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Oct 11, 2012

Vitória do Timão no Estadão.

 

Corinthians bate Flamengo e fica perto da ‘zona de conforto’ no Brasileirão

Vitória de virada no Pacaembu deixa time paulista a três pontos de dar férias aos titulares e focar no Mundial de Clubes

11 de outubro de 2012
 
SÃO PAULO – O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – Em um jogo cheio de alternativas e muita emoção, o Corinthians derrotou oFlamengo por 3 a 2, nesta quarta-feira, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e ficou mais perto de conseguir o objetivo de chegar na “zona de conforto” imaginada pelo técnico Tite. Com 42 pontos, agora na sétima colocação, o time paulista está a apenas três da meta e quer conquistá-la logo para se livrar de qualquer ameaça de rebaixamento e se dedicar mais ao Mundial de Clubes da Fifa, no Japão, em dezembro.

Mesmo saindo atrás no placar, o Corinthians mostrou a sua habitual tranquilidade em campo e conseguiu a virada no segundo tempo com os gols do volante Edenilson, do zagueiro Paulo André e do atacante Emerson. O Flamengo, com os gols do zagueiro Renato Santos (na primeira etapa) e do centroavante Liedson, segue na luta contra o descenso. Está na 14.ª posição, com 35 pontos – oito atrás do Sport, o primeiro time da zona da degola, que ainda joga nesta quinta.

No fim de semana, pela 30.ª rodada, os dois times jogarão no sábado. Às 21 horas, o Corinthians fará o clássico contra a Portuguesa, no estádio do Canindé, em São Paulo. Um pouco mais cedo, às 18h30, o Flamengo recebe o Cruzeiro, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

O JOGO
A partida começou do jeito que o Corinthians gosta e está acostumado. Com mais posse de bola, o time paulista tentava envolver o Flamengo, mas não conseguia acertar o “último passe” antes da finalização. Os cariocas, mais fechados e procurando alguma brecha para atacar, não ameaça o adversário. Tanto é que até os 20 minutos, apenas uma cabeçada do corintiano Douglas e um chute de fora da área do flamenguista Renato Abreu foram os lances de maior perigo.

Aos 22 minutos, Felipe teve de trabalhar efetivamente pela primeira vez. Após escanteio pela esquerda, Paulo André cabeceou livre e o goleiro do Flamengo espalmou para fora. Na sequência, por pouco o Corinthians não abriu o placar com o volante Guilherme.

Mas foram os cariocas que conseguiram marcar o primeiro gol. Em um lance polêmico, aos 29 minutos, o estreante Renato Santos apareceu livre na grande área, após falta cobrada por Leonardo Moura pela esquerda, e tocou no meio do gol, sem chances para Cássio.

Até o final do primeiro tempo, o Corinthians correu muito atrás do empate e quase conseguiu aos 41 minutos. Douglas bateu falta pela direita, do jeito que gosta, no ângulo esquerdo alto, mas Felipe conseguiu chegar e espalmou a bola, que ainda bateu na trave antes de sair.

Após o intervalo, o Corinthians voltou ainda mais ligado e não deixou o Flamengo jogar. Cássio foi um mero espectador da blitz corintiana, que resultou no empate aos 15 minutos. O lateral-direito Wellington Silva errou um passe perto da área, Fábio Santos conseguiu roubar a bola, avançou à linha de fundo e cruzou com perfeição para Edenilson, que só teve o trabalho de tocar para o gol.

A pressão não acabou com o empate. Aos 21 minutos, Fábio Santos apareceu pela direita, tabelou na entrada da área com Emerson e só não marcou o gol por causa de uma bela defesa de Felipe. Mas o goleiro do Flamengo não pôde evitar a virada corintiana, aos 30, em uma cabeçada certeira de Paulo André, após escanteio cobrado por Douglas.

Em desvantagem, o Flamengo resolveu atacar. Conseguiu mandar uma bola na trave e fazer um gol, mas em ambos os lances o impedimento já estava marcado antes da conclusão da jogada. Com o contra-ataque à disposição, o Corinthians conseguiu ampliar a vantagem. Pouco depois de perder uma grande oportunidade, Emerson não bobeou na segunda chance e, aos 44 minutos, fez 3 a 1. No fim, aos 47, Liedson marcou contra o seu ex-time, mas não evitou a derrota.

