Rádio Ópera- programação- quarta-feira- 10/07/13
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Quarta
A Copa que começou com vaia e terminou com aplausos.
Com o fim da Copa das Confederações todo mundo anda fazendo um balaço do evento. A Fifa diz que foi bom e ficou satisfeita com o que viu. O Ministério dos Esportes diz que a disputa foi “quase perfeita”. A imprensa disse tudo: foi ótima, foi ruim etc.
Independente dos balanços já feitos, o certo é que tivemos coisas boas e ruins. Boa para o futebol brasileiro foi a vitória ( especialmente na partida final contra a Espanha) que relança o futebol verde-amarelo na disputa para a Copa do Mundo do próximo ano. O técnico Felipão ( com o grande Parreira ao lado) conseguiu formar uma base boa que – evoluindo como esperamos- poderá apresentar um time competitivo em 2014.
Também deve ser motivo de comemoração as novas arenas para o futebol que o país está ganhando. Com a questão dos custo à margem, podemos ver modernos estádios que – após a Copa- muito ajudarão ao futebol brasileiro. Os clubes terão o fim dos improvisados estádios atuais que já estão superados.
Importante destacar, também- que foi a abertura da Copa que abriu a fase de manifestações de descontamento no país. A vaia que foi dada no presidente da Fifa e na presidente Dilma, correu o mundo afora. Diria que – mais do que os protestos de rua- o ocorrido na abertura da Copa das Confederações foi o que desencadeou protestos por todo lado. A própria realização das partidas – sempre precedidas de protestos- deu a Copa ( e seus gastos) o eixo central das manifestações . Coisas da Democracia.
O Deus Internet
As manifestações ocorridas nas últimas semanas provocou grande discussão na mídia para entender o que estava ocorrendo. Os mais apressados começaram a dizer que as passeatas eram frutos da Internet e que estava sendo descoberto um instrumento nunca usado. Os movimentos seriam à margem das organizações da sociedade ( partidos, sindicatos, entidades em geral).
É claro que a Internet ajuda muito nas mobilizações mas se não tivesse ocorrido aquela vaia na abertura da Copa das Confederações, as passeatas convocadas na Internet teriam o mesmo prestígios das que ocorrem há anos.
Diariamente vejo um número enorme de convocações pela Internet. A maioria não dá em nada. É preciso que haja uma conjugação de fatores e justeza de propósitos para ser sucesso. Há pouco convocaram uma manifestação contra o estádio do Corinthians . Deu em nada. Só prejuízo pros pipoqueiros. Assim como vi uma convocação – para o Masp- de um grupo que queria a “volta dos militares”. Mesmo com grande apoio na Internet deu em nada.
Mesmo as manifestações do Movimento Passe Livre – cujos dirigentes são todos da USP e formados em colégios privados de preço elevado ( Equipe, Santa Cruz)- estes atos deram mais sucesso na Internet do que na rua. A principal manifestação teve “confirmados presença” na Internet mais de 400 mil pessoas , segundo o sitio do MPL. Apenas 10% abandonaram o computador e foram as ruas.
A Internet ajuda. Mas é preciso mais que isso.
Paulinho
Ontem, quando falei do jogador Paulinho, que está deixando o clube, lembrei vários volantes de grande destaque que defenderam o Corinthians (Vampeta, Rincón, Cristian, Bellangero) mais esqueci de um grande jogador que vi jogar no Timão: Dino Sani . Fazia – na época- a dupla com Rivellino que começava a carreira. Bom fica mais do que claro que Paulinho era um bom volante e que o Corinthians sempre teve grandes jogadores nesta posição.
Júlio César
O goleiro Julio Cesar vive uma nova fase em sua carreira. Já defendeu grandes equipes teve momentos de consagração. Com uma falha na Copa passou a ser questionado e esquecido da seleção. Com sua volta agora – e com a vitória do Brasil na Copa das Confederações- seu nome é dado como certo para o evento de 2014.
Pelo que sei está deixando o clube inglês da segunda divisão onde jogava e poderia assinar com qualquer clube neste ano. Está ai uma boa alternativa para os clubes brasileiros que andam sofrendo com seus goleiros.
Rádio Ópera- programação- terça-feira- 09/07/13
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Terça
O campeonato recomeça com boa vitória do Corinthians.
A vitória do Corinthians, no jogo de ontem contra o Bahia, em Salvador, foi um importante passo para o alvinegro (de azul) retomar sua caminhada ao título. O resultado foi ótimo e o jogo muito bom. Lamentável, apenas, o problema com o Renato Augusto.
O Corinthians, mesmo com a saída de jogadores, tem o melhor elenco do futebol brasileiro e com o técnico Tite organizando o time, podemos lutar pelo título. E temos a vantagem que os nossos adversários estão prá lá de meia-boca. Mesmo os que se acham “grandes equipes”. Acumular pontos nesta fase do campeonato é da maior importância. Em campeonato de pontos corridos a regularidade na primeira fase da disputa faz a diferença.
E nada como recomeçar com uma vitória e tres pontos conquistados fora de São Paulo.
Boicote ao técnico e ao futebol.
