Nov 2, 2012

Que legal!

Tite ganha carro de patrocinador e divide valor com funcionários do Corinthians

Do UOL, em São Paulo

O técnico do Corinthians, Tite, recebeu um prêmio nesta quarta-feira. Pela conquista da Copa Libertadores, ele foi agraciado com um Toyota Corolla, carro da montadora que patrocina a competição sul-americana.

O prêmio foi entregue no Salão do Automóvel, em São Paulo. O técnico informou que pegou o valor do carro, aproximadamente R$ 70 mil, e distribuiu com os funcionários do Corinthians, após a conquista do título da Libertadores em julho.

Tite foi ao evento após o treinamento desta quarta-feira, no CT do clube. Sem aspirações no Campeonato Brasileiro, o Corinthians volta a jogar no próximo domingo contra o Atlético-GO. Em dezembro, o clube embarca para o Japão, onde disputará o Mundial de Clubes.

www.uol.com.br

Nov 2, 2012

Está chegando a hora

Sem Giovanni, Tite fica entre Weldinho e Felipe para fechar lista

Lateral-direito e zagueiro disputam a última vaga no Mundial. Decisão dependerá das atuações de Guilherme Andrade e Polga como volantes

Por Carlos Augusto FerrariSão Paulo

A pouco mais de um mês do Mundial de Clubes, o técnico Tite guarda em sigilo quase absoluto a lista dos 23 jogadores que levará ao Japão no dia 4 de dezembro. Depois de abrir mão do meia Giovanni para a seleção brasileira sub-20, o treinador decidiu usar a última vaga para reforçar o setor defensivo. A disputa agora está entre o lateral-direito Weldinho e o zagueiro Felipe.

Como a competição internacional tem apenas cinco dias entre a semifinal e a decisão, o treinador quer contar com dois jogadores para casa posição. Desde o ano passado, o grande problema do elenco é encontrar um reserva imediato para Ralf, o volante de maior poder de marcação.

Treino corinthians (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Grupo do Corinthians: lista quase fechada para o Mundial (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Tite vem testando duas opções nos treinamentos no CT Joaquim Grava para ocupar o posto. A primeira delas é o veterano Anderson Polga, de 33 anos. Volante no início da carreira no Grêmio, o jogador passou à zaga por orientação do mesmo treinador e chegou à Seleção que foi pentacampeã mundial na Copa de 2002. Caso se adapte novamente à função, tem grandes chances de ser o escolhido como reserva imediato.

Assim, abriria uma vaga para mais um zagueiro. Os titulares Chicão e Paulo André, além do reserva Wallace, estão garantidos. Felipe é o preferido. O jogador atuou diante do Bahia e recebeu muitos elogios do técnico, superando Antônio Carlos na disputa. Ele chegou a ser a última opção para a posição, quase foi emprestado ao Flamengo, mas ganhou pontos nas últimas semanas.

A outra possibilidade é Guilherme Andrade, de 23 anos. O lateral-direito emprestado pela Ponte Preta agrada à comissão técnica por poder atuar como primeiro volante e lateral-esquerdo. No entanto, pesa contra ele a falta de experiência para, em caso de necessidade, assumir tamanha responsabilidade de substituir um titular absoluto como Ralf.

Caso ele vença a disputa com Polga, o espaço vago ficará na lateral direita. O treinador não tem muitas alternativas neste setor. Weldinho, que fez bons jogos quando chegou do Paulista em 2010, mas caiu de rendimento em 2011, herdará o lugar. O volante Edenílson é outro que pode atuar no setor, mas já tem vaga assegurada entre os 23.

A possibilidade entre os dois defensores se abriu depois que Tite aceitou liberar o meia Giovanni para a disputa do Sul-Americano sub-20, em janeiro na Argentina. Ele só vetará a saída do armador caso algum outro atleta que atua na linha de três entre o meio-campo e ataque se machuque. As opções são muitas: Romarinho, Emerson, Martinez, Jorge Henrique, Danilo e Edenílson.

Tite vai usar os últimos cinco jogos do Brasileirão e as semanas de treinamentos para decidir a última vaga. As outras 22 estão decididas. No entanto, o treinador já avisou: não divulgará a lista com antecedência. A Fifa exige que os nomes sejam entregues no dia 26 de novembro.

