Vanderlei e Cássio até tentaram, mas não conseguiram fazer com que o clássico deste domingo terminasse em 0 a 0, na Vila Belmiro. No primeiro tempo, o Santos dominou as ações, mas parou no arqueiro do Corinthians, que fez duas defesas extraordinárias. Já na segunda etapa, o Timão foi melhor, mas viu o camisa 1 do Peixe brilhar. Além disso, o time comandado por Fábio Carille sofreu do próprio veneno, quando Bruno Henrique arrancou em contra-ataque e Lucas Lima pegou a sobra para abrir o marcador. No último minuto, ainda deu tempo de Ricardo Oliveira aproveitar mais um contragolpe e decretar a vitória santista por 2 a 0.
Com o triunfo, o Alvinegro Praiano chegou aos 41 pontos e diminuiu a diferença para o Timão, que ficou estacionado com 50, mas segue liderando com folga o torneio nacional.
Agora, as duas equipes esquecem o Campeonato Brasileiro para mirarem suas forças em competições continentais. Enquanto o Peixe viaja até o Equador para encarar o Barcelona de Guayaquil, na próxima quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), pela ida das quartas de final da Libertadores, o Corinthians recebe o Racing-ARG, no mesmo dia e horário, mas pelas oitavas da Copa Sul-Americana.
Já pelo Brasileirão, o time comandado por Levir Culpi entrará em campo só no próximo sábado, às 19h, no Engenhão, contra o Botafogo. No domingo, é a vez do Timão pegar o Vasco, às 16h, em Itaquera, pela 24ª rodada.
Santos domina, mas Cássio salva
Como era de se esperar, o jogo começou quente na Vila. Dentro de casa, o Santos tomou a iniciativa e se lançou ao ataque. Logo aos seis minutos, Renato arriscou de longe e Cássio deu um tapinha para salvar o Corinthians. Na cobrança de escanteio, Ricardo Oliveira desviou de cabeça e o goleiro corintiano fez linda defesa.
Na jogada seguinte, o Timão aproveitou vacilo de Alison, disparou em contra-ataque e só parou após Vanderlei defender o chute de Rodriguinho.
O Corinthians não deixou barato e respondeu no ataque seguinte. Após confusão na entrada da área, Romero chutou com força e Vanderlei salvou. Aos 7 minutos, Fagner cruzou, Jô cabeceou firme e manda a bola raspando o travessão.Peixe marca e segura vitória
Na volta do intervalo, Levir trocou Copete por Thiago Ribeiro. O colombiano sentiu dores no músculo adutor da coxa e não conseguiu voltar ao gramado. E logo aos 2 minutos, Alison arriscou de longe e assustou Cássio.
Já aos 12, foi a vez de Gabriel mandar chute de longe e o goleiro santistas espalmar. E justamente quando o Timão dominava as ações, foi o Santos quem abriu o placar.
Em contra-ataque, Bruno Henrique deu um verdadeiro baile em Fagner e cruzou para Ricardo Oliveira. Pablo cortou, mas a bola sobrou para Lucas Lima. Livre, o meia encheu o pé para vencer Cássio e fazer 1 a 0 na Vila.
O tento santista fez o Corinthians se lançar com tudo em busca do empate. Aos 18 minutos, Fagner cruzou fechado, Jô cabeceou com força e Vanderlei espalma mais uma. O restante da partida foi resumida em Timão no ataque e Peixe buscando um contragolpe para matar o confronto. E ele veio aos 47 minutos, quando Bruno Henrique serviu Ricardo Oliveira, que só teve o trabalho de bater para garantir a vitória santista.
FICHA TÉCNICA SANTOS 2 X 0 CORINTHIANS
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP) Data: 10 de setembro de 2017, domingo Horário: 16h (de Brasília) Árbitro: Raphael Claus (Fifa-SP) Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (Fifa-SP) Público: 12.567 Renda: R$ 649.350,00 Cartões amarelos: SANTOS: Lucas Veríssimo, Victor Ferraz, Lucas Lima. CORINTHIANS: Gabriel, Romero, Marciel, Clayson.
GOL: SANTOS: Lucas Lima, aos 12 do 2T; Ricardo Oliveira. aos 47 do 2T;
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Gustavo Henrique (Luiz Felipe) e Zeca; Renato, Alison (Leandro Donizete) e Lucas Lima; Copete (Thiago Ribeiro), Ricardo Oliveira e Bruno Henrique Técnico: Levir Culpi
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Marciel (Moisés); Gabriel (Giovani), Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero (Clayson); Jô Técnico: Fábio Carille
Nesta sexta-feira, dia 1º de setembro, o Corinthians tem muito o que comemorar. O clube do Parque São Jorge completa 107 anos de história, com dezenas de conquistas e uma torcida Fiel ao seu lado.
Ao longo deste centenário, o Timão colecionou títulos. A equipe soma 48 taças ao todo, tendo entre eles o bicampeonato no Mundial de Clubes (2000 e 2012), a Libertadores da América (2012), a Recopa Sul-Americana (2013), o hexacampeonato brasileiro (1990, 1998, 1999, 2005, 2011 e 2015) e o tri na Copa do Brasil (1995, 2002 e 2009). O último título alvinegro veio no início desta temporada, com a 28ª conquista do Campeonato Paulista.
Em comemoração a esta data tão especial no calendário corinthiano, o Meu Timão separou uma lista com os fatos mais marcantes da história do clube alvinegro, indo da sua fundação, em 1910, à inauguração da Arena Corinthians, em 2014. Confira!
A fundação
Na noite do dia 1º de setembro de 1910, a esquina das ruas José Paulino e Cônego Martins, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, recebeu um grupo de operários formado por Anselmo Corrêa, Antônio Pereira, Carlos Silva, Joaquim Ambrósio e Raphael Perrone. Ali, sob a luz de um lampião, o Sport Club Corinthians Paulista foi fundado. Com a ajuda de mais oito jovens, a reunião dos primeiros integrantes e sócio fundadores do Timão foi realizada.
O nome da equipe foi inspirado no inglês Corinthian-Casuals Football Club, que fazia uma excursão no Brasil na ocasião e havia enfrentado o Atlética das Palmeiras, no dia 31 de agosto daquele ano. Entre os membros do recém-fundado Timão, o primeiro presidente do clube foi escolhido: o alfaiate Miguel Battaglia. Em seus momentos iniciais como mandatário, ele afirmou: “O Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time”. Dito e feito.
A estreia
O Corinthians entrou em campo pela primeira vez no dia 10 de setembro de 1910. A equipe encarou um amistoso diante do União da Lapa, uma equipe de várzea da capital paulista. A estreia, contudo, veio com uma derrota de 1 a 0, mas o resultado pouco importou. O desejo do grupo de operários do Bom Retiro havia se tornado realidade.
A primeira partida oficial do Timão, no entanto, veio apenas três anos depois. O clube alvinegro encarou seu primeiro desafio pelo Campeonato Paulista e acabou sendo derrotado pela Germânia, pelo placar de 3 a 1, no dia 20 de abril. A equipe alvinegra terminou em quarto lugar entre cinco equipes no torneio estadual.
O primeiro título
Com apenas quatro anos de existência, o Corinthians conquistou o primeiro título de sua história. A equipe alvinegra garantiu a taça do Campeonato Paulista de 1914, no dia 8 de novembro daquele ano, com um aproveitamento de 100% em dez partidas disputadas.
A partir dos gols anotados por Police, Peres, Neco e Apparício, o Corinthians superou o Campos Elyseos pelo placar de 4 a 0, conquistando a taça com uma rodada de antecedência. Depois da conquista em 1914, o Timão se consagrou campeão estadual em mais 27 ocasiões, se tornando o maior detentor de títulos no torneio paulista.
