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Feb 3, 2013

Rádio Ópera- programação- domingo- 03/02/13

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Domingo

DOKTOR FAUST (Busoni) Horário: 06:00
Lyon, 1997-1998. Maestro: Kent Nagano.
Elenco: Dietrich Fischer-Dieskau, Dietrich Henschel, Markus Hollop, Kim Begley, Torsten Kerl, Eva Jenis, Markus Hollop, Detlef Roth, William Dazeley.
MANON (Massenet) Horário: 09:30
Nova Iorque, 13/2/1937. Maestro: Maurice Abravanel.
Elenco: Bidu Sayão, Sydney Rayner, Richard Bonelli, Chase Baromeo, Natalie Bodanya, Charlotte Symons, Irra Petina, Angelo Bada, George Cehanovsky, Louis d’Angelo, Max Altglass, Arnold Gabor, Gina Gola.
OTELLO (Verdi) Horário: 12:55
Torino, 1955. Maestro: Franco Capuana.
Elenco: Carlos M. Guichandut, Giuseppe Taddei, Angelo Mercuriali, Tommaso Soley, Marco Stefanoni, Alberto Albertini, Cesy Broggini, Rina Corsi, Mario Conte.
FERNANDO CORTEZ (Spontini) Horário: 15:10
Nápoles, 15/12/1951. Maestro: Gabriele Santini.
Elenco: Gino Penno, Renata Tebaldi, Piero De Palma, Aldo Protti, Antonio Cassinelli, Italo Tajo, Afro Poli, Augusto Romano, Gerardo Gaudioso, Gianni Avolanti, Luigi Paolillo.
IL BARBIERI DI SIVIGLIA (Rossini) Horário: 17:20
Londres, 7-14/2/1957. Maestro: Alceo Galliera.
Elenco: Maria Callas, Luigi Alva, Tito Gobbi, Fritz Ollendorff, Nicola Zaccaria, Gabriella Carturan, Mario Carlin.
LOHENGRIN (Wagner) Horário: 19:40
Viena, 1962/1963. Maestro: Rudolf Kempe.
Elenco: Jess Thomas, Elisabeth Grummer, Christa Ludwing, Dietrich Fischer-Dieskau, Gottlob Frick, Otto Wiener.
Feb 2, 2013

Tá na hora de jogar

 

Tite confirma Pato no banco, mas não assegura entrada no jogo

 

Marcos GuedesSão Paulo (SP)
Alexandre Pato foi relacionado para a sua primeira partida com a camisa do Corinthians. O atacante ficará no banco de reservas no domingo, contra o Oeste, e provavelmente entrará no segundo tempo, mas Tite preferiu não prometer colocá-lo em campo.

“Não asseguro isso daí. Entre os 18, o torcedor vai vê-lo. No banco, ele estará com certeza. Espero que não aconteça, mas vai que eu perco um jogador do sistema defensivo por contusão, depois preciso colocar um volante”, afirmou otreinador, literalmente batendo na madeira.

De acordo com Tite, não há um plano pré-estabelecido para o camisa 7. “O jogo vai mostrar. Não posso dizer que vai ser assim ou assado. O importante é ter o atleta disponível, tranquilo, comconfiança. Ele já está sendo utilizado na medida em que vai para o banco.”

Nem o fato de haver torcedores comprando ingresso para ver a estreia de Alexandre Pato fez o gaúcho ceder. Ele repetiu uma frase que usa à exaustão, lembrando que todos os titulares na conquista da última Copa Libertadores já foram reservas em algum momento.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Relacionado pela primeira vez, Alexandre Pato vai ficar sentado no banco na partida do Corinthians contra o Oeste

“Eu compreendo o torcedor, mas estou calejado com essas situações todas. Há umaresponsabilidade do técnico, da qual não posso me eximir. Foi assim com o Guerrero, com o Martínez, com o Emerson. Foi assim com o Jorge, com o Romarinho, com o Alex. Quem mais? Foi assim com uma porrada de gente”, comentou. 