CORINTHIANS 3 x 2 FLAMENGO

CORINTHIANS – Cássio; Alessandro, Wallace, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Guilherme Andrade), Edenilson e Douglas (Anderson Polga); Emerson e Romarinho (Chiquinho). Técnico: Tite.

FLAMENGO – Felipe; Wellington Silva, Welinton, Renato Santos e Magal; Amaral (Liedson), Renato Abreu, Ibson (Wellington Bruno), Leonardo Moura (Adryan) e Cléber Santana; Vágner Love. Técnico: Dorival Júnior.

GOLS – Renato Santos, aos 29 minutos do primeiro tempo; Edenilson, aos 15, e Paulo André, aos 30, Emerson, aos 44, e Liedson, aos 47 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Emerson e Fábio Santos (Corinthians); Renato Abreu, Welinton e Amaral (Flamengo).
ÁRBITRO – Fabrício Neves Correa (RS).
RENDA – R$ 756.968,96.
PÚBLICO – 25.395 pagantes.
LOCAL – Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP).

http://www.estadao.com

Oct 11, 2012

Grana no caixa !

CLUBE COMPRA 50% DOS DIREITOS DE PAULINHO

 

O Corinthians anunciou ontem acordo até julho de 2015 com o volante. E comprou 50% dos direitos econômicos dele, que eram do BMG, por R$ 13 milhões. O Audax, clube do Grupo Pão de Açúcar, detém o restante. Agora, o time pode aceitar ou recusar propostas por Paulinho.

http://www.folha.com.br

Oct 11, 2012

Corinthians e Fla na Folha

Corinthians fica a um ponto de mudar foco

SÉRIE A
De virada, time se aproxima da meta de 45 pontos de Tite que o deixará pensar só no Mundial

 

Corinthians 3
Edenílson, aos 16min; Paulo André, aos 30min, e Emerson aos 45min do 2º tempo
Flamengo 2
Renato Santos, aos 30min do 1º tempo, e Liedson, aos 48min do 2º tempo

 

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O Corinthians está a uma vitória do fim do Brasileiro e início do Mundial do Japão.

De virada, a equipe de Tite derrotou o Flamengo, ontem, no Pacaembu, alcançou 42 pontos e pode, segundo o treinador, dedicar-se exclusivamente ao torneio do Japão neste sábado, caso vença a Portuguesa no Canindé.

Diante de 25 mil pessoas, o Corinthians se aproveitou das falhas da defesa rival no segundo tempo para conquistar sua 11ª vitória, num jogo marcado por inúmeras faltas e pela atuação de Edenílson.

O volante, que ontem substituiu Danilo, machucado, marcou o primeiro gol e deu o passe para Emerson definir o resultado no fim do jogo.

“Agora a gente se aproxima da zona de segurança, que são os 45 pontos. Mas as equipes não vão achar moleza”, disse o atacante Emerson, que voltou ao time após cinco jogos suspenso.

Livre do rebaixamento, Tite deve aplicar um rodízio de folga para os atletas. Nos planos do treinador, a equipe deve voltar à força total nas últimas rodadas, já como preparação para o Mundial.

Ontem, o time deparou-se com um Flamengo defensivo, com Vágner Love isolado no ataque e pouca criatividade.

Com muita marcação, o primeiro tempo teve poucas chances de gol. Em uma falha na zaga do Corinthians, o Flamengo abriu o placar aos 30min. Ibson cobrou falta, e Renato Santos esticou-se, sozinho, em um carrinho, para tocar de primeira e marcar.

No segundo tempo, o Corinthians voltou mais elétrico, marcou melhor a saída de bola rival e empatou aos 16min. Fábio Santos roubou a bola no ataque, cruzou, e Edenílson tocou de primeira.

A virada veio aos 30min, com Paulo André, de cabeça, após escanteio batido por Douglas. Fez 3 a 1 aos 45min, com boa jogada de Edenílson em contra-ataque: na área, apenas rolou para Emerson, sozinho, chutar com força.

