O currículo de Carlos Alberto Parreira destaca o título obtido pelo Brasil na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, visitas a mais de 130 países como profissional do futebol, várias passagens por outras seleções, um Brasileiro pelo Fluminense e uma temporada brilhante pelo Corinthians. Foi há 15 anos, quando levou o clube paulista a dois títulos importantes conquistados na mesma semana – o Rio-São Paulo e a Copa do Brasil.
Nesta entrevista exclusiva ao Terra , o técnico recorda-se daquela temporada, na qual o Timão também chegou à final do Brasileiro, mas não superou o Santos de Diego e Robinho.
Carlos Alberto Parreira teve uma passagem vitoriosa no Corinthians em 2002, quando conquistou os títulos do Torneio Rio-São Paulo e da Copa do Brasil
Parreira conta como armou aquele time, equilibrado e ofensivo, com Gil e Deivid se destacando no ataque, Ricardinho ditando o ritmo no meio e Dida garantindo vitórias e empates com a ponta dos dedos.
Ricardinho e Dida saíram depois dos títulos, transferidos para o São Paulo e Milan respectivamente, e não disputaram o Brasileiro. E o Corinthians não conseguiu substitutos à altura dos dois, sofrendo com os desfalques.
Mas os percalços em 2002 foram superados por momentos de alegria que se repetiram várias vezes e deixaram a torcida em estado de euforia. Foi assim, por exemplo, nos jogos decisivos contra o São Paulo, na final da Copa do Brasil contra o Brasiliense, na goleada incontestável ( 6 a 2) sobre o Atlético-MG pelo Brasileiro. Esses exemplos são citados na entrevista. Mas há outros que celebram toda aquela jornada.
Terra – Quinze anos depois, qual o sentimento e as lembranças que ficaram daquela temporada vitoriosa como técnico do Corinthians?
Parreira – O Corinthians é um clube com uma demanda igual a da Seleção Brasileira. A pressão é muito grande, com cobrança da torcida, da imprensa. De um modo geral, há a exigência permanente por resultados. O ano de 2002 foi marcante e maravilhoso. E tudo aquilo teve sua razão de ser. A começar pelo trabalho na pré-temporada, que foi fundamental para conhecer os jogadores, estabelecer as prioridades. O grupo era muito bom e se doou. Havia também uma unidade entre os dirigentes, com Edgar Simões (coordenador de futebol), Roque Citadini (vice de futebol) e o presidente Alberto Dualib dando o apoio que vinha de cima.
O título daquele Rio-São Paulo ganha em importância pelo fato de a competição não ter sido mais realizada desde então?
Não sei exatamente. Mas o torneio foi muito difícil com os 16 melhores clubes dos dois Estados. Ou seja, enfrentamos e deixamos para trás os quatro grandes do Rio e os nossos tradicionais rivais caseiros. Isso valoriza o título. Até hoje, tem muito corintiano que passa por mim na rua e pede: ‘Parreira, volta pro Corinthians’. Isso porque aquela campanha ficou marcada na memória deles.
E o que você responde pra eles?
Agradeço e digo que não dá mais, já parei faz tempo. Meu último trabalho como técnico foi com a seleção da África do Sul, na Copa do Mundo de 2010, e na despedida vencemos a França por 2 a 1.
Na primeira partida da final do Rio-São Paulo de 2002, o Corinthians conseguiu uma virada histórica sobre o São Paulo, vencendo por 3 a 2. Lembra de algum bastidor daquele jogo?
Sim, sempre. Nosso time foi muito apático no primeiro tempo, irreconhecível. Levamos 1 a 0 e no intervalo, enquanto eu atravessava o gramado do Morumbi até o vestiário, um repórter me perguntou: ‘Parreira, o que está faltando ao time?’ Eu, no ato, respondi: ‘Falta alegria.’ E foi isso que eu disse no vestiário. ‘Olha, perder ou ganhar faz parte do jogo. Agora o que não pode é o Corinthians perder como está perdendo. Sem vontade, sem disposição, sem vibração. Vocês estão vendo o São Paulo jogar. Vamos correr.’ Não falei nada de tática. O que se viu no segundo tempo foi outro time, vibrante o tempo todo. Fizemos 3 a 1, numa apresentação irretocável; o São Paulo diminuiu depois. Na segunda partida, num jogo também muito disputado, conseguimos o título com um empate (1 a 1).
É a favor da volta do Rio-São Paulo?
É uma competição bastante interessante, mas a gente tem de ser realista. Não há espaço no nosso calendário, aumentaria a exposição dos jogadores. Veja por exemplo o que acontece agora. Temos uma Libertadores que se estende pelo ano todo, a Sul-Americana, a Primeira Liga e por aí vai. É muita coisa e o mais impressionante é que já tem técnico poupando o time no mês de março, já escalando os reservas. Isso é prova de que tem alguma coisa errada. Não estou criticando ninguém, até porque se eu estivesse em algum clube poderia estar fazendo o mesmo. Mas isso é reflexo de um problema sério.
Reflexo de um calendário inadequado?
Sim, a questão do calendário do futebol brasileiro é definitivamente insolúvel. Não tem jeito. É uma discussão que já dura alguns anos e vai prosseguir assim. Há os que defendem que se copie o modelo europeu. Mas não tem como. Aqui temos o Natal, o carnaval, as férias escolares, o verão. Além disso, o Brasil não tem dimensões pequenas como a Alemanha. Somos quase um continente. Na CBF, defendi com Ricardo Rocha e Carlos Alberto Torres que os Estaduais tivessem 12 datas. Mas são 19 e aí entram questões políticas de vários Estados, atreladas também aos interesses de transmissão dos jogos pela TV. Isso acaba prejudicando o aspecto técnico, para o qual seria conveniente que as competições fossem enxutas, com tempo para a preparação das equipes, intervalos mais longos entre os jogos. Os Estaduais poderiam começar para os pequenos em setembro, outubro, funcionando como uma seletiva para a fase principal, com os times mais expressivos.
Na Copa do Brasil daquele ano histórico, o Corinthians passou sufoco contra o Paraná, pelas quartas de final …
Exatamente. O técnico do Paraná era o querido Caio Junior (vítima do acidente de avião com o time da Chapecoense, em novembro, na Colômbia). Na primeira partida, estávamos ganhando por 3 a 0 no Pacaembu e criando oportunidades para fazer o quarto gol e liquidar a fatura. Mas aí levamos um gol e aquilo me tirou o sono. Não dormi realmente na noite do jogo. Fui para casa revoltado. Sabia que aquele gol podia arrebentar a gente no outro jogo. O Paraná era um time muito bem montado, o Caio fazia um excelente trabalho. E o que houve? Lá, na casa deles, abriram 1 a 0 e se fizessem o segundo se classificariam. Foi um sufoco, com o Dida fazendo defesas milagrosas, a bola batendo na trave. Mas passamos.
Depois de superar o São Paulo na semifinal, o time viveu outro drama, contra o Brasiliense, na final. Como foi a decisão?
O Brasiliense tinha eliminado o Fluminense e o Atlético-MG em quatro partidas. A equipe não chegou à final de graça, por acaso. E havia uma situação curiosa. O que se dizia na época era que o Luís Estevão (ex-senador cassado por falta de decoro parlamentar e então presidente do clube do DF) deixava os jogadores do Brasiliense em estado de graça, supermotivados, porque pagava os bichos (premiação por vitória) no vestiário. Os caras se matavam em campo, e o bicho era maior que o salário. Era uma motivação sadia, nada contra. Vencemos o primeiro jogo por 2 a 1 com uma polêmica danada no segundo gol – Gil teria feito falta num defensor adversário antes de rolar a bola para Deivid marcar. Na última partida, levaram a gente para um campo esburacado, em Taguatinga, sem nenhuma condição. O Brasiliense fez 1 a 0 e a pressão ficou enorme. Lembro do alívio nosso no banco de reservas na hora em que Leandro cruzou da esquerda e o Deivid empatou. O 1 a 1 nos deu o título, muito celebrado.
