BARBARA GANCIA
Cadê o espírito esportivo do COB?
O fato de o comitê não ver o uso da palavra como homenagem já deveria cheirar a mercantilismo
O sr. Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico brasuca, merece uma medalha. Não bastasse a evolução ocorrida no panorama esportivo nacional ao longo do seu breve mandato (o que são duas decadazinhas no poder, afinal?), ele ainda poder se jactar de uma edição impecável dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.
Não é à toa a enorme pressão para vê-lo sair candidato a presidente do país, não? Ué, ninguém nunca pressionou para que ele virasse o Romney tapuia? Como assim?
Das piscinas do Complexo Aquático Maria Lenk, como bem sabemos, desfrutam todas as crianças provenientes das comunidades pacificadas. Passamos a produzir campeões olímpicos aos borbotões, a mudança a partir do Pan do Rio foi notável. E a pulverização do autódromo de Jacarepaguá, patrimônio do esporte nacional, é outra medida merecedora de loas.
Pois esta magnífica entidade, que não viu as contas do Pan carioca de 2007 aprovadas pelo TCU até hoje e vive cercada por denúncias, resolveu nos agradar de novo.
O COB está tomando medidas judiciais -veja que beleza!- para prevenir que universidades e associações de pesquisa usem a palavra “olimpíada” em suas competições educacionais -como Olimpíada de Matemática ou de História. Alega o Comitê Olímpico Brasileiro que o uso das palavras “olimpíada” e “jogos olímpicos” é privativo” seu.
Do latim “olimpiade” e do grego “olimpiados”, genitivo de olímpias, o termo era usado pelos gregos como indicador de unidade de tempo. Foi revertido ao uso moderno em 1896 pelo amigo Coubertin.
Ser olímpico, por outro lado, significa pertencer ao Olimpo, ser um deus grego ou, de novo, quando revertido ao uso moderno, ser alguém que compete em Olimpíadas. Há ainda outros três ou quatro usos e formas, uma ligada ao Monte Olimpos da província de Elis e outra ao Monte Olimpos da Tessalônica. Mas, calma, o objetivo aqui não é causar um ataque de narcolépsia para provar o meu ponto.
O COB justifica sua atitude gulosa alegando que a exclusividade do uso do termo “olimpíada” tem um “caráter educativo” para não “vinculá-lo a questões comerciais”.
O mero fato de o comitê não enxergar no uso da palavra por entidades educativas uma homenagem ou tentativa de emular o espírito olímpico, que deveria ser jogar limpo e não meter dinheiro no meio da história, já deveria cheirar a mercantilismo arregaçado.
Quem é que está tentando garantir todas as vantagens para si da forma mais ganaciosa possível? Onde estão a camaradagem, a tolerância, a ética, a nobreza que o esporte requer e todas as qualidades mais caras à formação do indivíduo? Cadê a parte educativa nesse gesto grosseiro e tão típico da perda de valores dos tempos atuais que está sendo perpetrado pelo COB?
Ou será que… Peraí… Será que estamos diante de um novo “Corte de cabelo do Ronaldo”?
Na Copa do Japão, para desviar o foco do seu desempenho, Ronalducho apareceu em campo com um novo corte de cabelo, e todas as lentes e flashes se concentraram no seu cocuruto. A partir daquele momento, ninguém mais falava de jogo, só do corte “Cascão” do Ronaldo. Objetivo alcançado.
Se for essa a manobra que o COB está tentando (não duvido de mais nada) ao querer se apropriar da palavra “olimpíada”, eu também exijo tomar posse de alguns termos. Quero para mim, desde já “orçamento quadruplicado”, “equipamentos inutilizados” e “denúncias de superfaturamento”. Bora alugar a orelha do juiz!
No dia 22 de setembro de 1973, na convenção do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), Ulysses Guimarães proferiu um histórico discurso intitulado “Navegar é Preciso, Viver não é Preciso”.
