“Nova escravidão”. Com a palavra o BSFC
Craque agora é investimento financeiro
Mais de 1,1 mil atletas na Europa são propriedade fundos de pensão, empresas e acionistas, numa aposta de mais de US$ 1,2 bilhão
Quando dois times entram em campo hoje na Europa, não são apenas os torcedores que esperam de seus ídolos uma vitória. Investidores, fundos de pensão, empresas e acionistas também torcem para que os craques nos quais eles têm dinheiro depositado sejam decisivos em campo. Um levantamento feito pela KPMG revelou que mais de 1,1 mil jogadores na Europa são propriedade de grupos financeiros, e não de clubes.
Juntos, esses investidores poderiam formar cerca de 50 times de futebol, com titulares e reservas. No total, mais de US$ 1,2 bilhão está investido nesses jogadores. OEstado consultou investidores, dirigentes de clubes e cartolas e a constatação é de que a nova fronteira não é mais comprar um time ou um estádio, mas ser acionista na prática de um jogador, como se ele fosse uma commodity.
O fenômeno não é novo no Brasil e jogadores como Neymar garantiram salários elevados graças à participação de vários sócios. Mas a noção de que a prática era disseminada na Europa era pouco conhecida.
Parte da iniciativa vem dos próprios clubes que, com a recessão europeia, saíram ao mercado oferecendo parcelas de seus jogadores a investidores para ajudar a pagar os altos salários dos craques e também para levantar capital. “Para muitos clubes, isso evitou que seus presidentes tivessem de se ajoelhar diante de um banqueiro e pedir mais um empréstimo, pagar juros altos e se endividar”, contou o cartola de um clube espanhol, que pediu anonimato.
Num documento de apresentação de um desses fundos, o Doyen Sports Investments, a crise na Europa é o argumento usado para apontar para os benefícios do novo modelo. “Com a crise financeira internacional, clubes continuam a ter sérios desafios de liquidez e escassez de financiamento tanto para infraestrutura como para aquisição de novos jogadores.”
Em apenas três anos, o Doyen Sports Investments aplicou mais de 80 milhões na aquisição de jogadores. Apenas em 2011, a empresa esteve envolvida na transferência de seis jogadores para o Sevilla. Caso o clube espanhol vendesse dois dos jogadores negociados, Stevanovic e Kondogbia, o fundo, com sede em Malta, ficaria com 50% do valor da nova transferência.
Um dos ativos da empresa é Eliaquim Mangala, do Porto. “Fomos transformados em um produto financeiro”, declarou. “O clube é a fábrica e nós somos um produto. Temos de ser realistas”, disse. Em 2011, o Doyen tinha 33,33% dos direitos econômicos de Mangala, que por sua vez não sabia que outros 10% de seus direitos haviam sido comprados pela empresa Robi Plus.
Bom para os dois lados. Como Mangala, dezenas de outros jogadores em Portugal vivem a mesma situação. Segundo a KPMG, um em cada três atletas da primeira divisão está sendo financiado por um investidor. Para o clube, o sistema permite contar com alguns dos principais jogadores da temporada sem ter de gastar o que o caixa já não tem. Para o jogador, o sistema abre as portas para salários mais altos. Mas quando jogadores como Luciano Teixeira e João Mário Fernandes deixaram o Benfica neste ano, o valor da compra não foi para o time de Lisboa, e sim para a Robi Plus, a empresa dona dos passes dos atletas.
A prática é disseminada. Vai desde brasileiros como Hernanes, da Lazio, ao colombiano Falcão Garcia, que começou a brilhar no Porto, ganhou notoriedade no Atlético Madrid e hoje vale ouro para investidores no AS Monaco. No Leste Europeu, o modelo domina metade de todos os jogadores nas dez principais ligas da região. Na Holanda, 3% do valor de mercado dos jogadores está nas mãos de fundos. Na Espanha, a taxa é de cerca de 8%.
Para o presidente da Liga Espanhola de Futebol, Javier Tebas, esse é o caminho para que os clubes permaneçam competitivos, principalmente os menores. Segundo o cartola, um clube como o Atlético Madrid paga a cada ano cerca de 17 milhões em juros aos bancos por empréstimos que tomou no passado para comprar jogadores. Esse valor quase seria suficiente para pagar um ano de salário de Cristiano Ronaldo.
Polêmica. Mas o desembarque de grupos financeiros no futebol não agradou a todos. A Uefa quer banir a prática, alegando que a tendência ameaça a integridade do esporte e pode acabar levando jogadores a serem vendidos, mesmo que em termos esportivos a transação não faça sentido. Na França, o sistema é proibido. Na Inglaterra, a transferência de Carlos Tevez do Corinthians para o West Ham, em 2006, fez os cartolas britânicos aprovarem uma lei impedindo a participação de investidores no passe de um jogador. Na transação, o clube escondeu da federação o fato de que jamais pagou ao time paulista pelo atleta, mas sim à MSI, um fundo de investidores.