Parque São Jorge
Na tarde do dia 18 de agosto de 1926, o Corinthians comprava o terreno do Parque São Jorge. O local, que mais tarde ficou conhecido como a “Fazendinha”, se perpetuou como uma das maiores sedes sociais do país. Quando adquirido pelo clube alvinegro, era um terreno repleto de árvores, ao lado de um Rio Tietê livre de poluição. O presidente do Timão da época, Ernesto Cassano, foi responsável pela assinatura na escritura da aquisição da primeira parte do terreno.
A partir daí o Timão passou a ser conhecido como o clube da Fazendinha. Grande jornais como O Esporte, A Gazeta Esportiva, O Correio Paulistano, Folha da Manhã, O Estado de São Paulo, O Diário da Noite e a Gazeta, se referiam ao local dos jogos da equipe com a frase “O jogo será na Fazendinha”. Na época, o Parque São Jorge já contava com um campo de futebol com arquibancadas, praças de esportes, campo de tênis e salão de dança. A estrutura foi usada como uma perfeita base para o começou de uma história gloriosa, que segue longe de seu fim.
A Invasão Corinthiana
Em 5 de dezembro de 1976, Corinthians e Fluminense mediram forças pela semifinal do Campeonato Brasileiro. O dia, contudo, foi protagonizado pela Fiel. Ao menos 70 mil torcedores alvinegros viajaram para o apoiar o Timão nas arquibancadas do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. O episódio ficou marcado como um dos maiores descolamentos de torcida visitante da história do futebol. Ao todo, 146.043 pessoas pagaram ingresso para ver o confronto, maior público pagante a assistir a uma partida do time do Parque São Jorge.
Apesar da festa da Fiel, o Fluminense abriu o placar com Pintinho. A equipe do Parque São Jorge, por sua vez, conseguiu um empate antes do fim do primeiro tempo com o meia Ruço. O clássico se manteve amarrado e a decisão acabou nos pênaltis. E foi neste momento que o goleiro Tobias brilhou, defendendo duas cobranças – ou três, já que o árbitro anulou a tentativa de Rodrigues Neto, da equipe carioca. Sem errar nenhuma penalidade, o Corinthians saiu no Maracanã com a vaga para a final do torneio nacional e levou alegria para a multidão que o acompanhava.
Paulista de 1977 – O fim do jejum
Há 40 anos, o Corinthians comemorava um dos títulos mais importantes de sua história: o Campeonato Paulista de 1977. No dia 13 de outubro daquele ano, a equipe do Parque São Jorge encerrou um jejum de 23 anos sem conquistas com uma vitória de 2 a 1 sobre a Ponte Preta, em pleno estádio do Morumbi. Mais de 86 mil torcedores, que lotaram as arquibancadas do estádio paulista, assistiram a conquista corinthiana.
Antes do título de 1977, a última conquista do Corinthians havia sido o Campeonato Paulista de 1954. O gol que pôs fim ao jejum saiu dos pés do volante Basílio, que ganhou o apelido de Pé-de-Anjo depois de marcar o tento da conquista do 16º título estadual do Timão. A partida foi a terceira disputa entre as equipes, onde o primeiro confronto terminou com uma vitória corinthiana por 1 a 0, com gol de Palhinha, e o segundo duelo foi marcado por uma derrota do Timão, pelo placar de 2 a 1.
O feito foi repetido pelo clube do Parque São Jorge em 2017, quando o time empatou por 1 a 1 diante da Ponte Preta, na Arena em Itaquera. A taça foi para as mãos corinthianas sem a necessidade de disputa de pênaltis por conta do resultado do confronto de ida, onde o Timão venceu a equipe de Campinas pelo placar de 3 a 1, no estádio Moisés Lucarelli.
Democracia Corinthiana
Entre os anos de 1981 e 1985, o Corinthians passou por um dos momentos mais importantes de sua história. Trata-se da Democracia Corinthiana, período onde todos os funcionários do Timão participavam das decisões do clube, enquanto o Brasil vivia em meio a uma ditadura militar. O movimento surgiu após uma péssima campanha alvinegra e surgiu com o encontro das pessoas certas, no momento certo.
O Corinthians passou por uma das piores campanhas da sua história no ano de 1981, quando terminou na 26ª colocação do Campeonato Brasileiro e ficou com o oitavo lugar na disputa do Paulistão. Em abril daquele ano, Waldemar Pires assumiu a presidência do clube e indicou o sociólogo Adílson Monteiro Alves para a diretoria de futebol. O mandatário tinha o hábito de se comunicar bem com o elenco, que integrava os ídolos Sócrates e Walter Casagrande.
A revolução se deu a partir daí e o Corinthians passou a funcionar com um sistema de autogestão, onde jogadores, funcionários, comissão técnica e diretoria definiam contratações, demissões e até a escalação da equipe em conjunto. Durante este período, o Timão chegou a ser bicampeão paulista e chegou a ir às semifinais do Brasileirão. A Democracia passou por maus momentos em 1984, quando Sócrates foi para a Itália e Casagrande para o São Paulo. Em 1985, Pires tentou eleger Alves como sucessor e foi derrotado, colocando um ponto final em um dos principais capítulos do futebol alvinegro.
Campeonato Brasileiro de 1990
Em 16 de dezembro de 1990, o Corinthians conquistou pela primeira vez o título do Campeonato Brasileiro. A conquista inédita veio em uma final contra o rival São Paulo, no estádio do Morumbi. O Timão venceu a equipe do Morumbi por 1 a 0 nas duas partidas decisivas. Com um elenco marcado por Neto, Ronaldo Giovanelli & cia., a finalíssima contou com gol histórico de Tupãzinho, o talismã da Fiel.
Ao contrário de edições anteriores do Brasileirão, o clube do Parque São Jorge entrou desacreditado na disputa da taça de 1990. Sem grandes estrelas, na ocasião, a equipe chegou a iniciar a competição com duas derrotas. Contudo, com o passar das rodadas, o Timão se recuperou e conseguiu a classificação para o quadrangular final. O título ficou marcado por um time raçudo com a “cara do Corinthians”, e foi assistido por mais de 100 mil torcedores no estádio do Morumbi.
Mundial de 2000
Há 17 anos, o Corinthians conquistava um dos maiores títulos de sua história. No dia 14 de janeiro de 2000, a equipe alvinegra comandada pelo técnico Oswaldo de Oliveira bateu o Vasco, em pleno estádio do Maracanã, e faturou a sua primeira taça no Mundial de Clubes da Fifa. Depois de um empate sem gols na primeira partida entre as equipes brasileiras pela taça mundial, a decisão acabou sendo levada para os pênaltis. Na disputa, o Timão levou a melhor e derrotou os cariocas por 4 a 3.
Assim como acontece nos moldes do Mundial atualmente, o regulamento da época previa que o atual campeão nacional do país-sede participasse do torneio. Bicampeão do Brasileiro em 1998 e 1999, o Timão recebeu o convite e participou da competição junto com Al-Nassr (Campeão da Supercopa da Ásia 1998), Manchester United (Campeão da Liga dos Campeões da UEFA 1998-99), Necaxa (Campeão da Liga dos Campeões da CONCACAF 1999), Raja Casablanca (Campeão da Liga dos Campeões da África 1999), South Melbourne (Campeão da Liga dos Campeões da OFC 1999), Vasco da Gama (Campeão Copa Libertadores da América 1998) e Real Madrid (Campeão da Copa Intercontinental 1998). Segundo a Fifa, o Corinthians foi o primeiro campeão do torneio.