Sem limitações
A informação passada pelo preparador físico Fábio Mahseredjian a Tite é que Alexandre Pato tem condições de atuar “quase a totalidade” da partida. Ele ficou satisfeito com o trabalho de equilíbrio nas pernas do atacante, que sofreu com lesões musculares nos últimos anos.

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Feb 2, 2013

Almir e a final SantosXMilan (maior escândalo do futebol)

Futebol marginal

Há 40 anos, Almir Pernambuquinho, conhecido por ser jogador violento, era morto em um bar ao defender grupo de atores gays

ANÉLIO BARRETOCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em uma disputa contra o Milan, no Maracanã, pelo Mundial de Clubes, um dos assistentes do técnico Lula, do Santos, perguntou a Almir Pernambuquinho se ele queria tomar uma bola (dexamil).

“Por que não iria querer? O bicho era de 2.000 cruzeiros, o que valia um fusca zero. Disse: me dá uma aí. Eu fui um marginal do futebol.”

Assim Almir Morais Albuquerque iniciou seu depoimento gravado para a Biblioteca Esportiva Placar, da Editora Abril, transcrito no livro “Eu e o Futebol”. No próximo dia 6, completam-se 40 anos desde que foi assassinado.

Para João Saldanha, o técnico que convocou a seleção de 70, Almir foi o jogador do futebol brasileiro mais completo depois de Pelé. Era técnico, hábil e rápido.

Mais tarde, quando contratado pelo Corinthians, foi chamado de Pelé Branco.

Começou a carreira no Sport, em 1956, e jogou também por Vasco, Corinthians, Boca Juniors, Genoa, Santos -onde sagrou-se bicampeão do mundo-, Flamengo e América-RJ, time em que encerrou sua carreira, em 1968.

Voltando à disputa com o Milan. No primeiro jogo, em Milão, o Santos perdera por 4 a 2. Amarildo, dois gols, Trapattoni e Mora anotaram pelo time italiano. Pelé marcou os dois do Santos.

Amarildo, entusiasmado com o resultado, declarou à imprensa que Pelé “já era”. E aí, o problema -o principal problema, para Almir.

“Vou jogar por mim e pelo negão”, disse. Almir estava determinado a acertar Amarildo porque, segundo ele, nenhum jogador que conhecesse futebol podia criticar Pelé.

No segundo jogo, em 14 de novembro de 1963, aos 17min, Altafini (o Mazzola, que jogou no Palmeiras e na seleção brasileira em 1958) e Amarildo já haviam feito dois a zero para o Milan.

A virada começou aos 4 min do segundo tempo, quando Pepe, cobrando uma falta da intermediária, soltou um canhão e Ghezzi, o goleiro do Milan, mal teve tempo de ver a bola entrar.

Quatro minutos depois foi Mengálvio, desviando de cabeça um cruzamento de Dalmo. Lima aumentou para 3 a 2 e Pepe, com outro canhão em cobrança de falta, completou os 4 a 2.

Aí, diz Almir em seu depoimento, veio aquele que seria um dos momentos mais emocionantes de sua vida. Pelé foi abraçá-lo e disse: “Almir, você é grande”.

Na gravação, Almir desabafa: “Pelé talvez nem se lembre, mas aquele abraço, aquelas palavras, me deram alma nova para o segundo jogo”.

Pelé não se esqueceu. Diz que Almir era um dos melhores amigos que tinha no Santos. “Na noite desse jogo no Maracanã, eu estava machucado e não joguei. No final do jogo, entrei em campo para dar um abraço nele porque foi um guerreiro dentro de campo. Jamais esquecerei”.

Pepe também se recorda daqueles dias. Diz que o técnico Lula poderia ter escalado Toninho Guerreiro no lugar do Pelé. Mas preferiu Almir porque os jogos seriam no Maracanã, que era a casa dele. “Ele foi fundamental.”

