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Mar 15, 2015

D. Therezinha Zerbini

 

 

Morreu, ontem,  D. Therezinha Zerbini  fundadora do Movimento Feminino pela Anistia. Era uma lutadora pelos Direitos Humanos e pela anistia. Sua luta deu uma enorme contribuição para os esforços que trouxeram o Brasil para um quadro Democrático.

No inicio do anos 70 , quase sózinha, D. Therezinha fundou o Movimento pela anistia. Vivíamos tempos terríveis sob a ditadura do AI-5.

D. Therezinha era mais que corajosa. Era quase impetuosamente irresponsável.

Tendo sido presa  alguns anos antes – ajudou alguns padres na organização de uma reunião estudantil- tinha em sua casa um marido que era exemplo de conduta. O General Zerbini, irmão do famoso médico de então, era general legalista e democrático e havia recusado a apoiar o Golpe de 1964.  Foi punido duramente mas nunca se arrependeu. Defendia a legalidade e a Democracia.

O marco de fundação do Movimento – que era uma campanha permanente- foi uma missa na Igreja do Largo de São Francisco. D. Therezinha era católica fervorosa e tinha grande amizades com grupos de frades dominicanos que foram duramente reprimidas pelo regime. Eliane – que nunca esqueço- era minha namorada, naqueles primeiros anos de faculdade e participava ativamente do Movimento. A missa foi organizada ao lado da Faculdade de Direito e esperavamos ( eu era instado a estar presente em tudo do Movimento) mas a presença de estudantes foi pequena.  O padre – um senhor simpático e velhinho- não havia se dado conta do que era a missa. Quando descobriu ficou apavorado. A Igreja tinha muita gente- a maioria da Policia- e o padre levou uma “prensa” antes da liturgia. Chamou D. Therezinha e disse que não poderia falar a palavra “Anistia”.  Ela de pronto disse “fale na reconciliação da família brasileira , isso é a essencia do cristianismo”.

Nem isso foi feito. O padre disse que a Missa era pelos dias dos pais  que se comemorava então. Quando a cerimônia terminou  fomos literamente expulsos da Igreja. O medo do padre era tanto que chamou os funcionários para fechar a Igreja.

Saímos de lá e fomos a um restaurante vizinho a Igreja. D. Therezinha não se abalou  e disse que ninguém segurava mais a luta pela Anistia.

Estava certa. Aos poucos foram avolumando os defensores  das idéias do Movimento. Estudantes, parlamentares , familiares de exilados etc. foram se juntando  e tornaram a campanha cada vez mais forte.

D. Therezinha percorreu o Brasil inteiro formando núcleos de mulheres que lutavam pela Anistia. Nem sempre foi fácil. Havia uma certa desaparovação dos grupos de extrema -esquerda ( que vinham da luta armada) e era comum ouvirmos que “aquela burguesa” não fazia uma luta revolucionária.  Tentaram montar vários ovimento paralelos ” de caráter revoluconário” mas o Movimento Feminino pela Anisitia foi -além de pioneiro– o mais amplo e com maior repercussão na sociedade.

D. Therezinha não tinha medo. Se reunia com padres, madames da burguesia paulista, familiares de desaparecidos, ex-presos, militares cassados etc. Numa desta investida pela propagação do Movimento foi ao Congresso da Mulher Metalúrgica que se realizava em S.Bernardo. O Movimento Sindical começava a retomar lutas e D. Therezinha foi lá fazer campanha. Lula – que seria depois presidente- começava sua carreira sindicalistas e era muito diferente do Lula do PT. Tinha um discurso contra os politicos. Dizia que todos eram iguais, o que agradava ao regime  militar.  Embora tivesse um irmão membro do PCB ( Partido Comunista Brasileiro) tinha um discurso de crítica a esquerda. Seu discurso de posse na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos  de São Bernardo- depois estrategicamente escondido- foi uma dura crítica à esquerda.

Nessa linha de não se envolver com a oposição proibiu D. Therezinha de falar no Congresso. E mais. Disse que a Anisitia não era luta para os Trabalhadores.  D. Therezinha, tenho a impressão, nunca perdoou o futuro presidente Lula. Quando o Brasil foi redemocratizado optou por Brizola , embora tivesse um amplo leque de amigos na política.

D. Therezinha,que nos deixa nesta semana, deixa um exemplo de luta e determinação. Foi guerreira, foi inteligente, foi uma mulher de dedicou uma vida a uma campanha.

O Brasil deve muito a D. Therezinha. Não sei se  a Presidência da República emitiu nota sobre o falecimento. Deveria faze-lo. A Presidente Dilma sabe disso.

Mar 12, 2015

Arena e seus problemas.

 

Alteração de contrato a favor da Odebrecht faz Itaquerão custar R$ 1,2 bi

 

 

rodrigomattos

 

O preço do Itaquerão foi inflado até R$ 985 milhões graças a alterações no contrato de construção que permitiram à Odebrecht cobrar e lucrar mais mesmo quando há dúvidas se houve mudança significativa no projeto inicial. A diretoria do Corinthians concordou com tudo, o que elevou a sua dívida. Os dados constam do acordo entre o clube e a empreiteira e seus aditivos obtidos pelo blog, e revelados pela primeira vez agora pois nem conselheiros têm acesso a eles.

