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Jul 6, 2014

Confusão na jogada.

 

Fifa e polícia do Rio entram em confronto após escândalo dos cambistas

JAMIL CHADE, TIAGO ROGERO – O ESTADO DE S. PAULO

 

Entidade critica a postura das autoridades brasileiras ao revelar detalhes do caso na mídia

 

 

Fifa e a polícia do Rio entram em confronto aberto por conta do escândalo dos cambistas. Hoje, a entidade máxima do futebol criticou o comportamento dos policiais por revelar detalhes das operações contra cambistas à imprensa e diz que o nome da pessoa que as autoridades estão buscando não trabalha para a entidade e é, na verdade, um cambista que já está preso e que atuava dentro do Copacabana Palace. Mas, ao Estado, a polícia negou a versão da Fifa e diz que a pessoa que estão buscando sequer é conhecida ainda da entidade.

 

 

Hoje, a Fifa ainda descartou punir Julio Grondona, vice-presidente da Fifa, depois da revelação de que um de seus ingressos foi pego com cambistas.

 

Na terça-feira, a polícia revelou que prendeu onze cambistas em uma mega-operação e que mostrava a ligação dessas pessoas com funcionários da Fifa. Se não bastasse, um ingresso em nome de Grondona acabou aparecendo nas mãos de cambistas.

 

 

 

Cambistas ligados à Fifa são presos
Líder de esquema de vendas de ingressos, o franco-argelino Lamine Fofana posa ao lado do presidente da Fifa, Joseph Blatter
Reprodução

 

 

 

 

 

A irritação da Fifa com a polícia é escancarada. Segundo Thierry Weil, diretor de Marketing da Fifa, a polícia entregou para ele apenas uma parte das informações do processo da operação, enquanto vaza pela imprensa detalhes do caso que sequer os cartolas conhecem.

 

A polícia busca uma pessoa que estaria trabalhando dentro da entidade e que era o contato da quadrilha. Mas as autoridades tem resistido em dar o nome do suspeito, justamente para poder desvendar o esquema.

 

Pressionado pela imprensa a dar explicações, Weil não poupou as autoridades e decidiu que revelaria ele mesmo nome da pessoa que a polícia está buscando. “Ele se chama Roger”, disse o diretor da Fifa. Mas ele rejeitou a tese de que a pessoa seja funcionário da entidade. Para a Fifa, essa pessoa já foi presa pela própria polícia e era um cambista que também atuava dentro do Copacabana Palace, onde a Fifa mantém seus escritórios.

 

“Acho que a polícia não se fala entre si”, ironizou Weil. “Eles estão buscando alguém que já está preso”, disse.  “Há uma discrepância entre o que diz para a imprensa e para nós”, declarou. “Se a polícia fala sobre uma investigação que está sendo feita, não sei se é a forma mais correta. Na Europa isso não ocorre”, atacou Weil, que garante que, até agora, ninguém de dentro da Fifa foi procurada pela polícia.

 

Estado apurou que o nome dado por Weil para a imprensa sequer é a identidade real da pessoa que a polícia está procurando. As autoridades estão mantendo o nome em sigilo justamente para evitar que o suspeito deixe o Brasil ou tenha qualquer tipo de colaboração com a Fifa para escapar.

 

 

 

Fifa fará verificação de ingressos apreendidos com cambistas
Fifa fará verificação de ingressos apreendidos com cambistas
Yasuyochi Chiba/AFP

 

 

 

 

 

Grondona – A Fifa ainda reagiu negando qualquer envolvimento de Grondona com grupos de cambistas. Um ingresso para a partida Argentina x Suíça foi identificado no mercado ilegal, o que seria um crime.

 

Mas a Fifa fez questão de abafar o caso. Primeiro, Weil declarou aos jornalistas que a família Grondona seria questionada pela notícia. Logo depois, admitiu que eles já haviam conversado com o vice-presidente. Mas não sabia dizer o que foi a resposta. “Questionamos ele”, admitiu. “Perguntamos a ele o que ocorreu”, declarou.

