Melhor é o primeiro jogo …em casa ou …fora
(Victor Brecheret)
O técnico Tite levantou a maior confusão ao dizer que prefere até perder por 2×1 do que ficar no empate de 0x0.
Está aí uma polêmica que nunca chega ao fim. Nos torneios de mata-mata há todo tipo de opinião sobre o melhor para seu time. Para alguns, o bom será jogar o primeiro jogo fora. Outros, acham que o melhor é fazer a partida em sua casa. Se olharmos as estatísticas veremos que há resultados bons para os dois lados.
Este problema fica agravado quando o regulamento valoriza o gol marcado fora de casa e o usa como um critério de desempate. Assim o bom torna-se jogar fora a primeira partida, mas… se marcar gols! Como diz nosso técnico, mesmo que perca o jogo. O 0x0 passa a ser um resultado ruim. Empate (ou derrota) com gols não chega a ser tão problemático.
O importante para o Timão na noite de hoje é fazer uma boa partida, marcar gols e vencer. Aí jogaremos no Pacaembu com boa vantagem. É o que esperamos.
Sem Liedson
Liedson é um grande jogador.
Não precisa provar nada para ninguém. Teve na temporada passada grandes momentos e foi decisivo para a conquista do título de Campeão Brasileiro. Como já havia sido grande, no Clube, em 2003. Nesta temporada sua condição física vem atrapalhando seu futebol. Em quase todos os jogos é possível ver da arquibancada o enorme sofrimento do jogador no decorrer da partida. É visível que não se encontra em condições perfeitas para atuar. Com sua saída da equipe no jogo de hoje, o técnico preserva o atleta e procura uma alternativa para o ataque. É uma pena sua saída da equipe. Agrava-se o fato de estarmos inseguros quanto ao seu futuro imediato. Após a saída de Adriano, a perda de um atacante como Liedson seria um duro golpe para o Timão.
Vamos torcer por sua recuperação rápida. A equipe necessita. E muito.
Retornados
Quem estiver dando uma olhada nos jornais do exterior pela internet, já sabe que muitos dos jogadores brasileiros estão na “linha de tiro” de seus clubes europeus.
Será um “liberô” geral. Até em troca do salário. Com o fim da temporada chegando é hora de fazer as contas e ver como se livrar dos prejuízos. Não acho que algum clube europeu lute para manter qualquer jogador brasileiro.
E os clubes brasileiros? Serão “aconselhados” pelos empresários locais a “excelentes” negócios para trazer ídolos ao Brasil. O pior é que os clubes daqui acreditam.
Mudar ou Morrer
A fórmula de disputa do Campeonato Paulista não agrada (quase) ninguém. Um número grande de clubes, numa primeira fase sem jogos de retorno e uma fase de mata-mata que é só mata, levaram ao descrédito do evento. Há muitos que defendem- pura e simplesmente- o fim da competição. Acho difícil. Muitos interesses seriam feridos e -no atual quadro do futebol- seria improvável.
Há muitos ( e relevantes) motivos que sustentam a manutenção dos campeonatos regionais. O mais fraco é o que se baseia na questão histórica. Campeonatos nascem e morrem. São importantes, perdem a importância e desaparecem.
Mas o Brasil é um pais de dimensões continentais e uma competição regional atende as rivalidades dos locais. Os críticos lembram que na Europa só existe campeonato nacional e não da Catalunha, do Lázio, da Toscana etc. É verdade. Mas são todos países menores que os Estados brasileiros. No campeonato italiano- apenas para citar o mais famoso- as equipes viajam de trem ou ônibus para qualquer partida. Até mesmo no dia do jogo, uma vez que , as distâncias são pequenas. Apenas um ou outro jogo ultrapassa a quilometragem de São Paulo- Ribeirão Preto.
Mas até os que são pela extinção dos Campeonatos Estaduais defendem alguma mudança na fórmula de disputa. O melhor caminho seria fazer o que foi feito em 2002 com alguns Torneios por regiões do país. Teríamos o Rio- São Paulo e as Copas do Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. Foi um sucesso a disputa naquele ano. O Timão- como já é marca do time- venceu a competição na sua primeira edição. Lamentavelmente a tv- por problemas pontuais – resolveu implodir o Rio- São Paulo. E voltamos para a velha fórmula do campeonato por Estados. Foi um lamentável retrocesso na organização do nosso futebol. Se aquele modelo tivesse sido mantido (como fez a Fifa com o Mundial de clubes que começou em 2000), hoje estaríamos numa situação muito melhor.
Um Torneio Rio- São Paulo é sempre atrativo para o público e para a tv. Mas ela não entendeu assim e voltamos para um passado com fórmula vencida. Não acho que as Federações aceitem mudar o campeonato. Isso é obra para os clubes grandes. E eles estão para lá de domados( todos) pelas cúpulas das Federações.
No fígado
A eliminação do São Paulo pelo Santos, dirigido por Muricy Ramalho, deve ter doído muito lá pelos lados do Morumbi. Como sempre leio o blog do Birner ( muito bem informado-pela mesma fonte- sobre o São Paulo e Corinthians) recordo-me da campanha terrível que fazia um dirigente tricolor contra o técnico. O atual treinador santista sabe de tudo. Nome , posto, profissão etc. Mas esta tática de dirigente tentar derrubar técnico já é antiga por lá. Recordo-me que todas as vezes que tentei falar com Parreira sobre sua passagem pelo Morumbi ele- elegantemente- desconversava. Na época tinha sido -recentemente- campeão do mundo (94) e seu prestígio era imenso. Mas, mesmo com a recusa de Parreira, bem informados do futebol contaram-me como foi a queda do técnico no Morumbi. Os dirigentes fizeram um churrasco com os jogadores e tramaram a derrubada do técnico. E a equipe começou a jogar um futebolzinho vagabundo. Era a trama direção e jogadores. Não tinham coragem de demitir o técnico- educado, cordial e competente- geraram uma crise no futebol para desculpar-se. Por ai dá para conhecer a conduta deste pessoal. E o técnico Muricy sabe tudo. Nos mínimos detalhes.
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