Através dele, o principal líder da oposição democrática ao regime militar lançou a sua “anti-candidatura” à presidência da República, tendo como candidato à vice-presidência Barbosa Lima Sobrinho, outro grande democrata. Era uma demonstração de coragem para enfrentar o Governo do Gal. Garrastazu Médici, o então chefe do regime militar. Esta “anti-candidatura” – mesmo sem chance de vitória no Colégio Eleitoral, abriu caminho para a estrondosa vitória do MDB nas eleições parlamentares de 1974.
Em tempos em que figuras da estatura de Ulysses e Barbosa Lima são cada vez mais raras na política brasileira, lembrar daqueles que lutaram pela democracia no Brasil é essencial, pois, como escreveu o filósofo George Santayana, “Aqueles que esquecem o passado, estão condenados a repetí-lo”.
Assim, transcrevo abaixo, na íntegra, este fantástico discurso.
“O paradoxo é o signo da presente sucessão presidencial brasileira. Na situação, o anunciado como candidato, em verdade, é o Presidente, não aguarda a eleição e sim a posse. Na Oposição, também não há candidato, pois não pode haver candidato a lugar de antemão provido. A 15 de janeiro próximo, com o apelido de “eleição”, o Congresso Nacional será palco de cerimônia de diplomação, na qual Senadores, Deputados Federais e Estaduais da agremiação majoritária certificarão investidura outorgada com anterioridade. O Movimento Democrático Brasileiro não alimenta ilusões quanto à homologação cega e inevitável, imperativo da identificação do voto ostensivo e da fatalidade da perda do mandato parlamentar, obra farisaica de pretenso Colégio Eleitoral, em que a independência foi desalojada pela fidelidade partidária. A inviabilidade da candidatura oposicionista testemunhará perante a Nação e perante o mundo que o sistema não é democrático, de vez que tanto quanto dure este, a atual situação sempre será governo, perenidade impossível quando o poder é consentido pelo escrutínio direto, universal e secreto, em que a alternatividade de partidos é a regra, consoante ocorre nos países civilizados.
Não é o candidato que vai percorrer o País. É o anticandidao, para denunciar a antieleição, imposta pela anticonstituição que homizia o AI-5, submete o Legislativo e o Judiciário ao Executivo, possibilita prisões desamparadas pelo habeas corpus e condenações sem defesa, profana a indevassabilidade dos lares e das empresas pela escuta clandestina, torna inaudíveis as vozes discordantes, porque ensurdece a Nação pela censura à Imprensa, ao Rádio, à Televisão, ao Teatro e ao Cinema.
No que concerne ao primeiro cargo da União e dos Estados, dura e triste tarefa esta de pregar numa “república” que não consulta os cidadãos e numa “democracia” que silenciou a voz das urnas.
Eis um tema para o teatro do absurdo de Bertold Brecht, que, em peça fulgurante, escarnece da insânia do arbítrio prepotente ao aconselhar que se o povo perde a confiança do governo, o governo deve dissolver o povo e eleger um outro.
Não como campanha, pois eqüivaleria a tola viagem rumo ao impossível, a peregrinação da Oposição pelo País perseguirá tríplice objetivo:
1 – Exercer sem temor e sem provocação sua função institucional de crítica e fiscalização ao governo e ao sistema, clamando pela eliminação dos instrumentos e da legislação discricionários, com prioridade urgente e absoluta a revogação do AI-5 e a reforma da Carta Constitucional em vigor.
2 – Doutrinar com o Programa Partidário, unanimemente aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral, conscientizando o povo sobre seu conteúdo político, social, econômico, educacional, nacionalista, desenvolvimentista com liberdade e justiça social, o qual será realidade assim que o Movimento Democrático Brasileiro for governo, pelo sufrágio livre e sem intermediários do povo.
3 – Concitar os eleitores, frustrados pela interdição de a 15 de janeiro de 1974 eleger o Presidente e o Vice-Presidente da República, para que a 1 5 de novembro do mesmo ano elejam senadores, deputados federais e estaduais da oposição, etapa fundamental para atuação e decisões parlamentares que conquistarão a normalidade democrática, inclusive número para propor Emendas e Reforma da Carta Constitucional de 1969 e a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito, de cuja ação investigatória e moralizadora a presente legislatura se encontra jejuna e a atual administração imune, pela facciosa intolerância da maioria situacionista.