Os dois títulos expressivos vieram num intervalo de menos de quatro dias. O do Rio-São Paulo, em 12 de maio, e o da Copa do Brasil, no dia 15. Pode-se dizer que foi uma semana intensa …
Eu lembro que o presidente Dualib passou por mim e me perguntou: “Parreira, o que você quer mais? Dois títulos numa semana está de bom tamanho?” Claro que foi uma semana totalmente atípica para os jogadores, dirigentes, torcida, pra mim e meus colegas da comissão técnica. Inesquecível. E claro também que uma derrota para o Brasiliense nos arranharia. Afinal, a obrigação ali era do Corinthians.
As duas conquistas também foram marcantes por duelos à parte entre Corinthians e São Paulo, não?
Sim, foram quatro desses clássicos em menos de 20 dias. E o São Paulo tinha um belo time, com um ataque sensacional, formado por França, Kaká e Reinaldo, e ainda com Rogério Ceni, Belletti, o Júlio Baptista estourando. Por outro lado, nosso time era também muito bom, com Dida, Ricardinho, Vampeta, Kleber, Gil.
Você optava por um time ofensivo. Por quê?
Aquele time do Corinthians foi um marco na minha carreira. Só jogávamos com um volante, o Fabrício, que na verdade era meia. E tudo funcionava muito bem. Não tinha porque mudar. O Vampeta atuava como segundo ou terceiro homem do setor e o Ricardinho completava o meio. Era uma equipe técnica, sem um camisa 9. O Gil atuava como quarto homem pela esquerda e o Deivid entrava que nem um facão como fazia Jairzinho na Copa de 70. O Leandro jogava solto atrás do Deivid, girando, entrava na área, voltava, ia pra esquerda, ia pra direita, compunha o meio quando a gente perdia a bola. Na hora que a gente tinha o domínio, ele tinha liberdade e se juntava aos que vinham de trás – Ricardinho, Vampeta, Rogério. Era um desenho tático muito interessante. O Corinthians, eu costumava dizer, possuía o melhor lado esquerdo do futebol mundial, com Ricardinho, Gil e o Kleber. Eles desequilibravam, dava prazer vê-los jogar. O técnico monta um time de acordo com o material que tem à disposição. A formação foi ofensiva muito em razão disso.
Para o Brasileiro, o Corinthians perdeu Dida e Ricardinho. Como foi esse baque?
Muito complicado. Não conseguimos substituir o Ricardinho, no mesmo nível. O time sem esses dois foi praticamente desfeito no início do Brasileiro. O Doni veio do Botafogo-SP e não era ainda o goleiro que depois se consagrou. Ainda estava meio inseguro. Para o lugar do Ricardinho, efetivamos o Renato, um bom jogador, que chutava bem de fora da área, mas não tinha o senso de organização e nem a técnica do Ricardinho.
A campanha no Brasileiro teve muitos altos e alguns baixos, com derrotas elásticas. O que houve?
Levamos sim umas bordoadas no Brasileiro. Uma delas veio depois de um jogo em que vencemos o Paysandu, em Belém. Isso foi numa quarta-feira de noite e deixamos o Norte direto para Porto Alegre, onde o adversário era o Grêmio no fim de semana. Durante a viagem, perdemos uns três ou quatro jogadores, gripados. Fomos então obrigados a mudar bastante o time. E o Grêmio nos derrotou por 4 a 0. Mas, na rodada seguinte, vencemos o Goiás por 3 a 0. Também houve um tropeço contra o Atlético-PR na nossa casa, num sábado. Perdemos por 3 a 0, num jogo igual o tempo todo, mas no qual o Atlético soube aproveitar os contra-ataques. Saí dessa partida bem chateado, em silêncio. Aí, eu me lembro, o Roque Citadini (vice de futebol) notou a minha expressão de abatimento, a gente quase não perdia, e me ligou pra casa às 10 horas da manhã do domingo. “Oi, Parreira, como você está? Tudo bem? Não liga não. Isso acontece. Hoje é dia de lamber as feridas.”
Antes da final contra o Santos, qual o jogo daquele Brasileiro que mais lhe marcou?
Foi a nossa vitória épica por 6 a 2 sobre o Atlético-MG, no Mineirão, pelas quartas de final, com uma atuação muito boa do Deivid, que fez quatro gols, um deles um golaço de fora da área. Estádio cheio, o Atlético muito credenciado a chegar à disputa do título. Foi sensacional. Ninguém ganha impunemente do Atlético-MG por 6 a 2 numa fase final de Brasileiro. Também foi de arrepiar a semifinal com o Fluminense. Sofremos uma derrota no primeiro jogo por 1 a 0 que tivemos de reverter em casa, numa partida também dramática e que ganhamos por 3 a 2.
E não havia como parar Diego e Robinho no ataque do Santos?
Era uma tarefa muito difícil. Eles estavam numa fase exuberante. Mas não eram somente os dois. O Santos, como um todo, cresceu de uma forma impressionante na fase final do Brasileiro, vinha numa ascendente. Perdemos a primeira partida por 2 a 0 e eu senti um golpe profundo quando levamos o segundo gol, numa saída errada de bola do Fabrício. Aquele gol foi mortal, o time sentiu muito. Na última partida, viramos para 2 a 1 e estávamos a um gol do título, pressionando, o Fábio Costa defendendo tudo, a torcida cantando o hino na arquibancada do Morumbi. Mas o Santos, com todo o mérito, acabou fazendo mais dois gols e venceu por 3 a 2.
Você disse em 2002 que era diferente ganhar um título pelo Corinthians. Diferente por quê?
É algo muito especial, uma experiência até difícil de explicar. A torcida vibra muito, a fiel é encantadora, faz uma festa única. Diferente nesse sentido, por causa de toda a emoção que gira em torno. É consagrador e inesquecível. Isso vale para o técnico e, claro, para os jogadores e todos os envolvidos no trabalho.
O time do Corinthians não conseguiu repetir o desempenho apresentado na quarta-feira, contra a Universidad de Chile, pela Sul-Americana, e foi incapaz de vencer a Chapecoense na noite deste sábado, no estádio de Itaquera. Diante de uma equipe que jogou melhor do que praticamente em toda a temporada, o Timão até saiu na frente com Jô, mas viu Wellington Paulista selar o 1 a 1 na etapa final.
O resultado fez com que os dois times ficassem com a mesma pontuação de Flamengo e Atlético-MG, os outros dois clubes que entraram em campo no final de semana. O tropeço dentro de casa, no entanto, não estava nos planos do técnico Fábio Carille, que planejava um início forte no Brasileiro para colocar a equipe na briga por mais um título na atual temporada.
O elenco corintiano agora terá dois esperados dias de folga após a maratona de jogos decisivos, voltando a treinar na terça-feira de olho na partida contra o Vitória, marcada para sábado, às 16h (de Brasília), no estádio do Barradão. A Chape, por sua vez, terá a difícil missão de visitar o Lanús na quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Buenos Aires, pela quinta rodada do Grupo 7 da Taça Libertadores da América.
