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Jul 31, 2012

Peroba pura !

Hendrick Barentsz Avercamp (1585-1634) (“Uma cena no gelo”, 1625) (Reprodução).
Avercamp era um surdo-mudo, conhecido como “o Mudo de Kampen”. Nascido em Amsterdã, especializou-se em pintar cenas de inverno.
Seu estilo remonta a influências de artistas como Pieter Isaacs e  Pieter Bruegel, o Velho.

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A entrevista do Sr. Carlos Nuzman hoje, 31/7, no Estadão, é de uma hipocrisia só.
Merece medalha de ouro, numa Olimpíada de mentiras.

Como sabemos, a atual direção do Comitê Olimpico Brasileiro (COB )  está no comando há quase duas décadas.
Quando assumiu, prometeu que o Brasil seria – em quatro anos – uma potência olímpica. Decorrido todo este período, conseguiu um enorme número de leis e de incentivos, que deram grana para os esportes olímpicos como o país nunca viu.
De Pequim a Londres foram mais de 2 bilhões, conforme  mostrou o UOL.

Mesmo nadando em grana, os resultados do Brasil são praticamente os mesmo  dos últimos 50 anos, sendo que, em algumas áreas, houve até retrocesso.

Agora o sr. Nuzman diz ao Estadão que  “não se classifica os países no ranking de medalhas por volume de dinheiro investido. Não existe isso”.

A primeira consequência deste afirmação seria o Governo dizer : “que bom, não precisamos gastar tanto”.

Perdeu o Sr. Nuzman a oportunidade de dizer quanto da grana foi destinada para os Clubes, escolas e universidades que mantêm esportes olímpicos. O COB pouco fala da maneira pela qual distribui todos os recursos que recebe do Governo. Veremos que as “Confederações” (ah, esta queridas de Nuzman) abocalham quase tudo, e aqueles que efetivamente sustentam os esportes vivem na pindura.

Há sim uma relação entre gastos e medalhas.
Se forem bem aplicados, os investimentos públicos trarão conquistas, mas, se forem utilizados sob a “fórmula Nuzman”, o quadro será este que estamos vendo.

Vejam o exemplo do Corinthians.
Um Clube que nos últimos 50 anos construiu um conjunto aquático de se fazer inveja. Tem todas as condições para sediar eventos de expressão, com um grande número de excelentes nadadores,  mas o setor vive “correndo atrás de grana” para manter suas instalações e atletas. O dinheiro deveria ser distribuído para entidades como esta (e existem várias, não apenas na cidade de São Paulo, mas em todo o Brasil), que formarão novos campeões.
No entanto,  Corinthians, Pinheiros e outros vivem lutando com poucos recursos, em contraste à realidade do COB, que dispõe de grana por todo lado.

Está mais do que na hora de se mudar este quadro.
E isso começa por alterações profundas no COB e nas Confederações.

Jul 26, 2012

Olha aí…!

(Aldemir Martins) (Reprodução)

A boa vitória do Corinthians ontem à noite, 25/7, no Pacaembu, no jogo contra o Cruzeiro (o Palestra de lá), deve fazer muitos corinthianos ligarem seus botões.
O Clube está fazendo o certo. Leva a disputa do Campeonato Brasileiro com todo empenho.

A disputa, como já repeti muitas vezes, não está definida e uma sequência boa de vitórias muda tudo. É o que começa a ocorrer.

O Brasileirão é importante e um |Bicampeonato agora seria  ainda melhor.
E, de resto, deixaria a equipe ligada para a disputa do Mundial, no final de ano.

O Timão controlou o jogo do começo ao fim. Romarinho e Danilo fizeram uma ótima partida, embora, todo o time mereça aplausos pela atuação. Organizado, regular, com a defesa bem postada, o meio de campo criativo e –  agora com o Romarinho – um ataque cada dia mais forte.

O Cruzeiro seria campeão, se pudesse computar o elevado número de faltas que faz.
Neste aspecto é  imbátivel.  
E este Montillo é aquele tal craque que andava querendo mundos e fundos?  Menos! Bem menos!

Está certo o Tite. Vamos continuar nesta toada, que pode dar uma boa música.

Carlos (2 bilhões) Nuzman

Primeiro foi o Ministro Aldo Rebello, dos Esportes, e agora a Presidente Dilma, ambos  querem (porque querem) estabelecer um vínculo entre o investimento de dinheiro público e o número de medalhas conquistadas.
Nada mais justo.

