Entrevista
Série Mudanças no Futebol: “A CBF fecha os olhos”
Jornal GGN – Das heranças da Copa do Mundo no Brasil, a que se espera manter sob os holofotes, mesmo após um mês do fim do Mundial, é a necessidade de mudança. Essa foi a conclusão de uma série de entrevistas que o GGN realizou, após o desastre no placar, que se tornou o alerta para buracos ainda maiores. Entretanto, para cada especialista, uma resposta.
A fim de questionar os principais pontos – onde está o problema do futebol brasileiro? Por que perdeu a sua competitividade? Qual é o cenário da base, dos clubes, da Confederação, dos empresários, e como isso tudo reflete na competição e na lucratividade? Como melhorar? – conversamos com Roque Citadini, ex-dirigente do Corinthians e conselheiro vitalício do clube. Hoje, é presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Acompanhe a entrevista:
GGN: A lei Pelé está atualizada?
Roque Citadini: Não, eu acho que a Lei Pelé foi um avanço, mas precisa ter mudança, até pelo tempo dela. Mas a principal crítica que se faz à Lei Pelé é totalmente improcedente. É de que ela acabou com as categorias de base dos clubes. Não é verdade. E que acabou com a Lei do Passe, o passe do jogador.
Na verdade, quem acabou com o passe foi a comunidade econômica europeia, que forçou a Fifa a aceitar, para os contratos de futebol que, terminado o contrato, o jogador é livre. Então, não foi a Lei Pelé que, segundo dizem os grupos mais conservadores, retrógrados, prejudicou o futebol brasileiro. Não é verdade.
A Lei Pelé apenas aceitou que não dá para existir mais o passe. Qual é o vínculo entre um jogador e o clube: o contrato. Que tem cláusulas, obrigações, salário, tudo e tem, a hora que o contrato acaba, acaba o contrato.
GGN: E os avanços que a Lei Pelé trouxe?
Roque Citadini: Ela teve alguns avanços, mas, hoje em dia, estamos precisando mudar o futebol.
O primeiro detalhe para mudar é o seguinte: é preciso ter uma lei de responsabilidade de gestão dos clubes. O que significa isso? Os clubes no Brasil não são empresas, eles são ligados a clubes sociais. E, historicamente, eles tiveram este vínculo com os clubes sociais que dá uma certa irresponsabilidade no gestor.
Quer dizer, você contrata jogador sem ter dinheiro, promete pagar salário sem ter dinheiro, e isso implica em duas coisas: primeiro, não pagar, aumentar a dívida; segundo, começar a não pagar imposto de renda e não pagar fundo de garantia. Então, é preciso estabelecer uma lei de responsabilidade na gestão, de forma que os clubes, como ocorre na Alemanha, tenham um orçamento equilibrado.
A segunda necessidade é criar uma agência do futebol que passe a fiscalizar os clubes, de forma que tenha que publicar balanço, auditar as contas, ter conta equilibrada. E quem não tiver isso, não participa das disputas.
Conquanto eu seja muito crítico a muitas agências, por exemplo, hoje as agências, boa parte, estão dominadas por quem elas deveriam fiscalizar. Então, eu não estou dizendo que as agências sejam a melhor coisa, mas é preciso ter um órgão público. Tem que ser público, porque se for dos clubes não funciona, que se faça como faz na Alemanha.
Na Alemanha isso funciona bem. O clube que não tiver equilíbrio orçamentário não disputa o campeonato. Por exemplo, na Espanha, tem a mesma legislação, mas na Espanha não funciona, os clubes chegam no final do ano, gastam mais do que podem, não têm dinheiro e a agência acaba não fazendo nada. Então precisa, isso é muito importante.
Outro detalhe, o governo já ajuda os clubes. Não é verdade que o governo não ajuda. Todos os clubes estão construindo centro de treinamento com dinheiro de gestão fiscal, parecido com a Lei Rouanet. Só que o governo comete um erro: ao abrir mão de um imposto, ele não cobra nada, e ele deveria cobrar. Quer dizer, cobrar uma contrapartida, não é o dinheiro, é cobrar uma responsabilidade e cobrar, por exemplo, o clube que recebe dinheiro para construir um centro de treinamento tem que ter categorias de base e de jogadores que joguem no Brasil. Porque as categorias de base no Brasil acabaram sendo tomadas por empresários que querem pegar o menino de 12, 13, 14 anos e levar para a Europa. Aí acontece o que está acontecendo, nós temos nenhuma identidade nacional.