É comum, quando um time está na pior, a mídia sair com o papo de que o técnico está com problemas com o elenco. E que os resultados negativos são frutos de boicote ao técnico. Pode ser. Mas na maioria das vezes é falta de “futebol” mesmo.
“Não está feliz”
Frequentemente os jogadores aparecem com papo de estão jogando pouco porque “não estão felizes”. Recebem altos salários- em dia- e só jogam bem quando estão felizes. Quando o jogador desaparece em campo e vem com este papo, tome cuidado. O que falta é futebol. E quando não tem isso dá uma “infelicidade” imensa.
Paulinho
O volante Paulinho – que agora deixa o Corinthians- foi um jogador importante para o clube. Nunca será esquecido. Agora, dizer que ele é o maior volante de nossa história é um exagero. Recentemente tivemos o Cristian, que deixou uma saudade imensa e jogava como poucos. Tivemos Rincón, Vampeta, há poucos anos, que ninguém esquece. E o time de 54 tinha o Roberto Bellangero que os mais velhos dizem maravilhas. Paulinho foi grande. E está na nossa história.
Rádio Ópera- programação- segunda-feira- 08/07/13
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Segunda
Rádio Ópera- programação- domingo- 07/07/13
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Domingo
Um leitor da Folha anula artigo e blábláblá
Estádios
Chega a ser ridículo o artigo “Dinheiro público e futebol” (Tendências/Debates, ontem), em que seus autores omitem os muitos benefícios públicos que o São Paulo Futebol Clube teve durante a construção do Morumbi.
Esquecem também, talvez pelo fato de um dos autores ser o presidente do clube, que o Morumbi não foi escolhido como sede do Mundial de 2014 em grande parte por incompetência dos seus dirigentes, apesar de “estar localizado em bairro que mostra a beleza da cidade para os turistas”.
Ainda não conheci uma pessoa que fosse favorável à construção de estádios em detrimento da construção de escolas e hospitais. É uma pena que esse artigo não contribua em nada para o avanço desse debate.
Ricardo Viggiani (Ubatuba, SP)
Blog do Citadini:
O leitor da Folha de Ubatuba lembra um argumento que nunca esperei ouvir do pessoal do SPFC. Se a Copa fosse no Morumbi poderia ser mostrado “a beleza da cidade para os turistas”. Só não esclarecem os dirigentes se haveria visitas as favelas da região sul. Seria interessante.
Rádio Ópera- programação- sábado- 06/07/13
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Sábado
FSP. Artigo sobre a Copa do Mundo na versão tricolor. Nota que esclarece o contado por dirigentes do SPFC
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS E JUVENAL JUVÊNCIO
TENDÊNCIAS/DEBATES
Dinheiro público e futebol
Que essa revolta sirva de lição e os governos passem a atender ao povo mais do que aos interesses milionários dos donos do poder no esporte
Em um de seus editoriais de 2010, a Folha realçou que as entidades organizadoras do Mundial –Fifa e CBF– deveriam utilizar seus próprios recursos para a construção de estádios e não dinheiro público.
Escreveu o primeiro dos signatários, na época, para o “Jornal do Brasil”, artigo em que se referia ao mencionado editorial, apoiando o posicionamento da Folha e mostrando que, com as insuficiências do país na saúde, educação, transportes e em muitos outros setores da administração pública, seria preferível deixar as entidades privadas organizarem as reformas ou construções dos palcos esportivos, até porque grande parte deles destinaria espaços VIPs a empresas vinculadas.
Os governos do Estado de São Paulo e dos municípios apoiaram a indicação do estádio do Morumbi para sediar a Copa do Mundo. Na indicação, consideraram que o São Paulo Futebol Clube se propusera a fazer as reformas, à época programadas em R$ 250 milhões, exclusivamente com dinheiro privado. O clube obtivera promessas de parcerias de importantes empresas nacionais.
Por motivos que não interessam neste curto artigo, alguns deles de conhecimento público, o Morumbi foi excluído, apesar de estar localizado em bairro que mostra a beleza da cidade para os turistas. No lugar, decidiu-se construir um estádio com dinheiro público, à época estimado em R$ 490 milhões (R$ 420 milhões da prefeitura e R$ 70 milhões do Estado).
O pior, todavia, é que os grandes beneficiários das competições, que são as entidades que as organizam, impuseram a construção de estádios monumentais, alguns deles contrastando com a pobreza da periferia dos locais escolhidos para sediá-los.
O primeiro dos autores deste artigo defendeu, no referido período, ainda antes da exclusão do Morumbi, que um movimento nacional fosse organizado para que se preservasse o dinheiro público, destinando-o a funções relevantes do Estado, e que o lazer, representado pelo esporte, fosse financiado pelos que dirigem o futebol mundial e brasileiro.
Defendeu que os candidatos à Presidência e os governadores estaduais não cedessem à tentação de prometer com o chapéu alheio (dinheiro do contribuinte) auxílio para entidades que, todos sabemos, nadam em dinheiro. E que os prefeitos, que têm tão pouco do bolo tributário nacional, não desperdiçassem o escasso dinheiro público que possuem na construção de novos estádios. Isso era tarefa das duas milionárias organizações do futebol, não do poder público.