Libertadores de 2012 – A América em preto e branco
No dia 4 de julho de 2012, o Corinthians pintou a América de preto e branco com a conquista da Copa Libertadores. A consagração inédita veio de maneira épica, já que a equipe ficou com a taça do torneio continental de forma invicta. Na presença de 37.959 pessoas no estádio do Pacaembu e precisando de um resultado simples sobre o argentino Boca Juniors, já que a partida de ida havia terminado empatada pelo placar de 1 a 1, o Timão conquistou o título tão aguardado com uma vitória de 2 a 0.
O feito corinthiano foi gigantesco, já que apenas outros cinco times alcançaram a taça da Libertadores sem sofrer derrotas. A última vez havia acontecido em 1978, com uma conquista do Boca Juniors. Ao todo, foram 14 jogos disputados pelo Corinthians na competição continental, com oito vitórias e seis empates. A equipe comandada pelo técnico Tite, que hoje atua na Seleção Brasileira, marcou 22 gols durante o torneio e sofreu apenas quatro tentos.
Bicampeonato Mundial de 2012
Com a taça da Libertadores de 2012 nas mãos, o Corinthians partiu em busca de outro título internacional: o Mundial de Clubes. Foi em 16 de dezembro daquele ano que o Timão conquistou o título pela segunda vez em sua história. Sob comando do técnico Tite, que hoje atua pela Seleção Brasileira, o clube do Parque São Jorge venceu o inglês Chelsea por 1 a 0 e agarrou o troféu mais cobiçado do planeta.
Palco da final, o Yokohama Stadium foi completamente lotado com mais de 40 mil torcedores alvinegros. Naquela partida, se destacaram as grandes defesas do goleiro Cássio e o gol chorado ao melhor “estilo Basílio”. O tento do título foi anotado pelo peruano Paolo Guerrero, após jogada de Paulinho e Danilo. Vale destacar que o Corinthians foi o último clube sul-americano campeão do Mundial de Clubes da Fifa, sendo o brasileiro mais vitorioso da competição. No mundo, apenas o Barcelona tem mais conquistas (2009, 2011 e 2015).
Arena Corinthians
Após anos de espera, o Corinthians finalmente teve um estádio para chamar de seu. A Arena Corinthians saiu do papel no dia 30 de maio de 2011, e depois de um pouco menos de três anos, a Fiel pôde ver o projeto finalizado. O local na Zona Leste de São Paulo foi inaugurado com um amistoso histórico em maio de 2014, que contou com a presença de jogadores das mais diversas gerações da história do clube alvinegro.
Dias depois, em 18 de maio de 2014, que a Arena em Itaquera recebeu o primeiro jogo oficial do Corinthians. A partida, válida pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro daquele ano, foi realizada com a presença de 36.123 corinthianos. O resultado ou o adversário pouco importaram, mas o time da casa perdeu por 1 a 0 para o Figueirense. Autor do primeiro gol no estádio, o meia Giovanni Augusto viria para o clube alvinegro tempos depois, em 2016.
Ainda em 2014, o estádio alvinegro também recebeu a abertura da Copa do Mundo, realizada no Brasil. O confronto entre a Seleção Brasileira e a Croácia acabou com o placar de 3 a 1 para a equipe anfitriã, sendo o primeiro dos cinco jogos que a Arena Corinthians recebeu no torneio internacional. A casa do Timão chegou a sediar a semifinal entre Holanda e Argentina, que terminou com vitória dos Sul-Americanos nos pênaltis.
E para você, Fiel, quais outros momentos foram marcantes nesses 107 anos de história do Corinthians?
Candidato à presidência fala dos problemas do clube e de como pretende resolvê-los
Almir Leite
26 Agosto 2017 | 09h14
Parte I
Antonio Roque Citadini quer voltar à linha de frente do Corinthians. Desta vez, como presidente. Para isso, já se coloca como candidato na eleição de fevereiro de 2018. Às vésperas de completar 67 anos, no início de setembro, o conselheiro vitalício do clube do qual foi vice-presidente entre 2001 e 2004, considera que, independentemente da boa fase vivida no futebol, o Corinthians sofre hoje com vários problemas.
Ele lista os principais: conclusão, financiamento e gestão do da arena (mais especificamente a falta de
um plano de negócios para o estádio que represente receitas efetivas para o clube), a subtilização atual do Parque São Jorge, a falta de investimento nos esportes olímpicos e a ineficiência do departamento
de marketing.
Nesta entrevista ao blog, que será publicada em duas partes, ele conta como, se eleito, pretende resolver esses problemas.
Por que o senhor está se lançando candidato?
A eleição no próximo ano vai se dar numa situação muito diferente da do passado, dos últimos 15 anos. O clube vive hoje uma série de problemas que o atual grupo de dirigentes, que já está lá há dois,
três mandatos, claramente não tem condições de resolver. Eles não conseguem superar esses problemas.
Especificamente em relação ao estádio, quais são os problemas?
Há um problema que está se arrastando desde a inauguração do estádio, na Copa de 2014, que é a conclusão do estádio. O Corinthians tem várias pendências com a construtora (Odebrecht). Não consegue definir afinal o que falta fazer, o que não foi feito, o que foi feito errado, o que precisa corrigir. O clube precisa, em algum momento, sentar com a construtora e conversar. Vamos ver se a gente afinal conclui (o estádio).
Na sua visão, qual o motivo dessa indefinição?
Esta dificuldade ocorre por várias razões. Mas o principal motivo é que a construção do estádio se deu com emoção, com empolgação e faltando alguma racionalidade. Por exemplo: quando você vai
conversar com a atual direção sobre esse balanço final do estádio eles dizem: ‘Tá lá o contrato que é de tanto, etc. e tal.’ Não. Aquele contrato sofreu grandes alterações, muitas das quais autorizadas pelo Corinthians.
Existe um grande impasse…
A verdade é que não se conseguiu até agora chegar com a construtora e concluir o processo de conclusão (do estádio), porque realmente faltam algumas coisas a ser concluídas, mas a construtora diz que
não concluiu aquilo porque construiu outras coisas. Há itens que precisam ser refeitos. Então, o que fica claro nisso é que esse grupo de dirigentes não tem condições de resolver. Por um motivo: porque foram eles que, acertada ou erradamente, fizeram um monte de coisas. E como eu disse: teve muita emoção.
Mas tem um contrato também…
Muitas autorizações foram dadas para a construtora por funcionário do clube, o cara do marketing… Tem lá e-mail mandando fazer isso, fazer aquilo. Agora, numa construção, você manda fazer alguma coisa e tem um custo. Esse ajuste de contas precisa ser feito. Faz quatro anos que o clube não consegue fazer. Não adianta o clube soltar nota pelo jornal dizendo ‘eu não aceito isso, eu não aceito aquilo’.
Isso é apenas empurrar com a barriga.
O que fazer, então?
O que o clube tem de fazer é sentar com a construtora e conversar. Se houver acordo, vai para a conclusão (do estádio); se não houver, vai para a arbitragem.
Existe uma auditoria que, ao que parece, foi concluída…
A auditoria demorou porque o Corinthians não quer olhar para a auditoria. O Corinthians está com uma síndrome, de ele não querer ver os problemas. A atual direção não quer ver os problemas. Como
para resolver um problema a primeira coisa é olhar para ele e constatar, eles não querem a auditoria, que é relevantíssima, porque vai dar ao Corinthians embasamento para conversar com a construtora.
Sem esse embasamento vai ficar uma conversa de louco, cada um fala uma coisa. Agora, o Corinthians quase que não quer a auditoria. Porque não forneceu dados, procurou trabalhar de forma a protelar…
Como se fosse possível fazer um acordo com a construtora sem o clube estar ciente dos seus problemas e das soluções.O que é básico nisso aí: o pessoal que fez a construção não tem condições de solucionar.