O Flamengo faria o seu segundo gol aos 48min, em rebote aproveitado por Liedson, que entrou no fim. “Voltamos no segundo tempo para não deixar o Flamengo sair jogando”, disse Edenílson.

Tite aguarda a volta de Danilo para o duelo de sábado, que pode fazer o time chegar aos 45 pontos, matematicamente livre de rebaixamento nas contas do técnico.

http://www.uol.com.br

Oct 11, 2012

Programação da Rádio Ópera – 11/10/12

Quinta

ORFEO ED EURIDICE (Gluck) Horário: 08:00
Roma, 1957. Maestro: Pierre Monteux.
Elenco: Rise Stevens, Lisa Della Casa, Roberta Peters.
DON GIOVANNI (Mozart) Horário:10:00
Londres, julho/1968. Maestro: Richard Bonynge.
Elenco: Gabriel Bacquier, Joan Sutherland, Pilar Lorengar, Marilyn Horne, Werner Krenn, Donald Gramm, Clifford Grant, Leonardo Monreale.
L’AMICO FRITZ (Mascagni) Horário: 13:00
Londres, 1969. Maestro: Gianandrea Gavazzeni.
Elenco: Mirella Freni, Luciano Pavarotti, Laura Didier Gambardella, Vincenzo Sardinero, Benito Di Bella, Luigi Pontiggia, Malvina Major.
LUCIA DI LAMMERMOOR (Donizetti) Horário: 14:25
Roma, 1961. Maestro: Sir John Pritchard.
Elenco: Joan Sutherland, Renato Cioni, Robert Merrill, Cesare Siepi, Kenneth Macdonald, Rinaldo Pelizzoni, Ana Raquel Satre.
CARMEN (Bizet) Horário: 17:40
Genebra, 1962. Maestro: Thomas Schippers.
Elenco: Regina Resnik, Mario del Monaco, Joan Sutherland, Tom Krause, Georgette Spanellys, Robert Geay
IL GUARANY (“O Guarani”) (Carlos Gomes) Horário: 19:00
São Paulo, 16/8/1959. Maestro: Armando Belardi.
Elenco: Manrico Patassini, Niza de Castro Tank, Paulo Fortes,  José Perrota, Paschoal Raymundo, Juan Carlos Ortiz, Roque Lotti, Waldomiro Furlan.
http://www.radioopera.com.br
Sep 23, 2012

Sem palavras ?

 

Escândalo Rio 2016: e o que diz o Governo? 

 

 

O advogado paulista Alberto Murray Neto lembrou que o escândalo envolvendo funcionários brasileiros, que furtaram informações dos Jogos de Londres, “foi tratado pelo COB e CO-Rio com a maior confidencialidade, na clara tentativa de abafar a vergonhosa ação”.

O assunto só se tornou público depois que Juca Kfouri divulgou em seu blog, na quinta-feira.

O escandaloso episódio é a manchete do jornal Folha de S.Paulo.

Intercâmbio

Tratava-se de um intercâmbio conhecido por “Programa de Transferência de Conhecimentos” realizado entre instituições esportivas, mas proíbe a cópia de documentos sem a autorização dos autores.

“Os brasileiros tinham acesso às informações do Comitê Londrino (LOCOG). E se fossem pessoas de bem, honestas, certamente teriam utilizado as informações como aprendizado e pronto”, explicou Alberto. “Mas não, começaram a fuçar e a copiar o que era proibido”.

“Certamente, essa gente achou que os ingleses são bobos e não controlariam esse tipo de acesso… patético, até. Mas pagaram e pagaram caro com as demissões, mas acho que isso é apenas o começo”.

E o governo?

As demissões ocorridas não podem ser o ponto final neste grave episódio, que mancha e distorce o “espírito olímpico”  vergonhosamente.

Porque, os funcionários que surrupiaram informações alheias estavam em Londres pagos pelo dinheiro público, já que o COB e Comitê Rio 2016 são instituições financiadas, também, por verbas federais.