Qualidade de Jô e Rodriguinho põem o Timão à frente
O primeiro tempo começou com um susto para os corintianos que foram à zona leste para curtir um reencontro com os campeões paulistas. Após lateral cobrado por Reinaldo, a bola ficou viva na área dos mandantes e o atacante Rossi, livre de marcação, chutou cruzado rasteiro. A bola bateu na trave de Cássio e aliviou os presentes, que ainda se acomodavam nas cadeiras da arena alvinegra.
A resposta corintiana veio em dose dupla. Romero, que arrancou muito aplausos ao travar um cruzamento de Luiz Antônio e recuperar a bola para o Timão, recebeu passe de Gabriel na entrada da área e chutou forte com a perna direita, exigindo boa defesa de Jandrei. Logo na sequência, Guilherme Arana chegou pela lateral e cruzou para Rodriguinho, livre na área. O meia cabeceou colocado, mas mandou rente à trave esquerda da Chape.
Quando os catarinenses pareciam já se estabelecer no jogo, o Timão mostrou seu bom momento para arrancar um gol na marra. Fagner deu belo drible em Rossi e arrancou pelo meio do campo, entregando a bola para Rodriguinho. Na entrada da área, o armador ameaçou tocar para Romero, aberto pela esquerda, mas enganou os marcadores ao acionar Jô, na marca do pênalti. O camisa 7 girou com facilidade sobre Victor Ramos e mostrou categoria para tirar do goleiro com um toque no alto, abrindo o placar.
O gol deixou o Alvinegro com menos responsabilidade, mas ainda sofrendo com as bolas cruzadas na área pelo adversário. Em mais uma, aos 24, Apodi tocou por cima de Cássio e carimbou a trave, mas o juiz marcou impedimento. Dez minutos depois, em jogada pela esquerda, Pablo se machucou e caiu no chão, paralisando o lance devido a uma ordem do árbitro. Sem condições de seguir em campo, o defensor foi substituído por Pedro Henrique.
Chape joga bem e consegue empate justo
A Chapecoense voltou para a etapa final disposta a mostrar que tinha condição de encarar de igual para igual o Timão, mantendo sua marcação adiantada e dificultando uma pressão dos donos da casa. A grande chance do time paulistano nos primeiros minutos saiu de um contra-ataque após escanteio mal cobrado pelos visitantes. Romero carregou bem, mas errou o passe para Rodriguinho. O meia ainda consertou, mas Gabriel completou a falha e entregou para a zaga rival.
O volume de jogo dos catarinenses, porém, era maior e resultou enfim no empate. Após boa jogada pelo lado direito, mal guardado por Arana e Romero nesta noite, Apodi cruzou na segunda trave e Artur deu um tranco em Fagner para cabecear. A bola bateu no travessão, quicou em cima da linha e Wellington Paulista, na pequena área, chutou para conseguiu a igualdade no placar. Os alvinegros reclamaram de falta em Fagner, mas o juiz nada marcou.
Preocupado com a boa marcação adversária e com a falta de criatividade corintiana, Carille realizou substituições ofensivas, primeiro com Léo Jabá no lugar de Romero, depois com Kazim na vaga de Gabriel, deixando o turco ao lado de Jô para apostar em jogadas aéreas. Do outro lado, preocupado em assegurar ao menos esse ponto na viagem de volta para Santa Catarina, Vágner Mancini fechou seu time com Nenen no lugar de Luiz Antônio.
Kazim melhorou a profundidade da equipe, que passou a lançar bolas longas para ele e Jô. Na base da pressão, os donos da casa apostaram na presença de área dos dois centroavantes, mas não conseguiram impor pressão. Bem postada e sem recuar, marcando a saída de bola, a Chape soube segurar o ímpeto final dos corintianos e conseguiu o tão desejado empate longe dos seus domínios.
FICHA TÉCNICA CORINTHIANS 1 X 1 CHAPECOENSE
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP) Data: 13 de maio de 2017, sábado Horário: 19 horas (de Brasília) Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO) Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Cristhian Passos Sorence (GO) Público: 31.470 pagantes Renda: 1.477.730,80 Cartões amarelos: Rodriguinho, Fagner (Corinthians); Wellington Paulista, Andrei Girotto (Chapecoense) Gols:
CORINTHIANS: Jô, aos 22 minutos do primeiro tempo
CHAPECOENSE: Wellington Paulista, aos 11 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo (Pedro Henrique) e Guilherme Arana; Gabriel (Kazim), Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero (Léo Jabá); Jô Técnico: Fábio Carille
CHAPECOENSE: Jandrei; Apodi, Victor Ramos, Luiz Otávio e Reinaldo; Andrei Girotto, Luiz Antônio (Nadson) e João Pedro; Rossi (Nenen), Wellington Paulista (Osman) e Arthur Técnico: Vagner Mancini
Tá precisando de gol em mata-mata? Chama o Rodriguinho! Um dos destaques do Corinthians recém-campeão paulista, o meia-atacante voltou a deixar sua marca nesta noite de quarta-feira, na vitória por 2 a 1 sobre a Universidad de Chile, no estádio Nacional, em Santiago. Sorte do Timão, que já havia triunfado na Arena, por 2 a 0, e conquistou a classificação para a segunda fase da Copa Sul-Americana.
Os gols do confronto em território chileno foram marcados por Rodriguinho e Jadson, justamente os responsáveis pela engrenagem ofensiva do Corinthians de Carille. Mas a noite era do camisa 26: com o tento sobre a La U, oriundo de lindo arremate de canhota, ele chegou ao oitavo em oito duelos de mata-mata pela equipe brasileira na temporada.
O Corinthians conhecerá seu próximo oponente da Copa Sul-Americana via sorteio, a ser realizado pela Conmebol depois das partidas da primeira fase. A partir desta quinta-feira, o time “vira a chave” e se concentra na estreia do Campeonato Brasileiro, sábado, às 19h (de Brasília), diante da Chapecoense, na Arena Corinthians.
PRIMEIRO TEMPO
Em apenas quatro minutos, a Universidad de Chile teve oportunidades suficientes para ao menos abrir o placar do estádio Nacional. A defesa alvinegra, sem Pablo, desfalque por conta de forte sinusite, cometeu duas perigosas faltas próximas à área de Cássio. Na primeira, Espinoza acertou a barreira; depois, Jara finalizou por cima.
A equipe comandada por Fábio Carille não demorou a dar o troco. Em rápido contra-ataque, Rodriguinho acionou Jadson no setor esquerdo, onde a marcação chilena demorava a recompor. O camisa 10 ergueu a cabeça, cortou para o meio e finalizou forte, acertando a trava do goleiro Johnny Herrera.
Conforme havia treinado na véspera da partida, Carille botou Romero para acompanhar as investidas do veterano Beausejour, lateral-esquerdo. O atacante do Corinthians, porém, embora bastante comprometido no momento da marcação, pecava na conclusão de jogadas e em passes curtos. Numa das boas triangulações iniciadas pelo trio Guilherme Arana, Maycon e Jadson, o paraguaio optou por alçar a bola na área, mas cruzou à meia altura, facilitando o bloqueio da defesa adversária.
Sem a posse da bola, o Timão abria mão do esquema 4-2-3-1 e se fechava em duas linhas de quatro, com Rodriguinho e Jô à frente. A Universidad, por sua vez, parecia sentir o peso da desvantagem e não conseguia fazer Cássio trabalhar para valer. Melhor para a torcida corinthiana, que viu Rodriguinho chamar a responsabilidade no Chile e marcar o único gol do primeiro tempo.