Outro problema, segundo a Uefa, é o risco de que equipes com jogadores que pertencem ao mesmo dono se enfrentem e que os “ativos” sejam instruídos a fabricar um resultado que interesse aos investidores, não aos torcedores. “Esse sistema levanta sérias questões morais e éticas”, declarou Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa.
FIFPro, o sindicato mundial de jogadores, também denuncia o sistema. “Os fundos estão interessados em lucro, que só ocorre nas transferências. Isso pode resultar num verdadeiro tráfico”, alerta o grupo. Outro temor, é de que os fundos forcem os clubes a escalar os jogadores de sua propriedade para que entrem em campo, mesmo que não estejam atuando bem ou possam estar ainda se recuperando de uma lesão. “Tais práticas são inaceitáveis”, declarou Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa. “É a versão moderna da escravidão.”
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Blog do Citadini; Quando apareceu o movimento Bom Senso Futebol Clube , com aplausos de quase toda mídia, dissemos que a discussão era generosa mas equivocada. E apontamos que o principal problema do futebol era a “volta ” dos passes, agora nas mãos de empresários, empresas, jogadores e diretores. Neste novo mundo de negócios ( onde o jogador é sócio mais que empregado) os clubes estavam sendo lesados- diariamente- em todas as negociações. A matéria do Estadão traz, hoje, luz sobre o problema que para o BSFC não existe.
Último ato.
Tite em três atos: a despedida, a emoção e um futuro em italiano
Em entrevista ao GloboEsporte.com, técnico se emociona com pequenas histórias antes de adeus e quer aprender língua por chance no exterior
Por Diego Ribeiro, Rodrigo Faber e Zé GonzalezSão Paulo
A ideia surgiu de forma repentina, em um dia de trabalho no CT Joaquim Grava. Tite pediu uma camisa ao roupeiro Edizio, de preferência com o número de algum jogador importante nesses três anos e três meses de passagem pelo Corinthians. A 20, do meia Danilo, estava à mão. O técnico mais vitorioso da história do clube queria que cada funcionário do CT assinasse o uniforme, em um gesto simbólico de agradecimento pela convivência diária. A camisa será emoldurada e levada para a casa de Tite.
Mais do que títulos, vitórias e grandes jogos, o tratamento sincero e autêntico com as pessoas é o grande legado deixado pelo técnico, que dá adeus (ou talvez um “até breve”) ao clube após a partida deste sábado (19h30 pelo horário de Brasília), contra o Náutico, no Recife, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Em um meio muitas vezes marcado por ganância e intolerância, Tite destoa.
– Não quero ser simpático ou passar alguma imagem do tipo. Mas há de se ter o mínimo de inteligência e saber que só se vence em conjunto. O Corinthians vence porque cria esse ambiente, que potencializa toda a nossa capacidade de botar as coisas para fora. A camisa foi um simbolismo para comprovar isso – afirmou o técnico.
Em uma hora e meia de conversa com a reportagem do GloboEsporte.com, no Memorial do Corinthians, no Parque São Jorge, Tite deixou transparecer sua autenticidade. Foi a primeira vez que o técnico visitou o local onde estão expostos, entre tantos outros, os cinco troféus que ele conquistou pelo Timão: Brasileirão 2011; Libertadores e Mundial de Clubes em 2012; Paulistão e Recopa Sul-Americana em 2013. Enquanto respondia às questões, não tirava os olhos de uma tela que exibia os lances da Taça Libertadores, a que considera a sua maior conquista. Com voz emocionada, ele vibrou mais de uma vez com o gol de Paulinho sobre o Vasco, nas quartas de final, naquele jogo em que tinha sido expulso e assistiu aos minutos finais no setor de numeradas e depois grudado no alambrado – no meio da torcida fiel.
A adoração dos corintianos a Tite é notória, já que as homenagens se multiplicaram desde que ele anunciou sua saída do Corinthians. O que o técnico faz questão de dizer é que a recíproca é verdadeira. Com palavras ora apaixonadas, ora sérias, Tite discorreu sobre os três anos no cargo, deu “bronca” em Alexandre Pato e avisou que quer aprender a língua italiana – para ter mercado no país em que, ele considera, teria adaptação mais rápida.
– Na última vez em que conversei com pessoas de lá, disseram que eu tinha um italiano de cinquenta anos atrás.
Confira abaixo o papo com o treinador:
GloboEsporte.com: A torcida te abraçou desde o anúncio de sua saída. É difícil ver uma relação tão apaixonada com um técnico de futebol. O que o Tite tem de diferente dos outros?