Os documentos mostram que, às vésperas da Copa-2014 e da abertura do estádio, o acerto inicial foi substancialmente mudado para: aumentar o preço; abrir brecha para novos incrementos de valores; majorar para R$ 79 milhões lucro e taxas para a construtora e ainda possibilitar que a obra tenha troca de determinados itens, o que pode levar a qualidade inferior. Somados juros e instalações da Fifa, o custo do estádio já gira entre R$ 1,150 bilhão e R$ 1,2 bilhão. Vamos aos fatos.

O enredo do inchaço do preço do Itaquerão começou em setembro de 2011 quando foi assinado o primeiro contrato de construção do estádio. O então presidente corintiano Andrés Sanchez repetia diversas vezes à época que o valor era de R$ 820 milhões, e não poderia sofrer nenhum reajuste. Era verdade naquele momento. Só que o próprio Andrés conduziu negociações posteriores que derrubaram essa realidade.

No primeiro contrato, o texto da cláusula 14 é claro: “O preço fixo global é fixo e não prevê reajustamento, salvo conforme previsto neste contrato. O contratante (Corinthians) não terá qualquer responsabilidade por aumentos ordinários de qualquer natureza no custo do escopo contratado para execução do contrato, salvo quando estipulado de forma diversa.”

Contrato original que prevê que todos os itens da obra estão incluídos no preço global fixo de R$ 820 miContrato original que prevê que todos os itens da obra estão incluídos no preço global fixo de R$ 820 mi

Estavam incluídos custo de obras, equipamentos, máquinas, utensílios; mão de obra, direita ou indireta; subcontratados; despesas e encargos financeiros; riscos ordinários e contingência relativa à inflação. E está lá o lucro da Odebrecht só que sem percentual fixo – a construtora diz que já estavam previstos 4%. Na versão de Luis Paulo Rosenberg, então negociador pelo Corinthians, seria o que sobrasse.

Havia exceções que permitiriam a revisão do contrato, entre elas, variações de escopo de obra, aumento de custos com exigências da Fifa, suspensão de obras sem culpa da contratada (Odebrecht), aceleração da construção. Houve, de fato, uma paralisação da construção pelo acidente com a queda do guindaste, mas o período não foi longo. E nem foi por isso a explosão do custo do estádio.

Dois meses depois, em novembro de 2011, o Corinthians pediu a primeira alteração contratual. Seu objetivo era economizar. Neste novo acordo, é inserida cláusula pela qual as partes concordam que “verbas orçamentárias”, parte relevante do custo, não têm mais a regra de preço fixo e “poderão variar para mais ou para menos”.

Primeiro aditivo do contrato que permite variação de preço em parte do orçamento composto por "verbas orçamentárias" Primeiro aditivo do contrato que permite variação de preço em parte do orçamento composto por “verbas orçamentárias”

Questionada, a Odebrecht afirmou que essa alteração foi um pedido do Corinthians para participar de algumas negociações técnico-comerciais. O clube não respondeu oficialmente o blog.

Mas Luis Paulo Rosenberg, então responsável corintiano na arena, explicou: “O valor era de R$ 820 milhões. Com essas verbas, conseguimos descontos com negociações. Mas o limite de preço ficava. Agora, o imbróglio que foi feito depois disso no contrato, eu não sei”, contou. O dinheiro de sobra (estima-se em R$ 60 milhões) seria usado em outros partes da obra, sem redução do preço. Ou seja, sobraria dinheiro para contingência e evitaria-se inchaço no preço, o que não aconteceu.

Surgiu o primeiro aumento na obra ao se incluir a instalação dos dutos da Transpetro: R$ 10,9 milhões. Mas esse item, de fato, não estava no escopo original da obra. O cenário até aí era favorável a se manter o preço próximo do inicial.

Depois disso, todas as alterações contratuais foram em favor da Odebrecht. No segundo aditivo, o clube cede todos os seus direitos ao fundo Arena, mas mantém suas responsabilidades financeiras.

No terceiro aditivo, a Odebrecht ganha direito a receber um adiantamento maior do dinheiro do BNDES – ressalve-se que a construtora vinha bancando a obra com seu caixa e empréstimos até então. A quarta alteração é para jogar a data da obra para abril de 2014 – antes era dezembro de 2013.

Mas é às vésperas da Copa que há uma mudança contratual que explode o preço do estádio. Em 15 de maio de 2014, um dia após a paralisação das obras para a Copa e poucos dias antes do primeiro jogo do estádio, é assinado pelo ex-presidente Mário Gobbi e pela construtora o quinto aditivo contratual. Ele só assinou, pois quem conduziu a negociação foi Andres.

Primeiro, o texto explica que esse documento ajusta o escopo da obra e substitui uma parte da proposta técnica, que detalhava tudo que estava incluído dentro da construção e que jamais fora assinado. No novo modelo, o preço já salta para R$ 985 milhões. A reivindicação da construtora era ainda maior: R$ 1,2 bilhão. O número final foi fechado em reunião entre as partes.