– A lista? Só no dia – disse o técnico.

www.g1.com.br

Nov 2, 2012

Nada a declarar

 

Presidente do Corinthians acha “irrelevante” a situação do Palmeiras

 

Helder JúniorSão Paulo (SP)

Mário Gobbi não está preocupado – nem animado – com a crise enfrentada por seu maior rival. Presente em um evento que prevê o plantio de 20.000 mudas de árvores no Parque Fazenda do Carmo, na Zona Leste de São Paulo, o presidente do Corinthians evitou falar sobre a situação do Palmeiras no Campeonato Brasileiro.

“O que acontece fora do mundo do Corinthians é irrelevante para mim”, avisou Gobbi, quando questionado se estava colaborando com o “verde” – cor que simboliza o Palmeiras – ao apoiar o plantio de árvores. O gesto ambiental, em parceria com a Associação Brasileira dos Imigrantes Japoneses e com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, foi uma homenagem às vítimas do terremoto e do tsunami que afligiram o nordeste do Japão em 2011.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Mário Gobbi controla a boca para não criar polêmica

Gobbi estava ao lado do vice-presidente Luis Paulo Rosenberg – adepto das provocações aos rivais – na manhã desta quinta-feira, mas não se deixou levar pelo bom humor do seu companheiro de diretoria. “Quero dizer que o futebol é algo muito sério. Tenho por princípio base, desde 7 de dezembro de 2007, quando assumi o departamento de futebol do Corinthians, não me pronunciar sobre outros clubes. Respeito os demais”, avisou, novamente sobre o Palmeiras. 

“Tenho muitos problemas para resolver no Corinthians. Não sobra tempo para as tristezas e as alegrias dos outros. Fico satisfeito só com as vitórias do meu time. Para mim, isso basta”, concluiu o mandatário corintiano, talvez lembrando que a sua equipe ajudou recentemente o maior rival ao empatar por 1 a 1 com o Bahia (outro clube ameaçado de rebaixamento à Série B), no Pacaembu.

A situação do Palmeiras, no entanto, causa reações bem distintas no Corinthians. O irreverente atacante Emerson, por exemplo, já disse sentir “dó da formiguinha” depois de vitória em clássico. Publicamente, o Sheik afirma torcer contra a queda do rival.

www.gazetaesportiva.net

Nov 2, 2012

Fica frio

Martínez quer deixar Corinthians se for reserva na temporada 2013

Argentino acredita que precisa estar entre os titulares para ter chances de jogar Copa de 2014

  • Vitor Marques – Agência Estado

SÃO PAULO – Contratado no meio do ano, o argentino Martínez se adaptou rapidamente ao futebol brasileiro, agradou o técnico Tite, mas ainda não conseguiu uma vaga como titular no Corinthians. A situação parece estar desagradando o atacante, que prometeu pedir para ser negociado caso continue na reserva na próxima temporada. Tudo, segundo ele, para ter chances de atuar pela seleção de seu país na Copa do Mundo de 2014.

 

Martínez se adaptou rapidamente ao futebol brasileiro - Epitácio Pessoa/Estadão
Epitácio Pessoa/Estadão
Martínez se adaptou rapidamente ao futebol brasileiro

 

“Em outro momento, eu ficaria na reserva. Mas agora está muito perto da Copa do Mundo. Se eu não jogar no meu time, não vou para a seleção. Não posso ficar seis meses na reserva ou então estarei fora da Copa do Mundo. A diretoria e o treinador sabem. Eu estou pensando na seleção”, declarou, nesta quinta-feira.

Martínez deixou claro que não se incomodaria com a situação se não fosse pela proximidade da Copa. “Quero jogar como todos os outros, mas tenho que pensar no que é melhor para mim. Não tenho problema de ficar na reserva, mas, se ficar no próximo ano, preciso ir embora. Jogar uma Copa do Mundo é a coisa mais importante para um jogador de futebol”.