Agora, como o governo já está dando dinheiro para construir centro de treinamento e para parcelar dívida – tudo isso é dinheiro do governo –, tem que se cobrar uma política de formação de jogadores.
Quarta coisa, há uma ideia falsa de que a Fifa não aceita que o Estado regulamente o futebol e não é verdade. Todos os países têm lei que regulamenta. Em uma mudança da lei Pelé, duas coisas são essenciais: acabar com a reeleição e mudar os eleitores, tanto da Federação quanto da CBF, quem deve eleger o presidente da CBF são os clubes da primeira e segunda divisão, como é no mundo inteiro. Então, quem vai votar é o Corinthians, o Flamengo, o São Paulo, etc. Os clubes que disputam as divisões superiores. As Federações, também a mesma coisa.
Agora, não há nenhum problema se o governo fizer uma lei acabando com a reeleição e se tiver uma lei estabelecendo que quem vota são os clubes e não as Federações.
A história de que a Fifa não aceita é tudo bobagem. O que a Fifa não aceita é quando você muda o resultado do jogo. Por exemplo, o time perdeu de 2×1, o juiz decide que o time ganhou porque ele anula um gol, ele não pode anular um gol. A Fifa não quer interferência naquele espaço, não é na gestão do futebol. E, aliás, pelo contrário, todos os países têm uma entidade eleita na forma como o governo estabelece.
GGN: O Romário tem feito algumas tentativas de circulação de mandatos nas Federações e CBF, por meio de uma regulamentação, sob pena de impedir a drenagem desses recursos para a Federação, o senhor concorda com uma medida como essa?
Roque Citadini: Eu concordo. Só alterando a Lei Pelé, estabelecendo que quem vota nas eleições para entidade superior do futebol são os clubes. Pronto, não tem problema nenhum. Estou de acordo. E também concordo com o que ele propõe que, para aqueles clubes que não tiverem uma execução orçamentária adequada, eles fiquem sem dinheiro público.
GGN: Hoje, quais seriam as medidas para evitar o êxodo dos talentos, de craques brasileiros para o exterior?
Roque Citadini: Aí é o seguinte, a Fifa determina uma norma que os jogadores têm que ser dos clubes, o que quer dizer o seguinte, o menino que joga na categoria de base do Corinthians é do Corinthians. Não é de uma empresa ou do empresário. Infelizmente, a CBF aqui não aplica essa norma, que a Fifa aplica. A Fifa não respeita jogador quando ele não é do clube e aqui a CBF fecha os olhos.
GGN: Não conflitaria com a questão antiga do passe?
Roque Citadini: Não, porque acontece o seguinte: você é do clube, você só pode é ter contrato com o clube. A hora que vencer o contrato, você está livre. Mas ele pode ir para outro clube. Ele não pode ficar livre para um empresário, para uma empresa, como essas, Sonda, Pão de Açúcar.
GGN: Como equilibrar liberdade de contratação com responsabilidade do estado de zelar pelo futebol?
Roque Citadini: A liberdade do jogador eu acho que tem que ser mantida, ele pode procurar o clube que ele quer. Agora, ele deve respeitar os contratos que ele assina. Esse é um problema no Brasil, porque aqui você entra na Justiça do trabalho e quebra o contrato com a maior facilidade. Na Europa, você não quebra. Na Europa, você não vai na Justiça e quebra um contrato que você fez com um clube, por uma pendenga qualquerzinha. Então, a primeira coisa é tornar que os contratos não se quebrem. Aqui, a Justiça dá uma medida cautelar e libera o jogador na hora. E aí o jogador vai para o outro time que vai pagar mais, e isso precisa acabar. O contrato precisa ter liberdade para fazer e responsabilidade para cumprir.
GGN: Até que ponto o controle do futebol deve ficar nas mãos de clubes e empresários ou na mão do Estado? Qual é o limite de um e outro?
Roque Citadini: O limite é o seguinte: eu acho que há espaço muito claro. Se você deixar o Estado fora, totalmente fora, o negócio não vai. Se o Estado quiser administrar o futebol também não vale. Há um espaço de normatividade que o Estado tem que ter na organização e há um espaço onde os clubes têm na sua gestão e no seu trabalho.