 

A entidade, ao contrários das evidências, preferiu apenas acreditar nas palavras da família de que o ingresso havia sido “dado” a amigos. “Se ele disse que deu a alguém, você precisa acreditar nisso”, disse. Mas a uma rede de televisão na Argentina, o filho de Grondona admitiu que havia revendido a entrada.

 

Segundo Weil, o ingresso de Grondona não faz parte da operação do Rio. OEstado, em sua edição de ontem, havia feito essa revelação.

 

A Fifa, porém, insiste que vai abrir ações legais contra as empresas que compraram pacotes de camarotes da Match, a única empresa com direitos de vender os ingressos VIP. Na operação, companhias que foram identificadas como parte do esquema compravam o pacotes e depois revendiam com preços bem superiores.

 

“Vamos tomar ações legais contra essas empresas”, declarou Weil. Segundo ele, entre as empresas está a Reliance, com 58 pacotes, a Jetset, da Rüssia, e a Atlanta de Dubai, companhia do cambista Lamine Fofana.

 

Segundo ele, os ingressos apresentados pela polícia para a Fifa somam 141, dos quais dez são para jogos de 2010 e 2013. 60 deles ainda foram comprados pelo sistema de internet. “Não havia nenhum de ingressos de cartolas”, garantiu.

 

Dos 131 ingressos para a atual Copa, 129 são para jogos que já ocorreram. 71 ingressos eram de camarotes, um deles era da CBF.

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Jul 3, 2014

Matheus e Sócrates

Por Notícia do dia

Sócrates e Vicente Matheus ganham homenagem na Arena Corinhians

Sócrates e Vicente Matheus, ídolos do Timão, serão eternizados no entorno da Arena Corinthians a partir desta quinta-feira. A passarela e o viaduto que dão acesso ao novo estádio alvinegro receberão os nomes do ex-meia e do ex-presidente do clube do Parque São Jorge.

Com participação do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana, a homenagem será decretada por meio da assinatura de um decreto, feita pelo governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin. O evento que marcará a nomeação das estruturas acontece às 13h desta quinta, no Conjunto Desportivo Baby Baroni, no bairro da Água Branca.

HOMENAGEADOS

Sócrates foi jogador do Corinthians entre os anos de 1978 e 1984. O meia foi um dos principais nomes da Democracia Corinthiana, revolucionário movimento protagonizado pelo Timão em meio aos anos de chumbo da ditadura militar no Brasil.

Vicente Matheus, por sua vez, foi um dos mais folclóricos presidentes que já passaram pelo Parque São Jorge. Ele comandou o clube em oito mandatos, somando um total de 18 anos no Alvinegro Paulista.

Jul 3, 2014

Na canela

 

Neymar manda os jornalistas também se tratarem 

 

 
Juca Kfouri

 

Perguntado agora há pouco, na entrevista coletiva que está concedendo, sobre como via o trabalho da psicóloga Regina Brandão, Neymar respondeu que está aproveitando muito, gostando do que faz pela primeira vez e recomendou a todos:

“Acho que vocês também deveriam procurar fazer”, disse, sorrindo, aos jornalistas que lotam a sala de entrevistas.

 

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Jul 2, 2014

Ninguém esquece a grande seleção de 82.

 

5 de julho de 1982

O ESTADO DE S. PAULO

 

Derrota de um Brasil espetacular dá início à supervalorização do futebol de resultados

 

 

SÃO PAULO –  “O triste fim do time que encantou o mundo.” Este é o título que circulou nas páginas dos cadernos de esportes do Estadão e do Jornal da Tardeno dia 5 de julho de 2012. Fazia 30 anos que uma das melhores seleções de todos os tempos era desclassificada precocemente da Copa de 1982, na Espanha. Sob a batuta de Telê Santana, um timaço com Júnior, Cerezo, Falcão, Sócrates e Zico perdeu para uma Itália que havia empatado seus três jogos na primeira fase.