Dois dias depois, também no Maracanã, haveria o desempate. O clima, segundoo depoimento de Almir, era ainda pior do que no jogo anterior. Os italianos acusaram o juiz, o argentino Juan Brozzi, de estar vendido ao Santos. E provavelmente estavam certos, mas o juiz foi mantido.

Segundo Almir, Nicolau Moran, do estado-maior do Santos, foi a ele e lhe disse que o juiz não faria nada. “Você pode fazer o que quiser dentro de campo. Você é rei lá dentro.”

“Deixa comigo”, respondeu o jogador.

Almir nunca negou que foi um jogador violento. Mas também não se intimidava quando a violência era contra ele. E nessa disputa com o Milan temos dois exemplos.

A primeira vítima, claro, foi Amarildo. Logo no primeiro minuto, ele pegou uma bola e desceu pela esquerda. Almir correu na direção dele, pediu cobertura a Ismael e a Mauro e gritou: “Deixa esse filho da mãe comigo”.

Foi um toco só. Ele caiu se contorcendo.“A segunda vítima foi o goleiro, Balzarini, escalado no lugar de Guezzi.

Almir conta: “Muito corajoso, ele se atirou numa bola que estava mais para mim. Não tive tempo de evitar o acidente nem estava com essa preocupação. Chutei a cabeça dele. Quando vi o sangue correr, me afastei, pensando que o tivesse inutilizado. Os italianos me cercaram, mas eu me fiz de vítima”.

O juiz não deu nada.

E continua Almir: “No segundo tempo, Lima fez um cruzamento pelo alto, eu estava ali pela marca de pênalti e vi que ia chegar um pouco atrasado na bola. Vi quando Maldini levantou o pé, tentando cortar o lançamento. Tinha que tentar tudo. Meter a cabeça para levar um pontapé de Maldini, correndo o risco de uma contusão grave, ficar cego, até mesmo morrer, porque ele vinha com tudo. Meti a cabeça, Maldini enfiou o pé e eu rolei de dor pelo chão. O argentino Brozzi não conversou: pênalti”.

Após mais de dez minutos de protestos dos italianos, Dalmo fez o 1 a 0.

Ainda Almir: “Até o fim, foi paulada de parte a parte. Mas o time todo queria acertar o Amarildo. Até que, antes da volta olímpica, Ismael foi lá e deu-lhe uma cabeçada”.

Outro jogo que entrou para história de Almir, e do futebol brasileiro, foi aquele em que ele, jogando pelo Flamengo, disputou uma final contra o Bangu, em 18 de dezembro de 1966.

O Flamengo tinha alguns problemas. Um deles era o ponta direita Carlos Alberto, que estava machucado, mas insistia em jogar. Almir tentou convencê-lo a desistir, mas não conseguiu.

Outro, Almir tinha uma séria desconfiança de que seu goleiro estava comprado pelo Bangu. E mais um, que ele só descobriu quando entrou em campo: o juiz estava comprado. Sansão -esse o apelido dele- ameaçou expulsá-lo antes de o jogo começar.

No primeiro lance, o lateral esquerdo do Bangu, Ari Clemente, atingiu violentamente Carlos Alberto. Sansão não deu falta nem advertiu Clemente. E o Flamengo passou a jogar com dez homens, porque Carlos Alberto mal se arrastava em campo (naquele tempo o único que podia ser substituído era o goleiro).

“Com pouco mais de 20 minutos, o Bangu deu outra entrada para quebrar. O atingido foi Nelsinho, peça vital no nosso meio-campo. Ele terminou o primeiro tempo capengando e no segundo praticamente apenas fez número”.

“Mas o desastre maior foi o nosso goleiro, Valdomiro. Tomamos dois gols em três minutos.”

No depoimento, Almir conta que, no segundo tempo, logo ao 3min, levaram outro gol do Bangu. “Houve um lançamento para Paulo Borges, que marcou um dos gols mais bonitos da história do Maracanã. Ele deu um chapéu em nosso zagueiro Ditão, para um lado, para o outro e, com a bola ainda no ar, deu um chute violentíssimo. Era o fim.”