Veja só, das grandes mudanças que o futebol brasileiro teve, apenas duas, só duas saíram da CBF. É o campeonato por ponto corrido e é o de 1958, a CBF entregou, praticamente terceirizou, para um grupo aqui em São Paulo organizar a Copa de 58. Não tem mais nenhum momento em que a CBF tenha feito alguma medida no sentido do avanço das normas do futebol. Deixar para a CBF é não mudar nada.
GGN: O problema das categorias de base, dos calendários de jogos, como avalia?
Roque Citadini: Eu acho que o Estado está dando dinheiro e deve cobrar que os clubes tenham categoria de base, que sejam dos clubes, e que revele os jogadores.
Os calendários dos jogos é o seguinte, a história de que devemos adotar o calendário europeu é falsa. Porque acontece o seguinte, o calendário de um país é determinado pelas estações do tempo, no verão você tem férias, no outono, inverno e primavera, você trabalha. A ideia de que nós vamos trabalhar no verão e ter férias no inverno é uma coisa maluca. Nós somos Hemisfério Sul, não somos Hemisfério Norte. O país perde até identidade. Falar que vamos jogar na véspera do Natal e no dia 2 de janeiro? Não tem nem pé nem cabeça adotar calendário europeu.
GGN: E de coincidir campeonatos, de alguns clubes jogarem mais que os outros?
Roque Citadini: Aí é o seguinte, você tem duas séries do campeonato, que é a série A e a série B, que não têm problema. Os problemas são os clubes menores. Como é que esses países resolvem esses clubes menores? Aí entra o Estado.
Na maior parte dos países, as categorias menores, a terceira série, quarta série, são televisionadas por TV estatal, porque começa a possibilitar os clubes de ter receita. Por exemplo, a série C no Brasil poderia ser televisionada pelas redes de televisão estatal. A televisão é fundamental hoje. Se você colocar a televisão para transmitir, a terceira série passa a ser interessante para o mercado, para todo mundo.
Por exemplo, tem uma série aqui do Campeonato Paulista que era transmitida pela Rede Vida, que é uma televisão católica. A hora que a Rede Vida começou a televisionar, começou a aparecer todo o tipo de interesse. Econômico, de anunciante, de anunciar na camisa. Então, as categorias menores têm que receber auxílio. Elas têm que receber dois tipos: o primeiro, auxílio das entidades maiores, da CBF, dos clubes maiores; e o segundo, do governo que ajuda a viabilizar a televisão nessas áreas.
GGN: As iniciativas de mudança devem partir de quem?
Roque Citadini: Do governo. Se não partir do governo, não anda. Agora eu vou falar uma coisa para você, que pode colocar que eu não vou esconder: as esperanças de mudanças são poucas. Porque os dois grupos hegemônicos na política brasileira, o PT e o PSDB, têm entre seus quadros pessoas que não querem mudar nada na área do futebol. Esta é uma realidade.
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Viva ! A Fifa também acerta.
Fifa nega recurso e Barcelona é impedido de contratar até 2016
JAMIL CHADE – O ESTADO DE S. PAULO
Espanhóis foram punidos por comprar jogadores estrangeiros menores de idade para atuar pelo clube
Fifa rejeita um recurso apresentado pelo Barcelona e o clube fica proibido de fazer novas contratações até 2016, além de ser multado em R$ 1 milhão pela contratação ilegal de jogadores estrangeiros menores de idade para atuar pelo clube.
A decisão da Fifa, porém, veio em um momento conveniente e só ao final do período de contratações da janela europeia. Isso permitiu que o clube se reforçasse com dez integrantes: Alen Halilovic (Dinamo de Zagreb), Thomas Vermaelen (Arsenal), Rafinha (Celta), Gerard Deulofeu (Everton), Ter Stegen (Borussia Mönchengladbach), Ivan Rakitic (Sevilla), Claudio Bravo (Real Sociedad), Luis Suárez (Liverpool) e Jeremy Mathieu (Valencia). Nos casos de Rafinha e de Deulofeu, trata-se de um retorno de jogadores que haviam apenas sido emprestados a outros clubes. Além dos atletas, o clube também contratou o novo treinador, Luis Enrique.
A medida reabre a polêmica em relação à compra de menores pelos grandes clubes e pode ter um impacto direto em dezenas de brasileiros. Segundo o Estadoapurou, mais de cem garotos brasileiros estão hoje na Europa trazidos pelos poderosos times do continente.