Tite: A primeira coisa que me surge na cabeça é que fui comentarista. Eu entendi o outro lado. Eu entendi o lado da busca da informação, de ficar aventando possibilidades para ver a resposta do técnico, para conseguir captar a verdade dos fatos. A única coisa que não admito, e sou contundente e impaciente, é uma informação que não seja verdadeira. Isso me tira do sério. Eu aprendi ao longo do tempo a entender comentários, opiniões, e respeitar. Eu estive do outro lado e facilitou. Fiz comunicação social para ter outra perspectiva, isso me facilitou. Ser ex-boleiro me facilitou.
Essa facilidade também pode ser vista na relação próxima com os funcionários do clube. É esse o principal legado que você deixa?
Pedi ao Edizio (roupeiro) uma camisa para o pessoal assinar. Ele me deu e perguntei de quem era. Número 20, Danilo. Eu disse que estava bem representado. Queria a assinatura de cada, um de todos os funcionários, e pedi a ele que passasse com a camisa. Gosto de ter esses lembretes para guardar. Dessa vez eu queria algo de todos os funcionários. Vencemos juntos.
É disso que você vai sentir mais falta? Sinceramente, pelo Tite, essa história continuaria?
Está perguntando se meu lado emoção queria que eu continuasse? Sim. Mas também tem a compreensão de que não é só esse fato. Tem de avaliar, entender, observar tudo que foi realizado, os prós, contras e possibilidades. É humano, natural. É hipócrita eu dizer que queria terminar o contrato. A direção em algum momento também sentiu essa decisão. É claro que humanamente você sempre vê uma perspectiva melhor, tanto é que fomos até o final.
Você já falou algumas vezes sobre não ter conseguido ajudar o Adriano. Por que não conseguiu mais?
Perguntei a mim mesmo 300 vezes sobre o Adriano, e não tenho no meu repertório alguma coisa a mais que pudesse fazer. Fui humano, paternalista, técnico, instrutor, briguei, discuti. Para provocar nele uma melhoria. O clube fez isso, os companheiros dele fizeram isso. Torço para que tenha auxilio agora no Atlético Paranaense.
Claro que são situações diferentes. Mas você também sente que poderia ter ajudado mais o Pato?
Os problemas que ele teve trazem um benefício, que é da maturidade. Por isso, acredito que ano que vem ele possa melhorar. Readaptação já teve e agora ele compreende mais o torcedor, o senso competitivo da coisa. Talento ele tem, competitividade a gente consegue adquirir. Essa semana ele deu um sinal legal. Vou contar. Um atleta lhe deu uma porrada no treino, ele bufou, e a capacidade de indignação foi tocada. Quando saiu atrás do cara e achei que ele ia dar uma chegada, gritei: “Chega, encurta, pega”. Ele chegou bem perto, mas não fez nada. Mas está bem pertinho.
Se ele devolvesse a entrada, você comemoraria?
Claro! É essa capacidade de indignação. Teve um jogo em que ele tomou porrada o primeiro tempo inteiro. Mandei ele dar uma atropelada, chegar no cara e ir para o confronto. Quero fomentar esse outro lado. Talento ele tem. Todas as equipes querem um cara competitivo. E ele pode ficar bravo comigo, mas é isso.
Você acha que o anúncio precoce de sua saída tirou a concentração do grupo?
Na reunião da definição que tivemos, tive uma opinião diferente do Roberto de Andrade (diretor de futebol). Ele não queria falar para os atletas, eu errei e falei para colocarmos, sim, a realidade. Não queria especulação na mídia. Eu estava errado. A partir do momento que definimos que eu não ia permanecer, os atletas também se dispersaram e o nível técnico baixou. Perdemos o foco. Teve esse grau maior de dificuldade. Eu errei, o Roberto estava certo.
Dá para dizer que as duas partes estão rompendo um namoro ainda apaixonados?
Não sei, não sei… Quando tu fala em namoro… As coisas têm de fluir de forma natural. Todo mundo diz para eu voltar logo, mas tem de ser uma coisa natural. Tem de abraçar o próximo trabalho e ter toda a paciência e apoio que teve comigo, e não ficar lembrando do que passou.
Ao menos, o relacionamento parece terminar em paz.
Todos nós erramos. Tivemos dez acertos para três erros. Isso é humano, pô! Querer mais do que isso? Saio realizado por esse reconhecimento.
Nesses três anos, você deve ter tido frustrações. Daquelas que você precisa sentir para aprender e crescer depois. Qual foi sua maior?