O Comitê Olimpico Brasileiro tem o dobro do orçamento da Itália para o setor, que vive dando um banho nas Olimpíadas.

Contudo, fazer uma exigência como essa é quase como comprar um bilhete aéreo sem volta para Miami para o Presidente do COB, Sr. Carlos Nuzman.

Só acho um erro nesta exigência, não se deve cobrar medalhas proporcionais aos recursos investidos somente em 2016.
É preciso cobrar já, uma vez que foi dado dinheiro público por todo lado para o COB.

Jul 18, 2012

Homenagem prematura.

Gregório Lopes, “Martírio de São Sebastião” (1536-38)  (Reprodução)
Gregório Lopes (c. 1490-1550) foi um dos mais importantes pintores renascentistas de Portugal. Formou-se na oficina de Jorge Afonso, pintor de D. Manuel I, posteriormente passando a integrar o grupo de artistas da corte lusa. Pintou altares e painéis religiosos para diversas igrejas e mosteiros de Portugal.

 

Há uma regra na Administração Pública de grande importância e que passa quase sem ser notada.
É a que proibe dar-se nomes de pessoas vivas para ruas, praças, escolas, prédios públicos etc.  Só quem já morreu deve receber este tipo de homenagem. Se os cariocas tivessem seguidos este preceito, não estariam hoje na maior saia justa que o futebol já viveu.

O tal estádio do “Engenhão” recebeu o nome de João Havelange, ex-Presidente da CBD (CBF) e da Fifa.
Havelange sempre recebeu as maiores honrarias da mídia brasileira, em especial dos cariocas, e era quase “uma instituição” do Rio de Janeiro.

Com as confusões reveladas na Justiça  suíça, comprometendo – e muito – a badalada gestão do ex-Presidente, iniciou-se uma campanha para trocar o nome da arena carioca, excluindo o do cartola e rebatizando-a como jornalista João Saldanha.
Há defensores de um e de outro, mas, está aí um problema que seria evitado se os cariocas tivessem seguidos a regra: gente viva não deve ceder seu nome para estádios ou praças públicas.

Sempre haverá o risco de ser contestado e o nome dado passa a comprometer o bem público que “recebeu a homenagem”.

Não sei no que dará esta campanha toda, mas, sempre achei, que a regra de proibição era correta.

O próprio Corinthians que, apressadamente e sem critéiros, deu o nome de um médico para o Centro de Treinamento da Airton Senna, está agora em uma outra saia justa.
O tal “facultativo” é candidato a vice-Prefeito em uma das tantas chapas que estão por aí. Obviamente a escolha para a vaga não se deve por um grande prestígio partidário.

Acho que a regra básica (nada de utilizar nome de vivos)  é o melhor caminho para os locais públicos.
Não valem apenas os elogios da mídia. Eles – em si- não são um bom critério para a escolha de nomes.

Que abatimento

Confesso que estou ficando perplexo com o abatimento de tricolores, santistas e até palestrinos.
Calma, pessoal! O mundo não acabou. Vocês precisam apenas reciclar a lista de piadas e ter um pouco mais de criatividade. Ânimo, gente ! O Brasileirão está aí e tudo pode mudar.
Ou piorar, também.

May 10, 2012

Vitória e Secagem

 

(Claude Monet (1840-1926), “Almoço na relva” (1865-66))  (Reprodução)

Retornei há pouco do Pacaembu, onde o Timão venceu o Emelec por 3×0.
Com este resultado o Corinthians avança na Libertadores e enfrentará o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. O jogo com estádio cheio é sempre melhor. A vibração da torcida, a presença de mulheres,  jovens e pessoas idosas dão sempre uma cor especial ao espetáculo.  Foi isto o que ocorreu no Pacaembu.

O Corinthians, em nenhum momento do jogo, esteve ameaçado pela equipe equatoriana. Os gols foram saindo, sem que o adversário reagisse em qualquer parte dos 90 minutos. Não foi lá uma partida brilhante do Timão mas, também, sempre estava clara sua vitória. A equipe  tem na sua organização (especialmente na defesa e meio de campo) o ponto forte de seu jogo. Vencida esta etapa ,vamos para o jogo contra o Vasco.