A Fifa não aponta quais foram os menores contratados e que violaram as regras no Barcelona. Mas alerta que as transferências ocorreram desde 2009 e parte das multas também foi aplicada sobre a Federação Espanhola de Futebol justamente por ter autorizado o registro desses jovens jogadores.
O Barcelona insiste em declarar seu orgulho diante da escolinha que criou e que fez surgir craques como Lionel Messi, Iniesta e Xavi. Mas, agora, é o próprio princípio que é questionado e a reputação da La Masia colocada em xeque.
A pena imposta pela Fifa contra o Barcelona é de 450 mil francos suíços, enquanto a Federação foi sancionada em 500 mil francos. No total, dez menores entre 2009 e 2013 foram contratados de forma ilegal.
O Barcelona tentou reverter a decisão original nesta semana, apresentando um recurso. Mas, nesta quarta-feira, a Fifa anunciou que rejeitava o apelo.
Em 2013, a Fifa ja havia bloqueado a contratação de seis menores estrangeiros pelo Barça. A decisão foi tomada depois que denúncias anônimas chegaram até a entidade. Naquele momento, o Barça justificou que foram as federações estrangeiras que pediram para seus craques-mirins serem treinados na La Masia.
Para que autorize a venda de um menor de 18 anos de um país para outro, a Fifa exige que pelo menos uma das seguintes condições seja atendida: que a família tenha se mudado do país, que a transferência ocorra entre países da UE com atletas de mais de 16 anos, que o novo clube fique a no máximo 50 quilômetros da fronteira ou que o menor esteja vivendo no novo país por mais de cinco anos antes de ser contratado. Nessas condições, a Fifa registrou 13 mil transferências de jovens no mundo apenas em 2011.
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350 mil !!!
Corinthians vai propor salário limitado e quer fechar com Nilmar até sexta
Portas abertas
O Corinthians tentará fechar a contratação de Nilmar nesta semana. O clube aguarda um contato de Orlando da Hora, agente do atacante, até sexta-feira (22) para formalizar uma proposta de repatriação. A diretoria alvinegra, no entanto, já sinalizou ao representante de Nilmar que não vai bancar salários fora do padrões brasileiros para concretizar o acordo. A ideia corintiana é pagar até R$ 350 mil mensais ao jogador.
Tá na mão. Caso seja confirmada, a contratação de Nilmar vai atender a mais um pedido de Mano Menezes. O técnico quer um bom atacante para que o time não sofra com as convocações de Guerrero e Romero para suas seleções nacionais –do Peru e do Paraguai, respectivamente.
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Ajoelhados e de pires na mão
Chega a ser constrangedora, para dizer o mínimo, a corrida dos clubes procurando diálogo com o Bom Senso Futebol Clube, para resolver os problemas fiscais dos clubes brasileiros.
Como sabemos, está no Congresso um projeto de lei que permite a solução da grave crise financeiras dos nossos clube. Parcelamento, redução de dívida e perdão de multa etc é o caminho encontrado pelos dirigentes para tirar os clubes do caos.
A “corrida” ao BSFC deve-se a um fato só: a eleição próxima. O governo não quer aprovar um projeto contra os jogadores organizados desde o ano passado. Quer o Executivo federal um acordo entre todos. Inclusive entre os jogadores.
O desespero para encontrar a saída da grave crise leva a estas cenas grotescas: dirigentes de clubes reunindo-se com jogadores e fazendo apelos de todo tipo. Chegaram a aceitar uma auditoria externa aos clubes, o que garantiria a boa gestão dos recursos após o parcelamento.
A situação é péssima para os dirigentes e tranquila para o BSFC. O tempo ajuda as propostas dos jogadores e leva ao desespero os cartolas. Ajoelhados e pedindo ajuda.
Uma coisa é certa nesta situação: os clubes não aproveitaram o aumento de suas receitas, nos últimos anos, para colocar em dia suas finanças. Aumentaram os ganhos, mas aumentaram – mais ainda- suas despesas. E aí pararam de pagar Imposto de Renda, Contribuição Previdenciaria, depósitos do FGTS, IPTU e todo tipo de tributo. Contavam que o governo faria uma lei para salvá-los, novamente. Só esqueceram das eleições e tiveram o azar do surgimento do movimento de jogadores.