Hoje, e aqui, serei breve.
Somos todos cruzados da mesma cruzada. Dispensável, assim, pretender convencer o convicto, converter o cristão, predicar a virtude da liberdade a liberais, que pela fé republicana pagam até o preço de riscos e sofrimentos.
Serei mais explícito e minudencioso ao longo da jornada,quando falarei também a nossos irmãos postados no outro lado do rio da democracia.
Aos que aí se situaram por opção ou conveniência, apostasia política mais rebelde à redenção.
Prioritariamente, aos que foram marginalizados pelo ceticismo e pela indiferença, notadamente os jovens e os trabalhadores, intoxicados por maciça e diuturna propaganda e compelidos a tão prolongada e implacável dieta de informações.
Quando a Oposição clama pela reformulação das estruturas político-sociais e pela incolumidade dos direitos dos cidadãos, sua reiteração aflige os corifeus dos poderosos do dia.
Faltos de razão e argumentos, acoimam-na de fastidiosa repetição. Condenável é repetir o erro e não sua crítica. Saibam que a persistência dos abusos terá como resposta a pertinácia das denúncias.
Ressaltarei nesta Convenção a liberdade de expressão, que é apanágio da condição humana e socorre as demais liberdades ameaçadas, feridas ou banidas.
A oposição reputa inseparáveis o direito de falar e o direito de ser ouvido.
É inócua a prerrogativa que faculta falar em Brasília, não podendo ser escutado no Brasil, porquanto a censura à Imprensa, ao rádio e à Televisão venda os olhos e tapa os ouvidos do povo. O drama dos censores é que se fazem mais furiosos quanto mais acreditam nas verdades que censuram. E seu engano fatal é presumir que a censura, como a mentira, pode exterminar os fatos, eliminar os acontecimentos, decretar o desaparecimento das ocorrências indesejáveis.
A verdade poderá ser temporariamente ocultada, nunca destruída. O futuro e a história são incensuráveis.
A informação, que abrange a crítica, é inarredável requisito de acerto para os governos verdadeiramente fortes e bem intencionados, que buscam o bem público e não a popularidade. Quem, se não ela, poderá dizer ao Chefe de Estado o que realmente se passa, às vezes de suma gravidade, na intimidade dos Ministérios e dos múltiplos e superpovoados órgãos descentralizados?
Quem, se não ela, investigará e contestará os conselhos ineptos dos Ministros, as falsas prioridades dos técnicos, o planejamento defasado dos assessores? Essa a sabedoria e o dimensionamento da prática com que o gênio político britânico enriqueceu o direito público: Oposição do Governo de Sua Majestade, ao Governo de sua Majestade.
A burocracia pode ser preguiçosa, descortês, incapaz e até corrupta. Não é exclusivamente na Dinamarca, em qualquer reino sempre há algo de podre. Rematada insânia tornar impublicáveis lacunas, faltas ou crimes, pois contamina de responsabilidade governante que a ordena ou tolera.
Eis por que o poder absoluto, erigido em infalível pela censura, corrompe e fracassa absolutamente.
É axiomático, para finalizar, que sem liberdade de comunicação não há, em sua inteireza, Oposição, muito menos Partido de Oposição.
Como o desenvolvimento é o desafio da atual geração, pois ou o Brasil se desenvolve ou desaparecerá, o Movimento Democrático Brasileiro, em seu Programa, define sua filosofia e seu compromisso com a inadiável ruptura da maldita estrutura da miséria, da doença, do analfabetismo, do atraso tecnológico e político.
A liberdade e a justiça social não são meras conseqüências do desenvolvimento. Integram a condição insubstituível de sua procura, o pré-requisito de sua formulação, a humanidade de sua destinação.
A liberdade e a justiça social conformam a face mais bela, generosa e providencial do desenvolvimento, aquela que olha para os despossuidos, os subassalariados, os desempregados, os ocupados em ínfimo ganha-pão ocasional e incerto, enfim, para a imensa maioria dos que precisam para sobreviver, em lugar da escassa minoria dos que têm para esbanjar.