Mas o estádio é positivo para o Corinthians.
O estadio é belíssimo, agradabilíssimo, importante para o Corinthians, a torcida assumiu.A mais importante missão da próxima gestão é resolver o problema do estádio. Resolver bem. A primeira
missão é entender que o estádio é muito importante. Ele tem sido um diferencial para o Corinthians, você vê o Corinthians jogando lá e vê em outro lugar, o clube tem ganho esportivo com o estádio.
Portanto, nós precisamos fazer uma boa solução com a construtora. Ou vai ser no acordo ou vai acabar tendo numa arbitragem, mas deve chegar um momento e solucionar.
Que motivos teria a diretoria atual para não solucionar?
O Corinthians tem uma coisa que não quer assumir… a abertura da Copa do Mundo custou 100 milhões. O Corinthians se responsabilizou, mas porque, diz o Corinthians, havia uma conversa que o governo do
Estado e o governo municipal bancariam. Não bancaram. E aí o clube gastou 100 milhões. Eu defendo (a tese de) que o clube não construiria aquele estádio se não fosse para a Copa. Eu sempre defendi o estádio, não é por uma questão eleitoral que vou falar mal do estádio. Eu falo que precisamos superar isso daí, resolver o problema e assumir até os nossos erros. Esse negócio da abertura da Copa, por exemplo: se nós aceitamos, vamos ter de encontrar solução.
Como solucionar?
Temos com a construtora vários pontos. O que falta terminar, o que não foi bem feito, tem coisas que precisam corrigir, algumas coisas que o Corinthians não autorizou, o clube tem de mostrar. Isso tudo
não se resolve não é por causa da construtora. Não se resolve por causa do Corinthians. Quem tem de dar o passo é o Corinthians e dizer: olha está aqui a lista de coisas que vocês não fizeram, que
precisam fazer e aí eles vão dizer do lado de lá (se é isso ou não). Porque como teve um monte de gente que acabou se envolvendo, muitas coisas não estão claras. Nos temos de salvar o estádio, nesse sentido
de que é importante para o Corinthians. Ponto.
E o financiamento da arena?
Esse é o segundo problema. É com a Caixa. Nós temos um empréstimo do BNDES que é um empréstimo bom, os juros são bons, são iguais a todo mundo, que o Corinthians precisa pagar e vai pagar. Não tem outra alternativa. Agora, este negócio com a Caixa, quando foi feito lá trás, o país era um país onde tinha dinheiro sobrando. Estabeleceu-se um plano de negócios que hoje não fica em pé porque o País mudou.
Nós temos de ajustar a nossa relação com a Caixa e pagar, como qualquer credor faz.
Tem a questão dos Naming Right…
Não tem naming right porque não tem empresa (interessada). Não adianta o Corinthians ficar vazando todo mês que está 90% perto de fechar um acordo. E o que é pior: como não tem, corre o risco de
negociar com picaretas.Tem de negociar com empresa séria, que vai ficar 20 anos anunciado lá.
O Corinthians também está sem patrocinador master há vários meses…
O marketing é outro grande problema no Corinthians. Nós vivemos uma situação difícil de acreditar. A Caixa só cancelou publicidade no Corinthians. O clube está fazendo uma campanha histórica no
Brasileiro e joga sem anúncio principal. É uma incompetência absoluta do marketing. Uma empresa que deixou (de patrocinar), embora tenha continuado em todos os outros clubes. Ninguém sabe o motivo real (de não renovar). O que fica como problema é que nós precisamos ter uma atuação de marketing mais agressiva, que nos dê receita.
Parte II
Nesta segunda parte da entrevista ao blog, o candidato à presidência do Corinthians Antonio Roque Citadini fala das deficiências operacionais da Arena e de problemas nas categorias de base, entre outros temas. E assegura que, se eleito, Fábio Carille continuará como treinador.
Há vários espaços na Arena que ainda não foram negociados…
Há problema de gestão do estádio. Foi entregue para a Omni, que só existe no Corinthians, pro Corinthians e com o Corinthians. A ideia que todo mundo falava, inclusive a diretoria, é que a gestão do estádio seria dada para uma grande empresa, americana, e com isso o clube iria ter receita para pagar a Caixa, para pagar outras despesas, para a manutenção, modernização… Ocorre que a Omni é uma empresa pequena, limitada a trabalhar no Corinthians e não está produzindo os valores para a gente poder pagar a Caixa, porque a exploração do estádio não está se dando na forma como era o projeto.
É óbvio que tem dificuldade, mas nós temos o estádio cheio em qualquer situação, com o time bom ou mau. No começo do ano, canibalizaram os preços dos ingressos altos, sem nenhum sentido. Que
se reduza o preço dos ingressos baratos, no setor popular, ótimo. Agora, que se canibalize os setores caros do estádio, qual é o sentido disso?
O trabalho da empresa deixa a desejar?
Todos os clubes que têm esse programa de sócio-torcedor alegam que, hoje, é a maior receita dos clubes. E precisam ser para nós. Não temos dificuldade. Lotar o estádio é um problema que não existe para
o Corinthians. Mas ela (Omni) é uma empresa limitada e é uma situação assombrosa o fato de só trabalhar para o Corinthians. Por exemplo: ela tem um método de (venda de) ingresso antigo, uma coisa
pré-Copa, então precisaria a venda de ingresso ser modernizada. Não o é porque ela é uma empresa limitada.
Seria o caso de romper o contrato?
O Corinthians precisa colocar claramente as suas exigências. E se ela tiver condições de tocar, ela dirá. Eu creio que não tem. Mas (a empresa) não vai querer se agarrar num contrato que assinou no
apagar das luzes e achar que esse contrato é a segurança dela. A segurança de uma empresa de serviços é ela atender bem o serviço que ela foi contratada. E, no nosso caso, é dar dinheiro para a gente
pagar a Caixa.
Há outros problemas no clube, além desses?
Nós temos outros problemas. Eu venho há anos dizendo que um dos maiores erros do clube foi adotar essa coisa de vender para empresários os jogadores da categoria de base. Eu desde sempre digo:
ou é 100% do Corinthians ou não precisa jogar no Corinthians. Esta é uma coisa que o clube está vendo agora o erro que cometeu nesses anos todos de ficar partindo propriedade dos jogadores. O Corinthians tem de fazer como qualquer clube grande, como faz o Barcelona, o Real Madrid, a Inter de Milão, o Milan e os jogadores da categoria de base ser 100% do Corinthians. Eu ganhando a eleição vai ser 100% e quem quiser ter parte no jogador de 17, de 18 anos, pode ir para outro clube. Se for para a gente fazer negócio para os empresários, perde completamente o sentido.
Quais seus planos para o Parque São Jorge?
Esse é outro problema que o clube tem. Que não é um problema. Por isso eu disse que a eleição vai se dar em uma situação muito diferente. O futebol deixou o Parque São Jorge, agora ninguém treina
lá, ninguém joga lá. Há jogadores que não sabem onde é o Parque São Jorge. Ele assina o contrato no CT, joga na arena, conhece o Parque por fora. Então nós precisamos repensar uma série de coisas.
Mas o que fazer?
Podemos dar um grande salto nos esportes olímpicos. Basquete, natação, vôlei, futebol de salão, futebol feminino. Com o clube agora desobrigado no futebol, pode fazer uma revolução no esporte olímpico. E o Corinthians foi grande no esporte olímpico. Nós tivemos equipes extraordinárias no basquete, no vôlei, natação e podemos voltar a ter. O futebol cresceu tanto que aquela relação que havia entre o clube social e o futebol ficou insignificante. O que o clube gasta hoje no clube social, para manter limpo, bonito, é um ou (são) dois jogadores. A relação mudou muito. Não é problema.