É indispensável que o governo federal não silencie, pois as entidades envolvidas são representativas do Brasil nas nossas relações esportivas internacionais. O que diz o Ministério do Esporte sobre esse vexame olímpico?

www.http://www.josécruz.blogsfera.com.br

Sep 22, 2012

Ouro, prata ou bronze

Rio-2016 demite funcionários que furtaram documentos em Londres-2012

O Comitê Rio-2016 confirmou, nesta sexta-feira, a informação publicada na véspera pelo colunista da Folha Juca Kfouri no seu blog no portal UOL, empresa pertencente ao Grupo Folha, que edita a Folha. Mas a entidade disse que não divulgará os nomes dos integrantes demitidos.

Os brasileiros trabalhavam com os organizadores de Londres durante a última Olimpíada, entre 27 de julho e 12 de agosto, como parte de um “programa de transferência de conhecimentos” entre as cidades organizadoras.

“Posso confirmar que houve um incidente que envolveu membros da equipe do Rio que acessou e removeu arquivos sem permissão”, disse a porta-voz de Londres, Jackie Brock-Doyle, à agência Associated Press. “Informamos à supervisão do Rio. Eles atuaram rapidamente para resolver a questão e devolver os arquivos”.

Will Oliver/France Presse
O presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Nuzman
O presidente do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman

Altos funcionários de Londres foram informados do download ilegal e reportaram o sumiço aos organizadores do Rio, liderados por Carlos Arthur Nuzman e Leo Gryner.

A revelação sobre o furto dos arquivos ocorreu dois meses antes de funcionários de Londres-2012 e do Rio-2016 se reunirem no Brasil para a sessão informativa oficial dos Jogos deste ano, um encontro em que os organizadores da última Olimpíada repassam aos seguintes toda a informação necessária.

Autoridades disseram que provavelmente os arquivos teriam sido fornecidos para a equipe do Rio se tivessem sido solicitados.

CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA DO COMITÊ DA RIO-2016

“O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 confirma que alguns de seus funcionários que, em razão de parceria entre as duas organizações, prestavam serviços ao Comitê Organizador dos Jogos Londres 2012 (LOCOG, na sigla em inglês) baixaram arquivos do LOCOG sem autorização, atitude contrária aos princípios que regiam a confiança mútua entre as duas organizações. Os envolvidos foram identificados e as lideranças do Rio 2016 e do LOCOG agiram de forma conjunta, coordenada e rápida para reparar a situação. Todos os arquivos foram recuperados e devolvidos e os funcionários foram desligados do Rio 2016.

O Rio 2016 contou com cerca de 200 representantes em Londres por ocasião dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano e entende que esse foi um caso isolado.

Toda a atuação do Rio 2016 é pautada pelos princípios da ética, responsabilidade e transparência”.

www.folha.com

 

 

Sep 16, 2012

Um grande clássico

(Anita Malfatti, “Samba”)

Neste final de semana, Corinthians e Palmeiras se enfrentarão pelo Campeonato brasileiro de 2012.

Com o Corinthians afastado da disputa pelo título, por razões por demais conhecidas, o jogo será muito importante para o Palestra.

Se notarmos pela história, Corinthians e Palmeiras, ou Palestra, centralizaram por muito tempo grandes paixões, embates, brigas, vitórias e derrotas.

Nas primeiras décadas do esporte, Corinthians, Palestra e Paulistano dividiam as maiores proezas e craques do futebol. Após a década de 1930, com o desaparecimento do Paulistano, Santos e São Paulo vieram incorporar-se às grandes disputas contra o Corinthians.

Não há dúvidas que ainda hoje, para uma legião de pessoas, este clássico é o que mais emociona.

Basta lembrarmos da crônica de Alcântara Machado, “Corinthians 2,  Palestra 1” ,  para vermos a importância que a partida tem na história do futebol brasileiro.

Nada como rever um conto do livro que marca o nascimento do Modernismo no Brasil.

