Uma confusão salutar
A briga entre o jogador Oscar, o São Paulo Futebol Clube, o Inter de Porto Alegre e o empresário Giuliano Bertolucci está cada dia mais quente. Como já disse por aqui, não há anjos neste terreiro. O jogador com a bandeira da liberdade quer jogar no lixo o contrato com o clube paulista. O SPFC , que não é nenhum exemplo de santidade nestas questões, agarra-se ao contrato com o atleta, desconsiderando qualquer pressão quando o jogador era menor de idade. O Internacional – sempre queixoso com o mundo- é usado pelo empresário que é o ” dono do jogador” e pouco aparece nas matérias. O empresário, que nos últimos anos vem tendo forte influências em grandes clubes (inclusive SPFC e Inter), não fala nada e não ouve nada.
O interessante é que a mídia, pela primeira vez, está dividida. Normalmente o jogador é retratado como vítima ( quase um pobre coitado), explorado pelo clube. Neste caso, como o SPFC esta na briga, esta marca está mais leve. Agora também falam da defesa do pactuado entre o jogador e clube. Mas, como regra, os clubes ( SPFC e Inter) bem como quase toda a mídia esquecem o empresário, o real dono do jogador. Não há uma crítica de dirigentes do futebol ao agente que organizou toda a manobra. Na mídia, um ou outro, falam alguma coisa, como faz o Juca. Para a maioria não existe esta questão. Dos clubes não ouvi um dirigente levantando sua voz contra este negócio, que já esta tornando-se comum no nosso futebol.
O Brasil está criando um quadro novo no futebol mundial. Este contratos de jogadores divididos entre clubes, empresário, agentes etc , que retiram o monopólio dos clubes em contratar com jogadores. Um número significativo de atletas, nos dias atuais, “pertence” a empresas, empresários, agentes etc. Tudo à margem da lei. A única garantia destes acordos é a palavra dos dirigentes. Este contratos paralelos entre jogadores e empresários nunca foram contestado na Justiça. Se forem, correm o sério risco sério, de serem ” chumbados”, como dizem os portugueses. A Fifa não aceita. Sómente ” a palavra ” dos dirigentes dos clubes mantém estes contratos.
Mas este “mercado paralelo” que está no centro desta polêmica, SPFC/Inter/ Oscar/ empresário, não aparece na briga. Ninguém quer tocar fogo no prédio e acabar com o negócio. Até porque, todos, ainda que informalmente, defendem esta prática.
Esta mais do que na hora da CBF regular esta matéria . A Fifa , em muitas decisões , já disse de forma clara : só vale o contrato do jogador e clube. Os paralelos entre jogador e empresário (e também clubes) não vale. Seria uma medida revolucionaria da nova direção do futebol brasileiros. Vamos torcer. Mas não acredito .
Quarta de gols e de garfos
O Corinthians venceu, na noite de ontem, o Nacional do Paraguai e está classificado para a próxima fase da Copita (ou será Copaça?) Libertadores.
Agora o empenho do Timão deve ser por ficar numa classificação cada vez melhor. E acho bem possível. Mas, enquanto assistia nosso jogo do Alvinegro, recebi um sem número de mensagens, SMS, emails etc sobre o que ocorria na famosa Feira de Santana, onde o Bahia II (local) enfrentava o SPFC. Após o jogo, vi os lances. Foi uma garfada geral. Pênalti, cartão e expulsão. Hoje a mídia trata o ocorrido de forma discreta. Não fica bem dizer que seu “queridinho” eliminou o forte adversário com substancial ajuda da arbitragem. Juiz erra. E muito! Mas para os dois lados.
Quando o erro é evidente, e somente para um dos times, a coisa fica confusa.
Cem anos I
A comemoração dos cem anos do Santos foi lembrada, hoje, por dois artigos de fôlego: Wagner Villaron, no Estadão (“Sempre Santos”); e Juca Kfouri (com o “Santos 100 Pelé”), na Folha.