Aos 36 minutos, após tiro de meta de Cássio, o camisa 26 viu Jô disputar a bola no alto com um zagueiro da Universidad, sem sucesso. O meio-campista, então, dominou com categoria, se livrou de um marcador e partiu em velocidade para a área dos mandantes, isso com Rodríguez e Vilches o acompanhando de perto. Sem problemas para o armador, que gingou dentro da área, cortou o zagueiro, ajeitou para a perna esquerda e arrematou cruzado, sem chances de defesa a Herrera.
A empolgação alvinegra em Santiago, contudo, deu lugar a uma triste notícia. O lateral-direito Léo Príncipe, que substituía Fagner, suspenso, acusou dores na coxa direita e não conseguiu seguir em campo. Carille decidiu chamar o volante Paulo Roberto, titular no empate com a Ponte Preta do último domingo, que chegou a desempenhar a função no início da carreira.
SEGUNDO TEMPO
Mesmo longe de Itaquera, o Timão parecia estar em casa. E não demorou a dilatar o placar do estádio Nacional no período complementar. Aos 12, Rodriguinho, outra vez, ficou cara a cara com Johnny Herrera, bateu mascado e viu a bola sobrar limpa para Jô. O atacante corinthiano, acostumado a balançar as redes adversárias, optou por servir Jadson, melhor colocado, que só teve o trabalho de empurrar para além da linha de gol. Era o segundo do esquadrão alvinegro sob vaias da torcida local.
Carille pedia tranquilidade e movimentação de seus jogadores. A estratégia era simples: dar bola à Universidad e contra-atacar em velocidade, sobretudo pelo meio de campo. Atrás, Cássio mostrava o porquê dos recentes elogios da comissão, de parte da imprensa e da maioria da torcida: não cedia rebotes em finalizações de curta distância.
A Universidad, é bem verdade, diminuiu a soberania alvinegra no confronto. Beausejour avançou pela esquerda, se desvencilhou da marcação de Paulo Roberto como quis e deu assistência na medida para Mora, bem posicionado.
Carille mexeu na equipe do Corinthians outras duas vezes antes do apito final: sacou Romero e Gabriel para as respectivas entradas de Clayton e Camacho. Mas o jogo deu lugar à má educação dos chilenos. Reyes e Jara, ambos da Universidad, foram expulsos pelo árbitro uruguaio Daniel Fedorczuk.
Sobrou Corinthians no Chile. Com um time que parece saber o que quer, não deu margem ao erro diante da Universidad e conquistou a classificação em pleno solo inimigo. Quem sabe a quarta força não chega longe também na América do Sul?
ESCALAÇÕES
Corinthians: Cássio; Léo Príncipe, Balbuena (capitão), Pedro Henrique e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Ángel Romero, Rodriguinho e Jadson; Jô
Universidad de Chile: Johnny Herrera (capitão); Rodríguez, Vilches, Jara e Beausejour; Espinoza, Reyes e Lorenzetti; Lucas Ontivero, Mora e Benegas
CORINTHIANS CONFIRMA VANTAGEM NA ARENA E É CAMPEÃO PAULISTA DE 2017
Do Meu Timão
“E que gooooool. Coringão na frente. Olha o espetáculo, olha a emoção e a motivação. Olha a festa no Brasil. Você enche de lagrimas os olhos desse povo. Você enche de felicidade o coração desta gente. Corinthians, o grito sufocado de um povo. O grito do fundo do coração de um torcedor”.
40 anos atrás, Osmar Santos narrava assim o título do Campeonato Paulista de 1977, conquistado pelo Corinthians sobre a Ponte Preta depois de um jejum de 23 anos. Neste domingo, diante do mesmo oponente, um novo capítulo da história alvinegra foi escrito na Arena.
E que capítulo! Com gol de Ángel Romero, tão criticado desde que chegou ao Parque São Jorge, o Timão de Tobias e Cássio, de Zé Maria e Fagner, de Basílio e Jadson, empatou com a Ponte Preta por 1 a 1 e se sagrou campeão paulista de 2017.
Solta o grito, torcedor. Pode comemorar! No centésimo jogo da Arena Corinthians, que recebeu a primeira decisão da equipe em sua história, o Timão não deu margem ao erro, teve atuação segura e coroou a boa campanha ao longo do certame. Méritos a Fábio Carille, que driblou a desconfiança da diretoria, as críticas da torcida e levou a chamada “quarta força” de São Paulo à 28ª taça do clube.
Primeiro tempo
Organização tática. Desde o primeiro minuto de jogo na Arena Corinthians, a equipe de Fábio Carille mostrou como pretendia vencer a Ponte Preta dentro de seus domínios e ficar com o troféu de campeão estadual: na base da troca de passes, triangulações e infiltrações, características do time moldado ao longo do primeiro semestre.
Até por isso quem foi a Itaquera demorou a ver jogadas de perigo de gol. Com a desvantagem por 3 a 0 no placar agregado, a Ponte tentava alçar bolas na área a qualquer custo e tinha no trio de ataque – Lucca, Clayson e William Pottker – a esperança de abrir o marcador antes do intervalo. Ainda assim, os primeiros a obrigarem um goleiro a trabalhar foram os corinthianos.
Aos 29 minutos, após erro na saída de bola dos campineiros, Jadson avançou pelo lado direito e cruzou para Romero. O atacante paraguaio, cercado por um zagueiro adversário, ajeitou de cabeça para Maycon, que arrematou de canhota da entrada da área e acertou a trave do goleiro Aranha. Na sobra, Jô finalizou forte, mas acabou bloqueado pela defesa.
A essa altura, o Corinthians controlava as ações como queria dentro de campo e sequer era incomodado pela equipe comandada por Gilson Kleina, bastante impaciente, aliás. Mas faltava o gol, que não veio aos 42 minutos, quando Jô fez bela jogada pela direita e cruzou rasteiro para Romero. Bem colocado, Nino Paraíba afastou de qualquer maneira e evitou o estopim corinthiano. Por ora.
“Começamos um pouco desligados, os deixamos trabalharem bem a bola, depois melhoramos. Tivemos uma bola na trave e chegamos outras vezes. A equipe está indo conforme o combinado”, disse Jô na saída para o intervalo. “Nossa equipe sabia que eles iam vir para cima. No começo jogo se impuseram um pouco, mas criamos chances e só faltou a bola entrar. É ter um pouco mais de tranquilidade para fazer o gol”, acrescentou Jadson.
Segundo tempo
Ainda que o placar da Arena Corinthians evidenciasse o empate sem gols, a imensa maioria dos 46.017 pagantes logo passou a celebrar a conquista. “É campeão, é campeão, é campeão!”, entoava a Fiel. Era o grito que faltava para o Corinthians deslanchar na tarde de domingo.
Aos 17 minutos do segundo tempo, após saída errada de Fernando Bob, Fagner recuperou a bola e tocou para Jadson. O meia-atacante, em outro belo lance, rolo para Romero na entrada da área. À la 1977, o paraguaio chutou e, depois de defesa à queima-roupa de Aranha, contou com a corte para pegar a sobra e estufar as redes alvinegras. 1 a 0 e título encaminhado em Itaquera!
Sem nada a perder além da conquista estadual, a Ponte Preta se mandou ao ataque e até chegou ao gol de empate, com Marllon, mas não foi capaz de reverter a derrota sofrida em casa.
Escalações
Corinthians: Cássio (capitão); Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Paulo Roberto; Jadson, Camacho, Maycon e Romero; Jô.
Ponte Preta: Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Kadu e Arthur; Fernando Bob, Elton e Jadson; Lucca, Clayson e William Pottker.