 

 

Iluminado, o atacante Paolo Rossi fez o primeiro gol logo aos 5 minutos do primeiro tempo. Sócrates empatou aos 12. Mas após um passe errado de Cerezo, aos 25, Rossi colocou de novo a Azurra em vantagem. Apenas na segunda etapa saiu o golaço de empate de Falcão. E bastava para levar o Brasil à semifinal. O alívio durou pouco. Seis minutos depois Rossi marcou o terceiro.

 

Vitória da Azurra por 3 a 2. Zebra que levou a imprensa a recordar as derrotas da Hungria de 54 e da Holanda de 74. “Brasil, fim de um sonho”, foi o título do texto na capa do Estadão do dia seguinte. No JT, uma capa histórica, retratava a tristeza da nação. Uma foto de página inteira com o garoto José Carlos Vilela aos prantos e o título que remetia a um epitáfio: “Barcelona, 5 de julho de 1982″.

 

Revés chocante não somente aos brasileiros.”É ver para não crer”, definiu o diário espanhol ABC à época. “Já não se entende mais este mundo”, dramatizou o francês Le Matin.

 

Em 1989, o Estadão relembrou a repercussão mundial da eliminação em 82 por conta da ilustre presença do carrasco italiano no Brasil. Rossi e outros daquela geração vieram ao país disputar um torneio de veteranos.”Chega Paolo Rossi, aquele do Sarriá”, anuncia O Estado de São Paulo.

 

Perguntado a respeito das recordações daquela partida, disse, fugindo de polêmicas, que fora um duelo tão importante como os outros daquela Copa. “Não tenho ideia do que aconteceu por aqui”, é uma das frases do “bambino d´oro” destacadas na reportagem. Depois de bater o Brasil, a Itália até então cambaleante no torneio atropelou os adversários até a conquista de seu terceiro título mundial. Rossi terminou como artilheiro com seis gols.

 

Emoções das Copas, 1982
Paolo Rossi marca contra o Brasil na Copa de 82
Arquivo/AE

 

 

 

O ex-lateral Gentile também participou da entrevista. Marcador implacável, foi questionado se nos masters seria duro como foi com Zico no confronto de 82, quando rasgou a camisa do 10 brasileiro em uma falta ignorada pelo árbitro. “Se durante a partida sentir que é necessário vou bater mesmo.” Diferentemente de Rossi, Gentile pareceu sincero.

 

E o técnico dos veteranos italianos, Ferruccio Valcareggi, mostrou-se surpreso com o clima encontrado por aqui. “Por que levam tão a sério esta competição? Achei que todos viríamos aqui para uma confraternização, sem pensar em vingança ou desforra.” Valcareggi não fazia ideia do que era para os brasileiros reverem de perto Rossi e Gentile,  responsáveis pelo que talvez tenha sido a segunda pior derrota da história da seleção brasileira, atrás somente do “Maracanazzo” de 1950.

 

O Brasil voltou a ser campeão mundial apenas em 1994 e depois em 2002. Porém nunca mais viu uma seleção tão talentosa. A eliminação em 1982 deu início a uma supervalorização do futebol de resultados. “Hoje prevalece o pragmatismo e a correria”, relata o texto do JT acerca do aniversário de 30 anos do duelo.

 

O episódio ficou conhecido como o “desastre do Sarriá”. Referência ao estádio onde ocorreu a fatídica derrota. Estádio que, tal qual o futebol brasileiro de 82, não existe mais.

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Jul 2, 2014

Aguenta coração.

 

A Copa das coronárias 

 

 

Juca Kfouri

 

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No último minuto da prorrogação de Brasil e Chile uma bola no travessão brasileiro quase elimina os anfitriões da Copa.

E veio o drama dos pênaltis, vencido pelos brasileiros.

A simpática Costa Rica também só passou às quartas de final nos pênaltis.