A preferência do jogador, no entanto, é conquistar seu espaço e permanecer no clube paulista em 2013. Para isso, ele prometeu bastante empenho nos treinos e espera ter a chance de mostrar seu futebol já neste domingo, quando o Corinthians enfrenta o Atlético-GO, em Brasília, pela 34.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“Para ser titular, temos que trabalhar a semana inteira da mesma maneira. Estou aqui para me esforçar, sempre dou o meu melhor e espero poder jogar no domingo”, comentou. “Quero ficar aqui no Corinthians, ganhar títulos e, como consequência disso, ser convocado para jogar pela Argentina”, completou.

www.estadao.com.br

Nov 2, 2012

Programação da Rádio Ópera – sexta (02/11/12)

Lawrence Tibbett interpreta “É sogno o realtá?” de Falstaff (Verdi)

CARMEN (Bizet) Horário: 06:30
Genebra, 1962. Maestro: Thomas Schippers.
Elenco: Regina Resnik, Mario del Monaco, Joan Sutherland, Tom Krause, Georgette Spanellys, Robert Geay

 
FOSCA (Carlos Gomes) Horário: 08:50
Sófia, 26/11/1997. Maestro: Luiz Fernando Malheiro.
Elenco: Gail Gilmore, Krassimira Stoyanova, Roumen Doykov,  Svetozar Ranguelov, Niko Issakov
 
MEDEA(“Médée”) (Cherubini) Horário: 11:10
Dallas, 4/11/1967. Maestro: Nicola Rescigno.
Elenco: Magda Olivero, Graziella Sciutti, Biancamaria Casoni, Bruno Prevedi, Nicola Zaccaria.
 
ROMÉO ET JULIETTE (Gounod) Horário: Horário: 13:40
Paris, 1994. Maestro: Alain Lombardi.
Elenco: Franco Corelli, Mirella Freni, Xavier Depraz, Henri Gui, Éliane Lublin, Claude Calès, Michèle Vilma, Roberto Cardona, Yves Bisson, Christos Grigoriou, Maurice Auzeville, Pierre Thau.
 
LAKMÉ (Delibes) Horário: Horário: 16:00
Toulouse, Julho/1997. Maestro: Michel Plasson.
Elenco: Natalie Dessay,  Gregory Kunde, José Van Dan, Delphine Haidan, Franck Leguérinel, Patricia Petibon, Xenia Konsek, Bernadette Antoine, Charles Burles, Alain Chilemme, Jean-Pierre Lautre, Yves Boudier.
 
FALSTAFF (Verdi) Horário: 18:10
Viena, 23/8/1937. Maestro: Arturo Toscanini.
Elenco: Mariano Stabile, Piero Biasini, Franca Somigli, Dino Borgioli, Giuseppe Nessi, Virgilio Lazzari, Angelica Cravcenho.
 
http://www.radioopera.com.br
Nov 1, 2012

Faltou concorrência

Um alívio para a Record


Boa estreia de um programa ruim

A propósito, a estreia ontem de A Fazenda Verão, na Record, levou a emissora a quatorze pontos de audiência. Um ibope de dois dígitos que a Record não alcançava há meses. Garantiu o segundo lugar (a Globo liderou), uma colocação que na média de outubro perdeu para o SBT

Por Lauro Jardim

www.veja.com.br

Comentário do Blog do Citadini: Faltou o Corinthians no Futebol de Quarta. Esta é a razão do crescimento da Record. Se o Timão estivesse na “telinha” a coisa seria outra.

Nov 1, 2012

Fogo amigo

 

Dívida de patrocinador provoca pressão por mudança em diretoria de marketing do Corinthians 

 

Sem patrocinador principal, clube faz propaganda institucional

O fracasso do patrocínio da Apito Promocional na camisa do Corinthians aumentou as críticas ao departamento de marketing alvinegro. Conselheiros de diferentes grupos pressionam por mudanças na área, dirigida por Ivan Marques, mas que ainda tem sua imagem ligada ao vice Luis Paulo Rosenberg.

“Se eu fosse o presidente, mandaria todo mundo do departamento de marketing embora. Falaram muito, mas estão há um ano sem conseguir um patrocinador principal fixo. Não conseguiram nem ganhando título da Libertadores. E quando conseguem algum patrocínio levam calote”, disse ao blog André Luiz de Oliveira, o André Negão, ex-diretor administrativo.

