Vai, Corinthians!
(Giotto, “Lamentação”) (Reprodução)
O Corinthians enfrenta hoje o Emelec pela Libertadores.
Lembrei-me de dois gigantes que muito fizeram pelo Timão: Alexandre Magnani, segundo Presidente do Clube (na verdade o primeiro, porque Miguel Bataglia ficara apenas 15 dias no cargo), que levou o Alvinegro da várzea até a conquista de seu primeiro título, em 1914. Magnani era motorista de tílburi (uma carroça, usada como táxi) e os adversários logo usaram isto para escolher o primeiro apelido para os corinthianos: Time de carroceiros. Magnani foi um heroi do Timão e a ele devemos a consolidação daquele Clube de operários, que nascia e rompia com o domínio do futebol pela elite. Sempre que temos um jogo importante, lembro-me dele e vivo sua luta decisiva no Torneio, que escolheu um novo membro do Campeonato Paulista. Naquele período, o Corinthians que nascia venceu o Minas Gerais (1×0) e o São Paulo (4×0), chegando a desafio do então maior campeonato do esporte, envolvido em muita luta e dificuldades.
Outro nome de quem sempre me lembro nestes jogos decisivos é Guido Giacominelli, Presidente do Clube no tricampeonato de 1922/1923/1924.
Giacominelli era um imigrante italiano, determinado, briguento e defensor intransigente do Timão. O Clube deve muito a este, que foi o oitavo Presidente alvinegro e que tanto contribuiu para a grandeza do Corinthians. Hoje, no Pacaembu, vamos torcer para que o espírito de luta destes dois herois esteja presente. E vamos vencer.
Vai, Corinthians!
Sem rodeios
O Presidente da CBF, José Maria Marin, trabalha sem qualquer preocupação de ser delicado.
Ao dizer que não gostou de alguns nomes nas últimas convocações do técnico Mano Menezes, praticamente “chutou o balde”. Como ao explicar que não entendia de convocações de jogadores, que estavam em times do Leste Europeu e dos quais “ele nunca havia visto falar”. Ao dizer, como disse, que eram convocações “estranhas”, o Presidente da CBF desqualificou o Técnico. E suas declarações não tem nada de improvisadas.
“Já vi listas que eu mesmo tinha dificuldade para saber quem era determinado jogador”, disse ao Estado, de terça. E completou “Não adianta dizer que tal ou tal jogador está estourando num campeonato totalmente desconhecido. Conheço todos os truques”. Não citou jogadores e campeonatos, mas, convenhamos, não precisava.
Isto é grave. Gravíssimo! Pois são declarações – sem meias palavras – do Presidente da CBF. Não se trata da opinião de um jornalista, radialista ou de um blogueiro qualquer.
O pior é que o Sr. Marin fala em todos os lugares o mesmo discurso e para qualquer jornalista. E sem nenhum compromisso de cordialidade com um subordinado. O técnico Mano Menezes, que não é nenhum principiante, já deve ter entendido os constantes recados de Marin.
E não poderá adiar por muito tempo um questionamento da mídia sobre as palavras e atos do Presidente.
Gratidão
(Jacopo Tintoretto (1518-1594) – Il Furioso, “O festim das bodas”)
Está provocando uma bruta discussão a nova camisa do Corinthians, por conter referência ao mapa de São Paulo.
Os críticos mais ferozes são pessoas que torcem contra o Corinthians, dizendo que o Timão quer ter a maior torcida no Brasil, mas mantém um símbolo regional. Não acho nada disso.
O Corinthians é Paulista até no nome. Tem as cores da bandeira paulista e apresenta um dado incomum no futebol: mesmo não tendo o nome de sua Cidade é a maior torcida, apesar de haver outro Clube com o nome de São Paulo. Isso não ocorre em quase parte nenhuma do mundo. Em geral, o Clube com o nome da Cidade costuma agregar a maior torcida.
Aqui, não.
Mas o que deveria mesmo a Cidade fazer seria construir um enorme monumento ao Corinthians, por ele tê-la salvo do que seria o maior mico de sua história.