A Argentina passou depois de também levar uma bola na trave, no último minuto da prorrogação mandada pelos suíços que por pouco não decretou nova rodada de pênaltis.

Os Estados Unidos tiveram a vitória nos pés contra o belgas no último segundo do tempo normal, desperdiçaram, tomaram dois gols na prorrogação, diminuíram, e por pouco não levaram também o jogo aos pênaltis.

A Holanda só ganhou do México nos últimos cinco minutos.

A Alemanha penou para superar a Argélia e só na prorrogação.

Dos oito jogos das oitavas, cinco foram para o tempo extra e dois acabaram na marca do pênalti.

Já há até quem diga que os jogos daqui para frente deveriam começar pela prorrogação.

É isso: os times nem estão brilhantes, mas os jogos, bem, os jogos estão de matar de emoção.

Que Copa! Que teste para cardíacos!

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Jun 30, 2014

A Copa em São Paulo

Logo após o anúncio de que o Brasil faria a Copa do Mundo de futebol, apareceu o primeiro -e mais grave- problema para a cidade de São Paulo. Não havia um estádio em condições de abrir a Copa. Muitos apoiaram o Morumbi -embora inviável- e de difícil reforma. Algumas vozes foram contra e lutaram por outra opção. Este blog  trabalhou o tempo todo por outra solução. Trago aqui uma opinião importante que, em 30 de outubro de 2007, já defendia algo mais apropriado. O artigo foi publicado na Folha de São Paulo, na página de Opinião. Quem escreveu foi Eduardo Bitterncourt Carvalho, conselheiro vitalício do Corinthians. Ele fez uma importante defesa de uma opção “fora do Morumbi”.  

 

 

Uma chance para mudar São Paulo

EDUARDO BITTENCOURT CARVALHO

A região de uma sede de Copa sempre se beneficia com investimentos locais. Por que escolher a abastada região do Morumbi?

HOJE A Fifa anuncia a escolha do Brasil como o país-sede da Copa do Mundo de 2014. Na proposta, está o estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, como provável palco dos jogos a serem realizados em São Paulo.
O principal argumento em prol do Morumbi é a suposta ausência de investimentos públicos no processo de modernização do estádio. Os gastos com a reforma seriam arcados integralmente pela iniciativa privada e pelo próprio São Paulo Futebol Clube. No entanto, trata-se de uma proposta frágil.
Em primeiro lugar, no caso do estádio do Morumbi, existem obstáculos técnicos incontornáveis ou cujo custo torna a reforma inviável. Apenas para enumerar alguns deles: ângulo de inclinação, curva de visibilidade e distância entre o gramado e as arquibancadas são quesitos que não são atendidos no projeto. Além disso, existem milhares de assentos no estádio que não permitem a visão do lado oposto no campo de jogo. Considerando que a parte central de um dos lados será ocupada pela imprensa, parte importante do público terá apenas uma visão parcial do espetáculo.
Em segundo lugar, a localização do estádio do Morumbi, em um bairro residencial, de ruas estreitas, é também outro elemento desfavorável, uma vez que não existe nas imediações espaço suficiente para acomodar todos os presentes na arena, o que, em caso de emergência, dificulta muito o rápido abandono do local. O Palácio dos Bandeirantes é uma testemunha ocular do verdadeiro caos urbano que ocorre em dias de casa cheia.
Infelizmente, além das dificuldades técnicas, há outra grande desvantagem na proposta.
As melhorias na infra-estrutura do entorno do estádio criarão, inevitavelmente, a necessidade do dispêndio de vultosos montantes do poder público. Apenas para citar um exemplo, na Copa do Mundo da Alemanha, o estádio Allianz Arena (Munique) teve um custo de construção de aproximadamente 286 milhões de euros. Porém, só nos arredores da arena, o governo alemão teve de investir cerca de 210 milhões de euros em obras de infra-estrutura -ou seja, cerca de 73% do total gasto no estádio.
Inquestionavelmente, a missão do poder público em garantir as condições adequadas para a realização de um evento do porte de uma Copa do Mundo é indeclinável. Questões ligadas ao conforto e, principalmente, à segurança não são resolvidas eficazmente pelo setor privado. Apenas a intervenção de todas as esferas de governo pode criar as condições ideais para a realização do evento.
Esse é, no entanto, o ponto mais criticável da utilização do estádio do Morumbi para a Copa de 2014. A cidade de São Paulo possui um desenvolvimento socioeconômico desigual. Parcela significativa da cidade é composta por bairros-dormitórios, desprovidos de emprego em número suficiente para seus moradores.
Nessas vastas áreas, onde se concentra o grosso da população, os aparatos públicos de lazer, educação, saúde e transporte são ainda insuficientes.
Por outro lado, a preparação de uma sede de Copa do Mundo implica grandes transformações em todo o espaço urbano, possibilitando o surgimento de uma ampla infra-estrutura em benefício da população local.
Existem muitas regiões da zona norte ou da zona leste da cidade que possuem ótima localização, amplas áreas disponíveis e, principalmente, um contingente humano sedento por investimento público.
O dispêndio desses recursos em uma das áreas mais abastadas do país, como a região do Morumbi, representará um ato silencioso, porém, de brutal violência contra a maior parte da população de São Paulo.
A escolha do local a ser utilizado na Copa do Mundo de 2014, portanto, não pode ficar restrita a uma discussão entre clubes. Algo maior está em jogo. A cidade de São Paulo é uma metrópole mundial, que merece a construção de um complexo esportivo a sua altura, bem como a redução de seus desequilíbrios.
Perpetuar a desigualdade do desenvolvimento urbano é um erro, ainda mais quando se faz a aposta em um projeto limitado, incompatível com a grandeza da cidade.
Em outras palavras, trata-se de puro desperdício.
São Paulo é grande. Não pode se apequenar. Se a cidade pretende realmente ser uma das sedes da Copa de 2014, que seja à luz de sua grandeza.