Só que esse valor era superior ao necessário para fazer a obra de fato. O anexo ao contrato mostra que a composição do valor inclui 4% para a construtora (em torno de R$ 39 milhões). Outros 4% são TAC (Taxa de Administração Central) (R$ 39 milhões) destinados também à empreiteira. O total de R$ 79 milhões vai para a Odebrecht. Mesmo que existisse o percentual previsto, o valor absoluto cresceu R$ 15 milhões só para a construtora.

Anexo ao quinto aditivo que prevê lucro bruto e taxa da Odebrecht com percentual que não existia antesAnexo ao quinto aditivo que prevê lucro bruto e taxa da Odebrecht com percentual que não existia antes

Datada de fevereiro, a ata de reunião para negociação dessa revisão fala que a construtora abriria mão do lucro: “Os custos incorridos e projetados serão informados ao SCCP sempre que solicitados, respeitando o compromisso da CNO, da obra quando finalizada, não ter resultado, ou seja, lucro líquido abaixo do previsto suportando eventuais variações”.

Por esse texto, o dinheiro do lucro deverá ser usado para novos aumentos na obra, como contingência. Mas isso não está no contrato que não prevê nenhuma contingência. A Odebrecht argumenta que cumprirá com a promessa de usar o dinheiro para variações do preço da obra.

“A margem de 4% está prevista desde o contrato principal. O conteúdo da ata citada é auto explicativo”, disse a assessoria da construtora. “(O lucro) Justamente para suportar eventuais variações que ficaram exclusas do valor do fechamento do Aditivo.”

Na ata da reunião, o valor do lucro bruto é menor: R$ 32 milhões. Ou seja, sofreu um reajuste antes de entrar no contrato ao passar para 4% do total. A construtora nega que tenha havido mudança. “Seria de gargalhar a empreiteira não ter lucro. Mas, inicialmente, não dava para saber quanto seria. Dependeria da sobra da obra. Se ficasse mais baixo o valor da obra, teria mais”, contou Rosenberg, que desconhece o aditivo ao contrato.

Página de ata de reunião entre Odebrecht e Corinthians em que o lucro da empreiteira fica em R$ 32 milhõesPágina de ata de reunião entre Odebrecht e Corinthians em que o lucro bruto da empreiteira fica em R$ 32 milhões

Em relação ao TAC, a construtora explicou que “refere-se à Taxa da Administração Central, comum nos contratos de construção para suportar o todo tipo de apoio da Empresa nos Empreendimentos.” Só que a mão-de-obra da obra já está prevista em outros itens.

O orçamento divulgado pela construtora e pelo clube não explicita esse lucro e o TAC da empreiteira. Inclui um item chamado BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) que é usado em obras para colocar o lucro e esse tipo de custo, entre outras despesas. Mas a maioria do público não conhece o termo.

Em relação aos aumentos de custo da obra, a justificativa da Odebrecht é uma mudança do escopo original com acréscimos: “Alguns itens foram incorporados ao projeto com a intenção de maximizar receitas de operação (Ex: Painel de Led da fachada Leste, vidros curvos das fachadas, dentre outros) e/ou pela ocorrência de fatos não previstos e exclusos do contrato (Impostos, LEED, Remanejamento dos Dutos Transpetro, dentre outros )”, disse a assessoria da construtora.

O clube não comentou a questão. Mas o arquiteto da obra, Aníbal Coutinho, afirmou que as variações de escopo não foram tão grandes. “Fizemos solicitações depois de 2011 que geram impacto de R$ 23 milhões e foram em parte devido à variação cambial (…), e também a situações da obra que modificamos para aumentar o faturamento da obra, clubes vips, etc”, afirmou ele. “As mudanças de contrato foram ínfimas. Elas não ultrapassam R$ 23 milhões de custo direto. O equivalente de menos de 3% da obra.” A empreiteira argumenta que todos os custos estão no orçamento.

O arquiteto afirmou não ter conhecimento da parte financeira da obra, nem do teor inteiro do contrato. Mas está claro que há uma discordância sobre o tamanho nas modificações do escopo do projeto. Dos itens que tiveram aumentos certos, estão transpetro (R$ 10,9 mi), impostos (R$ 36 mi) e variações do escopo (R$ 23 mi). Isso está longe dos R$ 175 milhões de acréscimos. A empreiteira argumenta que todos os custos estão no orçamento divulgado pelo clube.

Os impostos subiram porque não foram incluídos todos no Recopa (programa de incentivos fiscais do governo). Assim, a construtora passou a cobrar R$ 24 milhões até aquele alteração contratual, e outros R$ 12 milhões para obras futuras. Só que o que exceder isso será pago pelo clube. Será de “responsabilidade integral da contratante o recolhimento e pagamento de tributos que excedam tal limite”, diz o contrato.

Quinto aditivo do contrato que prevê que impostos que excederem R$ 12 milhões serão pagos pelo CorinthiansQuinto aditivo do contrato que prevê que impostos que excederem R$ 12 milhões serão pagos pelo Corinthians

Não é o único item que pode ultrapassar R$ 985 milhões. Pela cláusula 14.2.2 imposta pelo aditivo, “na hipótese de apresentação de pleitos, demandas ou contingências de qualquer subcontratado da contratada que impliquem em ônus adicional, caberá a contratante (Corinthians) promover ajustes ou modificações na especificação dos itens das obras de modo a reduzir valores, com vistas a assegurar que o preço fixo global não seja alterado”.