Secagem

No Pacaembu, vendo o jogo do Timão, ouvia em meu radinho a transmissão da partida. Que sofrimento da mídia!  É uma bruta torcida contra o Timão o tempo todo. Uma luta contra os fatos,  só para desqualificar o Corinthians. O comentarista da tal rádio lembrava o tempo todo que o Corinthians tinha perdido para o Tolima, que a torcida exigia que ganhasse a Libertadores, que o Timão tinha traumas no Torneio  e aquele blá-blá-blá conhecido.

Acho que estes radialistas deveriam exigir um adicional salarial de sofrimento nos jogos do Timão. Mas este não seria pela dramaticidade do jogo, mas pelo desejo-permanente- de ver o Corinthians perder. E como sofrem! Acho que para a mídia transmitir jogos do Timão é pior do que chegar aos círculos do Inferno da Divina Comédia, de Dante. Ao ver e transmitir os jogos do alvinegro, eles vão assistindo ao desenrolar do horror  dos piores crimes.
E o mal maior, para eles, é o Corinthians vencer.

Intervenção

A mídia anuncia que o Governo decretou uma intervenção branca (informal) no tal Comitê Organizador da Copa.
Nada mais justo. Só o Governo está gastando e sendo cobrado  por todo lado. Não faz sentido a CBF e a Fifa controlarem o negócio onde elas não colocam um mísero tostão. Quando foi anunciada a Copa do Mundo no Brasil o ex-Presidente da entidade brasileira, Ricardo Teixeira, disse que a Copa de 2014 seria “praticamente” privada. O Governo nada gastaria, exceto em aeroportos, policiamento etc.  Nada disso ocorreu (ou está ocorrendo). Só o Governo gasta, em tudo e por todo lado. Estão aí as reformas e construções de estádios para provar. Não há nenhuma grana privada, ou da Fifa e da CBF nessas obras.  Quem banca é o Governo e ele quer mandar. E está certo.
E terá cada vez mais poder.

Apr 17, 2012

O Estado pode mudar o futebol

 

(Djanira da Motta e Silva) (Reprodução)

Durante décadas, os clubes de futebol, as Federações e os Dirigentes alimentaram a balela de  que a Constituição garantia a eles “autonomia” e poderiam fazer o que quisessem.
Sem qualquer controle do Estado. Era, segundo os Dirigentes, um mundo auto-regulado, sem interferências de ninguém. Diziam-se “entidade privadas”, imunes a qualquer controle ou regulamentação. Uma parte significativa da mídia entrou nesta lorota, que era um dogma do futebol. Com esta  “interpretação criativa” da cartolagem chegou-se  a dizer que não poderia haver CPI sobre o Futebol, pois a autonomia seria atingida.  
Puro equívoco.

No último dia 23 de fevereiro, o Supremo Trinal Federal, enterrou – de uma vez – este conjunto de ideias malucas dos Dirigentes. Ao julgar a constitucionalidade do Estatuto do torcedor, o STF disse que o Estado pode legislar sobre Futebol e tudo mais. Não poderia ser diferente. Aquela autonomia das entidades, de que fala a Constituição de 1988, é mero instrumento ou meio para a concretização do esporte, definido como direito do cidadão. A ideia de que a regulamentação do Poder Público é uma “interferência estatal no funcionamento das associações desportivas” caiu por terra.
E mais , o Estado pode e deve regulamentá-las.

Hoje, em longa entrevista no Estadão, o Ministro Aldo Rebelo diz que o que mais incomoda o Governo é a ” perpetuação de cartolas no comando das entidades”.
Períodos de “10, 15, 20 anos de uma pessoa na mesma cadeira são considerados um abuso”. Entre outros pontos, este fará parte de um conjunto de normas e diretrizes que regulamentará a Gestão de Clubes, Federações e Confederações. Viva! O Governo, finalmente, entendeu que pode mudar o Futebol. E, após a decisão do STF, caiu por terra qualquer pretensão “independentista” do esporte. Será uma grande revolução se o Governo inovar e estabelecer normas para o estatuto das entidades desportivas.

O fim da reeleição de Dirigentes deve ser um objetivo claro. Sugiro que seja adotado o modelo do Corinthians: os dirigentes têm um mandato de 3 anos, sem reeleição, somente podendo recandidatar-se após 2 gestões. Isto deveria valer para Clubes,  Federações e Confederações. E também deveria estabelecer novas normas de transparência e controle destas entidades. Seria uma revolução e tanto no Esporte brasileiro.