EDUARDO BITTENCOURT CARVALHO, economista e conselheiro-vitalício do Sport Club Corinthians Paulista. Foi deputado estadual pelo PTB (1983-1986) e pelo PL (1987-1990) e conselheiro do TCE.

Jun 30, 2014

O inesquecível carrosel

 

Envolvido no ‘Carrossel Holandês’

O ESTADO DE S. PAULO

 

Brasil frustra expectativa de repetir show de 1970 e cai diante de um futebol inovador

 

 

SÃO PAULO – Na Copa de 1974, o Brasil frustrou as expectativas de quem esperava algo próximo da espetacular seleção de 70. O técnico era o mesmo, Zagallo, alguns jogadores importantes também – Jairzinho e Rivellino. O futebol apresentado, contudo, estava bem aquém do que encantara o mundo quatro anos antes. Era também o primeiro Mundial sem Pelé desde 58.

 

 

O time quase não passa da primeira fase. Após dois empates por 0 a 0, contra Iugoslávia e Escócia, precisou fazer saldo na vitória por 3 a 0 sobre o fraco Zaire para avançar. O título da reportagem do Estadão do dia seguinte (23 de junho de 1974) atribui a passagem de fase do Brasil a um frango do arqueiro da seleção africana. “Goleiro do Zaire falha, o Brasil está classificado.”

 

Foram inevitáveis as comparações desfavoráveis com o retrospecto no Mundial anterior.”No mesmo jogo em que obteve a classificação, o Brasil viu, moralmente, a diluição das suas possibilidades de êxito no torneio semifinal. Que fez o Brasil nesses 3 a 0, com a responsabilidade de tricampeão mundial, em termos técnicos?”, questionava o jornal em análise na mesma edição.

 

Terminada a primeira fase, o jornal ouviu técnicos renomados atrás da resposta. A despeito de todo o corporativismo da classe, os adjetivos foram de displicente a preguiçosa, passando por medíocre e sem criatividade, sendo o meio de campo o setor mais criticado.