Para nós, do Corinthians, a situação é de perplexidade total. O clube anunciava, permanentemente, uma tranquila e equilibrada situação financeira. “Relatórios” e mais relatórios foram divulgados provando a invulgar situação sólida das finanças do clube. De um dia pra outro, o cube é dos que mais correm atrás dos jogadores para encontrar uma lei salvadora. Isso tudo quando a Justiça Federal processa quase todos os dirigentes por crimes fiscais e o Corinthians confessa uma débito de quase 200 milhões em impostos atrasados e retidos, bem como, um passivo trabalhista ainda não quantificado. E nada disso tem qualquer conexão com a construção do estádio que deverá ser pago nos próximos anos.
É uma situação vexatória dos clubes e principalmente dos dirigentes, humilhados em reuniões com jogadores.
Chuva, futebol ruim e empate pior ainda na bela Arena Corinthians.
Corinthians sofre gol e fica só no empate
BRASILEIRO
Time, que não havia sido vazada nas últimas quatro rodadas, empata por 1 a 1 com o Bahia em casa
DE SÃO PAULODepois de quatro rodadas seguidas sem sofrer gols no Brasileiro, o Corinthians teve sua defesa furada pelo Bahia e só empatou por 1 a 1, neste sábado (16), no Itaquerão.
O tropeço em casa pode custar ao time a terceira colocação no Brasileiro. Com 28 pontos, corre risco de ser ultrapassado neste domingo pelo Fluminense, que encara clássico contra o Botafogo.
O empate foi comemorado pelo Bahia, que teve a estreia do treinador Gilson Kleina, ex-comandante do Palmeiras, e conseguiu abandonar a zona de rebaixamento.
Esse foi o terceiro encontro entre os dois times em pouco mais de 20 dias. O Corinthians eliminou o Bahia da terceira fase da Copa do Brasil com uma vitória (3 a 0) e uma derrota (1 a 0).
O gol que derrubou a invencibilidade da defesa corintiana aconteceu aos 36 min do primeiro tempo.
O argentino Emanuel Biancucchi cobrou falta para o meio da área, e Kieza surgiu por trás de Cleber para cabecear sozinho para dentro.
A última vez que Cássio havia sido batido em um jogo do Brasileiro havia sido na primeira rodada disputada depois da pausa para a Copa do Mundo –vitória por 2 a 1 sobre o Inter, em 17 de julho.
Ponto forte da equipe desde os tempos em que era dirigida por Tite, a retaguarda do Corinthians havia passado ilesa por seus dois últimos clássicos (contra Palmeiras e Santos) e pelos confrontos com Vitória e Coritiba.
Curiosamente foi preciso um zagueiro ir ao ataque para o empate sair. Guerrero deixou a área, caiu na ponta direita e cruzou na segunda trave. Gil surgiu na velocidade, ganhou na força de um rival e cabeceou aos 43.
O gol foi o segundo consecutivo do Corinthians marcado pelo zagueiro, que já havia definido a vitória sobre o Santos, no domingo passado.
Jogadas como a do gol, com Guerrero se movimentando, aconteceram aos montes. Apesar de não ter balançado as redes, o centroavante teve boa atuação, criando e concluindo jogadas.
Duas cabeçadas do peruano quase viraram gols. Uma passou raspando a trave. Na outra, Marcelo Lomba teve de buscar a bola no ângulo.
Apesar de não estar vencendo, Mano Menezes aproveitou os 30 minutos finais para experimentar Renato Augusto na função de Petros.
O treinador considera que o volante deve receber uma suspensão nesta segunda (18), quando será julgado por empurrão no árbitro Raphael Claus, contra o Santos.
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Uma boa noticia. Outra, nem tanto.
O novo presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Juan Ángel, declarou que seu projeto é ampliar a Copa Libertadores da América com a inclusão de clubes dos Estados Unidos.
Viva! Uma Libertadores com 4 clubes dos EUA, 4 do Brasil, 4 da Argentina e um número menor de outros países seria uma gol de placa.
Este era o projeto iniciado no final dos anos 90 e tinha como objetivo uma Copa de Norte a Sul no continente. Era um grande projeto trazido, especialmente, pela HMTF . Merece aplauso o novo dirigente da Conmebol com o recomeço desta luta.
Haverá muitas dificuldades. As TVs não gostam muito dessa ideia. Até hoje não sei porquê. Os países periféricos do futebol (Equador, Bolívia, Venezuela etc) também não gostariam de diminuir o número de clubes de suas federações.