É justo que os jornais falem de um clube quando ele chega aos 100 anos. É fato pouco comum no Brasil. No artigo do Wagner ele diz que o time é um orgulho pelo “futebol ofensivo e goleador”. Está certo, mas precisa tirar um longo período de sua história e muitos jogos (como este último com o Barça). Juca centra (os técnicos e jogadores diriam “foca”) seu comentário no centenário santista numa partida. O jogo contra o Milan, em 1963, no Maracanã, na partida final da Copa Intercontinental. Fala da raça santista, da virada etc. Não deveria lembra desta partida. Juca diz apenas que Almir Pernambuquinho, dez anos após o jogo, revelou que jogou dopado prática, segundo Juca, “habitual… na Itália.” Não é bem isso que Almir revela no seu livro. Fala do doping e de muito mais. Cita a direção santista e afirma que o jogo estava comprado. Quer dizer, o juiz argentino Juan Regis Brozzi (creio) estava “na gaveta”. Nunca esqueci desse jogo. Era um piá (12 anos) e já sabia que era um corinthiano “casca grossa”. Nunca tive qualquer simpatia pelo Milan. Prefiro a Juve, o Napoli ou Catânia. Mas, naquela noite, torci para o Milan. E vi o submundo do futebol. Uma arbitragem deplorável. A imagem em branco e preto (com chuvisco) da TV não deixava dúvidas. Era assalto! Quando li o livro de Almir, uma década após, fiquei com uma sensação de orgulho de torcedor. Eu não caí nesta bobagem de torcer por time brasileiro, especialmente numa armação como essa.
E nunca mais me esqueci do que ocorreu.
Cem anos II
Há um filme do centenário do Santos que segundo Juca Kfouri está muito bom.
Ótimo, para ser preciso. Pode ser. Não vi e não vou ver. Mas, diz ainda Juca, que o pecado do filme “está em fazer permanente contraponto com o Corinthians”. Esqueça, Juca . Isso é doença de todos. A bronca com o Timão é ampla, geral e irrestrita. Viva!
E não vai mudar.
2 x 0, resultado perigoso
(Antonio Peticov. “Man dragora”) (Reprodução)
O Corinthians venceu mais um jogo no Paulistão (ou seria Paulistinha?), no Pacaembu, ontem no domingo de Páscoa.
Mas a mídia pouco falou sobre a vitória ou da co-liderança do Campeonato. Preferiram destacar o placar de um a zero com que foi batido o Paulista, de Jundiaí. Mas, 1×0 por acaso, é empate ou derrota ? Quando se trata do Timão, a mídia tem critérios que nem Deus explica. O time não perdeu, e daí? Mas também não goleou, dirão. E desde quando este deve ser o objetivo num campeonato disputado em conjunto com outro.
A vitória foi importante mas deixa, para os corinthianos sinceros, algumas preocupações.
A maior delas é a precária condição física de alguns jogadores de grande importância para a equipe. Está mais do que na hora de termos um elenco em boas condições físicas, para as duras competições que vêm pela frente. O time está organizado, joga de forma compacta e, em geral, controla o jogo. Mas necessita de alguns jogadores em melhor forma para enfrentar adversários mais fortes. O ideal, como já foi dito, era termos mais uns 3 ou 4 jogadores – de boa qualidade – e com boa preparação física.
Para a mídia – no entanto – o assunto que importa é o placar apertado. E muitos torcedores do Timão entram nesta onda. Ontem, quando saía do Pacaembu, um jovem torcedor aproximou-se com esta queixa midiática. 1×0… 1×0… 1×0…, só isso? Respondi de forma cordial e irônica: “prefiro o 1×0 porque 2xo é um resultado muito perigoso, como diz a mídia”. O torcedor entendeu a minha brincadeira e passou a falar de outras coisas, inclusive sobre alguns atletas que “estão correndo pouco”.
Aí concordamos e saímos andando e comentando o sofrimento dos nossos adversários (até em campeonatos simples, como o Paulista).
A Nova CBF
Quem achava que o novo presidente Marin seria um mero elemento dominado por todos, deve estar surpreso.
Ele está correndo por todo lado. Articula com Federações, Clubes, Estados, Municípios e com a União. Fará tudo (tudo, mesmo) para manter-se no poder. E não há composição impossível para sua pretensão e para os interesses que o futebol e a Copa movimentam. Para ele não há direita nem esquerda, velho ou novo, Flamengo ou Vasco, Corinthians ou São Paulo, Ministros, Secretários ou Governadores.
Todos serão aliados – pelo menos em potencial – desde que concordem com sua manutenção no cargo. Até a mídia diminuirá suas críticas. O problema será quando um acordo com um aliado atingir interesse de outro, também aliado. Aí mora o perigo de confusão. Mas ele lutará para que isso não ocorra.
Mentirinha ou mentirona?