Corinthians (2) vs Palestra (1)

Prrrrii!
– Aí, Heitor!
A bola foi parar na extrema esquerda. Melle desembestou com ela.
A arquibancada pôs-se em pé. Conteve a respiração. Suspirou:
– Aaaah!
Miquelina cravava as unhas no braço gordo da Iolanda. Em torno do trapézio verde a ânsia de vinte mi1 pessoas. De olhos ávidos. De nervos elétricos. De preto. De branco. De azul. De vermelho.
Delírio futebolístico no Parque Antártica.
Camisas verdes e calções negros corriam, pulavam, chocavam-se, embaralhavam-se, caíam, contorcionavam-se, esfalfavam-se, brigavam. Por causa da bola de couro amarelo que não parava, que não parava um minuto, um segundo. Não parava.
– Neco! Neco!
Parecia um louco. Driblou. Escorregou. Driblou. Correu. Parou. Chutou.
– Gooool! Gooool!
Miquelina ficou abobada com o olhar parado. Arquejando. Achando aquilo um desaforo, um absurdo.
Aleguá-guá-guá! Aleguá-guá-guá! Hurra! Hurra! Corinthians!
Palhetas subiram no ar. Com os gritos. Entusiasmos rugiam. Pulavam.
Dançavam. E as mãos batendo nas bocas:
– Go-o-o-o-o-o-ol!
Miquelina fechou os olhos de ódio.
– Corinthians! Corinthians!
Tapou os ouvidos.
– Já me estou deixando ficar com raiva!
A exaltação decresceu como um trovão.
– O Rocco é que está garantindo o Palestra. Aí, Rocco! Quebra eles sem dó!
A Iolanda achou graça. Deu risada.
– Você está ficando maluca, Miquelina. Puxa! Que bruta paixão!
Era mesmo. Gostava do Rocco, pronto. Deu o fora no Biagio (o jovem e esperançoso esportista Biagio Panaiocchi, diligente auxiliar da firma desta praça G. Gasparoni & Filhos e denodado meia-direita do S. C. Corinthians Paulista, campeão do Centenário) só por causa dele.
– Juiz ladrão, indecente! Larga o apito. gatuno!
Na Sociedade Beneficente e Recreativa do Bexiga toda a gente sabia de sua história com o Biagio. Só porque ele era freqüentador dos bailes dominicais da Sociedade não pôs mais os pés lá. E passou a torcer para O Palestra. E começou a namorar o Rocco.
– O Palestra não dá pro pulo!
– Fecha essa latrina, seu burro!
Miquelina ergueu-se na ponta dos pés. Ergueu os braços. Ergueu a voz:
– Centra, Matias! Centra, Matias!
Matias centrou. A assistência silenciou. Imparato emendou. A assistência berrou.
– Palestra! Palestra! Aleguá-guá! Palestra Aleguá! Aleguá!
O italianinho sem dentes com um soco furou a palheta Ramenzoni de contentamento. Miquelina nem podia falar. E o menino de ligas saiu de seu lugar. todo ofegante, todo vermelho, todo triunfante, e foi dizer para os primos corinthianos na última fileira da arquibancada:
– Conheceram, seus canjas?
O campo ficou vazio.
– Ó… lh’a gasosa!
Moças comiam amendoim torrado sentadas nas capotas dos automóveis. A sombra avançava no gramado maltratado. Mulatas de vestidos azuis ganham beliscões. E riam. Torcedores discutiam com gestos.
– Ó… lh’a gasosa!
Um aeroplano passeou sobre o campo.