Uma Copa Libertadores com clubes dos Estados Unidos seria uma competição de grande vulto. Vamos torcer.
E o dinheiro?
A Folha de hoje, no caderno de esportes diz que o técnico Mano Menezes quer (porque quer) a contratação do jogador Nilmar. E traz uma notícia interessante: o jogador aceitou reduzir seu salário para 350 mil por mês. Sim, meu caro corinthiano, por volta de 12 mil por dia.
Na mesma notícia, o técnico Mano Menezes faz uma advertência (ou ameça): “Depois não vão chorar.”
Que o técnico queira a contratação de um jogador, tudo bem. Agora, que o clube aceite qualquer imposição é outra coisa.
Isso tudo (salário,contratação etc) não seria problema se o clube não se encontrasse em situação financeira tão difícil: uma diretoria inteira está sendo processada por crime fiscal (reteve indevidamente imposto e não o recolheu) e o clube luta para parcelar impostos de toda espécie (imposto de renda, contribuição previdenciária e FGTS). Além disso, tem um mundo enorme de ações trabalhistas. Isto tudo sem falar na dívida do estádio -que é outra história- e deverá ser honrada no futuro.
Cabe à diretoria avaliar as condições financeiras para a contratação. E deixar de pagar imposto não é um bom caminho.
Entrevista para “Donos da bola”
Citadini diz que Tricolor treme diante do Corinthians
A tal “reengenharia”
Quando o atual grupo dirigente do Corinthians estava em campanha (lá por junho de 2007), uma palavra tomou conta dos debates no clube: “reengenharia”.
Diariamente os atuais gestores diziam que o clube necessitava de uma “reengenharia administrativa” que daria um novo modelo ao Timão.
Nunca este projeto foi muito detalhado, embora tenha corrido por todo lado.
A tal reengenharia, que seria aplicada logo após a eleição, garantiria o equilíbrio das finanças no clube. Despesas e receita dos Departamentos seriam equilibradas. Os problemas de gestão desapareceriam com a fórmula a ser aplicada.
Bom, não é preciso ser um “reengenheiro” para ver que alguma coisa não deu certo. Ou a fórmula estava errada ou foi aplicada incorretamente.
As ações criminais anunciadas na semana passada e o grande passivo fiscal ainda não negociado (193 milhões, reconhecido pelo clube) indicam que o equilíbrio não chegou.
Embora os “Relatórios de Sustentabilidade”, fartamente distribuídos nos últimos anos, digam maravilhas, a verdade é que a execução orçamentária esta longe do equilíbrio.
Nesses últimos anos o clube aumentou -em muito- suas receitas. As despesas, sim, cresceram em velocidade maior, e então chegamos aos problemas atuais.
A “reengenharia” não resolveu.
Tristão e Isolda
Uma linda ária de Tristão e Isolda, de Wagner, com a cantora Waltraud Meier. A apresentação é de 1999, em Munique.
Abaixo, você confere também a abertura desta linda ópera, com a sinfonia de Chicago.
Dívida fiscal
Andrés se defende e diz que Corinthians negociou a dívida fiscal
Ex-presidente do clube terá de responder por crime fiscal cometido em 2010; dívida com a Receita Federal é de R$ 94,15 milhões
Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez voltou aos holofotes nesta semana. Na terça, anunciou que deixará o cargo de administrador do Itaquerão no próximo dia 18. Seguirá sendo apenas conselheiro vitalício e membro do CORI, o Conselho de Orientação do clube. Nesta quinta foi revelado que ele terá de responder por crime fiscal cometido durante o período em que esteve à frente do Corinthians.
Justiça aceita denúncia de crime fiscal
DIEGO SALGADO – O ESTADO DE S. PAULO
Ex-presidente do Corinthians e outros três dirigentes deixaram de recolher impostos em 2010; valor do débito é R$ 94,25 milhões
Andrés Sanchez terá de responder por crime fiscal cometido durante o período em que esteve à frente doCorinthians. A denúncia do Ministério Público Federal, que também inclui a ação ilegal de outros três dirigentes do clube, foi aceita pela Justiça federal no dia 11 de julho e divulgada apenas nesta quinta-feira, 27 dias depois. No total, o valor do débito, atualizado, é de R$ 94,15 milhões.