Como está o quadro social do clube?
O Corinthians não tem uma base de sócios boa. Ele precisa hoje ampliar a sua base e uma das coisas é vincular o sócio ao futebol. Ele precisa ter acesso para poder comprar ingresso, para poder frequentar o estádio. Porque o sócio do clube é importante, mas também é importante que ele viva o futebol. Se o Corinthians fizer essa integração futebol-clube social, o futebol será uma grande alavanca para o clube social. Muitas pessoas terão interesse.
Citadini presidente: O Carille está garantido?
Há aí uma coisa muito interessante. O Corinthians é o clube mais profissional que tem. Há mais de 15, 20 anos o futebol tem sofrido pouquíssima influência da política do clube. O futebol profissional.
O de base não. De uma certa forma o Corinthians sempre conseguiu estancar pressões. Esse caso do Carille e da comissão técnica é uma prova acabada disso. O clube optou por isso daí, estão fazendo um
bom trabalho. O clube tem de ser cada vez mais profissional, tem de ter um diretor técnico, como tem, boa comissão técnica e tem de ser administrado sem esses humores. A política não deve envolver nisso.
Eu não tenho nenhuma dificuldade em prestigiar o Carille. Até porque eu nunca fui a favor dessa coisa de presidente chegar com o seu técnico.
Mais uma vez, pelo segundo sábado consecutivo, o líder Corinthians foi derrotado em plena Arena para uma equipe que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Após muito martelar o Atlético-GO, perdendo gols inacreditáveis com Clayson e Kazim, o Timão saiu de campo com um revés de 1 a 0 no placar, na noite deste sábado, pela 22ª rodada.
Como resultado, o líder Corinthians estaciona nos 50 pontos. Como o vice-líder Grêmio não joga neste fim de semana (partida adiada para o próximo sábado), o Timão, por ora, mantém a vantagem de dez pontos na ponta da classificação. O lanterna Atlético-GO, por sua vez, chegou aos 18 pontos e diminuiu para cinco a distância para o vice-lanterna Avaí.
Vale destacar que o Corinthians entrou em campo sem quatro de seus titulares: machucados, Balbuena e Guilherme Arana foram baixas; suspensos, Ángel Romero e Jô também não puderam jogar. Assim, o Timão foi escalado com: Cássio; Fagner, Pedro Henrique, Pablo e Moisés; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Clayson; Kazim.
Em tempo: por conta da paralisação do Campeonato Brasileiro para a realização de jogos das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018, o Corinthians volta a jogar apenas no próximo dia 10, quando visita o Santos na Vila Belmiro em clássico válido pela 23ª rodada.
PRIMEIRO TEMPO
Como era de se esperar, o líder Corinthians dominou o lanterna Atlético-GO em todos os fundamentos e critérios possíveis. Isso não proporcionou, no entanto, nenhuma bola na rede da equipe goiana. E olha que chances não faltaram…
Aproveitando-se de um horripilante time do Atlético-GO, o Corinthians não demorou para criar a primeira oportunidade de gol. Após falta sofrida por Jadson na entrada da área, pela direita, Maycon encobriu a barreira adversária e viu o goleiro Marcos fazer defesa tranquila.
Menos de dez minutos depois, foi a vez de Fagner assustar o arqueiro do Atlético-GO. O camisa 23 desarmou um jogador adversário e rolou para Clayson. O atacante cruzou, Kazim dividiu com a zaga e na sobra quem apareceu foi justamente Fagner para chutar rente à trave direita de Marcos.
Rapidamente, o Corinthians construiu outra boa chance com Kazim. O “gringo da favela” recebeu passe de Rodriguinho, ajeitou já dominando para o chute e então soltou a bomba. Marcos se esticou e espalmou a bola.
Percebendo que a retranca do Atlético-GO estava atrapalhando as subidas ao ataque, o Corinthians decidiu arriscar de fora da área. E foi assim que quase balançou as redes, com chutes de Moisés, tirando tinta do travessão, e Fagner, acertando a trave direita de Marcos.
SEGUNDO TEMPO
Ciente de que sua equipe praticamente não sofreu ataques do Atlético-GO, o técnico Fábio Carille decidiu ousar na volta do intervalo. Logo de cara, sacou Gabriel para dar chance a Camacho, visando assim mais ofensividade. E não é que, logo no segundo minuto, o treinador acabou “castigado”?!
Bruno Pacheco cobrou escanteio fechado, no primeiro pau e viu o zagueiro Gilvan aparecer para cabecear. Kazim, que estava destacado na marcação, não conseguiu impedir a finalização e apenas assistiu às redes de Cássio serem balançadas.
Na sequência, o Corinthians tentou colocar a bola no chão e, pacientemente, buscar chances de empatar a partida. Pouco mais de dez minutos após levar o tento de Gilvan, o Timão chegou com bastante perigo ao ataque: Jadson cruzou, Rodriguinho cabeceou e Marcos espalmou a bola. No rebote, com a meta livre a sua frente, Clayson testou… para fora!
Em seguida, foi a vez de Kazim perder o gol. E em lance ainda mais inacreditável! Camacho, de cavadinha, jogou a bola na grande área. Após bate e rebate da zaga do Atlético-GO, Kazim ficou com a pelota de frente para a meta adversária e chutou… para defesa incrível do goleiro Marcos.
Carille, então, decidiu mexer mais uma vez na equipe: tirou Jadson, que voltava de lesão, e colocou Marquinhos Gabriel. Mas foi o Atlético-GO quem achou uma boa chance na sequência. Em contra-ataque bem armado, Walter ficou com a bola pela direita e arriscou o chute cruzado, obrigando Cássio a fazer grande defesa.
E aí o treinador corinthiano decidiu gastar sua última ficha: tirou o lateral-esquerdo Moisés e promoveu a estreia profissional do atacante Carlinhos. E aí, meu amigo… Tome pressão do Timão!
Aos 30 minutos, Camacho soltou bomba de fora da área e viu a bola passar perto do canto direito de Marcos. Aos 37, Carlinhos recebeu cruzamento e cabeceou, mas não pegou bem na bola e viu o goleiro fazer tranquila defesa. E no fim das contas, ficou nisso. O Timão não conseguiu furar a retranca do Atlético-GO.
Corinthians passou longe do futebol apresentado em suas melhores atuações da temporada. Ainda assim, com direito a gol nos 44 minutos do segundo tempo, o Timão superou a Chapecoense por 1 a 0 na Arena Condá, na noite desta quarta-feira, em jogo adiado pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. O artilheiro Jô foi o autor do tento salvador.
Como resultado, o Corinthians somou três pontos e chegou aos 50, mantendo a liderança isolada do Brasileirão. Mais do que isso, os comandados de Fábio Carille abriram dez pontos de vantagem para o vice-líder Grêmio. Agora todos têm 21 partidas disputadas!
Vale lembrar que o Corinthians entrou em campo com três modificações em relação ao time que havia perdido do Vitória no fim de semana passado: Marquinhos Gabriel no lugar de Clayson; Léo Santos na vaga de Balbuena; e Moisés no posto de Guilherme Arana. Assim, o Timão foi escalado com: Cássio; Fagner, Léo Santos, Pedro Henrique e Moisés; Gabriel e Maycon; Marquinhos Gabriel, Rodriguinho e Ángel Romero; Jô.
Em tempo: sem tempo para descansar, o Corinthians já volta a campo na noite deste sábado, na Arena, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Timão recebe o Atlético-GO. Para tal partida, já foram anunciados mais de 27 mil ingressos vendidos antecipadamente.