Absorver, sentir… Você tem de absorver e sentir! Ou tem de ser frio, ou tem de ser quente. Tem de sentir o peso e reagir. Mas frustração… É uma coisa forte. Frustração seria se eu fosse demitido contra o Tolima e o Andrés (Sanchez, ex-presidente) não tivesse me segurado. Putz… (o Timão foi eliminado da fase preliminar da Taça Libertadores pela equipe colombiana). Frustração também seria se eu saísse depois do jogo contra a Portuguesa (derrota por 4 a 0, em Campo Grande, pelo Brasileiro deste ano).
Por quê?
Dentro do vestiário (após a goleada para a Portuguesa), chamei o Edu (Gaspar, gerente de futebol) e coloquei que encerraria o contrato da minha parte, que o Corinthians ficaria livre. Logo depois, veio a manifestação dele e dos atletas, que me seguraram para não dar entrevista. Depois, no hotel, Alessandro bate na porta. Entraram 11 atletas, e ouvi de cada um a importância que cada um de nós tinha naquele grupo. Eles disseram que tinham de mudar certos comportamentos para serem mais competitivos. E aí um Guerrero diz: “Quem é que vai me cobrar se eu errar um pênalti e me treinar depois para corrigir?”. Um Paulo André diz: “Só você pode tirar mais de nós”. É… (para e respira fundo).
Você chorou com esse reconhecimento? Você já fez algum jogador chorar? Tocou alguém a esse ponto?
É chato falar dos outros… Mas eu já chorei e me emocionei algumas vezes. Sou muito intenso. No vestiário em Yokohama, na final contra o Chelsea, me emocionei no fim da conversa. Quem estava lá sentiu essa emoção. Lutei minha vida toda para chegar àquele momento, e minha coragem para enfrentar as coisas era muito grande. Falei que iríamos para dentro, com a nossa cara. Aquele momento era mágico, extraordinário, único. Meu braço, minha perna, tudo se mexia. Tinha o contato visual. Conta muito isso, o jeito, o olho, a entonação. Eu olhava para os caras e sentia essa coisa vindo de volta. Todo mundo estava dentro do jogo.
Qual foi seu maior aprendizado em três anos de Corinthians?
Foi o ganhar buscando sempre ser o melhor e mais leal. Falar as coisas claras e limpas para os atletas e trazer essa relação de confiança. Brincar de faz de conta não gera confiança. O não vencer a qualquer custo, o vencer ao custo de ser mais competente, mais vibrante.
O futebol brasileiro ainda não está preparado para ter um técnico por tempo tão longo no cargo?
Precisa crescer. Tal qual em qualquer atividade, técnico requer tempo para fazer um ajuste, reconduzir o trabalho, e lá na frente ter os resultados. Fico orgulhoso de ter tido três anos e meio. Quando fiquei dois anos e meio no Grêmio, achei que nunca mais ficaria num time grande por tanto tempo. Telê Santana, Muricy Ramalho, no São Paulo, Abel Braga, no Internacional, e outros conseguiram essa dimensão, esse tempo. Facilita o trabalho dos técnicos. Ajuda a educar o torcedor, o jornalista faz uma avaliação diferente, o diretor entende que assim a coisa anda. Eu tenho essa consciência.
Você quer passar algum tempo estudando antes de dirigir outro clube. Um curso está nos planos? Talvez aprender um novo idioma…
Inglês não, alemão não, pois aí vou ter de estudar, ter fluência, e não vou conseguir. Você se perde nos termos técnicos. Imagine eu dando um trabalho tático? Quando a interação é em tempo real, não dá para passar um erro e eu ficar formatando a ideia na cabeça, a tradução, para corrigir o atleta. Imagine a Titebilidade em alemão? Espanhol é mais fácil, e italiano pode ser.
Se tivesse de aprimorar um idioma…
Seria o italiano. Compreendo bem e precisaria aprender mais. Quando conversei com pessoas de lá, disseram que eu tinha um italiano de cinquenta anos atrás.
Você deixa o Corinthians com uma torcida mais exigente, querendo um padrão Tite após sua passagem?
Não sei se vai se tornar mais exigente ou paciente, mas a autoestima recuperada com a Libertadores e Mundial foi de uma forma que não tem volta. Quando saímos campeões do Mundial, todo mundo estava de peito estufado. Ganhamos porque fomos melhores e mais competentes. Nós vencemos e fomos melhores.
Sábado, por volta de 21h15, após o jogo com o Náutico, no Recife, Tite dará um adeus ou um até breve aos corintianos?
Dou meu coração, minha competência e emoção. Fora isso, não tenho condição de antecipar um sentimento. É só gratidão ao torcedor, que cobra muito, exige muito, mas reconhece na proporção exata.