Aos 25min, Ladeira, atacante do Bangu, deu um soco na cara de Paulo Henrique, que, segundo Almir, era “uma dama dentro de campo”.

Almir correu para acertar Ladeira, que fugiu. No meio do caminho o zagueiro Itamar, do Flamengo, com 1,90 m de altura, deu um salto e meteu o pé no peito de Ladeira. Então Almir chegou e foi chutando. Ari Clemente veio por trás e deu-lhe um soco.

“Aí eu vi que eles queriam brigar, e topei a parada. Comecei a distribuir socos e pontapés.” Quando essa briga acabou, e Ladeira foi retirado de maca, Almir saiu de campo -sabia que seria expulso. Ao passar pelo banco do Flamengo, ouviu uma ordem, disse que nem sabe de quem: “Volta, Almir. Acaba com essa palhaçada deles.”

Ele voltou para o centro de campo. Nisso, cerca de 100 mil pessoas, a torcida do Flamengo (outras 43 mil eram do Bangu) começaram a gritar: porrada, porrada, porrada.

Ubirajara, goleiro do Bangu, ameaçou Almir. Disse que lá fora resolveriam. Almir respondeu dando-lhe um soco no estômago, e recebeu um soco de Ari Clemente.

“Eu estava cercado, mas fui enfrentando todos. Um pontapé num, um soco noutro.” Sansão expulsou cinco jogadores do Flamengo e quatro do Bangu. O Flamengo ficou sem jogadores para terminar a partida -o mínimo permitido é de sete jogadores. Sansão deu o jogo por encerrado, o Bangu era campeão.

TIROTEIO

O jornalista e escritor Mário Prata, que estava, na noite de 6 de fevereiro de 1973, em um boteco ao lado do bar Rio-Jerez, na Galeria Alaska, em Copacabana (barra pesada), conta que em uma mesa do mesmo Rio-Jerez estavam Almir, uma namorada e um casal de amigos.

Na mesa de trás, três portugueses. Na frente da mesa de Almir, os atores gays do espetáculo “Dzi Croquetes”, ainda maquiados depois de uma apresentação.

Os portugueses resolveram caçoar dos atores, chamando-os de veados, paneleiros e outras coisas. Almir não gostou do que ouviu e resolveu defender os atores, que não reagiram.

Começou a discussão, Almir agrediu um dos portugueses, até que um deles sacou um revólver, o amigo de Almir sacou outro e o tiroteio começou no calçadão da avenida Atlântica.

Os outros dois portugueses sacaram as armas. Os atores gritavam. Foi uma correria. Mesas foram viradas e ao menos uns 30 tiros disparados.

Quando o tiroteio terminou, lá estava Almir, no chão, já morto, com um tiro na cabeça. Os portugueses saíram correndo. Debaixo de um coqueiro, o amigo de Almir, o comerciante Alberto Ribeiro, agonizava com um tiro nas costas. Morreu ao dar entrada no hospital. Outro amigo de Almir, o agente de investimentos Elói de Lima, foi ferido quando fugia, o que derruba a defesa do assassino, Artur Garcia Soares, de que agiu em legítima defesa.

Detido, ele deu sua versão. Na época, falou-se em expulsá-lo do país. Outros queriam julgá-lo aqui. O fato é que o caso resultou em esquecimento: não se sabe o que foi feito de Artur.

Almir tinha 35 anos quando foi morto. Como diz Mário Prata, esta história tem um lado bonito: um machão como ele morrer defendendo um grupo gay.

 

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Feb 2, 2013

Vamos para o trabalho.