A parceria com a empresa Apito Promocional foi rompida, e a marca retirada da camisa porque o clube alega não ter recebido cerca de R$ 1 milhão que fazia parte do acordo.

Além da questão do patrocínio, os responsáveis pelo marketing corintiano são atacados por não conseguirem até agora negociar o nome do estádio. Em fevereiro, durante sabatina promovida pelo UOL e pela Folha de São Paulo, Andrés Sanchez, ex-presidente do clube, alegou que o negócio estava perto de ser concluído.

Até a publicação do post, a assessoria de imprensa do Corinthians não havia respondido ao blog sobre as críticas feitas ao departamento de marketing.

www.blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br

Nov 1, 2012

Programação da Rádio Ópera – sexta (01/11/12)

Cavalleria Rusticana, cena do “Brindisi” (Mascagni)





AIDA
(Verdi)  Horário: 06:45
Roma, 1952. Maestro: Alberto Erede.
Elenco: Fernando Corena, Ebe Stignani, Renata Tebaldi, Mario Del Monaco, Dario Caselli, Aldo Protti, Piero De Palma, Suzanne Danco.

 
OTTONE (Handel)  Horário: 09:20
Stadthalle, 9-12/junho-1992. Maestro: Nicholas McGegan.
Elenco: Drew Minter, Lisa Saffer, Michael Dean, Juliana Gondek, Ralf Popken, Patricia Spence.
 
LA CECCHINA (Piccinni) (Horário: 12:40
Martina Franca, 6-9/julho/1990. Maestro: Bruno Campanella.
Elenco: Maria Angeles Peters, Gabriella Morigi, Alessandra Ruffini, Giuseppe Morino, Bruno Praticò, Pietro Spagnoli, Sara Mingardo, Maria Cristina Zanni.
 
TANCREDI (Rossini) Horário: 14:50
Munique, 17-30/julho/1995. Maestro: Roberto Abbado.
Elenco: Veselina Kasarova, Eva Mei, Ramón Vargas, Harrie Peeters, Melinda Paulsen, Veronica Cangemi.
 
CAVALLERIA RUSTICANA ( Mascagni) Horário: 18:00
Roma, 1961. Maestro: Tullio Serain.
Elenco: Giulietta Simionato, Mario Del Monaco, Anna di Stasio , Cornell Macneil,Ana Raquel Satre.
 
http://www.radioopera.com.br
Oct 31, 2012

Um grande contrato

Corinthians e Nike


Corinthians negocia com fornecedores

Corinthians, que tem contrato com a Nike até 2014, começou a conversar com outros fornecedores esportivos. Até como instrumento de barganha para reajustar o contrato com os americanos.

O mercado anda agitado neste fim de ano. O São Paulo trocou a Reebok pela Penalty e o Flamengo, a Olympikus pela Adidas.

Por Lauro Jardim

www.veja.com.br

Comentário do Blog do Citadini: A chegada da Nike no Corinthians foi um marco para o Clube e para a empresa americana. Líder no mundo dos  esportes, a multinacional escolheu o Corinthians para entrar forte no futebol brasileiro. E está no Timão há quase uma década. O Clube – que sempre inovou- com uma empresa que ocupa a ponta do mercado. O desejo é que continue por mais anos e anos no Timão! 

Oct 31, 2012

Um só coração

 

CORINTHIANS’ INGLÊS REFORÇA TORCIDA DO TIMÃO E REVELA FREGUESIA DO CHELSEA

 

Robert Cavalini, Relações públicas do Corinthian Casuals
Robert Cavalini, Relações públicas do Corinthian CasualsCrédito da imagem: Cahê Mota / Globoesporte.com

Para um, vencer o Chelsea já foi algo ‘normal’. Para o outro, pode ser a consagração máxima. Para um, voltar a jogar com o Chelsea é uma utopia. Para o outro, uma tendência, que pode ser confirmada em 16 de dezembro. Faltando pouco mais de um mês para o início do Mundial de Clubes, as histórias de Corinthian-Casuals e Sport Club Corinthians Paulista voltam a se cruzar em coincidências responsáveis não somente por um sotaque inglês na torcida brasileira que invadirá o Japão, mas também bons fluídos através de um fato: os Blues são fregueses do ‘Timão’.