 

Na segunda fase a equipe até evoluiu. Bateu a Alemanha Oriental e a arquirrival Argentina. Quando parecia que o peso da camisa poderia empurrar o Brasil a outra final, a equipe de Zagallo cruzou com a Holanda.

 

Com um esquema inovador implementado pelo técnico Rinus Michels, em que os jogadores rodavam sem posição fixa, a Holanda era chamada de “Carrossel Holandês”. Liderados em campo por Johan Cruyff, ganharam do Brasil por 2 a 0 e foram pela primeira vez a uma decisão de Mundial.

 

 

 

Emoções das Copas, 1974
Brasil não conseguiu segurar a Holanda em 74
Arquivo/AE

 

 

 

 

 

A falta de tradição dos holandeses em Copas fez Zagallo subestimá-los. “Não é o diabo que estão pintando”, foi a opinião do treinador publicada pelo Estadão nodia 18 de junho. Nas entrevistas pós derrota o discurso mudara. “Caímos diante da melhor seleção que está disputando esse torneio”, é a frase do “Velho Lobo” que aparece em texto de 4 de julho.

 

Restou ao Brasil a disputa do terceiro lugar contra a Polônia, outro país sem currículo em Mundiais. Zagallo fez cinco alterações em relação aos 11 da estreia. Não funcionou: derrota por 1 a 0, gol de Lato, artilheiro da Copa.

 

“É o fim do Brasil”, noticiou o Estadão em título. “A Polônia jogou o suficiente para vencer o desarticulado time brasileiro, num jogo melancólico.”  Em outros tempos, a quarta colocação, até seria uma posição honrosa, mas depois de três títulos, o resultado foi considerado decepcionante.

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Jun 28, 2014

UFA! Vamos para outra.

 

Julio Cesar e trave põem seleção brasileira nas quartas de final

ROBSON MORELLI – ENVIADO ESPECIAL A BELO HORIZONTE – O ESTADO DE S. PAULO

28 Junho 2014 | 16h 10

Após empate no tempo normal e na prorrogação contra o Chile, goleiro defende dois pênaltis e Jara erra a última cobrança

 

 

Brasil está vivo. A seleção sofreu e o brasileiro mais ainda, mas graças a duas defesas de pênaltis de Julio Cesar, o time eliminou o Chile e se classificou para as quartas. A vaga veio nos tiros livres, com vitória da seleção por 3 a 2, gols de David Luiz, Marcelo e Neymar marcaram. Aranguiz e Diaz fizeram os gols da seleção chilena. No tempo normal, houve empate por 1 a 1.

 

 

O Brasil poderia ter tido melhor sorte no começo, quando conseguiu ficar com a bola e fazer as melhores jogadas. A torcida gritava o nome de David Luiz, que era dúvida por causa de uma lombalgia, mas se recuperou a tempo e foi escalado, quase que antevendo o gol que ele faria aos 17 minutos, após escanteio cobrado por Neymar e desviado por Thiago Silva.

 

 

 

 

Brasil e Chile decidem vaga das quartas de final da Copa
Julio Cesar pega dois e classifica o Brasil para as quartas de final!
Sergio Perez/Reuters

 

 

 

 

Como se previa, não foi um jogo fácil, mas desta vez muito mais por culpa do Brasil, que teve atuação ruim, apesar da vontade. Alguns erros na defesa incendiavam os chilenos nas numeradas e dentro do campo. Alexis Sánchez jogou pelo lado direito, prendendo Hulk e Marcelo. De vermelho, o camisa 7 era um demônio com a bola.

 

Se Neymar não fosse de circo, com seu malabarismo a cada pancada, certamente poderia ter se machucado no Mineirão. Apanhou sem se intimidar. O gol de David Luiz deixou a seleção mais tranquila, embora tenha dado muito campo para os rivais. O Brasil dessa vez não trocou posições. Oscar permaneceu plantado na direita. Neymar, na esquerda. Hulk e Marcelo, auxiliados por Luiz Gustavo, fechavam a única porta de entrada do Chile. E foi por ali que Alexis Sánchez mostrou por que joga no Barcelona.