“A mentira é condenável em sua natureza” diz a Igreja Católica no seu Código ( § 2485).
Acrescenta ainda que “a culpabilidade é maior quando a intenção de enganar acarreta o risco de consequências funestas”. Mas a própria Igreja, conhecendo a natureza humana, afirma que “uma simples mentira é um pecado venial”, isto é, pode ser perdoado mediante arrependimento e rezas. Dante Aleghieri, em sua notável obra, A Divina Comédia, coloca a mentira no segundo círculo do inferno, dando-lhe um caráter grave. Mas há situações onde aparece uma mentira piedosa – quase sempre dizendo proteger a pessoa envolvida- vítima do pecado. É o caso do médico de Violeta, na ópera La Traviata, quando seu médico diz que a cura do seu mal está próximo – embora ela estivesse às portas de falecer. Sentencia a “dama das camélias”, na ópera de Verdi: ” os médicos tem direito de dizer mentiras piedosas”.
Tudo vem à tona quando os médicos anunciam a “repetição” da cirurgia do jogador Adriano. O atleta será operado pelo médico José Luiz Ronco, que trabalha no Flamengo e na Seleção Brasileira e convidará para participar da intervenção o médico do Corinthians que fez a anterior. E que será agora repetida! Justificam, tanto um, quando outro,que o atleta “não cumpriu” as regras pós-operatórias. Curioso a conduta destes médicos. Parecem lembrar o médico de La Traviata, ou até coisa pior. Ninguém disse, nestes meses todos, que havia problema na recuperação da cirurgia. Todo problema era o peso. Peso… balança… peso… balança.
Uma centena de vezes isto foi afirmado sem que nunca tenham dito, como diz agora o médico do Corinthians, que já havia “programado essa cirurgia para o fim do ano”.
O melhor a ser feito nesta situação seria contratar médicos que não vivem o futebol, (e há tantos especialistas na matéria) e deixar que eles resolvesse (ou tentasse fazê-lo) os problemas do jogador. Mas isso é sonho no mundo do futebol. Os médicos que atuam por aí -na maioria- são boleiros. Vivem sendo endeusados em programas de futebol. Tratam jogadores e jornalistas o tempo todo. Também, na sua maioria, não tem qualquer respeito acadêmico. Isto é, grandes Escolas e professores falam cobras e lagarto desse pessoal do futebol. Mas o prestígio na área esportiva é grande, embora na maioria, não tenham publicado uma apostila de suas “especialidades”. Este caso do Adriano marca bem a situação. Tudo será resolvido entre os mesmos, com todo corporativismo que já marca a profissão. Não nos esqueçamos do tal “dr. Roger” famoso em “reproduções” que vivia nas páginas e programas como estrela. Embora muitas pacientes tenham – por longos anos- reclamado do dito cujo- os órgão de controle da profissão ficaram mudos. Mudos não, na moita. Quando a Justiça denunciou o médico, os fiscais da medicina reuniram as denúncias velhas e expulsaram o ex- famoso doutor.
Neste caso do jogador Adriano – independente do seu problema no tendão- não é este o caminho para sua recuperação. Os ” doutores” mentem ( de forma piedosa ou não), mas seu problema é outro. Como já foi dito, por um sem -número de gente séria, é alcoolismo e depressão. Mas convenhamos, alguém acha que estes médicos de clubes citados são especialista no tratamento de tais doença? É quase um escárnio o fato da mídia ficar ouvindo, entrevistando, badalando médicos que não tem nenhuma condição de resolver tais problemas.
Mas afinal, será que a mídia não sabe disso? Sabe e é conivente.
Goleada
A vitória do Corinthians, na tarde de ontem em Presidente Prudente, não agradou muito à mídia.
Primeiro, porque não gostam quando o Timão vence. E ficam torcendo para que – caso vença – seja por vitória mínima. Com o três a zero o discurso ficou “oxo ” , como diria o caríssimo Walter Abraão. Liedson afastou a uruca e o mau-olhado que vinha sofrendo. Com o campeonato se arrastando (com jogos fracos por todo lado) o melhor que fazemos é aguardar a fase final do Paulistão (ou seria Paulistinha?). Para o Corinthians, que disputa duas competições, o melhor é acertar a equipe e – principalmente – conseguir que alguns jogadores cheguem a um bom preparo físico. É incrível que já no quarto mês do ano tenhamos jogadores fora de forma. Para os próximos jogos será importante termos, especialmente os mais famosos, no melhor momento da temporada.