Na ata, fica ainda mais claro que demandas de fornecedores não estão incluídos no valor. Ou seja, o preço fixo de R$ 985 milhões, na prática, pode ser alterado. A Odebrecht confirma que já existem reivindicações de fornecedores exigindo mais dinheiro pela obra. Isso inclui itens como ar-condicionado e instalações elétricas. Há diversos itens inacabados no Itaquerão.

Quinto aditivo estabelece que o Corinthians tem que negociar possíveis reivindicações de fornecedores, e que isso não está no preço finalQuinto aditivo estabelece que o Corinthians tem que negociar pedidos de fornecedores fora do preço final

A construtora afirmou, no entanto, que qualquer variação nos preços será custeado pelo seu lucro. E afirmou que o preço não vai aumentar.

Outra questão: no novo contrato, se a Odebrecht identificar que um quesito vai superar o teto, irá comunicar o Corinthians para substituir por outro de especificação diferente para manter o preço. O aditivo ainda revoga cláusulas do primeiro aditivo pedido pelo clube para economizar.

Os termos definitivos do contrato são importante em um cenário de disputa entre o Corinthians e a Odebrecht por itens não concluídos da obra. O clube notificou que 180 deles não tinham sido entregues, apesar de terem sido incluídos em lista como prontos. Também há questionamentos no canteiro de obras sobre a qualidade que a empreiteira tem realizado a obra.

A empreiteira garante que isso não vai acontecer: “A qualidade dos materiais empregados serão mantidas ou melhoradas”, disse. O clube não se pronunciou. O arquiteto Aníbal Coutinho também espera a conclusão da obra dentro do combinado: “Acredito que sim. Se a Odebrecht cumprir o contrato, a gente vai ter a obra integralmente pronta.”

Em toda a negociação, não se pode esquecer que o Corinthians estava em uma posição frágil porque quem levantou o dinheiro para a construção foi a Odebrecht por meio de empréstimos bancários. Esses mútos são de responsabilidade do clube pagar.

Pelo contrato inicial, não alterado neste trecho, os pagamentos pela obra tinham que ser mensais. O Corinthians enfrenta problemas com a falta de viabilidade dos CIDs (Certificados de Incentivos de Desenvolvimento) e com as baixas receitas geradas pelo estádio até agora. A empreiteira recebeu do BNDES e dos empréstimos bancários.

No momento, a dívida do clube com a empreiteira é de cerca de R$ 400 milhões. O débito total do estádio, com isso, já está em torno de R$ 1,150 bilhão e R$ 1,2 bilhão. São os R$ 985 milhões do contrato, mais as instalações provisórias da Fifa (R$ 90 milhões) e mais de juros de mais de R$ 100 milhões. Esses itens são por fora do acordo.

Um valor fruto de série de erros no financiamento, e, agora se sabe, pelo inchaço no preço da obra. Aceito pelo Corinthians.

O advogado Ivandro Sanchez, que é o responsável jurídico do Corinthians no contrato, respondeu por meio de sua assessoria: “O Machado, Meyer Advogados esclarece que não participou das negociações comerciais entre as partes contratantes”, disse ele.”As suas questões são de cunho estritamente comercial e/ou técnico e foram discutidas e negociadas pelos empresários representantes de cada uma das partes.”

Repita-se: o clube foi procurado com uma série de perguntas sobre o contrato e suas alterações e teve uma semana para responder. Não deu retorno.

Sondado por Andrés para retornar à gestão do Itaquerão, e depois descartado, Rosenberg demonstra sua decepção do quadro atual: “Me dá enjoo cada vez que vou ao estádio.”

 

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Mar 12, 2015

Vitória na Arena.

COM APENAS TRÊS TITULARES, CORINTHIANS BATE SÃO BERNARDO E MANTÉM INVENCIBILIDADE

Malcom marcou o único gol da vitória contra o São BernardoMalcom marcou o único gol da vitória contra o São Bernardo | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Após a vitória no clássico contra o São Paulo, o Corinthians manteve o 100% de aproveitamento na temporada diante do São Bernardo nesta quarta-feira, pela nona rodada do Campeonato Paulista . Com apenas três titulares, o ‘mistão’ do técnico Tite venceu a equipe do ABC por 1 a 0, com gol do atacante Malcom. O Timão se prepara agora para enfrentar o Red Bull Brasil, no próximo sábado, às 16h, naArena Corinthians .

Malcom e Love resolvem

O jogo começou bem disputado. Aos dois minutos, o lateral-direito Edilson cobrou escanteio e a defesa rival afastou. Na sobra, Luciano chutou forte, obrigando o goleiro Daniel a fazer boa defesa. Aos seis, o atacante Lúcio Flávio arriscou de fora da área, mas longe do gol de Cássio. O Corinthians continuava a trocar passes no meio campo, até que a bola sobrou para Luciano bater de longe, assustando gol da equipe do ABC.