Miquelina mandou pelo irmão um recado ao Rocco.
– Diga pra ele quebrar o Biagio que é o perigo do Corinthians.
Filipino mergulhou na multidão.
Palmas saudaram os jogadores de cabelos molhados.
Prrrrii!
– O Rocco disse pra você ficar sossegada.
Amilcar deu uma cabeçada. A bola foi bater em Tedesco que saiu correndo com ela. E a linha toda avançou.
– Costura, macacada.
Mas o juiz marcou um impedimento.
– Vendido! Bandido! Assassino!
Turumbamba na arquibancada. O refle do sargento subiu a escada.
– Não pode! Põe pra fora! Não pode!
Turumbamba na geral. A cavalaria movimentou-se.
Miquelina teve medo. O sargento prendeu o palestrino. Miquelina protestou baixinho:
– Nem torcer a gente pode mais! Nunca vi!
– Quantos minutos ainda?
– Oito.
Biagio alcançou a bola. Aí, Biagio! Foi levando, foi levando. Assim, Biagio! Driblou um. Isso! Fugiu de outro. Isso! Avançava para a vitória. Salame nele, Biagio! Arremeteu. Chute agora! Parou.
Disparou. Parou. Aí! Reparou. Hesitou. Biagio Biagio! Calculou.
Agora! Preparou-se. Olha o Rocco! É agora. Aí! Olha o Rocco! Caiu.
– CA-VA-LO!
Prrrrii!
– Pênalti!
Miquelina pôs a mão no coração. Depois fechou os olhos. Depois perguntou:
– Quem é que vai bater, Iolanda?
– O Biagio mesmo.
– Desgraçado.
O medo fez silêncio.
Prrrrii!
Pan!
– Go-o-o-o-ol! Corinthians!
– Quantos minutos ainda?
Pri-pri-pri!
– Acabou, Nossa Senhora!
Acabou.
As árvores da geral derrubaram gente.
– Abr’a porteira! Rá! Fech’a porteira! Prá!
O entusiasmo invadiu o campo e levantou o Biagio nos braços.
– Solt’o rojão! Fiu! Rebent’a bomba! Pum! CORINTHIANS!
O ruído dos automóveis festejava a vitória. O campo foi-se esvaziando como um tanque. Miquelina murchou dentro de sua tristeza.
– Que é – que é? É jacaré? Não é!
Miquelina nem sentia os empurrões.
– Que é – que é? É tubarão? Não é!
Miquelina não sentia nada.
– Então que é? CORINTHIANS!
Miquelina não vivia.
Na Avenida Água Branca os bondes formando cordão esperavam campainhando o zé-pereira.
– Aqui, Miquelina.
Os três espremeram-se no banco onde já havia três. E gente no estribo. E gente na coberta. E gente nas plataformas. E gente do lado da entrevia.
A alegria dos vitoriosos demandou a cidade. Berrando, assobiando e cantando. O mulato com a mão no guindaste é quem puxava a ladainha:
– O Palestra levou na testa!
E o pessoal entoava:
– Ora pro nobis!
Ao lado de Miquelina o gordo de lenço no pescoço desabafou:
– Tudo culpa daquela besta do Rocco!
Ouviu, não é Miquelina? Você ouviu?
– Não liga pra esses trouxas, Miquelina.
Como não liga?
– O Palestra levou na testa!
Cretinos.
– Ora pro nobis!
Só a tiro.
– Diga uma cousa, Iolanda. Você vai hoje na Sociedade?
– Vou com o meu irmão.
– Então passa por casa que eu também vou.
– Não!
– Que bruta admiração! Por que não?
– E o Biagio?
– Não é de sua conta.
Os pingentes mexiam com as moças de braço dado nas calçadas.