Devemos lembrar que os problemas no Futebol são de menor grau quando comparados aos de  outras modalidades. No Futebol, o torcedor e a opinião pública estimulam mudanças, especialmente em clubes grandes. Em outros esportes olímpicos o quadro é desolador. Veja-se o COB, onde há mais de décadas e décadas segue o domínio do Sr. Nuzman. Nas Federações não é diferente.

O Ministro Aldo Rebelo poderá fazer uma revolução.
E será um marco no Futebol. O Estado pode mudar o Futebol. Só é preciso querer. Nas últimas décadas, os Ministros da área queriam ser paparicados pelos cartolas. E isso os Dirigentes esportivos  sabem fazer muito bem. É trocar festas e elogios por uma revolução. Vamos torcer para que o Ministro faça a sua.
O Futebol agradecerá.

Apr 3, 2012

Discurso para brasileiro ver.

 

(Leonardo Da Vinci. “A Gioconda”.) (Reprodução)

A organização em território brasileiro de grandes eventos  internacionais de esporte é uma mudança e tanto para o Governo, dirigentes do Esporte e todo o Brasil.
Após o Pan, no Rio de Janeiro, teremos o Mundial de 2014 e a Olimpíada – no Rio – em 2016. Alguns pontos ligam todos esses eventos. O mais comum é ver um discurso de mentiras, enquanto o evento é aprovado pelos órgãos internacionais.

Comecemos pelo Pan do Rio de Janeiro. Quando foi decidida sua realização,  o orçamento apresentado pelo Sr. Nuzman era de 440 milhões de reais para os governos. E a justificativa que a iniciativa privada teria uma grande participação. Tudo lorota. O gasto final do Pan ficou em 4,4 bilhões, e o Presidente do COB, para justificar este salto, disse uma frase famosa: “Só é possível termos o orçamento quando terminarmos todo o evento”.  Uma loucura completa que deixou atordoados todos os especialistas em Administração Pública e em Direito Administrativo.
O orçamento, que é peça da maior importância, deve ser feito previamente, exatamente para se saber quanto irá ser gasto, ficou para o final. Quer dizer, o evento seria construído “em aberto”, e o Governo enfiando dinheiro. Foi o que ocorreu. Da iniciativa privada não chegou nada e somente o Governo bancou tudo.
Esta é uma estratégia conhecida na Administração Pública. Antes de realizar a obra ou o serviço é feito um orçamento “irreal”, como fez o COB. Diz que vai gastar pouco, e todo mundo aplaude. Com o tempo, vai aparecendo o quadro real. E são feitos aditivos, com mais e mais dinheiro. Foi o Sistema Nusman de realização.
Um golpe de prefeito de cidadezinha, mas que deu certo numa grande cidade.

Outra mentira veio à tona com a preparação do Mundial de 2014.
Na fase anterior à aprovação da Fifa, o presidente Ricardo Teixeira dizia que a Copa era um evento “praticamente” privado. E que o Governo entraria com quase nada. Uma ou outra obra de transporte urbano e nada mais. Nada disso! Era tudo lorota. Após a aprovação – e no decorrer dos meses que se seguiram – apareceu a realidade. A Copa de 2014 será uma Copa bancada pelo Governo. Como ocorreu em outros países,  na Alemanha, na  Itália, no Japão etc.
A tal presença “prioritária” da iniciativa privada era apenas discurso.

Creio que os dois únicos casos em que entidades privadas vão bancar obras para a Copa, serão os estádios do Corinthians e (pelo que dizem) o do Inter. Nos outros casos, tudo será feito com o dinheiro público. O Corinthians assumiu o desafio de construir um estádio para a abertura da Copa para livrar São Paulo de um vexame sem precedentes. A cidade quase fica fora do Mundial por não ter um estádio em condições para sua abertura. E o Clube está fazendo com empréstimos de todo lado (e bancos), que no final das contas será pago pelo Clube. É certo que o estádio poderá ser um grande fator gerador de receitas. Mas, neste caso, o Clube assumiu o risco por ele e pela Cidade. E deveria ser aplaudido por todas as torcidas. O caso do Inter não conheço, mas creio que será similar. Empréstimos, BNDES etc, mas no fim da conversa o Clube ficará com a dívida. No mais tudo é grana pública: Maracanã, Mineirão e todos mais.  Lembro-me que a mídia dizia que teríamos “fundos da Fifa” para a construção e reforma de estádio. Muito pelo contrário. Como estamos vendo a Fifa quer é ganhar dinheiro. O evento é dela e quem banca é o País.
O resto é lorota e mais lorota.