Aos 12 minutos, o São Bernardo teve o primeiro lance de perigo. O volante Moradei lançou Lúcio Flávio nas costas da zaga alvinegra. Em velocidade, o atacante chutou cruzado no canto esquerdo. No lance seguinte, o lateral Rafael Cruz cruzou e Cássio pegou no alto.

O São Bernardo continuava marcando forte a saída de bola do Alvinegro. Com cautela, o Timão rodava a bola na intermediária. Após um vacilo de Petros, Daniel Pereira roubou a bola e chutou de longe, obrigando Cássio a fazer grande defesa. Na continuação, o lateral-esquerdo Vicente pegou o rebote do escanteio e o goleiro do Corinthians pegou mais uma vez.

O Corinthians tinha dificuldades em colocar a bola no chão e a equipe do ABC era melhor na partida. Os principais lances de perigo do rival aconteceram pelo lado, nas costas de Edilson. Aos 26 min, após uma bobeira da zaga do time do ABC, Luciano puxou o contra-ataque e tocou para Malcom na ponta-esquerda. Bem marcado, o atacante teve que voltar a jogada no setor defensivo.

Os principais lances de perigo do Corinthians aconteceram em bolas paradas. Aos 29, Edilson cobrou falta e a defesa subiu para afastar. Na jogada seguinte, na cobrança rápida da lateral, Vágner Love cruzou da direita e, na pequena área, Malcom só empurrou para o gol, abrindo o placar na Arena Corinthians.

Mesmo perdendo, a equipe do ABC continuava trocando passes no campo ofensivo. Aos 39, de longe, o lateral-esquerdo Vicente arriscou e Cássio defendeu em dois tempos. Sem sustos, o primeiro tempo terminou na Arena Corinthians, com o Timão na frente pelo placar mínimo.

Jogo morno, resultado garantido

O segundo tempo começou com o Timão apertando a saída de bola da equipe do ABC. Aos três minutos, Danilo cortou para o meio e bateu de fora da área, mas nas mãos do goleiro Daniel. Aos seis, Edilson cruzou bem e Luciano e bateu com perigo. Aos nove minutos, Danilo sofreu falta na meia-esquerda. Cristian levantou na área e, de cabeça, Edu Dracena mandou pra fora.

Mais ofensivo na etapa final, o Corinthians buscava ampliar o placar. Aos 11 minutos, Malcom sobrou escanteio. A bola sobrou para Cristian, arriscou de fora da área sem perigo. Aos 22, Malcom deixou o campo aplaudido para a entrada de Jadson.

Aos 25 minutos, o camisa 10 cobrou escanteio e Felipe subiu de cabeça, mas sem perigo ao gol do São Bernardo. Dois minutos depois, num contra-ataque, Cássio saiu bem do gol e evitou o empate do time adversário.

O Timão continuava trocando passes na intermediária. Aos 40 minutos, Ángel Romero entrou no lugar de Vágner Love e fez sua estreia na temporada. Aos 43, o paraguaio recebeu em profundidade e chutou de perna esquerda, acima do gol do São Bernardo.

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Mar 10, 2015

Até quando as Federações vão explorar os clubes?

A situação dos clubes e das federações no futebol é muito estranha. Essas tais federações vivem dos clubes em todos os sentidos. Elas nada produzem (além de uma burocracia parasitária que agarra as receitas dos clubes).

É uma situação aberrante. Os clubes pagam todos os serviços das federações: registros, transferências, atestados, certidões, inscrições e tudo mais. São, no fundo, um cartório bem remunerado. E quando “emprestam” dinheiro de alguma competição cobram juros maiores que os dos bancos.

Mas isso não é tudo.

Veja o caso do Corinthians: a cada partida realizada na Arena construída para abrir a Copa, 5% da renda é separada para a Federação Paulista. Qual a explicação dessa “mordida” na receita do Corinthians? Nenhuma.

Trata-se uma estrutura aberrante que permite que os clubes sejam extorquidos.

A Federação Paulista não ajudou com um centavo na construção da Arena, mas ainda assim morde 5% das rendas Do Corinthians. Caso igual ao do Palmeiras, que construiu sua nova Arena sem qualquer ajuda da Federação e agora recebe uma “dentada” a cada partida.

Veja o caso do jogo contra o Once Caldas: a Federação “mordeu” 5%%da renda (121,8) e a Comebol 10%  (241).

Esta mais do que na hora dos clubes questionarem este pedágio das Federações. Não estão em lei nenhuma e tudo que os clubes fazem nas entidades é religiosamente pago.

No caso das Federações estaduais, a situação é mais aberrante, pois a Fifa não recolhem essas entidades regionais. Para a Fifa só existe a CBF.

Os clubes que fizeram seus estádios deveriam questionar tudo isso. Afinal, eles têm agora grandes dívidas e precisam pagar. Não há qualquer razão para manter essa burocracia esportiva que não diz respeito aos clubes.

Numa próxima mudança da Lei dos Esportes, essas federações deveriam ser extintas ou transformar-se em escritórios da CBF. E sem qualquer mordida nas receitas dos clubes.