Grande Professor Tite
Às vésperas de despedida, ídolos e novatos agradecem a Tite
Jogadores do Corinthians passam mensagens positivas para o técnico, que deixa o clube após a partida contra o Náutico, neste sábado
Por Diego RibeiroSão Paulo
O carinho dos jogadores do Corinthians pelo técnico Tite foi externado durante as últimas semanas, desde que a diretoria alvinegra confirmou a troca no comando para a próxima temporada. Cada integrante do elenco tem uma história particular com Tite, que vai embora do Parque São Jorge deixando uma marca que não será apagada: a do companheirismo.
- Todos os nomes ouvidos pelo GloboEsporte.com destacam essa qualidade do técnico, que ganhou o elenco pela honestidade. Por olhar nos olhos de cada jogador e não ter “sacanagem” com ninguém. Abaixo, Alessandro, Paulo André, Danilo, Cléber e Guerrero – alguns ídolos, outros mais novos – falam sobre o impacto de Tite em suas carreiras.
Alessandro, lateral-direito: “Ele merece todas as homenagens, e queríamos dar vitórias de presente para o Tite nessa reta final. É um treinador vitorioso, disso não há dúvida, e não tenho o que dizer sobre a importância dele para mim e para a história do Corinthians. Com ele, consegui alguns dos maiores títulos da minha carreira”.
Paulo André, zagueiro: “É difícil dizer o tamanho do Tite para o Corinthians, ele representa demais para nós. Vai deixar saudade por ser um ser humano como poucos por aí. É um vencedor, amigo de todos e muito leal. São qualidades que se leva para a vida toda. É esse o legado que ele vai deixar no clube. Será difícil, mas a vida continua”.
Cléber, zagueiro: “São poucas as boas pessoas no mundo. Em pouco tempo, aprendi muito com ele. E meu pai ensinou que quando alguém te faz bem, você tem de agradecer. Amadureci demais, e estava angustiado demais para falar com ele. Chamei o Tite um dia e lhe agradeci por ter me ajudado tanto. Não sei nem se ele sabia o quanto estava me ensinando”.
Danilo, meia: “É um grande companheiro e profissional que o Corinthians perde, sabemos que o futebol tem ciclos. Mas o que ele fez com esse elenco, acho que ninguém faria. Saímos de um trauma que foi a eliminação para o Tolima, e ele sempre nos deu confiança e força para chegarmos aos títulos. Foram anos muito importantes para a história do Corinthians, do Tite e de nós jogadores”.
Guerrero, atacante: “O Tite é um técnico espetacular, nos ensina muitas coisas, nos dá dicas. Ele jogou futebol e conhece bem, sabe do que está falando. Já joguei na Europa, convivi com outros técnicos, mas o Tite é o melhor com quem já trabalhei. Não sei quem vai chegar no próximo ano, mas espero que consiga manter o alto nível dele, dentro e fora de campo”.
MSI: temerária e irresponsável
Ministério Público Federal pede absolvição de todos os acusados no caso MSI/Corinthians
Em manifestação final no processo, procurador da República alega ‘ausência de indícios de materialidade do delito de lavagem de dinheiro’
por Fausto Macedo
O Ministério Público Federal pediu a absolvição dos 5 denunciados no caso MSI Corinthians – emblemática parceria criada em 2004 para investimentos milionários em um dos times mais populares do Brasil. A informação foi publicada no Estado nesta terça-feira, 3, pela coluna da Sonya Raci
Em manifestação de 13 páginas, denominada memoriais, entregue à 6.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, o MPF alega ausência de “indícios suficientes de materialidade do delito” de lavagem de dinheiro.
Esse crime, previsto no artigo 1.º da Lei 9.613/98, e ainda formação de quadrilha, eram atribuídos pelo Ministério Público Federal a Kiavash (Kia) Joorabchian, Alberto Dualib (ex-presidente do Corinthias), Alexandre Verri (advogado), Paulo Sérgio Scudiere Angioni (ex-diretor da MSI) e Nojan Bedroud (parceiro de Kia), réus na ação penal.
A manifestação, subscrita pelo procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira, está nas mãos do juiz Marcelo Costenaro Cavali, da 6.ª Vara Criminal Federal. Cavali vai julgar o caso.
A Media Sports Investment (MSI) era representada no Brasil pelo empresário anglo-iraniano Kia Joorabchian. As investigações o apontavam como ‘testa de ferro’ do magnata russo Boris Berezovsky, acusado em seu País de desvios no montante aproximado de US$ 8 milhões – uma quantia pelo menos 4 vezes superior (US$ 32 milhões) teria sido transferida para o time paulista, segundo o inquérito, por meio da parceria com a MSI.
Em sua manifestação, em que pede a absolvição de todos os acusados, o procurador classifica a MSI de “empreendimento sem história e criado às pressas para uma aventura, uma empresa de fachada para tentar garantir o anonimato de Boris”.