Mar 15, 2012

Oh México!

 

(Alfredo Volpi. “Ogiva Azul”)

Empate

O Timão poderia ter vencido o jogo de ontem à noite contra o Cruz Azul do México. Foi muito superior e teve um número enorme de chances para marcar. Não o fez. Paciência. O resultado foi bom, mas poderia ter sido melhor. O time alvinegro é organizado, determinado, quase mecânico e é difícil de ser vencido. Deplorável foi a conduta daquela torcida de mexicanos. Digo a verdade: não tenho nenhuma simpatia pelo México: odeio a comida (rrrrr), não gosto da música deles, não faço turismo por lá, nunca fui atraído por sua literatura, e tenho horror de suas  novelas. Enfim, nada que aponte um pingo de simpatia, exceto pelo apoio que o povo mexicano deu aos republicanos espanhóis contra o facismo de Franco. Mas aquela conduta da torcida, jogando tudo  contra os jogadores, parecia coisa dos anos 1950.
Que triste, México!

Uma cervejinha

Essa discussão sobre bebidas alcoolicas nos jogos da Copa está num estágio maluco. Quem deve decidir se isto é aceitável ou não é o Ministério da Saúde. Ele é o órgão que comanda a política desta área no país. Deputados evangélicos, deputados “do Copo” e “da Copa”,  deveriam deixar este tema em nível secundário. Se o Ministério entender que a bebida alcoolica deva ficar fora destes eventos, que diga isto clarament. E ao Brasil caberia sustentar para a Fifa que aqui é assim. Como em muitos países do mundo, o alcool é vendido com restrições de idade e de local. E a Fifa vai aceitar. Quem luta contra são os fabricantes de bebidas do Brasil e do Mundo.

Como faz a indústria do cigarro, que é muito ativa na defesa do vício e de seus consumidores.

Porta fechada

Os jornais e as rádios vêm dizendo que a nova Direção do Corinthians tomou uma medida exemplar: os Empresários de jogadores não terão mais acesso livre à sala do Presidente, como vinha ocorrendo nos últimos anos. Resultado: muitos aplausos e elogios midiáticos.
Mas, peraí! Isso é elogiativo ou “criticativo”, como diria um membro da arquibancada?
Que dizer de empresários que entravam a qualquer hora na sala da Presidência?  Bela mudança, parabéns!
O problema é que isso não deveria ter ocorrido. Nem na sala do Presidente, nem em outro lugar. A relação com os empresários precisa ser formal, pública e sem esse tom de “meu parceiro”, “meu irmão”. É sobretudo uma relação de negócios. E cada um de seu lado. Sem muita proximidade. Nada de viagens “com amigos empresários”. Parabéns pela mudança.
É melhor mesmo manter distância nesta relação.

Parabéns à USP

Os jornais publicam no dia de hoje, 15/3, que a Universidade de São Paulo está entre as 70 mais prestigiadas universidades do mundo. Segundo o hanking britânico THE, um dos mais importantes na avaliação de instituições universitárias, a USP é a única bem classificada na América Latina.
Parabéns à USP e aos uspianos, mas parabéns mesmo ao Prof. Luiz Gonzaga Beluzo, palestrino de quatro costados, que há vinte e tantos anos, convenceu o Governador Quércia, outro palestrino, a fazer uma lei estabelecendo um percentual do ICMS para cada uma das universidades públicas do Estado de São Paulo (Unesp, 2,45%; Unicamp, 2,29%; e USP, 5,25% da arrecadação do ICMS – Decreto 29.598, de 2/2/1989).
Diferente do que ocorre em todas as outras universidades públicas, que não dispõem de vinculação de receitas para seus orçamentos, as universidades paulistas não precisam correr por todo lado para garantir sua gestão e projetos.
Enquanto as outras faculdades públicas sofrem cortes de orçamento, redução de dotações, contingenciamento etc., as instituições paulistas recebem todo mês seu quinhão do ICMS.
Aí está a razão de a USP ocupar a citada posição de destaque. Unicamp e Unesp, que também são beneficiadas, devem melhorar suas gestões, pois o que não lhes falta é financiamento público. 

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