Mar 9, 2015

112. Não adianta querer apagar os gols da Copa São Paulo, Copa Juvenil, Copa Bandeirantes e amistosos. O número é…. 112.

COM GOL DE DANILO E UM JOGADOR A MENOS, CORINTHIANS VENCE MAIS UM CLÁSSICO CONTRA O SÃO PAULO

Danilo marcou seu sexto gol contra o São PauloDanilo marcou seu sexto gol contra o São Paulo | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

Neste domingo, Corinthians e São Paulo realizaram o segundo clássico entre as duas equipes em 2015. Se encontrando anteriormente pela Libertadores, os dois times vieram quase completos para o jogo válido pelo Paulistão .

Do lado são paulino, o jogador Pato foi cortado da partida – isso porque o jogador ainda pertence ao Corinthians, e a cláusula estabelece que ele só poderia enfrentar o Timão mediante pagamento de multa.

Já no Timão, Tite não pôde contar com Renato Augusto e Fábio Santos, que seguem em tratamento no Departamento Médico do clube. Com isso, o Corinthians foi a campo com: Cássio, Uendel, Gil, Felipe, Fagner, Ralf, Elias, Danilo, Jadson, Emerson Sheik e Guerrero.

A partida aconteceu no Morumbi, onde o São Paulo vive tabu: desde 2007 são 13 jogos sem vencer o Corinthians em seu próprio estádio. Talvez por isso, o rival do Timão viu um cenário desolador no clássico: pouquíssimos torcedores são paulinos compareceram à partida.

Primeiro tempo com golaço

O primeiro tempo da partida começou faltoso, mas logo nos minutos iniciais, o Corinthians abriu o placar. Aos 10 minutos, Danilo fez um golaço – mesmo chutando de perna direita, após receber um cruzamento de Guerrero. O jogador igualou a marca de Elias – que também tem seis gols sobre o São Paulo.

O gol no início determinou o ritmo do primeiro tempo, o Corinthians parecia administrar mais a partida, e confiava no seu sistema defensivo. Com isso, o Timão acabou perdendo posse de bola – a etapa terminou com 35% de posse de bola para Corinthians, 65% para os rivais.

Embora tenha controlado menos a bola, o Corinthians foi mais efetivo – e acertou as 4 finalizações no gol de Rogério Ceni. A defesa também funcionou melhor, e pôs em prática a linha de impedimento que vem sido fortemente treinada por Tite: em 5 momentos, o Timão deixou o ataque adversário em posição irregular.

Segundo tempo com show de Cássio

A segunda etapa da partida mal começou, e a arbitragem já cometeu erros que prejudicaram o Corinthians. Em lance polêmico, Gil levou amarelo por ter colocado a mão na bola logo aos 7 minutos. No lance, a bola foi chutada em cima do jogador, que levantou o braço para se defender – na interpretação do árbitro, o lance foi intencional e o zagueiro levou o cartão.

O problema é que Gil já tinha um cartão amarelo – que veio “de graça” no primeiro tempo, quando o juiz distribuiu cartões após reclamações de Ganso. Com o segundo amarelo, Gil foi expulso e o São Paulo conquistou um pênalti.

Rogério Ceni chegou para bater e perdeu seu segundo pênalti para o gigante Cássio. Apesar de manter a vantagem no placar, a situação ficaria mais difícil para o Corinthians – por isso, Tite fez a primeira substituição. O treinador chamou Edu Dracena no lugar de Danilo, para recompor a defesa.

Com um a menos, o São Paulo chegou mais vezes durante o segundo tempo, mas durante todo o tempo Cássio esteve firme no gol, fazendo grandes defesas. O zagueiro Felipe também fez grande atuação, e o Corinthians segurou o resultado. Aos 22 minutos, o treinador mexeu novamente para reestruturar o time corinthiano, tirando Sheik – que já tinha amarelo – para a entrada de Cristian.

Aos 35 minutos, a última alteração seria a entrada de Malcom, mas Fagner sentiu dores e Tite preferiu a entrada de Edilson na lateral, para evitar o desgaste de jogadores. A partida terminou sob gritos de olé da torcida corinthiana, que fez a festa no Morumbi.

Com o resultado, o Corinthians chegou em 13 jogos sem perder na casa dos rivais. Os dois times já tem um terceiro encontro marcado para o dia 22 de abril, pelo jogo de volta da Libertadores da América.

 

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Mar 6, 2015

Mata-Mata e mudanças de Cotas são medidas contra o Corinthians.

Duas questões de grande importância para o futebol estão em foco nos dias atuais: a volta do sistema “Mata-Mata” para o Brasileirão e uma rediscussão sobre as cotas de TV dos clubes que disputam a competição.

A decisão de manutenção (ou mudança) destas duas questões terá grande importância para o futuro do futebol Brasileiro.

As duas propostas em discussão -e suas mudanças- são terrivelmente prejudiciais ao Corinthians. E as duas estão interligadas.

O sistema de pontos corridos é o ideal para os clubes estáveis, com grande estruturas e que precisam ter calendário o ano todo. Mesmo quando não tem bom resultado nas competições, a estabilidade dos jogos programados dá um caminho seguro para os clubes.