A largada de Juca

Secretário de Cultura fala sobre busca por políticas de investimento, hip hop e planos para o Municipal

02 de fevereiro de 2013
Jotabê Medeiros, de O Estado de S.Paulo

“Haddad precisa importar um baiano?” A pergunta no título da coluna de um jornalista paulistano provocou polêmica quando o novo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciou o nome do seu secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, ex-ministro da Cultura do governo Lula. Na tarde da última quinta-feira, dia em que festejava 64 anos, Ferreira falou à reportagem do Estado em seu novo gabinete na Avenida São João. Tinha acabado de receber o jornalista autor do artigo, para discutir apoios a programas de sua ONG. É um retrato de sua nova disposição: tem se dedicado a abrir diálogos em todas as direções, segundo conta nesta conversa, em que trata de temas como a nomeação do maestro John Neschling para a direção do Teatro Municipal de São Paulo e modificações na Lei de Fomento.

 

Secretário defende um novo protagonismo para hip-hop e para o carnaval de rua - Ernesto Rodrigues/AE
Ernesto Rodrigues/AE
Secretário defende um novo protagonismo para hip-hop e para o carnaval de rua

 

O novo secretário disse ainda que esteve com representantes da moda paulistana, estuda trazer ateliês para o centro da cidade e até discutiu a possibilidade de fazer uma São Paulo Fashion Week inteira no local, em espaço público. Já na terça, inaugura um programa que batizou, parafraseando o rapper Criolo, de Existe Diálogo em SP, uma audiência pública aberta a todos os produtores, artistas e criadores que queiram participar e lhe fazer perguntas na Sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo. Quer repetir esses encontros durante toda a sua gestão.

Por que o senhor aceitou esse cargo, após ser ministro da Cultura? Qual é o desafio?

O desafio aqui é enorme. É quase do tamanho do ministério. São Paulo é a terceira maior cidade do mundo, com uma complexidade enorme, muita coisa para ser feita, uma cidade que tem uma contemporaneidade cultural em parte ainda não reconhecida pela própria cidade. É diferente, mas está dentro do mesmo campo de colocar a questão cultural como uma peça importante desse momento que o Brasil vive, tornando-se a quinta potência econômica. O desenvolvimento cultural é parte disso, eu tenho certeza.

São Paulo tem um histórico de desigualdade na distribuição de cultura. Como resolver isso?

É, isso dá para ver no mapa dos equipamentos culturais públicos, estão muito concentrados. Isso aí é uma grande tarefa, garantir uma maior equidade no acesso à cultura, na realização do direito cultural de acesso pleno. O Estado tem obrigação de dispor os meios para que qualquer pessoa tenha acesso pleno à cultura. Se o Estado não faz isso, as pessoas dependem do poder aquisitivo, do crivo do mercado, e isso gera uma desigualdade profunda, uma impossibilidade de consolidar essa inclusão que o Brasil está vivendo.

No Ministério da Cultura, o seu foco era mais filosófico. Aqui, o senhor diz que há uma questão mais premente.

Não, não era filosófico. O problema era que, quando chegamos ao ministério, aquilo era um deserto. No início, a Funarte foi importante, e depois minguou. E o ministério não foi capaz de representar esse momento grandioso que o Brasil está vivendo, consolidando a democracia, crescendo. Nós tivemos de criar mecanismos contemporâneos de regulação da atividade cultural, disponibilizar os bens de serviços culturais e os recursos públicos. A dimensão filosófica era também uma demanda prática. Aqui, primeiro, eu encontro um ambiente bem mais favorável. Existem ausências, necessidade de mudanças em muitos aspectos, mas também muita coisa boa, positiva, da gestão anterior, de Carlos Augusto Calil, mas também das gestões da Marta (Suplicy) e da Erundina. Eu pretendo mobilizar a área artística para modificar as leis de fomento, mas há leis de fomento que cumprem papel importante, como a Lei do Teatro. A secretaria tem em torno de 200 equipamentos, entre bibliotecas, teatros. O Calil investiu muito em dar um trato, melhorar as obras, construiu a Praça das Artes, está em construção o Centro Cultural de Cidade Tiradentes. Tudo isso cria um compromisso inevitável de, para quem chega, dar continuidade.