Este o desenvolvimento vivificado pelas liberdades roosevelteanas, inspiradoras da Carta das Nações Unidas, as que se propõem a libertar o homem do medo e da necessidade. É o perfilhado na Encíclica Populorum Progressio, isto é, prosperidade do Povo, não do Estado, que lhe é consectária, cunhando seu protótipo na sentença lapidar: o desenvolvimento é o novo nome da paz.
Desenvolvimento sem liberdade e justiça social não tem esse nome. É crescimento ou inchação, é empilhamento de coisas e valores, é estocagem de serviços, utilidades e divisas, estranha ao homem e a seus problemas.
Enfatize-se que desenvolvimento não é silo monumental e desumano, montado para guardar e exibir a mitologia ou o folclore do Produto Interno Bruto, inacessível tesouro no fundo o mar, inatingível pelas reivindicações populares. É intolerável misitificar uma Nação a pretexto de desenvolvê-la, rebaixá-la em armazém de riquezas, tendo como clientela privilegiada, senão exclusiva, o governo para custeio de tantas obras faraônicas e o poder econômico, particular ou empresarial, destacadamente o estrangeiro, desnacionalizando a indústria e dragando para o exterior lucros indevidos.
É equívoco, fadado à catástrofe, o Estado absorver o homem e a Nação.
A grandeza do homem é mais importante do que a grandeza do Estado, porque a felicidade do homem é a obra-prima do Estado.
O Estado é o agente político da Nação. Além disso e mais do que isso, a Nação é a língua, a tradição, a família, a religião, os costumes, a memória dos que morreram, a luta dos que vivem, a esperança dos que nascerão.
Liberdade sem ordem e segurança é o caos. Em contraposição, ordem e segurança sem liberdade são a permissividade das penitenciárias. As penitenciárias modernas são mini-cidades, com trabalho remunerado, restaurante, biblioteca, escola, futebol, cinema, jornais, rádio e televisão.
Os infelizes que as povoam têm quase tudo, mas não têm nada, porque não têm a liberdade. Delas fogem, expondo a vida ou aguardam aflitos a hora da libertação.
Do alto desta Convenção, falo ao General Ernesto Geisel, futuro Chefe da Nação.
As Forças Armadas têm como patrono Caxias e como exemplo Eurico Gaspar Dutra, cidadãos que glorificaram suas espadas na defesa da lei e na proteção à liberdade. O General Ernesto Geisel a elas pertence, dignificou-as com sua honradez, delas sai para o supremo comando político e militar do Brasil.
A história assinalou-lhe talvez a última oportunidade para ser instituído no Brasil, pela evolução, o governo da ordem com liberdade, do desenvolvimento com justiça social, do povo como origem e finalidade do poder e não seu objeto passivo e vítima inerme.
Difícil empresa, sem dúvida. Carregada de riscos, talvez. Mas o perigo participa do destino dos verdadeiros soldados.
A estátua dos estadistas não é forjada pelo varejo da rotina ou pela fisiologia do cotidiano.
Não é somente para entrar no céu que a porta é estreita, conforme previne o evangelista São Mateus, no Capítulo XXIII, versículo 24.
Por igual, é angustiosa a porta do dever e do bem, quando deles depende a redenção de um povo. Esperemos que o Presidente Ernesto Geisel a transponha.
A Oposição dará à próxima administração a mais alta, leal e eficiente das colaborações: a crítica e a fiscalização.
Sabe, com humildade, que não é dona da verdade. A verdade não têm proprietário exclusivo e infalível.
Porém sabe, também, que está mais vizinha dela e em melhores condições para revelá-la aos transitórios detentores do poder, dela tantas vezes desviados ou iludidos pelos tecnocratas presunçosos, que, amaldiçoam e exorcizam os opositores, pelos serviçais de todos os governos, pelos que vitaliciamente apoiam e votam para agradar ao Príncipe.
A oposição oferece ao governo o único caminho que conduz à verdade: a controvérsia, o diálogo, o debate, a independência para dizer “sim” ao bem e a coragem e para dizer “não” ao mal – a democracia em uma palavra.