(Wikisource, http://pt.wikisource.org/wiki/Corinthians_(2)_vs_Palestra_(1))

Aug 11, 2012

Futebol, Vôlei e Olimpíadas

Assisti apenas alguns lances da seleção brasileira de futebol nesta Olimpíadas. Nesta decisão de hoje não foi diferente. Acho um exagero, sem limite, os elogios que nossa mídia faz à seleção. Todos são “craques”, espetaculares, geniais etc.  Não acho nada disso. Pelo contrário, vejo um time com muitos jogadores médios e um ou outro que pode tornar-se “craque” . Não acho que perder para o México seja o fim do mundo mas, devemos lembrar, nossa seleção é, praticamente, a seleção titular. Diferente das outras equipes que participaram das Olimpíadas que mandaram equipes bem mais jovens.

Sei que a campanha, agora, será para trocar o técnico. Não entro nesta onda porque creio que nosso problema é “mais embaixo”. Faltam craques. Temos uma geração que não mostrou quase nada. Exceto os longos elogios e paparicos da mídia são jogadores que estão por provar a condição de “fora de série”.

Vôlei

Fiquei feliz pela vitória da seleção feminina de vôlei. Primeiro pela raça e competência que mostraram. Saíram de uma situação difícil e viraram o jogo. Merecem todos os aplausos. Aplauso também, que não deve faltar, para o técnico José Roberto Guimarães excelente profissional e pessoa da melhor qualidade que no futebol passou pelo Corinthians com  merecido aplauso. Cumprimento também, meu colega de ginásio, José Elias de Proença, preparador físico da seleção e exemplar profissional. Um grande viva as meninas e a comissão técnica.

Olimpíadas e TV

A tv brasileira merece algumas críticas pela cobertura que faz dos esportes, principalmente das Olimpíadas. Mas quem der uma olhada na cobertura da TV da Espanha vai ficar assustado com o profissionalismo e imparcialidade da mídia brasileira. Os espanhóis vivem aplaudindo tudo e todos parecendo que estão na liderança de medalhas. Acho que o longo período de franquismo deu um marco decisivo na cobertura jornalística dos espanhóis. É só elogio.

Jul 28, 2012

És do Brasil…. o clube mais brasileiro…. Viva !

Thiago Pereira leva a prata nos 400m medley dos Jogos Olímpicos

 Agência Corinthians 

O sábado começou bem para o Brasil e para o Timão nos Jogos Olímpicos. O nadador Thiago Pereira, atleta do Corinthians, conquistou a medalha de prata nos 400m medley, ficando atrás apenas do norte-americano Ryan Lochte. O tempo oficial dos quatro primeiros colocados na prova foi o seguinte: Lochte (4m05s18), Thiago Pereira (4m08s86), Hagino (4m08s94) e Phelps (4m09s28).

Após a conquista inédita, o atleta fez questão de exaltar o apoio que o Alvinegro deu a ele. – Gostaria de agradecer o Corinthians. Eu disse que era o ano do Timão. Libertadores e medalha olímpica! – declarou Thiago.

Mais cedo, o Brasil já havia conquistado duas medalhas no judô. Sarah Menezes levou o ouro na categoria ligeiro (até 48kg) e Felipe Kitadai ficou com a prata também na categoria ligeiro (até 60kg).

Jul 27, 2012

Uma bela ( e merecida)homenagem

Mais Uma Vez, A Décima Segunda, Na Terra Olímpica.

julho 24, 2012

Sylvio de Magalhaes Padilha leva a bandeira do Brasil em Londres 1.948

Não há como não se emocionar ao pisar mais uma vez na terra Olímpica. Londres está preparadíssima para acolher a festa do esporte mundial. Rendo minhas homenagens ao meu avô, Sylvio de Magalhães Padilha que, por tantos anos liderou com dignidade o Movimento Olímpico do Brasil. Na fotografia deste post, ele aparece como o porta bandeiras da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1.948. A ele devo o gosto pelo esporte e o prazer de praticá-lo. E a visão de que o Olimpismo não é um negócio, mas uma filosofia de vida.

Londres 1.948 foi a primeira vez que a missão do Brasil foi aos Jogos de avião. E também quando houve as primeiras transmissões ao vivo, pelo rádio, na voz do Geraldo José de Almeida. A Europa e particularmente a Inglaterra estava devastada pela Guerra. Tudo era racionado. Havia pouca comida inclusive para os atletas. O pão que não se comia no café da manhã era guardado para o dia seguinte. A delegação feminina do Brasil hospedou-se nos porões de uma casa. Fazia muito frio e choveu na maioria do tempo. Minha avó Yvonne ía todos os dias ao alojamento feminino do Brasil levar um pouco de comida extra que conseguia para as nossas atletas. Os Jogos de 1.948 foram as Olimpíadas da Boa Vontade. Não havia luxo. Mas o evento foi emblemático. Era o ressurgimento do mundo para si próprio. Várias nações voltavam-se a encontrar, frente a frente, lado a lado, após duros anos, para desta vez celebrar a paz, em momentos que somente o esporte pode proporcionar.

Londres 1.948 não é um marco apenas na história olímpica. É um ponto de referência na história da humanidade.

do blog www.albertomurray.wordpress.com