PRIMEIRO TEMPO
Os primeiros 45 minutos foram tristes demais para os torcedores que se aventuraram a assistir à partida. Um jogo truncado, no qual a bola raramente saía do meio de campo. Com relação ao Corinthians, a eficiência de sempre na defesa e a dificuldade de outros tempos para criar uma jogada de qualidade no ataque. Conclusão: 0 a 0 merecido!
Aos 30 minutos, o lance mais emocionante do primeiro tempo. Jô avançou dentro da área pela esquerda e cruzou rasteiro para Rodriguinho. O meia dominou, viu a bola espirrar em seu braço e então estudou as redes. O juiz, alegando toque de mão, anulou o gol corinthiano.
Inconformado com a marcação do árbitro, Jô se exaltou na reclamação e acabou punido com cartão amarelo. Como já estava pendurado, o camisa 7 fica suspenso para a partida do próximo sábado, contra o Atlético-GO, na Arena, pela 22ª rodada do Brasileirão.
Sete minutos depois, foi a vez de a Chapecoense assustar o torcedor do Corinthians. Wellington Paulista avançou pelo lado esquerdo da defesa alvinegra e cruzou na medida para Túlio de Melo, que subiu mais alto do que todo mundo e cabeceou levando muito perigo ao gol de Cássio.
SEGUNDO TEMPO
A etapa complementar, apesar de também marcada por falta de qualidade técnica, teve maior ofensividade do Corinthians. Foram os comandados de Fábio Carille quem demonstraram maior interesse em balançar as redes adversárias. Não à toa, logo aos oito minutos, Fagner cruzou bolão para Rodriguinho, que chutou de primeira rende à trave esquerda de Jandrei,
Ah! Um “detalhe”: a finalização de Rodriguinho, citada acima, foi a primeira do Corinthians na partida, haja vista que o gol anulado no primeiro tempo não vale nem para estatísticas.
Percebendo que o Corinthians, mesmo mais ligado, encontrava dificuldade em chegar ao gol adversário, Carille decidiu mexer na equipe: sacou Marquinhos Gabriel e colocou Clayson em campo.
O meia-atacante não se deu bem em campo. Logo em sua primeira jogada, tomou cartão amarelo por falta boba. Um pouco depois, recebeu bolão em contra-ataque, pela esquerda, e ao invés de cruzar para Jô tentou vencer sozinho o goleiro Jandrei, sendo travado e perdendo assim boa chance de o Timão abrir o marcador.
Ainda sem entregar os pontos, Carille promoveu outra alteração: Camacho no lugar de Gabriel, dando assim mais alternativa aos ataques do Corinthians.
E lá foi o Timão novamente em busca do gol. Já aos 35 minutos, Jô cruzou e a zaga da Chapecoense falhou na tentativa de cortar. Romero ficou com a bola na cara da meta, mas errou bisonhamente o chute e perdeu chance incrível de balançar as redes.
Quem não faz… por pouco não toma! No minuto seguinte, Túlio de Melo aproveitou-se de bate-rebate na pequena área corinthiana e soltou o petardo em direção ao gol corinthiano, sem chances de defesa para Cássio. Eis que o jovem Léo Santos apareceu como um relâmpago na linha de fundo para afastar a bola e impedir o gol da Chapecoense.
Seria do Corinthians, contudo, o primeiro e único gol da noite. Jô, aos 44 minutos da etapa final, balançou as redes, chegou a seu 12º gol na competição e voltou a assumir o posto de artilheiro. A jogada saiu dos pés de Romero, que enfiou belo passe para Clayson. O meia-atacante deslocou Jandrei e rolou para o camisa 7, que empurrou a bola para o fundo das redes.
O líder Corinthians conheceu sua primeira derrota no Campeonato Brasileiro neste sábado, exatos cinco meses após seu então último revés, para a Ferroviária. Em jogo marcado por decisões equivocadas tomadas pelo juiz Eduardo Tomaz Valadão, o Timão não soube superar a defesa do Vitória e acabou derrotado por 1 a 0 na Arena Corinthians, gol marcado pelo atacante Tréllez.
O próximo desafio do Corinthians está marcado para quarta-feira, diante da Chapecoense, às 19h30 (de Brasília), na Arena Condá, em Chapecó. O compromisso é válido pela 20ª rodada do Brasileirão.
PRIMEIRO TEMPO
Antes de enfrentar o Vitória, o Corinthians havia ficado atrás do placar uma única vez em todo o primeiro turno do Campeonato Brasileiro – no empate por 2 a 2 com o Atlético-PR. Havia! A equipe de Vagner Mancini, que, à frente da Chapecoense, empatara com o Timão na primeira rodada, levou só 11 minutos para surpreender Cássio e abrir o marcador.
A jogada teve início num erro de passe de Fagner. Camisa 10 do Vitória, Neilton puxou rápido contra-ataque pelo meio e colocou Tréllez nas costas de Guilherme Arana. O atacante finalizou cruzado e contou com desvio do lateral corinthiano para pôr os visitantes em vantagem na Arena Corinthians.
Por incrível que pareça, não foi o gol do Vitória que irritou os corinthianos presentes em Itaquera. O Timão, superior ao longo da etapa inicial, teve dois pênaltis a seu favor não assinalados pelo árbitro goiano Eduardo Tomaz Valadão: o primeiro em Jô, que levou um pontapé do zagueiro Kanu; depois, Pedro Henrique foi puxado pela camisa dentro da área.
Como de costume, o Corinthians trocou passes e, embora com certa pressa para definir jogadas, soube envolver a equipe do Vitória no primeiro tempo. Mas tal supremacia não foi transformada em gols, e o time de Fábio Carille foi para o vestiário atrás do placar pela primeira vez na competição nacional.
SEGUNDO TEMPO
A tarefa do Corinthians, que já era difícil, se tornou ainda mais complexa em razão de uma importante baixa. O lateral Guilherme Arana sentiu dores na perna direita durante o intervalo e precisou ser substituído. Carille, então, chamou o reserva imediato do setor, Moisés, para ocupar o lugar do camisa 13.
A estratégia do Timão era evidente: envolver o Vitória no campo de defesa e encontrar o gol de empate à base de passes em velocidade, infiltrações e triangulações pelos lados do campo. Tanto é que o técnico Fábio Carille não demorou a promover nova alteração, sacando Romero para a entrada de Marquinhos Gabriel.
O oponente de Salvador, por sua vez, não parecia tão disposto a jogar futebol. À la hermanos, o Vitória passou a abusar da cera e demorar a repor a bola em jogo, o que irritava Carille e demais membros da delegação alvinegra – o treinador, inclusive, chegou a bater boca com o quarto árbitro.
O período complementar aparentava ser uma repetição do primeiro. Forte ofensivamente, o Corinthians pecava no último passe e demonstrava intranquilidade rara, enquanto o Vitória apostava nos contra-ataques e na catimba para tirar uma invencibilidade de 34 partidas do líder da Série A.
Como uma última cartada, Carille colocou Jadson na vaga do zagueiro Balbuena, que acusou dores musculares e cansaço. Mas nada que mudasse o destino do confronto disputado na zona leste de São Paulo: derrota alvinegra por 1 a 0, o que não acontecia havia cinco meses, mais precisamente 34 jogos.
ESCALAÇÕES
Corinthians: Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Ángel Romero, Rodriguinho e Clayson; Jô (capitão);
Vitória: Fernando Miguel; Caíque Sá, Kanu, Wallace (capitão) e Juninho; Ramon, Uillian Correia, David e Yago; Neilton e Tréllez.