O segundo dos autores demonstrou, já naquele momento, que todos os argumentos apresentados para a exclusão do Morumbi eram infundados. As exigências fundamentais das entidades organizadoras tinham sido atendidas, mas foram ignoradas por aqueles que desejavam uma solução mais onerosa, a ser financiada pelos cofres públicos e não pelas instituições privadas.
Quando da exclusão do estádio, o São Paulo Futebol Clube encerrou uma nota oficial com a seguinte frase: “A justiça é filha do tempo. O tempo é o senhor da razão. O tempo dirá. E nós também”.
A justa revolta do povo com a baixa qualidade da educação e da saúde, a alta inflação, o baixo PIB e o desvio de dinheiro público para obras faraônicas apenas confirma o que se previu anteriormente.
Que essa revolta sirva de lição para os futuros governos, que deverão atender ao povo mais do que aos interesses milionários dos donos do poder no esporte mundial.
IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, advogado, é professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra
JUVENAL JUVÊNCIO, advogado, é presidente do São Paulo Futebol Clube
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br
Do Blog do Citadini
Quando o governo anunciou que o Morumbi seria o estádio da Copa em São Paulo, muita gente, que conhece o futebol, ficou assustada. Não faltou apoio a escolha do Morumbi. A Comissão da Copa do governo municipal e estadual ( toda formada por tricolores declarados); o governo federal, com o presidente Lula à frente; o BNDES a mídia etc , tudo numa força pouco usual. Até presidente de outros clubes foram ao Morumbi , com ministros dos Esportes e presidente da república, proclamar a escolha do estádio para abrir a Copa. O próprio presidente do Corinthians( num erro sem precedente) compareceu a cerimônia festiva de entronização do estádio tricolor na Copa.
Mas faltava o principal. O estádio não tinha nenhuma condição de sediar a partida inaugural do eventos de 2014. Um projeto antigo ( e com incríveis erros), com reformas meia-boca nas últimas décadas, tornavam necessária uma intervenção brutal para viabilizar o novo momento do estádio. Quem conhece o estádio sabe que a maioria dos espectadores não conseguem ver mais que dois escanteios. Para todos o estádio mostra péssima condição : não tem estacionamento; banheiros precários, acesso difícil sem qualquer possibilidade de mudança rápida.
O clube sabia que qualquer reforma teria que ser uma obra de alteração estrutural. E que o clube não tinha dinheiro para fazer nada. Nas últimas décadas a maior reforma ( colocação de amortecedores) foi feita com dinheiro doado pela Federação Paulista de Futebol. Outra pequena reforma foi efetuada ( também com dinheiro alheio) quando da realização do Primeiro Campeonato do Mundo de Clubes. Aquele da inesquecível partida de Corinthians e Real Madrid, jogo que teve o maior número de países com transmissão ao vivo, que o Brasil apresentou até hoje, em disputa de clubes.
Não faltou empenho e anúncio de preparação para a Copa de 2014 do estádio do Morumbi. Todo dia falavam que um grupo de empresas estariam prontas para “bancar” a reforma ; projetos foram divulgados; cds da reforma foram espalhados pela internet. Tudo foi falado.
Não havia nada de ” dinheiro de empresas privadas que bancariam as obras”. Conversas eram divulgadas e nada concluídas. Apenas duas medidas ganharam o ar de “verdades”. Seria feito um empréstimo do BNDES e o governo federal faria uma linha do metrô até o estádio. O empréstimo do governo federal para a obra do monotrilho foi conseguida. Era esperança dos dirigentes tricolores que a estação do Metrô construiria um grande estacionamento ao lado para servir ao estádio. A linha – que nunca esteve nas prioridades do órgão estadual- não resolveria tudo já que seria difícil ( para qualquer governo) construir um estacionamento enorme numa estação de pequeno movimento.
Mas o maior problema mesmo seria o empréstimo do BNDES. O clube não conseguia garantias e – sem o empréstimo- a obra não sairia do papel.
Com uma necessidade de uma reforma enorme e com a total incapacidade do clube de encontrar financiadores os Governos Federal, Estadual e Municipal foram obrigados a dobrar-se a realidade e procurar outro estádio para a abertura da Copa do Mundo.
O SPFC anunciou – à época- que as empresa privadas fariam as reformas da mesma maneira. Com Copa ou sem Copa. O que vimos é o que está ai: a cobertura anunciada prá todo ano- vem sendo adiada. As reforma estruturais então, nem se falam mais.
O estádio do Corinthians só surgiu pela incapacidade dos tricolores reformarem seu estádio para a Copa.
Uma das características dos tempos que vivemos é um permanente movimento de mudar a história. É como se o passado fosse alterável ao sabor das circunstância dos dia atuais. No caso do Morumbi, o artigo de hoje da Folha, é só mais uma tentativa de reescrever o passado. Mas é uma tentativa inútil. E uma verdade muito forte não poderá ser destruída por falsos e inverídicos argumentos.
Rádio Ópera- programação- sexta-feira- 05/06/13
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