Tudo bem que as estatísticas são a favor da filial. Ou melhor, da ‘matriz’, afinal foram os ingleses, em visita ao Brasil, em 1910, os responsáveis pelo batismo daquele que se tornaria um dos maiores clubes do país. Mas a verdade é que o Chelsea já sofreu na mão dos corintianos. Em 1905, ainda recém-fundados, e em 1923, os Blues foram derrotados em duas oportunidades (1 a 0 e 2 a 1) pelo Corinthian, o original, antes mesmo da fusão com o Casuals, outro clube do Sudoeste de Londres, em 1939.

O tempo passou, o Chelsea cresceu e virou milionário com a fortuna do russo Roman Abramovich. Mais do que isso, virou grande, enquanto o Corithian nunca quis deixar sua origem amadora, e segue sendo a diversão de poucas centenas de fiéis que se espremem no acanhado estádio King George para torcer em jogos da oitava divisão inglesa. A possibilidade de reencontro com os Blues, no entanto, empolga, mesmo que o confronto seja com os co-irmãos brasileiros.

– Odeio o Chelsea. Eles são como o São Paulo no Brasil. Mesmo antes de terem dinheiro, eles sempre foram arrogantes, prepotentes, são coisas que não me agradam. Antigamente, também eram muito violentos, com hooligans, eram um grande problema. Quase ninguém gostava deles. Não tem nada a ver com futebol, mas é o tipo de coisa que não gosto – disse Robert Cavalini, relações públicas do clube inglês e corintiano fanático. Seja no Brasil ou na Inglaterra.

‘Gringo’ vai para o Japão atrás do Timão

Casado com uma brasileira, Cavalini descobriu o Corinthian-Casuals após apresentação na faculdade e de cara se apaixonou. Se aproximou do clube, pesquisou, escreveu um livro – onde descobriu o histórico contra o Chelsea – e viajou ao Brasil para amistoso com o xará brasileiro em 2001. Foi quando iniciou uma relação de bigamia confessa.

– Tinha ouvido falar na universidade da história entre os dois clubes quando descobri o Corinthian-Casuals. Em 2001, fui ao Brasil pela primeira vez e foi incrível. Desde então, voltei todos os anos para ver o Corinthians jogar, torcer e tentar desenvolver a relação entre os dois clubes.

As visitas que eram anuais ganharam um novo capítulo em 2010, quando Robert decidiu passar todo o centenário atrás do Timão. Fosse dentro ou fora de casa, lá estava o inglês, no meio da organizada mais famosa do clube, torcendo e cantando com sotaque: ‘Aqui tem um bando de louco…’.

– A experiência como um todo foi muito divertida. Eu amo futebol, amo assistir aos jogos, e também a sensação de não saber nunca o que ia acontecer nas viagens… Uma partida marcante foi contra o Independiente, em Bogotá. Empatamos por 1 a 1, com um gol de Dentinho faltando cinco minutos para o fim. Tive problemas para conseguir ingressos e acabei com um amigo na torcida rival. Quando eles marcaram, ficamos quietos, mas quando o Corinthians empatou vibramos. Eu e meu amigo ficamos tensos, olhamos em volta, cerca de cinco mil torcedores nos olhavam sem entender, mas felizmente nada aconteceu.

Branco, loiro e com poucas palavras em português no vocabulário, Cavalini virou atração no grupo e logo ganhou um apelido óbvio: Gringo. Apelido esse que até batizou o livro ‘Oi, Gringo!’, onde o inglês relatou para os corintianos do Sudoeste de Londres sua experiência seguindo o ‘filho’ que cresceu muito mais que o pai.

E engana-se quem pensa que esta foi apenas uma aventura de um estrangeiro. Rob Cavalini se sente parte da fiel mesmo. Tanto que já tem passagem e ingressos comprados para acompanhar o Corinthians no Japão. Aí, sim, entra a vontade dobrada de vencer. Afinal, voltar para casa e tirar um sarro dos torcedores do Chelsea não seria nada mal. O inglês, por sinal, reforça a teoria de que os Blues não estão muito preocupados com a competição, e acha que isso pode acabar sendo bom para o Timão.