Para o procurador, Kia agiu como “mero testa de ferro, assim como o fora no passado por ocasião da compra do Kommersant Publishing House, famoso grupo editorial russo responsável pela publicação de um jornal diário e duas revistas especializadas, respectivamente em política e finanças”.
A denúncia contra a parceria MSI/Corinthians foi recebida pela Justiça Federal em São Paulo em julho de 2007. Após os interrogatórios e audiências das testemunhas de acusação e defesa, o processo foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – desde os interrogatórios. O Supremo determinou a renovação da instrução processual.
No decorrer do processo, os réus Nesi Curi e Boris Berezovsky – bilionário russo também acusado -, morreram e tiveram extintas suas punibilidades.
A ação penal, na parte relativa a Renato Duprat, foi trancada. Nova denúncia foi oferecida em relação a Duprat em autos apartados e novo trancamento foi determinado pelo Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3).
O processo criminal está, agora, em sua fase derradeira, contra 5 denunciados. O procurador da República apresentou sua manifestação final, em que pede a absolvição de todos os 5 réus.
“A tentativa desesperada por parte dos réus em manter o anonimato de Boris frente à parceria firmada com o Sport Clube Corinthians Paulista sempre me pareceu exagerada e desnecessária”, assinala o procurador Silvio Luís Martins de Oliveira. “Boris Berezovsky era um bilionário com negócios em várias áreas da economia, assim como Roman Abramovich, proprietário do clube inglês Chelsea.”
O procurador avalia que “a hipótese de que a fortuna de Boris foi criada a partir da tomada de controle fraudulenta de companhias estatais por ocasião do desmantelamento da União Soviética é aspecto que não interessa a este processo-crime”. “Aqui só nos interessaram os processos criminais que ele responde, ou respondia, na Federação Russa.”
“Assim, não se pode equiparar Boris Berezovsky a um traficante de drogas que não possui, além de seus negócios escusos, fonte de renda lícita, situação que permite inferir que todos os seus bens são oriundos de atividade criminosa”, prossegue o procurador. “Boris era um homem de negócios e funcionário russo do alto escalão com um passado obscuro e suspeito que se tornou um empresário rico e poderoso.”
O procurador da República ressalta. “No entanto, as informações trazidas por alguns pouquíssimos e corajosos sócios e conselheiros do Corinthians, descritas pela testemunha de acusação Antonio Roque Citadini e apresentadas à diretoria do clube, ao Conselho de Orientação (Cori) e ao Conselho Deliberativo não permitiam, a despeito da condição de empresário ostentada por Boris, outra conclusão quanto à parceria proposta: ela era temerária e irresponsável.”
O procurador assinala que a MSI “não tinha investidores conhecidos, sede física, sócios, balanço contábil, absolutamente nada”.
O procurador aponta para o ex-mandatário do Corinthians, Alberto Dualib, um dos réus da ação penal. “Não ajuda a Alberto Dualib o argumento repetido à exaustão de que as centenas de conselheiros do Conselho Deliberativo ‘ficaram como estavam’, aprovando a parceria. Presidente do clube, e como tal, o líder capaz de formar opiniões, Alberto Dualib, que havia viajado a Londres e à Geórgia e conversado com Boris e Badri (Patarkatsishvili, falecido em fevereiro de 2008) era quem deveria deter as informações mais precisas.”
“Mas Alberto, como todos os demais conselheiros que aprovaram a parceria, dobraram-se aos interesses econômicos e fecharam os olhos para as suspeitas que recaiam sobre o pretendente rico que cortejava o Sport Clube Corinthians Paulista”, afirma o procurador, à página 11 dos memoriais.
“Também não auxilia os acusados o fato, também repetido como mantra, de que as operações seriam lícitas porque os ingressos dos valores ocorreram através do Banco Central”, prossegue Martins de Oliveira. “Isso porque os mecanismos de lavagem de capitais necessitam justamente de uma fase que lhes confira uma aparência de legitimidade.”
O procurador observa, ainda. “No entanto, a pergunta que interessa responder não é se Alberto Dualib, bem como Alexandre Verri e Paulo Angioni foram negligentes ao conduzirem a criação da parceria e os negócios da MSI, nem se Kia e Nojan foram inescrupulosos ao ocultarem a participação de Boris no empreendimento.”
“Num exercício hipotético, se tivesse ficado demonstrado nos autos inequivocamente que ao menos parte do capital recebido pelo Corinthians era produto de crime e considerando-se que não há lavagem de capitais sem dolo, direto, ou mesmo eventual, as questões que necessitariam ser respondidas seriam: os acusados tinham consciência de que os valores investidos no Corinthians através da MSI eram oriundos dos crimes praticados por Boris na Rússia? Os acusados, ao firmarem a parceria, assumiram o risco de que os valores investidos no Corinthians através da MSI fossem oriundos dos crimes praticados por Boris na Rússia?”