É assustador que entre os clubes que desejam mudanças no sistema atual de pontos corridos esteja o Corinthians, conforme informa o Estadão de hoje. Só mesmo uma completa falta de noção do esporte moderno pode levar uma Diretoria, incrivelmente frágil, a trabalhar contra os interesses do Clube. No Mata-Mata, quem não está nas finais vive um terror, incluindo os clubes grandes, como o Corinthians. Sem competições, os clubes ficam longos períodos sem receita, e isso acaba por debilitar toda a estrutura. O sistema favorece os clubes médios que, vez por outra, montam equipes competitivas -quase sempre com presença estranha de empresários- e vivem momentos de glória.

Quem não lembra do São Caetano? E o Ituano?

Ao Corinthians interessa disputas o ano todo e que façam jus à estrutura que o clube possui.

Na mesma onda de mudanças está o projeto dos clubes de rediscutirem as cotas que recebem da TV.

Pela primeira vez, após um longo período de injustiça, a TV passou a pagar os clubes de acordo com seu retorno de mercado. Aquela antiga tabela do Clube dos Treze que igualava clubes de tamanhos diferentes foi substituída por uma regra muito clara. Corinthians e Flamengo -por medida de total justiça- passaram a ganhar da TV o que dão de volta para a TV. Os clubes médios tiveram suas cotas médias e os pequenos também recebem de acordo com seu tamanho.

O que querem os clubes?

Voltar ao velho sistema e tomar parte das Cotas dos grandes (Corinthians e Flamengo) e redistribuir aos médios. Os pequenos pouco ganharão.

Seria péssimo para o Corinthians voltar a ser tungado na distribuição do dinheiro da TV.

Espero que o Corinthians, mesmo com uma Diretoria assustadoramente fraca, não ceda ante a essas questões de tanta importância.

As duas medidas estão interligadas, é bom repetir.

Ao Corinthians serve os pontos corridos e a distribuição de cotas ligadas ao Mercado.

Mar 5, 2015

Vitória para embalar.

ELIAS RESOLVE E O TIMÃO ASSUME A LIDERANÇA DO GRUPO DA MORTE

por meu timaõ
Artilheiro do Corinthians na competição, Elias marcou o gol do TimãoArtilheiro do Corinthians na competição, Elias marcou o gol do Timão | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O Corinthians viajou à Buenos Aires para enfrentar o San Lorenzo, pela Copa Libertadores. Na noite desta quarta-feira, as equipes se enfrentaram no estádio El Nuevo Gasométro, em uma situação atípica. De portões fechados, o San Lorenzo não pode receber a sua torcida, punida pela Conmebol após o uso de sinalizadores durante a partida final da Recopa, em 2014.

Sem pode contar com Sheik e Fábio Santos, lesionados, e Guerrerosuspenso, Tite precisou montar a equipe fazendo mudanças no time que considera titular e novamente improvisando Danilo como um homem do ataque. A equipe do Timão entrou em campo com Cássio,Gil, Edu Dracena, Uendel, Fagner, Ralf, Elias, Renato Augusto, Jadson, Danilo e Mendoza.

No banco, Tite ainda perdeu Felipe – que foi cortado de última hora por dores de ouvido. O treinador pode contar somente com sete jogadores na reserva: Walter, Edílson, Yago, Cristian, Luciano, Petrose Vagner.

Primeiro tempo sem graça

A primeira etapa do jogo sem torcida foi no mínimo esquisita: sem a vibração da torcida, as duas equipes demoraram a entrar no ritmo da partida, que tinha jeito de treino. Com a formação mista e o cenário fora do comum, o Timão não foi o mesmo dos jogos anteriores na competição.

O time do San Lorenzo se encontrou mais fácil, e nos minutos iniciais pressionou e levou perigo ao gol de Cássio. Além da estranheza e da falta de entrosamento, o Corinthians teve outro inimigo na primeira etapa: a arbitragem. Como é comum nos torneios da Conmebol, a omissão é instrução dada ao juiz e assistentes na partida – e o San Lorenzo aproveitou para bater muito.

Aos 15 minutos, uma falta violenta em Renato Augusto – uma tesoura, que não valeu nem um cartão amarelo ao jogador do time argentino – virou preocupação para Tite. O meia, que sempre sofreu com problemas físicos, não se lesionava há quase um ano, quando começou trabalho preventivo adicional.

Por uma infeliz coincidência, o nome do árbitro – Carlos Veras – fez torcedores e equipe se lembrarem de um outro árbitro homônimo do futebol sulamericano. O nome de Carlos Amarilla, o juiz que prejudicou descaradamente o Corinthians em partida contra o Boca Jr, pela mesma competição, causa calafrios nos corinthianos.

Segundo tempo de sorte e talento

O segundo tempo começou com Renato Augusto substituído – com dores – para a entrada de Cristian. O jogo finalmente ganhou ritmo, mas ficou lá e cá e o Corinthians contou com a sorte para não sofrer gol do San Lorenzo.

O time argentino conseguiu chegadas perigosas, e aos 10 minutos protagonizou um lance quase inacreditável – em lance dentro da área do Corinthians, a bola bateu na trave salvadora.

Pouco tempo depois do lance, outra dor de cabeça para Tite: Mendoza sentiu e o treinador precisou chamar Petros para substituir o jogador. Embora o Corinthians tivesse melhorado em campo, o jogo parecia longe de se resolver.