– Eles não sabem muito do futebol brasileiro. Sabem que o Corinthians é um dos grandes, até pelo fato de Tevez e Mascherano terem jogado lá, assim como André Santos, Ronaldo… Para muitos, o Mundial é mais uma oportunidade de ganhar dinheiro. Eles não dão muita importância, mas acham que vão ganhar. Até por olharem pelo que aconteceu com o Santos contra o Barcelona, mesmo com Neymar. Viram um time ser destruído, mas não é o que vai acontecer esse ano. Acho que isso pode acabar sendo bom, porque o Chelsea pode não dar ao Corinthians o respeito que merece.

Tatuagem do Chelsea e bandeira do Timão

A relação entre corintianos ingleses e brasileiros é responsável não somente por histórias de admiração e paixão, mas também por capítulos inusitados. Como, por exemplo, o fato de um dos torcedores mais assíduos do clube inglês ser fanático também pelo Chelsea, ao ponto de carregar tatuagens do clube azul pelo corpo. O detalhe é que, a cada jogo do Corinthian-Casuals, Roger Stringer leva consigo também uma bandeira do clube paulista, presente de brasileiros que vivem em Londres.

Entre gritos de ‘Coriiiiiinssian’ (com sotaque inglês carregado, onde o ‘th’ faz som de ‘s’), Roger comentou o possível encontro de 16 de dezembro. Sincero, não falou em coração dividido. Deixou claro que o Chelsea vem em primeiro lugar, mas não se importa em caso de conquista brasileira no Japão por não colocar o Mundial entre suas prioridades.

– Sinceramente, ninguém se importa. Já perdemos a Supercopa por 4 a 1 para o Atlético de Madri e foi assim. Estamos no topo da Premier League, tivemos conquistas na temporada passada. Sou torcedor do Chelsea, mas também do Corinthian-Casuals. Então, se os brasileiros ganharem, não tem problema para mim. Espero que seja um jogo justo. Por toda relação histórica, gosto também do Corinthians. Inclusive, trago para todos os jogos esta bandeira que ganhei de um amigo brasileiro.

Ao seu lado, Dennis Deadman demonstrou mais entusiasmo ao vestir a camisa alvinegra numa provável final do Mundial.

– Sei que formamos um clube no Brasil, mas se chama Paulista. E vou torcer por eles no fim do ano. Até por ser torcedor também do Arsenal. Se o Corinthians ganhar do Chelsea, nosso Corinthian se sentirá também poderoso. É uma questão de história, como se tivéssemos dado a luz a essa criança.

Lembranças de Sócrates e amistoso em 1988

Com realidade modesta, o Corinthian-Casuals não esconde o orgulho de um passado que mantém vivo em recordações expostas no bar do estádio e na presença de ex-jogadores como funcionários. Desses, dois estiveram no Brasil em 1988 para amistoso no Pacaembu contra o Timão. Responsável pela súmula das partidas, David Harrison tem uma lembrança especial da derrota por 1 a 0.

– Minha maior recordação é do Sócrates jogando conosco por 20 minutos. Pedimos isso a ele antes do jogo e foi fantástico, uma grande honra.

Seu ex-companheiro, Tom Slade, fez coro e relembrou momentos daquela tarde de 5 de junho.

– Foi incrível jogar em um grande estádio, um dos melhores do mundo. Os torcedores brasileiros foram fantásticos, cantaram músicas, tocaram tambores… Isso tudo tornou um ambiente muito empolgante. O Corinthians tinha jogadores habilidosos, da Seleção Brasileira, e o Sócrates decidiu com um gol, mas para o lado brasileiro.

A dupla também reforçará a torcida caso Timão e Blues realmente decidam o Mundial, como garantiu Harrison.

– Tudo que o Corinthians conquista nos faz olhar para o passado e sentir muito orgulho. Agora, vamos torcer por eles no Mundial, não iríamos torcer para o Chelsea, né? (risos)

A expectativa é de que apaixonados pelo Corinthian-Casuals se reúnam no bar do King George na manhã de domingo, 16 de dezembro, ao lado de brasileiros para acompanhar a partida. Em Tolworth, no Sudoeste de Londres, o azul, cor predominante do estádio, não tem nada a ver com Chelsea. Definitivamente.

www.meutimao.com.br