Depois de o Corinthians embolsar R$ 458 milhões em 2016, maior arrecadação de sua história, o cenário financeiro do clube é outro no primeiro semestre de 2017. Sem patrocinador master e, principalmente, as luvas da TV Globo, o Timão viu suas receitas declinarem no período: R$ 128 milhões entraram nos cofres do departamento de futebol. O número está no balanço financeiro divulgado pelo site oficial da agremiação no início da noite desta terça-feira.
O Corinthians registrou déficit superior a R$ 35 milhões nos primeiros seis meses da temporada. Tal cifra é resultado, entre outros fatores, da ausência de patrocínios, das poucas vendas de atletas fechadas pela diretoria e do frequente prejuízo do clube social, localizado no Parque São Jorge.
Não o bastante, a dívida corinthiana cresceu desde o último balancete financeiro. O Timão agora acumula R$ 472 milhões em débitos, contra R$ 425 milhões em dezembro. Essa conta, cabe ressaltar, não engloba os passivos ligados à Arena Corinthians, avaliada em quase R$ 2 bilhões.
Abaixo, o Meu Timão listou os principais dados do documento. Acompanhe:
Números* do departamento de futebol do Corinthians em 2017
Receitas
Direitos de transmissão (TV Globo): R$ 84 milhões
Patrocínios: R$ 25 milhões
Fiel Torcedor: R$ 9 milhões
Repasse de direitos federativos (venda de atletas): R$ 8 milhões
Receita líquida (após impostos e contribuições): R$ 117 milhões
Enquanto recebeu R$ 230 milhões da TV Globo em 2016, o Corinthians verá uma quantia significativamente menor ser depositada pela emissora em sua conta: cerca de R$ 170 milhões. Apenas a primeira parcela foi paga pelo canal.
Já em relação à renda com patrocínios, o Corinthians recebeu R$ 25 milhões no primeiro semestre de 2017; em 2016, quando foi parceiro da Caixa Econômica Federal (espaço master), abocanhou R$ 71 milhões.
Outro ponto a ser destacado é a mudança de postura sobre venda de jogadores. Se o Corinthians faturou R$ 144 milhões em 2016 com o repasse de direitos econômicos, essa receita foi de só R$ 8 milhões nesta temporada.
Despesas
Pessoal (folha salarial): R$ 77 milhões
Serviços de terceiros: R$ 7 milhões
Gerais e administrativas: R$ 4 milhões
Custos com transferências: R$ 553 mil
Amortização de direitos: R$ 14 milhões
Futebol: R$ 1 milhão
Rateio de despesas administrativas: R$ 5 milhões
Total das despesas: R$ 112 milhões
Déficit do departamento de futebol (após resultado não operacional): R$ 17 milhões
Em 2016, o valor total de despesas do departamento de futebol foi de R$ 299 milhões (incluindo folha salarial, contratações, etc.). A efeito de comparação, o Timão já gastou R$ 122 milhões em 2017, o que comprova que, de fato, o presidente Roberto de Andrade tem trabalhado para tentar reduzir custos.
Aqui, um detalhe importante: apesar de ter arrecadado R$ 128 milhões e gastado R$ 122 milhões, o futebol do Corinthians não fecha o semestre no “azul”. Isso porque despesas financeiras, de R$ 22 milhões, foram deduzidas do superávit operacional. Assim, a dívida do Timão entre janeiro e junho foi de R$ 17 milhões.
Números* do clube social do Corinthians em 2017
Receitas
Contribuições dos sócios: R$ 7 milhões
Explorações comerciais: R$ 1 milhão
Licenciamento e franquias: R$ 3 milhões
Receita líquida: R$ 11 milhões
Despesas
Pessoal: R$ 14 milhões
Terceiros: R$ 5 milhões
Gerais e administrativas: R$ 6 milhões
Depreciação: R$ 1 milhão
Esportes amadores: R$ 700 mil
(+) Rateio de despesas administrativas: R$ 5 milhões
Total das despesas: R$ 22 milhões
Déficit do clube social (após resultado não operacional): R$ 17 milhões
Assim como nas contas do departamento de futebol, há despesas financeiras (R$ 6 milhões) a serem incluídas antes do valor final. O déficit do clube social, portanto, não é de R$ 11 milhões, mas de R$ 17 milhões.
Dívida do Corinthians
Em dezembro/2016: R$ 425 milhões
Em junho/2016: R$ 472 milhões
O Corinthians fez, na noite deste sábado, no estádio de Itaquera, seu jogo mais tranquilo neste Campeonato Brasileiro. Invicto agora há 34 partidas, o Alvinegro não passou perto de perder a marca em nenhum momento do embate frente ao Sport, quase um espectador do bom futebol demonstrado pelo líder do torneio. Com gols marcados por Guilherme Arana, Rodriguinho (golaço) e Pedro Henrique, a equipe fez 3 a 1 sem qualquer sofrimento. Thallyson, já no fim, foi quem descontou para o time recifense.
Com o resultado, o Timão chega a 47 pontos conquistados na primeira metade da competição, melhor marca da história dos pontos corridos. e agora espera os resultados deste domingo para saber qual será sua distância para o Grêmio, segundo colocado, que entra em campo contra o Atlético-MG, às 16h (de Brasília) deste domingo, atualmente em 11 pontos. Do outro lado, o Leão tem 28 e encerra a primeira metade na briga por uma vaga na Libertadores da América do ano que vem.
Os comandados de Fábio Carille agora terão duas semanas apenas com treinamentos antes de encarar a equipe do Vitória, em duelo marcado para o dia 19, também em Itaquera, já que a partida contra a Chapecoense, que seria no próximo final de semana, foi reagendada para 23 de agosto. Já Luxemburgo e sua trupe voltam para Recife, onde recebem a Ponte Preta, no próximo domingo, às 16h (de Brasília), na Ilha do Retiro.
Corinthians cria bastante e abre o placar
O Corinthians foi o dono do jogo no primeiro tempo em Itaquera, chegando com perigo em pelo menos quatro oportunidades e só sofrendo em um escanteio cobrado pelo adversário. O domínio, que transmitiu bastante tranquilidade aos torcedores, foi tão claro que refletiu até no número de faltas cometidas pela equipe: em 45 minutos de bola rolando, nenhum corintiano cometeu qualquer infração.
O lance que inaugurou o perigo alvinegro se deu aos cinco minutos de bola rolando, quando Cássio saiu jogando com um chute longo, Romero fez excelente domínio, driblou o marcador e acionou Rodriguinho, que bateu de pé esquerdo. Bem colocado, Magrão fez a defesa. Pouco depois, porém, Fagner limpou Everton Felipe e cruzou. Maycon furou e Arana, esperto, bateu de primeira, vencendo o goleiro e abrindo o placar aos dez minutos.
A resposta rubro-negra foi rápida, com escanteio batido por Everton Felipe. A zaga corintiana não conseguiu cortar e a bola ficou quicando na pequena área até que Cássio conseguiu agarrá-la. Em outro escanteio, dessa vez pelo lado alvinegro, Balbuena subiu mais que a zaga e desviou para a primeira trave. Romero, em impedimento, complementou para o gol, mas o lance já estava parado pela arbitragem.
Depois de um início intenso, o Timão recuou um pouco suas linhas e passou a esperar mais os pernambucanos. Com dificuldade para vencer as linhas de marcação alvinegras, o Leão se safou de ver a desvantagem aumentar. Rodriguinho, em duas oportunidades, tentou o chute de esquerda e desperdiçou bons lances de Clayson e Fagner. Clayson, por sinal ,também teve boa chance, deixou Magrão no chão, mas acabou desarmado por Sander.