“Especulação”
Dar chute de todo tipo não é exclusividade de jogadores. A mídia também é craque nesta atividade!
Jogadores “fechados”, que nunca fecham, é assunto prioritário da mídia. Mas não é só isso. Agora a moda é “especular” sobre o contrato de publicidade no uniforme do Corinthians. Já apareceu de tudo e todo tipo de valor. Há uns dez dias foi uma chuva de informação (99% de certeza) que o Timão teria um contrato com uma montadora coreana por 50 milhões ao ano. Divulgado por todo lado, a matéria foi desaparecendo como picolé no sol. Hoje a Folha vem com outra informação e totalmente diversa da semana passada. Diz o jornal: “Corinthians aceita receber menos por patrocínio”, e que o valor seria entre 27 a 30 milhões por cada ano . O valor seria quase a metade do que foi dito há uma semana e é menor do que o atual contrato que, segundo o jornal, seria de 38 milhões por ano.
Não acredito muito nem no que foi dito há 10 dias e nem no que está sendo afirmado hoje. É negociação que tem várias etapas. O problema é que a mídia gosta de especular e este pessoal de marketing (de todos os Clubes) gosta de “contar vantagens” aos jornalistas.
O que definirá o valor é o mercado. Pouco ajudará o charme do marketeiro. O Corinthians é o melhor “produto do futebol” e ganhará mais que os outros clubes. Mas será um valor que atenda às condições das empresas.
O resto é especulação. Como a mídia (e os marketeiros) gostam.
Um estado de promiscuidade
(Pablo Picasso. “Guernica”) (Reprodução)
Já se tornou rotina o choque entre torcidas organizadas, com brigas, socos, tiros e mortes.
Sempre que isso ocorre (especialmente com anúncio de vítimas fatais), aparecem fórmulas para se resolver o problema “da violência no futebol”. Não tenho ilusão. Quase nada será feito, porque há um erro básico que explica este grau de violência. Esses equívocos não são de hoje.
Quando, há décadas, a Polícia Militar determinou a separação de torcidas, implantou o eixo de todas as violências.
Com a separação, os grupos tornaram-se tribos e a cada dia aumentam seus atritos. Isso não era assim. Torcedores de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e outros íam ao campo no mesmo ônibus, sentavam-se lado a lado.
Os atritos existiam, mas eram quase sempre limitados a insultos, bate-bocas ou empurrões. Foi a divisão (determinada pela Polícia), que preparou o estado de guerra entre os fãs. A própria ideia de levar os torcedores escoltados para o estádio (outra ideia errada da Polícia), só consolidou o conflito.
A primeira medida (adotada em outros países) é o fim da separação de torcidas. Cada um fica no lugar que comprou, não importando quem esteja ao lado. Ou se faz isso, ou não se muda nada. Mas só isso não resolve.
Os ingressos, como no mundo todo, devem ser vendidos com comprador e lugar identificados. Pela internet, por cartão, por boleto e etc, o Clube saberá quem comprou aquele posto no estádio. Não sei se os cartolas aceitam uma venda controlada de ingressos (até pelos esquemas de privilégios que existem), mas, sem isso, o problema não caminha para a solução.
Por último, e talvez o mais importante ponto, é encerrar-se o estado de promiscuidade que existe entre as Polícias (Militar e Civil) e as torcidas organizadas e seus braços do samba. Não há quem não conheça delegados, investigadores, oficiais da PM e soldados que não frequentem – de forma habitual – sedes de Torcidas e de suas Escolas de Samba. Políticos e cartolas nem se diga! Estão lá para defender e apoiar seus amigos. Assim, não há política de segurança pública que resolva.
Com tal grau de relações amigas, fica difícil investigar ou prender quem quer que seja. Ou as autoridades da Administração Pública encerram este estado de conivência absoluta, ou nada será resolvido. Neste mundo de futebol, reunindo cartolas, políticos, policias militares e civis, existe ainda um sem número de “empresas de segurança”, que funcionam como elo de ligação com as forças policiais do Estado. E quase sempre seus donos são ex-delegados e ex-oficiais, prontos para “resolver” qualquer encrenca.
Neste estado, onde não há uma linha separando a condição marginal das autoridades de segurança, não há repressão à violência que funcione. Quem conhece os Clubes, as Federações e as torcidas sabe que esta convivência entre os que praticam a violência e os que deveriam reprimir-la, é para lá de “amigável”.