Com a construção do seu Estádio, o Clube livrou a Cidade de um dos maiores vexames dos últimos 500 anos. Ficaria fora da Copa do Mundo em 2014, por não ter um local adequado para sediar a competição. Mesmo possuindo a cidade bons hoteis, grandes hospitais, acesso a voos internacionais etc, ficaria fora do evento por falta de estádio. Ainda que sofra todo tipo de crítica, até as mais malucas e absurdas, o Clube está livrando a Cidade do vexame. Daí decorrem expressões como “Estádio do Lula”, “dinheiro público”, “orçamento superfaturado”, “é de uma empresa, não do Corinthians” blá-blá-blá e vão por aí.
Enquanto isso, o estádio alvinegro vai sendo construído e o risco de vexame em 2014 fica cada dia mais longe.
Não devemos nos esquecer, porém, que o Corinthians está correndo todos os riscos para que a Cidade tenha um estádio digno, que faça a abertura da Copa do Mundo. Ficará com uma bruta dívida. E daí? Só um Clube grande e forte como o Corinthians poderia correr semelhante risco. Que a Cidade fica cada vez mais em débito com o Clube, não há dúvidas. E esta será uma dívida eterna.
Incalculável.
Caso Oscar
Quem está acompanhando o caso Oscar-SPFC-Inter-Giuliano Bertolucci deve ficar preparado para novos (e emocionantes lances).
Pelo que leio no Blog do Birner, vem mais briga por aí. Aliás, o Blog apresenta mais discussões jurídicas do que o sítio do Tribunais de Justiça. A Folha, pelo Painel FC, é todo apoio ao SPFC. Não sei o que dará esta briga, sem anjos, nem arcanjos.
Mas será muito interessante acompanhá-la.
Melhor é o primeiro jogo …em casa ou …fora
(Victor Brecheret)
O técnico Tite levantou a maior confusão ao dizer que prefere até perder por 2×1 do que ficar no empate de 0x0.
Está aí uma polêmica que nunca chega ao fim. Nos torneios de mata-mata há todo tipo de opinião sobre o melhor para seu time. Para alguns, o bom será jogar o primeiro jogo fora. Outros, acham que o melhor é fazer a partida em sua casa. Se olharmos as estatísticas veremos que há resultados bons para os dois lados.
Este problema fica agravado quando o regulamento valoriza o gol marcado fora de casa e o usa como um critério de desempate. Assim o bom torna-se jogar fora a primeira partida, mas… se marcar gols! Como diz nosso técnico, mesmo que perca o jogo. O 0x0 passa a ser um resultado ruim. Empate (ou derrota) com gols não chega a ser tão problemático.
O importante para o Timão na noite de hoje é fazer uma boa partida, marcar gols e vencer. Aí jogaremos no Pacaembu com boa vantagem. É o que esperamos.
Sem Liedson
Liedson é um grande jogador.
Não precisa provar nada para ninguém. Teve na temporada passada grandes momentos e foi decisivo para a conquista do título de Campeão Brasileiro. Como já havia sido grande, no Clube, em 2003. Nesta temporada sua condição física vem atrapalhando seu futebol. Em quase todos os jogos é possível ver da arquibancada o enorme sofrimento do jogador no decorrer da partida. É visível que não se encontra em condições perfeitas para atuar. Com sua saída da equipe no jogo de hoje, o técnico preserva o atleta e procura uma alternativa para o ataque. É uma pena sua saída da equipe. Agrava-se o fato de estarmos inseguros quanto ao seu futuro imediato. Após a saída de Adriano, a perda de um atacante como Liedson seria um duro golpe para o Timão.
Vamos torcer por sua recuperação rápida. A equipe necessita. E muito.
Retornados
Quem estiver dando uma olhada nos jornais do exterior pela internet, já sabe que muitos dos jogadores brasileiros estão na “linha de tiro” de seus clubes europeus.
Será um “liberô” geral. Até em troca do salário. Com o fim da temporada chegando é hora de fazer as contas e ver como se livrar dos prejuízos. Não acho que algum clube europeu lute para manter qualquer jogador brasileiro.
E os clubes brasileiros? Serão “aconselhados” pelos empresários locais a “excelentes” negócios para trazer ídolos ao Brasil. O pior é que os clubes daqui acreditam.
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