 

 

 

 

Ele empatou o jogo aos 32 minutos, esfriando a animação da torcida brasileira. Metade dos méritos dos eu gol foi de Hulk. O atacante errou passe na lateral e entregou a bola nos pés de Vargas, que encontrou o companheiro na área: 1 a 1. Que drama! O jogo que estava nas mãos do Brasil voltou a ficar tenso, duro, chato, difícil.

 

O juiz, colocado em xeque pelos chilenos na semana que antecedeu a partida, foi criticado por Parreira, Felipão e todos da seleção. Deixou o jogo correr, sem marcar as muitas faltas reclamadas.

 

No segundo tempo, o Brasil teve as melhores chances, raras, mas efetivas, ora com Neymar, ora com Hulk. O jogo, no entanto, estava nas mãos do Chile, assim como a bola nos seus pés. Aos 19, Julio Cesar salvou, com grande defesa em chute de Aranguiz. O goleiro manteve o Brasil vivo, insuficiente, porém, para evitar a prorrogação. Todos os fantasmas de 1950 voltaram a assombrar o brasileiro, como nunca antes. A seleção teve chances de marcar, mas não como o Chile, quando Pinilla acertou o travessão. A decisão foi para os pênaltis. Deu Brasil!

 

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Jun 26, 2014

O sucesso da Copa não deve esconder o desastre dos esportes olímpicos

Nuzman E Seus Milhões!

junho 25, 2014

por Alberto Murray

 

 

O trêmulo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, para tentar melhorar sua imagem junto ao governo, ao Congresso Nacional e à opinião pública, insiste em escrever que na sua longa gestão que já dura vinte anos conquistou sessenta e nove medalhas olímpicas, fazendo uma comparação safada com períodos anteriores ao seu. É evidente que isso é mais uma jogada de marketing de desses muitos assessores que ele contrata sem licitação pública e paga com dinheiro público, oriundo da Lei Piva.

A assessoria de imprensa do Nuzman é perfeita em contar mentiras dizendo verdades. Esse artifício ardil essa patota usou, entre outras vezes, quando Nuzman compulsoriamente deve que deixar o COI por completar setenta anos, em 2.012. Os serviçais e borra botas de imprensa do COB disseram que “Nuzman fora apontado pelo presidente Jacques Rogge como membro vitalício e honorário do COI” e ponto final. Essa é uma previsão estatutária que se aplica indistintamente a todo e qualquer membro do COI que tenha atingido setenta anos e servido à entidade por pelo menos dez anos, após o ano 2.000. Os pseudo jornalistas de Nuzman quiseram fazer parecer que se tratava de uma honraria especial conferida ao Nuzman treme-treme. Mentira!

A mesma coisa essa gente faz com a contagem de medalhas. Nuzman e sua gente conta a história da forma como lhes convém. Não são transparentes. O Comitê Olímpico Brasileiro nunca teve tanto dinheiro público jorrando em seus cofres como nos últimos vinte anos. É muito dinheiro mesmo, que sai do bolso do consumidor e que vai para a conta bancária olímpica, isso sem contar o dinheiro das estatais que patrocinam as Confederações. O que Carlos Arthur Nuzman esconde do governo, do Congresso Nacional, da mídia e do povo é que em Atlanta 96, cada uma de suas medalhas custou R$ 4,4 milhões de Reais aos cofres públicos. Já em Londres 2.012, em que o Brasil teve desempenho pior que em Atlanta 96, cada medalha do Brasil custou a bagatela de R$ 123 milhões de dinheiro do povo. Ou seja, Nuzman a cada ciclo olímpico vai consumindo dinheiro público em progressão geométrica para entregar, comparativamente, menos medalhas. Isso significa que Nuzman é incompetente no trato e na gestão do dinheiro público, pois quanto mais recebe, não consegue evoluir esportivamente na mesma medida.