“Se a demonstração inquestionável da origem ilícita dos valores tivesse se dado somente após a análise de todos os elementos dos autos, principalmente daqueles obtidos dos pedidos de cooperação internacional promovidos pelas Justiças russa e brasileira que teriam possibilitado o acesso a toda uma longa cadeia de operações financeiras de natureza sigilosa, parece-me que a resposta para a primeira questão seria negativa”, pondera o procurador da República.
“Quanto à segunda questão, tenho sérias dúvidas se o elemento subjetivo do tipo penal seria classificado como dolo eventual ou culpa consciente”, prossegue o procurador. “Se, por algum meio, os acusados pudessem antecipar os resultados no sentido de que, através da consolidação da parceria, valores oriundos de crimes ingressariam em território nacional para irrigarem financeiramente o clube, mesmo assim persistiriam em suas condutas, concretizando a parceria? Minha tendência é de acreditar que sim, pelo menos para alguns deles, para quem o dinheiro não tem cheiro e sob a ótica perversa de que o importante, no mundo do futebol, é a aquisição de jogadores de qualidade e a conquista de vitórias e títulos para seu clube e seus torcedores, mesmo que os recursos necessários para tais objetivos tenham sido obtidos às custas da miséria ou da tragédia de desconhecidos. No entanto, esta é uma teoria que, infelizmente, não pode ser comprovada.”
O criminalista Alberto Zacharias Toron, que defendeu Boris Berezovsky, comentou o pedido de absolvição. “A manifestação do Ministério Público Federal é um fato auspicioso porque conclui, após a quebra de sigilos (dos investigados), que não há provas de que tenha ocorrido lavagem de dinheiro”, declarou.
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Será?
Corinthians sonda Marcelo, do Atlético-PR, e pode trazer Arouca
Jogadores são possíveis nomes que o clube do Parque São Jorge pode trazer para 2014
- O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – Duas possíveis contratações ganham força no Corinthians para a próxima temporada: o atacante Marcelo, do Atlético-PR, já foi sondado e o volante Arouca deve sair do Santos e tem no clube do Parque São Jorge um destino provável.
Marcelo, de 21 anos, é um dos destaques do Atlético na temporada. É veloz, tem boa finalização e a juventude que o Corinthians busca para o seu elenco. Já Arouca atua em uma posição carente no elenco desde a saída de Paulinho e é um dos jogadores que o Santos deverá negociar. Na semana passada, o clube santista apresentou sua previsão orçamentária para 2014 e informou que pretende gerar uma receita de R$ 27 milhões com a venda de jogadores.
Nesta segunda-feira, o time do Corinthians teve folga e só vai retomar as atividades hoje. O último jogo da equipe no ano, contra o Náutico, na Arena Pernambuco, foi antecipado pela CBF de domingo para sábado. O mesmo aconteceu com a partida entre Flamengo e Cruzeiro. Esses dois jogos não vão ter nenhum peso na disputa de vagas na Libertadores, nem na luta contra o rebaixamento.
Na partida contra o Náutico, a última de Tite no Corinthians, a equipe terá dois desfalques pelo terceiro cartão amarelo: o zagueiro Gil e o meia Douglas foram advertidos contra o Inter e não vão jogar. Depois da rodada, os jogadores vão ganhar férias e o clube deverá em pouco tempo confirmar as primeiras contratações, que já têm sido estudadas pela diretoria e pelo próximo técnico, Mano Menezes.
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Viva! Um texto que merece 10.
Caráter, o legado de Tite
O futebol é rude demais para valorizar o humano. Não fossem os números, as vitórias e os resultados, ninguém teria chorado na despedida de Tite. Não precisamos nos iludir com isso. O lado bom, entretanto, é que em três anos de convivência, o treinador ajudou a dar tudo o que o corintiano sofredor de 1977 não teria coragem de pedir. Hoje é possível dizer que, respeitadas as épocas e as diferenças, ele é o maior treinador da história do clube.
Quando for preciso fazer um balanço e apontar o legado de Adenor Leonardo Bachi em sua segunda passagem pelo Corinthians, será fundamental dizer que os 73% de aproveitamento dos pontos disputados foram ótimos, que as 66 vitórias jamais serão esquecidas e que as conquistas do Brasileiro, da Libertadores e do Mundial formam a sequência perfeita.
Mesmo assim é pouco, não explica o significado desses três anos, não oferece a dimensão correta do que foi esse período. O que levaria, então, 35.033 torcedores ao Pacaembu num sábado à noite? Certamente não foi para comemorar a classificação no meio da tabela nem para curtir mais um provável 0 a 0. Foi para ver Tite, ainda responsável pela equipe e pelo 17º. empate no Campeonato Brasileiro.