Sem o fim desta situação promíscua, nenhuma medida terá efeitos plenos e duradouros. Como não tiveram no passado o credenciamento na Federação, a filmagem de torcedores blá-blá-blá… Ou as autoridades superiores de segurança determinam o rompimento entre seus quadros e as organizações de torcida, Clubes e Federações (e também das empresa de ex-policiais), ou tudo continuará numa boa. E outros choques virão, e novas mortes também.
Empresários no futebol
É incrível como a mídia gosta de rotular todo mundo de “empresário”. Basta ocupar um cargo no futebol, e lá vai o rótulo: empresário. Ou grande empresário, empresário de sucesso. Isso já virou bordão.
E longe da realidade.
Um domingo de emoção pura
O jogo deste domingo no Pacaembu, entre o Corinthians e Palmeiras, foi uma partida repleta de emoções.
Não só pelo resultado (a vitória do Timão, de virada), mas em todos os momentos e jogadas. Este clássico apresenta um quadro singular: há quase um século estes dois times apresentam-se para a disputa que divide uma parte majoritária da cidade. Nestes anos, todos tiveram duelos memoráveis com vitórias e derrotas (e empates) marcantes. Sempre achei o clássico Corinthians e Palestra um episódio singular e, mesmo em campeonatos pouco atraentes, fazem as duas torcidas vibrarem.
Neco, grande ídolo do Timão, dizia que jogador bom era aquele que tinha grande atuação contra o Palestra. E os alviverdes nunca perdoaram jogadores de seu time quando fracassaram neste jogo. Na partida de hoje, a disputa foi igual a que ocorre em quase 100 anos. A virada do Timão deu uma cor especial. Fiquei feliz em notar no jogo tantos e tantos jovens e crianças. Só lamento ver nestes jogos onde existe apenas (praticamente) uma única torcida. Seria bom se mais palestrinos ocupassem áreas no estádio. Até para verem a virada.
Lamentável foi a briga de torcidas organizadas numa região da cidade. Não é isso que esperamos do futebol. Rivalidade, disputa mas …. futebol é esporte e não guerra física.
Vida dura
As rádios fizeram a festa neste domingo no Pacaembu. Derrotar o Timão era desejo (nada discreto) da maioria dos jornalistas. Um conhecido tricolor não escondeu sua “luta” pela derrota do Corinthians. Em determinado momento, quando o Palestra vencia, chegou a dizer que o problema do Timão era porque o Palestra tinha argentino e chileno na sua equipe. E o Corinthians não se dá quando joga contra esta gente. É uma tolice aberta, que demonstra o quadro de sofrimento daqueles que querem derrotar o Timão. Quando o jogo virou, estabeleceu-se um clima similar aos soldados americanos em retirada de Saigon.
Só desespero, angústia e uma vontade louca de chorar.
Libiamo (Brindsi) de “La Traviata” (Verdi)
Placido Domingo e Teresa Stratas
“Libiamo” (Brindsi) de “La Traviata” (Giuseppe Verdi)
Alfred
Libiamo, libiamo ne’lieti calici
che la bellezza infiora.
E la fuggevol, fuggevol ora s’inebrii
a voluttà
Libiam ne’dolci fremiti
che suscita l’amore,
poiché quell’ochio al core onnipotente va.
Libiamo, amore, amor fra i calici
più caldi baci avrà
Coro
Ah! Libiam, amor, fra’ calici più caldi baci avrà
Violetta
Tra voi tra voi saprò dividere
il tempo mio giocondo;
Tutto è follia, follia nel mondo
ciò che non è piacer
Godiam, fugace e rapido
e’il gaudio dell’amore,
e’un fior che nasce e muore,
ne più si può goder
Godiamo, c’invita, c’invita un fervido
accento lusinghier.
Coro
Godiamo, la tazza, la tazza e il cantico,
la notte abbella e il riso;
in questo, in questo paradiso ne scopra il nuovo dì
Violetta
La vita è nel tripudio
Alfred
Quando non s’ami ancora
Violetta
Nol dite a chi l’ignora,
Alfred
E’il mio destin così…
Tutti
Godiamo, la tazza, la tazza e il cantico,
la notte abbella e il riso;
in questo, in questo paradiso ne scopra il nuovo dì.
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