Senhores Convencionais:
Do fundo do coração digo-lhes que não agradeço a indicação que consagra minha vida pública. Missão não se pede. Aceita-se, para cumprir, com sacrifício e não proveito.
Como Presidente Nacional do Movimento Democrático Brasileiro agradeço-lhes, aí sim, o destemor e a determinação com que ao sol, aos ventos e desafiando ameaças desfilam pela Pátria o lábaro da liberdade.
Minha memória guardará as palavras amigas aqui proferidas, permitindo-me reportar às da lavra dos grandes líderes Senador Nelson Carneiro e Deputado Aldo Fagundes, parlamentares que têm os nomes perpetuados nos Anais e na admiração do Congresso Nacional.
Significo o reconhecimento do Partido a Barbosa Lima Sobrinho, por ter acudido a seu empenhado apelo.
Temporariamente deixou sua biblioteca e apartou-se da imprensa, trincheiras de seu talento e de seu patriotismo, para exercer perante o povo o magistério das franquias públicas, das garantias individuais e do nacionalismo.
Sua vida e sua obra podem ser erigidas em doutrina de nossa pregação
Por fim, a imperiosidade do resgate da enorme injustiça que vitimou, sem defesa, tantos brasileiros paladinos do bem público e da causa democrática. Essa Justiça é pacto de honra de nosso partido e seu nome é ANISTIA.
Senhores Convencionais:
A caravela vai partir. As velas estão paridas de sonho, aladas de esperanças. O ideal está ao leme e o desconhecido se desata à frente.
No cais alvoroçado, nossos opositores, como o velho do Restelo de todas as epopéias, com sua voz de Cassandra e seu olhar derrotista, sussurram as excelências do imobilismo e a invencibilidade do establishment. Conjuram que é hora de ficar e não de aventurar.
Mas no episódio, nossa carta de marear não é de Camões e sim de Fernando Pessoa ao recordar o brado:
“Navegar é preciso.
Viver não é preciso”.
Posto hoje no alto da gávea, espero em Deus que em breve possa gritar ao povo brasileiro: Alvíssaras, meu Capitão. Terra à vista!
Sem sombra, medo e pesadelo, à vista a terra limpa e abençoada da liberdade.”
Fifa quer proibição de ‘donos’ de direitos dos jogadores
Uma das prioridades da Fifa para este ano é proibir que terceiros –pessoas físicas ou fundos de investidores– tenham participação nos direitos econômicos de jogadores.
A entidade teme que este tipo de parceria entre clubes e investidores na aquisição e manutenção (pagamento de salário) de atletas facilite a manipulação de resultados.
Uma das possibilidades para a fraude seria a influência exercida pelos agentes sobre jogadores ou times.
O tema é abordado nesta semana em Roma, na Itália, durante encontro organizado pela Fifa e pela Interpol.
“Cerca de 50 diferentes ligas nacionais de fora da Europa estão sendo analisadas por organização criminosa para o mercado das apostas”, afirmou Ralf Mutschke, diretor de segurança da Fifa.
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Fabrice Coffrini/France Presse |
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O diretor de segurança da Fifa, Ralf Mutschke, e o troféu da Copa do Mundo |
Mutschke, 53, trabalhou na Interpol e foi diretor da polícia federal alemã, seu país de origem. Assumiu o cargo na Fifa em junho de 2012.
Casos recentes, principalmente na Itália, mancharam alguns dos principais campeonatos do mundo.
Nas investigações de Mutschke e seus comandados, há indícios de que agentes usem sua proximidade com jogadores para conseguir manipular resultados.
Em Roma, Mutschke citou o caso de Wilson Raj Perumal. O cingapuriano usou atletas africanos que eram seus clientes e, por meio de suborno, convenceu-os a perder jogos atuando pelo Zimbábue.
Perumal foi detido quando tentava algo semelhante na Finlândia, em 2011, e foi condenado a dois anos de prisão.