Rodriguinho dá show e Timão passeia
Os donos da casa voltaram para a etapa final com certa pressão por não terem transformado a sua superioridade em mais gols. O problema, porém, foi resolvido em questão de segundos. Antes de o cronômetro apontar um minuto, o Sport tentou pressionar a saída de bola, Balbuena tirou e Maycon conseguiu dar um balãozinho, ainda na intermediária defensiva. Rodriguinho pegou a bola no meio-campo, limpou um marcador e, na entrada da área, bateu de esquerda, no ângulo de Magrão. Um golaço.
O segundo gol fez com que o Sport se lançasse mais ao ataque, com Luxemburgo colocando Juninho e Anselmo no lugar dos inoperantes Osvaldo e Everton Felipe. Quem ficou numa situação melhor, no entanto, foi o Timão, que ganhou mais espaço para os seus atacantes trabalharem a bola. Jô, em duas oportunidades, quase saiu cara a cara com Magrão, mas parou em desarmes precisos do experiente Durval.
O volume de jogo foi tamanho que, antes da metade da etapa final, veio o gol definidor para a campanha história dos corintianos no primeiro turno. Após cruzamento de Arana, Magrão se esticou todo e colocou para escanteio. Na cobrança, Clayson achou Pedro Henrique, na altura da marca do pênalti, e o defensor testou firme, para baixo, vencendo Magrão e marcando pela primeira vez no Brasileiro.
Os minutos restantes serviram para Carille dar mais minutos de jogo a Pedrinho, substituindo um aplaudido Clayson, e a Camacho, que entrou no lugar de Maycon. Arana, cansado, pediu substituição e forçou a entrada de Léo Príncipe, único lateral disponível no banco. O único suplente que foi digno de nota, no entanto, foi Thallyson. Colocado por Luxemburgo no lugar de Patrick, ele acertou lindo chute, no ângulo de Cássio e fez um lindo gol para os pernambucanos.
FICHA TÉCNICA CORINTHIANS 3 X 1 SPORT
Local: estádio de Itaquera, em São Paulo (SP) Data: 5 de agosto de 2017, sábado Horário: 19h (de Brasília) Árbitro: Wagner Reway (MT) Assistentes: Fabio Rubinho e Marcelo Grando (ambos do MT) Público: 41.279 pagantes Renda: R$ 2.446.519,40 Cartões amarelos: Romero (Corinthians); Henríquez, Samuel Xavier (Sport) Gols:
CORINTHIANS: Guilherme Arana, aos dez minutos do primeiro tempo, Rodriguinho, a um minuto, e Pedro Henrique, aos 21 minutos do segundo tempo
SPORT: Thallyson, aos 38 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Guilherme Arana (Léo Príncipe); Gabriel, Maycon (Camacho), Romero, Rodriguinho e Clayson (Pedrinho); Jô Técnico: Fábio Carille
SPORT: Magrão, Samuel Xavier, Henríquez, Durval e Sander; Patrick (Thallyson), Rithely e Diego Souza; Osvaldo (Anselmo), Everton Felipe (Juninho) e André Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Noite de surpresa para as muitas pessoas que, há poucos meses, apontavam Atlético-MG como favorito ao título do Brasileirão e Corinthians como candidato à parte do meio da classificação. Com gols de Jô e Rodriguinho, o Timão de Fábio Carille não deu chances para os donos da casa e venceu por 2 a 0, no Mineirão, nesta quarta-feira, pela 18ª rodada.
Com o resultado, o Corinthians chegou à incrível marca de 44 pontos conquistados em 54 disputados. São 81,5% de aproveitamento, com 28 gols marcados e apenas oito sofridos. O Timão aguarda o término da rodada para saber como fica sua “gordura” na ponta da classificação.
Chama atenção ainda o fato de Jô balançar as redes pela segunda partida consecutiva, haja vista ele ter sido o autor do tento alvinegro no empate em 1 a 1 com o Flamengo, domingo passado. Agora com 11 gols passadas 18 rodadas, o camisa 7 é o artilheiro isolado da competição, deixando Lucca (10), da Ponte Preta, para trás.
Em tempo: o Corinthians subiu ao gramado sem três de seus titulares. Pablo, Jadson e Romero, entregues ao departamento médico, foram baixas. Assim, o Timão foi escalado com: Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Giovanni Augusto, Rodriguinho e Clayson; Jô.
Vale lembrar que o Corinthians já volta a campo no próximo sábado. Os comandados de Fábio Carille recebem o Sport na Arena, em duelo marcado pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Timão, cabe ressaltar, vive a expectativa de encerrar de forma invicta a primeira metade da competição.
Primeiro tempo
O primeiro tempo começou marcado por muita disputa pela bola no meio de campo. Corinthians e Atlético-MG se estudavam demais e criavam chances de gol de menos.
A primeira das raras oportunidades de abrir o marcador foi do Atlético-MG. Cazares soltou a bomba da entrada da área e obrigou Cássio a fazer boa defesa em dois tempos, evitando que Rafael Moura ficasse com o rebote.
Depois, foi a vez de o Corinthians responder. Jô foi lançado por Rodriguinho e disparou em velocidade. O camisa 7 dividiu com Pablo, venceu e arriscou a batida. A bola passou à direita do gol de Victor.
Não demorou muito para os mandantes assustarem novamente. Marcos Rocha, lá do campo defensivo, fez belo lançamento visando Cazares. O equatoriano dominou muito bem, saiu à frente da zaga corinthiana e bateu forte. A bola estufou as redes pelo lado de fora.
Aos 30 minutos, não teve jeito: placar inaugurado. E o gol foi do Timão! Fagner tabelou com Rodriguinho e disparou pela direita, cruzando bola rasteira. Maycon tentou dominá-la e finalizar. A pelota acabou saindo mascada e sobrou nos pés de Jô. Bem posicionado, o artilheiro deu um toque simples para “matar” Victor e balançar as redes.
Segundo tempo
A etapa complementar começou do jeito mais previsível possível: o Atlético-MG, tentando fazer valer o mando de campo, pressionando o Corinthians no campo defensivo dos visitantes; o Timão, apostando nos contra-ataques, tentando aumentar a vantagem no marcador.
Neste cenário, foi o Corinthians quem criou a primeira chance de gol. Aos 13 minutos, Rodriguinho recebeu bola preciosa de Fagner e soltou a bomba. Victor fez grande defesa e, no rebote, Maycon chutou para fora, perdendo oportunidade inacreditável de balanças as redes.
Aos 21 minutos, foi a vez de o Atlético-MG retribuir o susto. Fábio Santos cruzou, Guilherme Arana errou o tempo da bola, e Robinho ficou frente a frente com Cássio. O atacante, porém, perdeu grande chance, finalizando à direita do gol de Cássio.
Em um momento no qual o técnico adversário, Rogério Micale, já havia feito suas três substituições, Carille decidiu mexer pela primeira vez: sacou Giovanni Augusto, que não viveu grande noite, e colocou em campo Camacho.
A mudança não surtiu muito efeito. O Atlético-MG seguiu ditando o ritmo da partida no segundo tempo. Aos 30 minutos, Cazares limpou a marcação corinthiana e, de fora da área, bateu cruzado. Cássio caiu e fez defesa segura.
Assim como aconteceu nos primeiro tempo: quem não faz toma! Em contra-ataque mortal, Camacho deu bom passa para Maycon, que enfiou bola cirúrgica na grande para Clayson. O atacante, de primeira, rolou para Rodriguinho. O meia teve calma para dar um drible “seco” no marcador, deslocar Victor e balançar as redes, sacramentando o placar aos 36 minutos.
Houve tempo ainda para Carille promover as entradas de Kazim e Fellipe Bastos nas vagas de Jô e Rodriguinho, heróis da noite. Nada que alterasse o seguinte fato: o Timão venceu o Atlético-MG fora de casa e segue mais favorito do que nunca na luta pelo heptacampeonato brasileiro.