudou antes de Sócrates se tornar jogador, vinda do Norte (Sócrates nasceu em Belém do Pará), o ex-jogador cursou a Faculdade de Medicina, tendo completado todo o ciclo de estudos e se tornado médico.

Por sua inteligência, Sócrates se destacou também como militante político e defensor dos direitos humanos. Após encerrar a carreira, atuou como técnico de futebol, articulista e comentarista esportivo. Envolveu-se também com a música, TV (com pontas em novela) e produção teatral.

Tinha uma personalidade própria, contrária a qualquer tipo de bajulação de poderosos e a interesses financeiros que se suplantavam aos sociais.

O jornal britânico The Guardian elegeu Sócrates, dentro do famoso quadro “The Joy of Six”, como um dos seis esportistas mais inteligentes da história. Da lista, divulgada em fevereiro de 2015, ele é o único jogador de futebol.

Durante a carreira, o jogador, conhecido pelo genial toque de calcanhar, que usava para compensar sua alta estatura (1m91), atuou pelo Botafogo-SP (1974 a1978); Corinthians (1978 a 1984); Fiorentina (1984 a 1985); Flamengo (1985–1987); Santos (1988 a 1989) e Botafogo-SP (1989). Entre os juvenis e o profissional nos clubes foi autor de 675 gols. Pela seleção brasileira, jogou 63 partidas e fez 25 gols.

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