O Corinthians viajou a Campinas para disputar a primeira partida da final do Campeonato Paulista. Com dois gols de Rodriguinho e um de Jadson, o Timão abriu boa vantagem vencendo o duelo por 3 a 0.
A final contou com presenças especiais na torcida no Moisés Lucarelli. O ex-jogador e eterno ídolo do Timão, Ronaldo Fenômeno, foi no vestiário do Timão antes do jogo e depois acompanhou o duelo ao lado de seu filho Ronald. Além dele, Cléber Xavier, auxiliar de Tite na Seleção Brasileira, também acompanhou o duelo.
Com a vantagem, o Corinthians agora recebe a Ponte Preta na Arena em Itaquera. No próximo domingo, dia 7 de maio, também às 16h, as duas equipes fazem o último e decisivo jogo do Campeonato Paulista de 2017.
RODRIGUINHO NELES!
Mesmo fora de casa, o Corinthians iniciou o duelo pressionando e tocando a bola. A Ponte Preta também criou boas oportunidades, deixando o jogo com chances para os dois lados desde o começo.
Aos nove minutos, o primeiro lance de perigo foi do Corinthians. Fagner passou para Jô, que mandou o chute direto para o gol. Aranha espalmou, e ninguém aproveitou o rebote.
Minutos depois, aos 13, a pressão corinthiana surtiu efeito. Em uma linda jogada, Jô tocou para Romero, que devolveu para o centroavante. De primeiro, o camisa 7 deixou Rodriguinho livre dentro da área para marcar o primeiro gol do Timão na final. 1 a 0!
Mesmo com o placar favorável, a partida se mantinha equilibrada para as duas equipes. Aos 16 minutos, seis finalizações – três para cada lado.
O Corinthians seguiu tocando a bola, enquanto a Ponte Preta parecia sentir o gol tomado. Aos 28, a equipe tentou com Nino Paraíba, que chutou de longe e mandou para mais longe ainda.
Aos 31, o Timão perdeu o seu primeiro jogador para a finalíssima na Arena. Rodriguinho levou amarelo e está fora do jogo. Um minuto depois, Gabriel também foi amarelado e se tornou o segundo desfalque.
Antes do final do primeiro tempo, Rodriguinho ainda teve mais uma boa chance de cabeça, mas a bola foi defendida por Aranha – veja abaixo no vídeo.
JADSON E MAIS RODRIGUINHO!
A Ponte Preta voltou para o segundo tempo com duas alterações. Reynaldo e Jadson deixaram o jogo para as entradas de Artur e Renato Cajá, respectivamente.
Mesmo com as alterações, o Corinthians conseguiu iniciar a segunda etapa dominando o jogo e segurando o ritmo. A equipe de Campinas criava jogadas, mas o Timão resistia à pressão.
Aos 13, de novo, o placar ficou mais favorável para o Corinthians. Em um contra-ataque, Rodriguinho dá uma bela arrancada, toca para Jadson que acerta uma bomba de perna direita. 2 a 0 para o Timão!
Depois do gol, Gilson Kleina realizou a última alteração na equipe de Campinas. O zagueiro Yago, que pertence ao Corinthians, deixou o jogo para a entrada de Kadu. Minutos depois, foi a vez de Carille mexer na equipe pela primeira vez. Paulo Roberto entrou no lugar de Gabriel, que já havia levado amarelo e poderia ser expulso se fosse advertido novamente.
Assim como na primeira etapa, a equipe de Campina voltou a sentir o gol do Corinthians. Pouco agressiva, a Ponte Preta não conseguia criar novas chances. A marcação corinthiana também estava bem colocada, dificultando que os pontepretanos encontrassem espaços.
Aos 31, Carille fez mais uma mudança. Pensando em não perder Jadson para o próximo jogo, o treinador colocou Clayton em seu lugar. Minutos depois, Rodriguinho quase ampliou o placar, mas teve chute travado pela defesa de Campinas.
Aos 34, porém, a defesa não conseguiu parar o meia, que viveu tarde inspirada. Fagner cobrou lateral, a bola quicou no gramado e chegou até Rodriguinho. De cabeça, o meia ampliou ainda mais a vantagem do Timão – 3 a 0.
Na sequência, Maycon, que também estava pendurado, foi substituído por Camacho. Com o novo gol, torcedores da Ponte Preta já deixaram o estádio mesmo antes do apito final. Sem novas chances, o árbitro apitou o duelo vencido pelo Corinthians com facilidade.
Corinthians empata com o São Paulo e vai reeditar a final de 1977
Gazeta Esportiva
Jô só enfrentou o São Paulo neste domingo, dia de São Jorge, porque o zagueiro Rodrigo Caio inocentou o rival em uma jogada de cartão amarelo há uma semana, no Morumbi. E foi justamente o centroavante, em um lance com suspeita de impedimento, quem abriu caminho para o empate por 1 a 1 em Itaquera e a consequente classificação do Corinthians à decisão do Campeonato Paulista. O argentino Lucas Pratto igualou o placar.
A adversária da final será a Ponte Preta, algoz de Santos e Palmeiras nas fases anteriores, em uma histórica reedição dos três confrontos que decidiram o Campeonato Paulista de 1977. Há 40 anos, o Corinthians superou o time de Campinas com um gol do ídolo Basílio e encerrou um jejum de quase 23 anos sem a conquista de um título expressivo.
Para alcançar a decisão e acabar com o estigma de quarta força do Estado, crítica decorrente da temporada ruim de 2016 e dos investimentos escassos no elenco de 2017, o Corinthians já havia derrotado o São Paulo na primeira partida das semifinais. No último domingo, fez 2 a 0 no Morumbi, com gols de Jô, de novo, e do meia Rodriguinho.
Ao São Paulo, restará esperar o compromisso de volta da Copa Sul-Americana para disputar um novo mata-mata. O reencontro com o Defensa y Justicia, com o qual o time de Rogério Ceni empatou por 0 a 0 na Argentina, será em 11 de maio, no Morumbi. Um dia antes, o Corinthians visitará a Universidad de Chile, que bateu por 2 a 0 em Itaquera, em Santiago.
O Jogo – A vantagem construída pelo Corinthians no Morumbi já fazia muitos projetarem a reedição da final do Campeonato Paulista de 1977. Presente em um dos setores de imprensa de Itaquera, pois comentaria o clássico para uma emissora de rádio, Basílio era um dos poucos cautelosos. Ao menos quando estava no ar. “Não posso falar que já está definido”, sorriu o autor do gol do título corintiano de quatro décadas atrás.
Nas arquibancadas, preenchidas apenas por torcedores do Corinthians por conta de medida de segurança que vigora no Estado, também prevalecia o otimismo. Um mosaico foi formado no setor leste de Itaquera quando o time da casa e o São Paulo pisaram no gramado: “Tu és orgulho”.
Eliminado da Copa do Brasil pelo Internacional na última vez em que esteve em Itaquera, o Corinthians tinha a missão de realmente orgulhar o seu público. Para tanto, adotou a sua postura tática habitualmente cautelosa, apesar de Guilherme Arana ter empolgado os torcedores com uma tentativa de passar a bola entre as pernas de Gilberto em sua primeira participação no clássico.
Era o São Paulo, contudo, que precisava se mostrar ousado na Zona Leste paulistana. Rogério Ceni apostou justamente em Gilberto para compor um trio ofensivo com o argentino Lucas Pratto e o peruano Cueva, com quem o atacante se alternava entre os lados direito e esquerdo do ataque, e viu a sua equipe acuar a rival.