O perfil que fica, do Calil, não seria um pouco de elite? Ele investiu R$ 170 milhões na Praça das Artes e na reforma do Teatro Municipal. Como conciliar isso?

Eu não vejo por aí. Tem o Centro Cultural de Cidade Tiradentes, que é do Calil, um equipamento para uma área periférica da cidade, um equipamento de primeira qualidade.

Mas é suficiente? Mesmo a política cultural da Marta também focou muito no consumo cultural da elite.

Não, há os CEUs, que são uma referência hoje no Brasil. Sinto que preciso ultrapassar em muito os equipamentos, desenvolver as políticas culturais. E sinto a necessidade de diálogo. Sinto não: estou sendo demandado para dialogar. Vêm me dizer: “A nossa expectativa é que você represente o diálogo cultural na cidade”. Eu vou fazer isso. Também pretendo criar uma política de eventos, grandes, médios e pequenos.

Que tipo de evento?

Todo tipo. Por exemplo: São Paulo é a cidade mais nordestina do Brasil. A maior quantidade de nordestinos está aqui, a maior quantidade de negros está aqui. Por que não comemorar o São João na cidade de São Paulo? Por que não reverenciar Luiz Gonzaga? São Paulo tem uma vocação de potencializar esses fenômenos do Brasil inteiro. Uma política pode ressaltar esses aspectos. Tem uma vocação para a arte contemporânea muito forte, que às vezes não reconhece.

Por falar em arte contemporânea, o senhor teve uma grande proximidade com a Bienal de São Paulo quando ministro.

Tirei a Bienal da porta da delegacia. O Ministério Público queria acabar com a instituição porque teria havido uma suposta malversação de recursos. Fui lá, como ministro, e disse: “Olha, vocês não podem jogar o menino junto com a água suja depois do banho. Você tem de tirar o menino”. É uma instituição brasileira, tem uma história importante para a arte mundial. “Você quer ficar conhecido por acabar com um evento desse porte?”, eu disse, insistindo que a instituição, ao eleger a oposição, teve a capacidade de fazer a sua crítica interna. “Por que você não toma as medidas administrativas e judiciais contra quem porventura tenha cometido algum erro? E fortalece a instituição ajudando a saneá-la.”

Recentemente, houve a renovação do comodato do Masp. E o secretário Calil, pela primeira vez, impôs condições ao museu. O senhor vai mantê-las?

Eu sei que parte das exigências foi feita no sentido de abrir mais as atividades. Eu não examinei ainda o caso do Masp, mas quero estabelecer cooperação com todas as instituições culturais, públicas e privadas. Já fui visitar o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Araujo, com quem tenho muito boas relações. Já fui visitar a Marta, que eu não conhecia pessoalmente. E foi uma grata surpresa, a qualidade do tratamento que ela está dando ao ministério. Ela aceitou todo o patrimônio de nossa ação lá como um patrimônio público, que precisava ter continuidade. E não teve nenhum medo de, a partir daí, inventar o que precisa ser inventado, retificar o que porventura precise ser retificado. Foi uma atitude corajosa.

O senhor está falando de uma maneira mais prática e menos política do que na fase ministerial. Acho que a única coisa que pode ser interpretada como um ato de provocação política é a vinda do John Neschling para o Teatro Municipal.

Não é. Eu não iria entregar o Municipal para um maestro como um gesto de provocação. Neschling é um dos mais vocacionados para dirigir uma orquestra. Pouco importam as dificuldades e os conflitos que ele teve com a vida política daqui. Mas estou sendo até mais político. Porque a política não se realiza só através do conflito partidário. Pelo contrário, essa é uma dimensão que só pode ser entendida dentro daquilo que esse conflito representa. Discutir uma possibilidade de ampliar a inclusão social através da cultura, independentemente do poder aquisitivo, é uma dimensão política. Garantir a qualidade estética e a diversidade cultural, incluindo até segmentos que são discriminados, é um ato político. Por exemplo: eu me ofereci voluntariamente para ser o secretário que vai restaurar o carnaval de rua em São Paulo. Existe há muito tempo, tem crescido muito, e ainda se apanha da polícia.