Nuzman tem uma personalidade insegura. Tem a necessidade de aparecer ser mais do que é. É muito preocupado com aquilo que os outros vão pensar dele. E ao mesmo tempo que é muito inseguro, tem uma vaidade enorme. Tudo isso faz dele uma pessoa complexa, muitas vezes indelicado com seus funcionários, o que se agrava em face do momento particular que está passando.

Nuzman se lixa para o esporte de base, estudantil, popular e essa política de canalizar todos os esforços e recursos para o altíssimo rendimento estão matando o futuro do esporte brasileiro. A base está completamente desasistida.

Nuzman não é a pessoa certa para o COB e a esperança é que ele não chegue a 2.016 nas funções que ocupa.

Atente, leitor, que Nuzman gera muito mal o seu dinheiro público. Não se esqueça: em Londres 2.012 cada medalha olímpica custou R$ 123 milhões do seu bolso. Pelo dinheiro que o COB recebeu, era obrigação ter feito não apenas melhor, mas mil vezes melhor.

www.abertomurray.wordpress.com

Jun 24, 2014

Morre Giba, campeão de 90 pelo Corinthians.

 

Morre em São Paulo, aos 52 anos, o ex-lateral-direito Giba, do Corinthians

 

 

Do UOL Esporte

Giba, ex-jogador do Corinthians e ex-treinador de futebol fotos

 

O ex-lateral-direito Antonio Gilberto Maniaes, o Giba que foi campeão brasileiro pelo Corinthians em 1990, morreu na madrugada desta terça-feira no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele tinha 52 anos, era casado e tinha uma filha.

Giba passou por tratamentos nos últimos meses para amilodoise, doença rara que ataca as células da medula óssea e produz uma proteína danosa a órgãos como os rins, como foi o caso do ex-jogador. “Ele ficou debilitado demais nos últimos tempos, estava passando por sessões de quimioterapia”, contou ao UOL Esporte o amigo e ex-goleiro do Corinthians, Wilson Ricardo Coimbra, o Macarrão.

O falecimento pegou os amigos de Giba da época do título brasileiro de 1990 de surpresa. “Encontrei com ele em Campinas recentemente, quando fomos convidados para uma partida de futebol. Ficamos batendo papo na arquibancada e ele foi embora antes do churrasco reclamando de tontura. Depois telefonei para ele e soube que ele viria a São Paulo para fazer sessões de quimioterapia. Mas cheguei a conversar com ele depois disso e a voz estava forte. Depois ele ficou muito fraco e só consegui falar com a filha dele”.

Jogador do Corinthians entre 1989 e 1993, Giba foi homenageado pelo perfil do clube no Twitter.  “O Timão será eternamente grato a Giba, que honrou o manto alvinegro! Obrigado, campeão! Você está eternamente em nossos corações”. O jogador defendeu o clube em 211 jogos, marcando 17 gols.

Giba chegou a ser convidado pelo Corinthians para participar, em 10 de maio, da partida festiva entre atuais e ex-jogadores do clube, na inauguração do Itaquerão. O ex-jogador, porém, informou a outro amigo, o ex-ponta esquerda e atual observador da comissão técnica da equipe profissional Mauro, que estava em tratamento médico e não poderia comparecer.

“Muito triste a notícia. Encontrei com ele em Jundiaí, quando o Corinthians foi jogar contra o Paulista. Ele estava forte, com a aparência boa”, lembrou Mauro, citando a partida em que o Corinthians venceu a equipe dirigida por Giba, por 1 a 0, com gol de Guerrero.

Treinador desde 1996, Giba teve como seu último trabalho o comando do Paulista de Jundiaí. Nascido em Cordeirópolis (interior de São Paulo), atuou por Inter de Limeira e União São João antes de atuar por três anos no Guarani. Consagrado no Corinthians, aposentou-se precocemente, aos 31 anos, devido a uma grave lesão no joelho.

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