O estádio lotou para dar adeus, para dizer que os problemas e a apatia ofensiva não eram, naquela noite, tão importantes, e que um dia Tite vai voltar. O Pacaembu, que breve terá que se despedir dele mesmo, dele Pacaembu corintiano, quando o time se mudar para Itaquera, lotou desta vez para reconhecer o caráter desse homem.
No futuro, quando for preciso apontar o legado do treinador no Corinthians, será justo, antes de citar os títulos, lembrar do seu caráter, de sua dignidade e de como a vida fluiu sob o seu comando num clube acostumado à cultura do sofrimento. Não foi fácil, por que no futebol as coisas apenas parecem fáceis. Mas foi diferente.
Vai ser difícil esquecê-lo, principalmente quando alertava que a Libertadores deveria vir embrulhada por um clima de paz e de merecimento. Vencer a qualquer custo não lhe interessava, embora ironicamente tenha sido desclassificado em 2013 pelo apito de Carlos Amarilla. Já não havia no time a mesma sintonia, mas era possível ir mais longe.
O Paulista e a Recopa Sul-americana não foram suficientes para mantê-lo no cargo na temporada que se encerra. Três anos no comando da mesma equipe é uma eternidade no futebol, seja para Tite ou Guardiola. E assim começa uma nova história.
É provável que a geração da fila, dos 23 terríveis anos de expectativa veja Oswaldo Brandão à frente de Tite na galeria dos treinadores corintianos. O homem que libertou toda uma nação do sofrimento e da chacota merece um lugar especial no altar do corintianismo.
Só mesmo quem suportou a espera para saber o significado dos títulos paulista de 1977 e da Libertadores de 2012. Eles representam momentos únicos na vida e na alma da instituição. Mas não é possível compará-los. Embora toda vitória aparentemente possua a mesma raiz, delas brotaram Corinthians diferentes.
Nada as une, apesar da camisa alvinegra. O campeonato estadual, importante naquela época, não encerrou o sofrimento, apenas reforçou a percepção de que tudo tem que ser difícil, improvisado e contestado. Já a competição sul-americana introjetou na carcaça corintiana a informação de que pode ser diferente.
A partida contra o Internacional abraçou também outra despedida, a do lateral Alessandro, que chegou para jogar a Segunda Divisão e para ser o capitão do maior título da história corintiana. Fisicamente não dá mais, é o fim da linha.
A trajetória do jogador no clube também foi marcada pelo caráter. Líder discreto, Alessandro encerra a carreira dentro de campo, mas dificilmente ficará longe do Corinthians, que a partir do ano que vem voltará a ser dirigido por Mano Menezes, bastante responsável pela mudança de rumo a partir de 2008. É o fim e o começo.
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Madame Butterfly (Puccini) e Rigoletto (Verdi) na Rádio Ópera
Segunda
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Biografia da Isaurinha Garcia
Hoje ( 2 de dezembro, às 19,30 hs) Lulu Librandi lança o livro sobre Isaurinha Garcia , no MIS ( Av. Europa, 158)
Viva!
O adeus de Tite
O técnico Tite está encerrando seu segundo período no Corinthians.
Não precisamos, aqui, fazer um balanço de sua passagem pelo Timão. Dizer que é vitorioso é pouco. Ganhou tudo. E bem. Com um elenco de jogadores médios ( sem nenhum craque fora-de série) organizou a equipe e marcou época no Timão.
Mais que títulos, Tite é uma lição de correção e profissionalismo.
Não fica entrando em esquemas ( comuns por todo lado) e paga um preço por sua integridade. Não é bem visto por uma ala grande da boleirada.
Foi um técnico dedicado e , por vezes, a única voz do clube. Cada crise que aparecia a diretoria sumia ou ficava batendo cabeça , como foi o caso da questão boliviana. Era Tite que aparecia para aliviar a pressão no elenco quando a mídia produzia ofensivas de crise.
O Corinthians deve muito a este profissional. Neste blog ele sempre teve apoio e aplauso.
Sua saída é um grave erro embora ele soubesse- há muito tempo- que uma parte grande da diretoria conspirava contra ele. Interessante que os diretores temiam que Tite “falasse” alguma coisa na sua despedida. Equívoco puro. Ele não seria o Tite que é se- em sua despedida- partisse para declarações bombástica.
Ele sabe bem como a diretoria agiu de forma incorreta. Seu amor pelo Timão supera todas esses bobagens.
Deixa o clube como o grande treinador do alvinegro. Este é seu maior troféu.
E recebe da Fiel um grande e eterno abraço.
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