 

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Feb 2, 2013

Rádio Ópera- programação- sábado- 02/02/13

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Sábado

L’AMORE DEI TRE RE (Montemezzi) Horário: 08:00
Londres, 13-23/7/1976.  Maestro: Nello Santi.
Elenco: Anna Moffo, Plácido Domingo, Pablo Elvira, Cesare Siepi, Ryland Davies.
RADAMISTO (Handel) Horário: 12:40
Londres, 1993. Maestro: Nicholas McGegan.
Elenco: Ralf Popken, Juliana Gondek, Lisa Saffer, Dana Hanchard, Monika Frimmer, Michael Dean, Nicolas Cavallier.
L’HEURE ESPAGNOLE (Ravel) Horário: 13:50
Londres, junho/1997. Maestro: André Previn.
Elenco: Kimberly Barber, Georges Gautier, Kurt Ollmann, David Wilson Johnson, John Mark Ainsley.
DON GIOVANNI (Mozart) Horário: 16:50
Nova Iorque, 03/04/1943. Maestro: Paul Breisach.
Elenco:  Ezio Pinza, Zinka Milanov,Bidú Sayão, Jarmila Novotna, Salvadore Baccaloni, James Melton, Mack Harrel, Norman Cordon.
TOSCA (Puccini) Horário: 18:40
Roma, julho/1957. Maestro: Erich Leinsdorf.
Elenco: Zinka Milanov, Jussi Bjorling, Leonard Warren, Leonardo Monreale, Fernando Corena, Mario Carlin, Nestore Catalani, Vincenzo Preziosa, Giovanni Bianchini.
Feb 1, 2013

Vamos para o campo!

 

Preparador destaca dedicação de Pato e minimiza dores musculares

 

Helder Júnior e Marcos GuedesSão Paulo (SP)

Alexandre Pato já convenceu o preparador físico Fábio Mahseredjian. Liberado pelo profissional para estrear pelo Corinthians contra o Oeste, neste domingo, no Pacaembu, o atacante ganhou elogios por sua dedicação nos treinamentos da pré-temporada – apesar das dores musculares que sentiu.

“É importante salientar que ele se dedicou muito. Ficou preso no CT uns 14 dias, se não foi mais. Ele se alimentou bem, fazendo um trabalho fantástico na fisioterapia, em período integral”, enalteceu Mahsredejian.

O preparador físico não demonstrou preocupação com o histórico de lesões de Alexandre Pato. “Ele não sentiu nada aqui. Só teve a chamada dor muscular tardia. Qualquer atleta pode sentir isso quando a gente começa uma preparação. Não foi nada semelhante ao que o Pato já sofreu na Itália”, minimizou.

Neste fim de semana, portanto, Pato deverá ficar no banco de reservas do Corinthians. “Ele está à disposição do Tite”, avisou Mahseredjian. O técnico provavelmente utilizará o seu principal reforço para a temporada no decorrer do jogo.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Liberado para jogar, Alexandre Pato ficará no banco de reservas do Corinthians neste fim de semana

Segundo o preparador físico corintiano, Alexandre Pato já pode receber os mesmos cuidados de qualquer outro jogador do elenco. “Ele não chegou tão mal como se esperava. Estava em níveis de treinamentos baixos apenas, mas seus músculos ficaram bem equilibrados. Isso não quer dizer que ele não possa ter uma lesão. Qualquer atleta está sujeito a se machucar. As chances são as mesmas para todos”, disse Fabio Mahsredjian, antes de deixar uma mensagem otimista. 

“O importante é que o Pato está bem equilibrado e na mesma condição dos demais jogadores do Corinthians”, concluiu o preparador.

 

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