Logo aos três minutos, o São Paulo criou grande chance para abrir o placar. Pratto recebeu a bola na direita da grande área e bateu cruzado, para fora, iniciando a pressão são-paulina. O Corinthians ainda colaborava com a iniciativa dos visitantes, com uma série de passes errados.
Quando enfim acertou algumas triangulações, os donos da casa incomodaram o goleiro Renan Ribeiro. Aos 24 minutos, Rodriguinho se inspirou no gol marcado no Majestoso passado e arriscou a conclusão de fora da área, para a linha de fundo. Mais tarde, aos 38, ele preferiu acionar Romero na esquerda, e o paraguaio chutou na trave.
A bola entrou na última oportunidade do Corinthians no primeiro tempo. Aos 46 minutos, Jadson cobrou falta na área, e Pratto subiu junto com a defesa são-paulina para tentar afastar. Jô dominou na entrada da pequena área e arrematou para dentro em posição duvidosa – logo ele, que só estava em campo porque Rodrigo Caio teve fair play no jogo de ida. O assistente Alex Ang Ribeiro não correu para o meio-campo, mas o árbitro Flávio Rodrigues de Souza confirmou o gol.
Impedido ou não, Jô permitiu que o Corinthians retornasse do vestiário com ainda mais tranquilidade para disputar o segundo tempo. Do outro lado, a paciência de Rogério Ceni durou pouco além de dez minutos, quando decidiu trocar Gilberto e Júnior Tavares por Chávez e Luiz Araújo.
O São Paulo, então, lançou-se ao ataque de maneira desesperada. Embora tivesse volume de jogo, quase não chutava a gol, tal qual no primeiro tempo. Para piorar, deixava-se irritar pela marcação corintiana. Uma confusão na ponta esquerda do ataque visitante, por exemplo, resultou em cartões amarelos para Thiago Mendes e Guilherme Arana.
O cenário agradou à torcida do Corinthians, entusiasmada nas arquibancadas, que vibrava com cada desarme e enchia-se de esperança nos contra-ataques. Caminhando de um lado a outro da área técnica, desolado, Ceni resolveu apostar sua última ficha na tentativa de reverter o panorama da semifinal com a entrada de Thomaz na vaga de Cueva.
No Corinthians, os torcedores pediram a entrada de Pedrinho. Carille preferiu mandar a campo primeiro Léo Jabá, no lugar do ovacionado Romero. Depois, Moisés substituiu Arana. Àquela altura, o público da casa já gritava “olé” para a troca de passes corintiana.
A euforia só foi brevemente interrompida aos 38, quando Pratto recebeu lançamento e finalizou na saída de Cássio para empatar o jogo. As esperanças são-paulinas de atingir uma virada heroica, entretanto, duraram pouco. Três minutos depois, quando Kazim já ocupava o posto de Jô no comando do ataque do Corinthians, Thiago Mendes foi punido com um segundo cartão amarelo e despediu-se do Campeonato Paulista mais cedo do que os seus companheiros.
FICHA TÉCNICA CORINTHIANS 1 X 1 SÃO PAULO
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP) Data: 23 de abril de 2017, domingo Horário: 16 horas (de Brasília) Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP) Assistentes: Alex Ang Ribeiro (SP) e Herman Brumel Vani (SP) Público: 43.008 pagantes (total de 43.394) Renda: R$ 2.667.936,30 Cartões amarelos: Rodriguinho, Guilherme Arana, Léo Jabá e Jadson (Corinthians); Thiago Mendes, Wesley e Chávez (São Paulo) Cartão vermelho: Thiago Mendes (São Paulo)
Gols: CORINTHIANS: Jô, aos 46 minutos do primeiro tempo; SÃO PAULO: Lucas Pratto, aos 38 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana (Moisés); Gabriel, Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero (Léo Jabá); Jô (Kazim) Técnico: Fábio Carille
SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Wesley, Maicon, Rodrigo Caio e Júnior Tavares (Luiz Araújo); Jucilei, Thiago Mendes e Cícero; Cueva (Thomaz), Lucas Pratto e Gilberto (Chávez) Técnico: Rogério Ceni
CORINTHIANS JOGA MAL, SUCUMBE NA ARENA E CAI NA COPA DO BRASIL
O Corinthians está fora da briga pelo título da Copa do Brasil 2017. Mesmo depois de voltar do Beira-Rio com 1 a 1 na bagagem, o Timão não foi páreo para o Internacional na noite desta quarta-feira, voltou a empatar pelo mesmo placar no tempo normal e acabou eliminado da competição nos pênaltis, por 4 a 3.
Pelo lado do Internacional, Brenner, Valdívia, Victor Cuesta e Diego converteram suas cobranças; William e Léo Ortiz desperdiçaram. Já pelo Corinthians, Jadson, Jô e Fagner marcaram, enquanto Maycon, Marquinhos Gabriel e Guilherme Arana perderam.
A equipe alvinegra volta a campo no próximo domingo, diante do rival São Paulo, às 16h (de Brasília), na mesma Arena, pela segunda e decisiva semifinal do Campeonato Paulista. O time de Carille poderá até perder por 1 a 0 que ainda assim estará na decisão do torneio estadual.
PRIMEIRO TEMPO
Reforçado com Jadson e Jô, poupados do empate por 1 a 1 no Beira-Rio, o Corinthians não demorou a mostrar serviço dentro de seus domínios. O lado esquerdo da defesa do Internacional, protegido pelo ex-Timão Uendel, cedia espaços às investidas de Fagner. E foi pelo setor do camisa 23 que a equipe de Fábio Carille encontrou o primeiro gol.
Aos sete minutos da etapa inicial, Fagner arremessou lateral para a grande área. O centroavante Jô, cercado de defensores gaúchos, conseguiu resvalar na bola, toque suficiente para desmontar o esquema de Antônio Carlos Zago: livre na soba, o volante Maycon bateu no canto esquerdo do goleiro Marcelo Lomba e abriu o placar na Arena Corinthians.
Pouco depois, Jô, que havia ido às redes no clássico contra o São Paulo do último fim de semana, teve oportunidade para ampliar o marcador. Em rápido contra-ataque, Rodriguinho deu passe em profundidade para o camisa 7, que avançou em direção à área colorada e finalizou forte, à esquerda de Lomba, mas para fora.
O começo promissor do Corinthians frente a um Internacional afobado e desorganizado taticamente acabou interrompido aos dez minutos. Isso porque torcedores situados no setor Norte do estádio alvinegro, destinado às torcidas organizadas, acenderam sinalizadores, o que obrigou o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique a paralisar a partida por quatro minutos.
A temperatura dentro das quatro linhas baixou dali em diante. Com o regulamento sob os braços, o Timão de Carille abriu mão da posse de bola e adotou como plano A o contra-ataque pelas beiradas do campo. O objetivo quase foi concluído com sucesso aos 47, quando Fagner tabelou com Rodriguinho, avançou à linha de fundo e cruzou rasteiro. O próprio camisa 26 dominou na entrada da área e, bloqueado pela zaga colorada, optou pelo passe a Romero, à esquerda. O atacante paraguaio, porém, bateu de chapa e viu Lomba fazer grande defesa.
“Temos de continuar jogando como estamos. Temos uma boa vantagem. Nossa equipe começou bem, mas baixamos um pouco. Fui tentar dominar a bola para chutar de esquerda, mas ela deu continuidade e sobrou para o Maycon”, disse Jô antes de seguir para o vestiário.
SEGUNDO TEMPO
O Internacional voltou a campo a fim de furar o sistema defensivo corinthiano e, quem sabe, levar a decisão para as penalidades máximas. Ainda assim, o primeiro a dar as cartas no período complementar foi o Timão.