O ex-presidente do Corinthians e atual candidato a deputado federal pelo PT confirmou, por meio de sua assessoria, que o débito existe. Andrés disse que qualquer pronunciamento oficial deve ser feito pelo Corinthians. Mais tarde, pelo Twitter, minimizou o problema iniciado ainda na gestão Alberto Dualib, em fevereiro de 2007. “Os corintianos podem ficar tranquilos. O Corinthians está com tudo resolvido, está pagando todos os impostos atrasados há décadas. Mas, infelizmente tudo do Corinthians aumenta”, disse.
O clube, por sua vez, afirmou que o pagamento das parcelas ocorre desde dezembro, antes da denúncia do MPF. Luiz Alberto Bussab, diretor jurídico do clube, explica que, à época, não havia possibilidade do pagamento. O fato estava ligado à situação financeira que o Corinthians atravessava. “Não houve crime. Assim que o Corinthians teve chance, começou a pagar. Os impostos, hoje, são recolhidos.”
Mais tarde, em entrevista à ESPN, Andrés confirmou a versão do jurídico do Corinthians e disse que ao assumir o clube, em 2007, precisou priorizar algumas contas, devido à crise. “A situação começou a melhorar em 2011 e começamos a pagar”, afirmou.
Segundo a assessoria da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo, o débito, de fato, já foi negociado e parcelado pelo clube. Mesmo assim, os envolvidos – neste caso, o corpo diretivo – terá de responder penalmente pelas acusações. Roberto de Andrade, André Luiz de Oliveira e Raul Corrêa da Silva, além de Andrés, foram denunciados. Os envolvidos podem ser condenados até dois anos de detenção, além do pagamento de multa.
A denúncia do MPF é de 7 de março deste ano e diz respeito a “crime de apropriação indébita previdenciária”. Os dirigentes retiveram o valor dos impostos do Corinthians. A ação os dirigentes, de acordo com o MPF, foi consciente e voluntária. Os impostos não recolhidos estão ligados a diversos vencimentos do clube – de pagamento de funcionários, trabalhadores terceirizados e empresas prestadoras de serviços.
Ainda de acordo com o documento do Ministério Público Federal, a falta de pagamento dos tributos incluída nos autos se refere ao período posterior ao dia 12 de julho de 2010. Os supostos crimes cometidos anteriormente prescreveram após quatro anos (em números, R$ 10 milhões deixaram de ser recolhidos pela Receita Federal). O documento cita irregularidades até dezembro de 2010.
A decisão da Justiça federal em aceitar a denúncia do MPF é do juiz Joaldo Karolmenig de Lima Cavalcanti, da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo. O processo foi redistribuído e encontra-se na 1.ª Vara. De acordo com a assessoria do órgão, o juiz Alessandro Diaferia esta à frente do processo após a mudança. Nesta quarta-feira, os documentos da Justiça federal entraram em sigilo.
Entre os acusados, somente Raul Corrêa da Silva ainda ocupa um cargo no clube (de diretor financeiro). André Luiz de Oliveira é ex-diretor administrativo, Roberto de Andrade é ex-diretor de futebol e ex-vice-presidente – o dirigente é também pré-candidato à presidência do clube. Andrés Sanchez deixou a presidência do Corinthians dia 16 de dezembro de 2011. No total, ocupou o cargo por 50 meses, desde 9 de outubro de 2007.
A reportagem do Estado entrou em contato com Roberto de Andrade, que não atendeu às ligações.
CONFIRA A NOTA DA PROCURADORIA EM SÃO PAULO
O Ministério Público Federal ainda não foi oficialmente cientificado de qualquer decisão judicial posterior ao oferecimento da denúncia no bojo da ação nº 0002848-31.2014.4.03.6181, em trâmite perante a 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O feito originou-se de denúncia oferecida em março de 2014 pelo MPF contra quatro pessoas que compunham a diretoria do Sport Clube Corinthians Paulista em 2010, imputando-lhes – na condição de dirigentes responsáveis pela gestão do citado Clube de Futebol à época – a responsabilidade pelo não repasse de valores referentes a imposto de renda retido na fonte pelo Clube, com relação a vários meses daquele ano de 2010, em montante que chega a R$ 94.150.071,43. São os denunciados: Andrés Navarro Sanchez (presidente do clube à época dos fatos), Roberto de Andrade Souza (então 1º vice-presidente), André Luiz de Oliveira (então diretor administrativo) e Raul Antônio Correa da Silva (então diretor financeiro). A atual responsável pela ação é a procuradora da República Priscila Pinheiro de Carvalho.
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