Kaisa Siren/AFP |
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O cingapuriano Wilson Maj Perumal, acusado de montar esquema de corrupção |
“Conheci um agente condenado em Zurique, e ele me disse que os criminosos estão migrando do tráfico de drogas para a manipulação de resultados por causa do baixo risco e do alto lucro. Ele me disse isso pessoalmente”, declarou Mutschke.
A Fifa lançará até o meio deste ano um canal na internet pelo qual possam ser feitas denúncias anônimas contra a manipulação de resultados. O departamento de segurança também terá agentes nos cinco continentes.
Em maio, durante seu congresso anual, em Murício (na África), a Fifa deve regulamentar a lei que proibirá que terceiros (empresários) tenham direitos de jogadores
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Construtora do Itaquerão cobra dinheiro do BNDES
2014
Diretor da Odebrecht diz esperar ‘para ontem’ empréstimo para a obra do estádio
DE BRASÍLIA
Depois de a Odebrecht bancar sozinha cerca de R$ 400 milhões da construção do Itaquerão, o diretor-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, disse que espera “para ontem” o empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que está travado com o Banco do Brasil, repassador da quantia.
Segundo Odebrecht, cerca de 60% da obra está pronta. “Espero que [o empréstimo] seja para ontem”, afirmou o empresário ontem à noite.
Ele não detalhou, contudo, qual é o impasse envolvendo o banco e construtora. Mas o BB exige garantias financeiras que ainda não foram atendidas e, por isso, não liberou o financiamento.
“Realmente precisa fechar a equação financeira”, afirmou o empresário, dizendo que, além do financiamento federal, é preciso equacionar a liberação dos incentivos fiscais da prefeitura paulistana. São prometidos R$ 420 milhões em Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento.
A arena terá capacidade para 68 mil torcedores durante a Copa-2014. O tamanho do estádio será reduzido depois porque haverá 20 mil assentos de arquibancadas móveis apenas para o Mundial.
O diretor-presidente da Odebrecht se reuniu ontem com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para apresentar os projetos e investimentos da empresa.(FERNANDA ODILLA)
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Corinthians é eleito 5° melhor time do ano, mas fica atrás do Chelsea; Barcelona lidera lista
Do UOL, em São Paulo
A IFFHS (Federação Internacional de História e Estatística do Futebol) divulgou nesta quinta-feira a lista dos melhores times de 2012, segundo especialistas e jornalistas escolhidos pela entidade: o Corinthians, campeão mundial, aparece em quinto na lista. O detalhe é que o time brasileiro está atrás do Chelsea, que foi derrotado pelos brasileiros no Japão.
O Corinthians teve 272 pontos na votação, e ficou atrás do Barcelona, eleito o melhor time do ano, apesar de conquistar apenas a Copa do Rei, que teve 307 pontos; do Chelsea, que teve 279; e do Boca Juniors, derrotado pela equipe brasileira na final da Libertadores, e do Atlético de Madri, que recebeu 278 pontos.
É a quarta vez que o Barcelona é eleito pela IFFHS o melhor time do ano. A equipe espanhola também foi a mais votada em 1997, 2009 e 2011. O maior rival do Barça, o Real Madrid, ficou apenas em sétimo.
Entre os brasileiros, também aparecem o Fluminense, campeão brasileiro, em 18°, o São Paulo, campeão da Copa Sul-Americana, em 21°, e o Santos, campeão da Recopa Sul-Americana, em 23°.
Completam o top 10 da lista o Bayern de Munique, Real Madrid, Juventus (eleita a melhor equipe de dezembro de 2012), Borussia Dortmund e Lyon.
CONFIRA A LISTA DAS MELHORES EQUIPES DO MUNDO PELA IFFHS
1° Barcelona |
307 pontos |
2° Chelsea |
279 pontos |
3° Boca Juniors |
278 pontos |
Atlético de Madri |
278 pontos |
5° Corinthians |
272 pontos |
6° Bayern de Munique |
270 pontos |
7° Real Madrid |
259 pontos |
8° Juventus |
231 pontos |
9° Borussia Dortmund |
226 pontos |
10° Lyon |
224 pontos |
18° Fluminense |
208 pontos |
21°São Paulo |
202 pontos |
23° Santos |
201 pontos |
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