Aos onze, Ángel Romero, válvula de escape da equipe de Carille, avançou pela esquerda livre de marcação. O atacante dominou com categoria e cruzou na medida para Rodriguinho, artilheiro do Corinthians na Copa do Brasil com dois gols, cabecear para fora. Mais uma chance perdida pelos donos da casa, que, a essa altura, preocupavam a maioria dos 32.352 mil torcedores presentes nas arquibancadas – público, aliás, que rendeu à Arena a quebra da marca de 3 milhões de expectadores.
Com o esquadrão alvinegro já sem o ímpeto ofensivo dos primeiros 45 minutos, Fábio Carille tentou achar a solução no banco de reservas. Sacou Romero e Gabriel para as respectivas entradas de Clayton e Marquinhos Gabriel.
Quis o destino que o primeiro deles, recém-contratado do Atlético-MG, tivesse a classificação do Corinthians nos pés. O atacante, dono da camisa 9, ficou com a sobra na pequena área, mas arrematou por cima da meta de Lomba, que pouco havia trabalhado na segunda etapa.
As exaustivas oportunidades perdidas, somadas à competência do Internacional, levaram a decisão para as cobranças de pênalti. Melhor para os gaúchos, que venceram após o lateral-esquerdo Guilherme Arana arrematar para longe do gol de Lomba. Uma eliminação justa a quem se fechou dentro de seus domínios e fracassou ao matar no peito a classificação às oitavas de final da Copa do Brasil.
ESCALAÇÕES
Corinthians: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô
Internacional: Marcelo Lomba, William, Léo Ortiz, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Alselmo e Gutiérrez; Nico López, Roberson e Brenner
O Corinthians não deu chances ao São Paulo na noite deste domingo, no estádio do Morumbi, na ida das semifinais do Campeonato Paulista. A equipe do técnico Fábio Carille atropelou o rival taticamente, venceu por 2 a 0 com gols de Jô e Rodriguinho e se aproximou bastante da vaga na final do Estadual.
Com a vitória de 2 a 0, o Corinthians leva para o jogo de volta a vantagem de poder até mesmo perder por um tento de diferença e, ainda assim, sair com a vaga. O duelo está marcado para o próximo domingo, na Arena. Vale reforçar que o regulamento não prevê peso extra a gols marcados fora de casa.
Vale ainda destacar a escalação utilizada por Carille para iniciar o Majestoso deste domingo.
Rodriguinho, que era dúvida por conta de uma gripe, foi confirmado na equipe alvinegra, que entrou em campo com: Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Ángel Romero; Jô.
PRIMEIRO TEMPO
O Corinthians, logo nos primeiros instantes de partida, já deu sinais de que não perdoaria vacilos da defesa são-paulina. Aos quatro minutos, Romero recebeu passe de Jadson e, esbanjando visão de jogo, enfiou em profundidade para Fagner. O lateral apareceu como elemento surpresa e, por pouco, não abriu o placar para o Timão.
Pouco mais de dez minutos depois, Rodriguinho e Romero tentaram tabelar para invadir a grande área tricolor. A zaga afastou o perigo parcialmente, mas Jadson pegou o rebote. E aí… O camisa 77 do Corinthians soltou a bomba em direção ao ângulo direito de Renan Ribeiro. O goleiro são-paulino saltou e se esticou todo para fazer grande defesa.
O gol corinthiano parecia questão de tempo. E assim foi! Aos 20 minutos, Jô ganhou dividida pela esquerda e encontrou Rodriguinho centralizado. O atacante, então, disparou em direção à entrada da área, recebeu passe do camisa 26 entre os zagueiros adversários e, cara a cara com Renan Ribeiro, deslocou o arqueiro e estufou as redes do Morumbi.
Dando uma aula de compactação e consequente eficiência defensiva quando não estava com a posse de bola, a equipe de Fábio Carille aguardou cirurgicamente para ampliar o marcador. Aos 47 minutos, naquele que seria o último lance do primeiro tempo, Rodriguinho recebeu passe de Guilherme Arana, abriu caminho e arriscou chute rasteiro de longa distância, carimbando o canto direito do gol são-paulino e aumentando a vantagem do Timão.
SEGUNDO TEMPO
A etapa complementar não começou de forma muito animadora para o Corinthians. Logo aos três minutos, Jadson torceu o joelho direito em um lance isolado e, reclamando de dores, deixou o gramado. Carille optou por colocar o atacante Clayton na vaga do camisa 77.
E ao contrário do que foi visto nos 45 minutos iniciais, o ataque do São Paulo passou a assustar o Corinthians. Cássio, nos primeiros 15 minutos, fez duas grandes defesas: primeiro em cobrança de falta venenosa de Maicon e depois em chute cruzado de Gilberto.
Somente aos 27 minutos é que o Corinthians voltou a chegar com perigo. Jô, sempre participativo no meio de campo alvinegro, encontrou Rodriguinho em liberdade. O meia avançou sozinho e soltou a bomba. A bola foi para fora, mas passou próxima do ângulo direito de Renan Ribeiro.
E foi justamente Rodriguinho quem, pouco depois, viria a ser substituído. Cansado, o meia, autor de um gol e uma assistência, deu lugar a Camacho. Ainda houve tempo para Léo Jabá entrar no lugar de Romero. No fim das contas, porém, nada que alterasse o cenário visto em campo: vitória corinthiana por 2 a 0 com “nó tático” de Carille para cima do técnico Rogério Ceni.
O Corinthians foi pressionado durante boa parte da partida, mas perdeu algumas grandes chances de saír do Beira-Rio como vencedor após Romero abrir o placar e Rodrigou Dourado deixar tudo igual para os donos da casa. No final, o Alvinegro ficou no empate por 1 a 1 diante do Internacional na noite desta quarta-feira, na partida de ida da quarta fase da Copa do Brasil.
Com o resultado, o Corinthians precisa apenas de um empate sem gols no jogo da volta, marcado para o dia 19, próxima quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio de Itaquera. O Inter, por sua vez, tentará ao menos marcar um gol para assegurar uma vaga nas oitavas de final da competição, já que empate por mais de dois gols á a classificação à equipe. Se houver vencedor, ele se classifica.
O próximo jogo de ambas equipes, porém, será por seus respectivos campeonatos estaduais. Enquanto os comandados de Fábio Carille abrem a semifinal do Campeonato Paulista diante do São Paulo no domingo, às 19h (de Brasília), no Morumbi, Antônio Carlos Zago e sua trupe recebem o Caxias, no sábado, às 19h (de Brasília), também no Beira-Rio.
Inter pressiona, mas Timão também leva perigo
O primeiro tempo da partida no Beira-Rio mostrou um Internacional valorizando bastante a posse de bola e buscando empurrar o Corinthians para dentro da sua área, sempre tentando as jogadas alçando a bola para o centroavante Brenner. Do outro lado, os alvinegros tentaram escapadas rápidas em contra-ataque, sempre com lançamentos para o lado esquerdo, fosse para Marquinhos Gabriel, fosse para Romero.
O primeiro lance de perigo, por sinal, saiu dos pés justamente dos pontas escolhidos por Fábio Carille para a partida. Marquinhos Gabriel, logo aos três minutos, recebeu na entrada da área, pelo lado esquerdo, e cruzou na marca do pênalti. Carlinhos afastou mal e Romero, livre, pegou de primeira próximo à pequena área. Marcelo Lomba defendeu e, no rebote, saiu para abafar mais uma tentativa do avante corintiano.