Até que aos 20 minutos, Elias surgiu como elemento surpresa, em velocidade, invadiu a área e marcou o gol do Corinthians com muita habilidade. O jogador marcou seu quarto gol na competição e ganhou o status de artilheiro do Timão na competição.

Sem opções no banco, Tite ainda fez uma última alteração, que causou estranheza: Edilson entrou no lugar de Jadson, e a equipe ficou com 3 laterais em campo. Apesar de algumas chegadas perigosas do San Lorenzo, a sorte esteve a favor do Timão que conseguiu o resultado positivo.

Com o resultado, o Timão assumiu a ponta do Grupo B. O próximo jogo do Timão será contra o São Paulo, que apesar de rival também no grupo da Libertadores, encontrará o Corinthians pelo paulista no domingo.

 

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Mar 2, 2015

Tarde de festa na bela Arena Corinthians.

COROANDO ‘FICO’, JADSON MARCA UM GOLAÇO E CORINTHIANS GOLEIA O MOGI

Com gol de Jadson, Timão vence mais uma na Arena CorinthiansCom gol de Jadson, Timão vence mais uma na Arena Corinthians | Foto: Daniel Augusto Jr. / Agência Corinthians

O Corinthians recebeu o Mogi Mirim na Arena Corinthians na tarde desse domingo. Para o confronto, o Timão veio com uma equipe mista, uma vez que Tite optou por poupar jogadores para o duelo nesta quarta – contra o San Lorenzo.

Além dos poupados, o Timão não pode contar com Sheik, Fábio Santos e Bruno Henrique, que passam pelo departamento médico. Dos considerados titulares, Jadson e Guerrero participaram da partida já que, o primeiro esteve prestes a sair e por isso não foi relacionado para o jogo anterior, e o segundo cumpre suspensão na Libertadores e não viajará com a equipe para a Argentina.

Com a volta de Fábio Santo prevista somente para o início de abril, Uendel tinha condições de jogo mas também não foi chamado para o jogo. Isso porque Tite temia perder o jogador, por lesões ou desgastes, para o jogo de quarta-feira. Por isso, para contornar as ausências, o treinador fez mudanças radicais no elenco.

Stiven Mendoza foi improvisado na lateral, e, por conta disso, o Timão entrou em campo com 4 atacantes. E assim, o time titular do Corinthians para a partida foi composto por Cássio; Edílson, Yago, Edu Dracena e Mendoza; Cristian, Petros, Jadson e Malcom; Vagner Love e Guerrero.

Muito atacante, pouco ataque

A primeira etapa da partida evidenciou a falta de entrosamento entre os atacantes – Guerrero, Malcom e Vágner Love não tinham trabalhado juntos, e a mudança de esquema tático não funcionou bem com a equipe.

Apesar de manter a posse de bola na partida – 58% contra 42% – o Timão chegou pouquíssimo ao gol do Mogi. O número de atacantes não aumentou o poder ofensivo da equipe – e abriu mais espaço na defesa: o Corinthians, que finalizou apenas duas vezes na primeira etapa, viu quatro finalizações do adversário.

Com exceção de um lance muito perigoso de Love, no travessão, e uma tentativa de Guerrero para encobrir o goleiro Daniel, o primeiro tempo foi de um jogo sem emoção e com muitos erros – no lado corinthiano foram 28 passes errados.

Ainda bem que ele ficou

No segundo tempo, Tite percebeu que o esquema não havia funcionado e fez uma mudança providencial: colocou o meia Danilo novamente em campo, sacando o atacante Vagner Love. A alteração mexeu instantaneamente no jeito de jogar do Timão, que conseguiu se articular novamente.

Marcando sob pressão e visivelmente mais ofensivo, o gol do Timão saiu aos 13 minutos. E não poderia ter saído dos pés de ninguém mais que Jadson: o meia, que essa semana decidiu ficar no Corinthians apesar de uma proposta tentadora da China, foi coroado com o gol diante da torcida. No lance, o camisa 10 recebeu a bola na ponta da área, cortou pra direita e bateu no ângulo para fazer um golaço.

O Corinthians continuou muito mais ofensivo, procurando o segundo gol. Aos 24 minutos, Tite fez sua segunda alteração, tirando Malcom para a entrada de Luciano. E o gol saiu dos pés do próprio Luciano, que briga por um espaço entre os titulares na equipe do Timão. Luciano recebeu o passe de Guerrero, cortou o zagueiro e bateu para marcar aos 31 minutos.

Tite ainda fez uma última substituição, aos 35 minutos, sacando Mendoza para a entrada de Fagner.Com a vantagem do placar, o Timão continuou pressionando e aos 44 marcou o terceiro gol – contrariando a fama de ‘fominha’, Luciano deu belo passe pra Guerrero que não perdoou, fechando o placar em 3×0 na Arena.

Com o resultado, o Corinthians derrubou a invencibilidade do Mogi Mirim e chega aos 16 pontos noCampeonato Paulista . O próximo jogo do Corinthians será nesta quarta, contra o San Lorenzo, pela Copa Libertadores. Para o confronto, a equipe viaja para a Argentina, onde enfrentará o último campeão da competição.

 

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