A resposta colorada não tardou a chegar. Após escanteio cobrado dentro da área, a bola acabou sobrando para o zagueiro Victor Cuesta, na pequena área. Ele chutou rasteiro e Cássio fez boa defesa. No rebote, Nico López tentou dar um bico na bola, mas ela rebateu em Arana e ficou tranquila para o goleiro agarrá-la, fazendo os corintianos respirarem aliviados.
Dali para frente, o jogo transcorreu praticamente todo no campo dos paulistas, que viram Brenner perder duas chances incríveis sem marcação. A melhor oportunidade, porém, veio em cruzamento errado de Edenilson, que só não fez gol porque Cássio se recuperou com um tapinha e mandou a bola na trave. Na única resposta dos visitantes, Maycon pegou sobra de bola dentro da área e exigiu um “milagre” de Lomba.
O Corinthians voltou para o segundo tempo com a mesma atitude, mas, dessa vez, conseguiu aproveitar quando criou uma chance de gol. Na sua primeira esticada para o lado esquerdo, Clayton conseguiu dominar e esperou a passagem de Guilherme Arana. Rápido, o canhoto pegou de primeira e cruzou rasteiro na segunda trave. A bola passou por Marcelo Lomba e Romero, de carrinho, empurrou para a rede.
A vantagem, porém, durou tão pouco que nem deu tempo de os visitantes ficarem confortáveis. Sem deixar a bola sair do seu campo de ataque, o Inter aproveitou um escanteio para cobrar rapidamente com D’Alessandro, apesar das reclamações corintianas que o correto seria um tiro de meta. O argentino acionou Nico López, que cruzou na primeira trave. Rodrigo Dourado aproveitou a desatenção de Pablo, antecipou o zagueiro e mandou para a rede.
Animado pelo empate, o Inter tentou usar a empolgação da torcida para conseguir a virada, mas esbarrou no nervosismo demonstrado pelos seus homens de frente. O Timão, por sua vez, apostou na entrada de Giovanni Augusto para ser uma espécie de “falso 9”, mais inteiro fisicamente do que Marquinhos Gabriel nas puxadas de contra-ataque.
Na grande chance para conquistar a vitória, porém, o armador não conseguiu justificar sua confiança em continuar no Corinthians. Após belo passe de Rodriguinho, ele correu o campo inteiro do Inter sem marcação e, cara a cara com Marcelo Lomba, bateu em cima do goleiro colorado, desperdiçando a chance de aumentar ainda mais a vantagem corintiana
FICHA TÉCNICA INTERNACIONAL 1 X 1 CORINTHIANS
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre Data: 12 de abril de 2017, quarta-feira Horário: 21h45 (de Brasília) Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) Assistentes: Luiz Claudio Regazone e Thiago Henrique Farinha (ambos do RJ) Cartões amarelos: Cuesta, Carlinhos (Internacional); Fagner, Maycon, Guilherme Arana (Corinthians) Gols: INTERNACIONAL: Rodrigo Dourado, aos 12 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Romero, aos oito minutos do segundo tempo
INTERNACIONAL: Marcelo Lomba; William, Léo Ortiz, Victor Cuesta, Carlinhos; Uendel, Rodrigo Dourado, Edenílson (Gutiérrez); D’Alessandro, Nico Lopez e Brenner (Carlos) Técnico: Antônio Carlos Zago
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon (Camacho), Romero, Rodriguinho e Marquinhos Gabriel (Giovanni Augusto) (Léo Jabá); Clayton Técnico: Fábio Carille
O Corinthians está classificado para as semifinais do Campeonato Paulista. Com gol de Rodriguinho, o Timão venceu o Botafogo-SP por 1 a 0, neste domingo, na Arena Corinthians, e avançou para a próxima fase por ter empatado sem gols no jogo de ida, em Ribeirão Preto, no último dia 1º.
Ainda não há definição a respeito do próximo oponente do Timão no estadual. Com 28 pontos, a equipe do Parque São Jorge garantiu a segunda melhor campanha da competição, atrás apenas do Palmeiras, atual líder. Assim, é possível que São Paulo ou Ponte Preta encarem o esquadrão alvinegro nas semis – o time campineiro visita o Santos nesta segunda-feira, às 20h, no Pacaembu.
PRIMEIRO TEMPO
A equipe de Carille não demorou a fazer jus ao posto de mandante e criou duas oportunidades claras de gol antes dos dez primeiros minutos. A primeira, com o centroavante Jô, parou em defesa à queima-roupa do goleiro Neneca. Depois, Rodriguinho recebeu livre na entrada da área, perdeu o tempo da bola e tentou cavadinha, mas pegou de canela e desperdiçou chance fácil.
O Corinthians continuou a criar jogadas de ataque, principalmente pelo lado esquerdo, com Guilherme Arana e Maycon trocando passes em velocidade e aparecendo nas costas da marcação. Rodriguinho, por sua vez, que havia marcado diante da Universidad de Chile, falhava na construção e entregava a bola de graça para a zaga botafoguense.
Aos 22 minutos do primeiro tempo, Cássio foi acionado pela primeira vez. Após cruzamento certeiro da direita, Marcão subiu livre e acertou belo cabeceio, obrigando o goleiro corinthiano a fazer grande defesa no ângulo esquerdo. Um susto necessário para um time que demorava a engrenar.
Quis o destino que o jogador com mais erros em campo sacasse um gol da cartola. E que gol! Em jogada iniciada por Arana na esquerda, a bola passou pelos pés de Maycon e parou em Jadson. O camisa 77, então, cruzou na cabeça de Rodriguinho, que acertou o canto direito de Neneca para abrir o placar.
“Acho que eles vão vir pra cima um pouco. Eles vão ter que sair. A gente começou bem, pressionando. Temos que caprichar, erramos muitos passes”, analisou Gabriel durante o intervalo. “A gente está errando alguns passes, mas temos o controle do jogo. Temos de caprichar mais”, pediu Rodriguinho, que era o principal nome do confronto.
SEGUNDO TEMPO
Se o setor de criação do Corinthians agiu rápido no começo do jogo, Ángel Romero e Jô mal tocaram na bola no início do período complementar. Precisando vencer, o Botafogo abriu mão da postura defensiva e lançou-se ao campo do Timão, que passou a ter como principal arma o contra-ataque pelo meio.
Aos 17 minutos, em jogada que mais se assemelhava a replay, Rodriguinho apareceu livre de frente para a meta de Neneca. Mas o armador, mais uma vez, diminuiu a passada e não finalizou a gol, sendo desarmado pela defesa rival.
Pouco depois, Fábio Carille promoveu sua primeira alteração no time: sacou o discreto Romero para a entrada de Clayton, recém-contratado do Atlético-MG. O técnico corinthiano ainda deu oportunidade a Marquinhos Gabriel, que retornava de longo período no departamento médico, e ao jovem Pedrinho, xodó da torcida do clube.
A essa altura, o Botafogo tentava o gol que levaria a decisão para as penalidades máximas, mas sofria com a organização defensiva da equipe armada por Carille. Sorte da maioria dos 33.491 torcedores que foram à Arena.
O Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, diante do Internacional, às 21h45 (de Brasília), no Beira-Rio. O embate será válido pela ida da quarta fase da Copa do Brasil.
ESCALAÇÕES
Corinthians: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel e Maycon; Jadson, Rodriguinho e Romero; Jô Botafogo-SP: Neneca; Samuel Santos, Gualberto, Matheus Mancini e Fernandinho; Marcão Silva, Bileu, Diego Pituca e Rafael Bastos; Francis e Marcão