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Apr 10, 2013

O livro de Casagrande

 

“Sobrevivente”, Casagrande reúne amigos e espanta demônios em livro

 

Gabriel Carneiro, especial para a GE.NetSão Paulo (SP)

O ex-jogador Walter Casagrande Júnior, bicampeão paulista e ídolo com a camisa do Corinthians, lançou sua biografia nesta terça-feira, em uma galeria comercial na Avenida Paulista, em São Paulo. Em parceria com o amigo e jornalista Gilvan Ribeiro, o camisa 9 da Democracia Corintiana explorou pontos delicados de sua trajetória de vida, como a dependência de drogas, em um livro que demorou três meses para ficar pronto.

O lançamento de “Casagrande e seus demônios” reuniu amigos, familiares, ex-jogadores, companheiros de televisão e até dirigentes da época áurea em que vestiu a camisa do Corinthians. Alternando momentos de felicidade ao encontrar Ataliba, que o chamou de “jacaré” e pediu desconto no preço do livro, e reflexão, quando dava depoimentos a respeito de seu drama pessoal, Casagrande manteve a serenidade e atendeu cerca de 400 fãs que também se acotovelaram por um autógrafo e uma fotografia.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Casagrande ficou um ano internado para tratar dependência química

“Prestes a fazer 50 anos (seu aniversário dia 15), eu vejo uma vida muito boa, maravilhosa. Por um lado eu sinto falta de alguns amigos que já morreram pelos mesmos motivos que eu tive, por abuso de drogas. Tenho amigos de infância que olho as fotos, e tive que fazer isso para poder contar história ao Gilvan, e estão faltando esses amigos. Isso eu lamento, porque me sinto um sobrevivente. Eu consegui passar a tormenta e hoje estou de pé”, conta, orgulhoso, o atual comentarista de televisão. 

Revelado nas categorias de base do Corinthians, ‘Casão’, como é chamado, ainda vestiu as camisas de clubes como Caldense-MG, São Paulo, Porto-POR, Ascoli-ITA, Torino-ITA, Flamengo, Paulista e São Francisco-BA, sem contar a participação na Copa do Mundo de 1986 com a Seleção Brasileira. Já como comentarista, o atacante viveu o mais duro de seus desafios: a dependência de drogas como cocaína e heroína. A fase mais crítica da doença ocorreu entre 2005 e 2008, ano em que sofreu um grave acidente de carro e permaneceu internado para tratamento.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Cerca de 400 fãs fizeram filas pela livravia, localizada na Avenida Paulista, no início da noite desta terça-feira

“Eu acompanhei o declínio na fase mais aguda da dependência química, sempre tentando alertá-lo. Cheguei a dizer que ele seria internado involuntariamente, mas ele não enxergava isso. A pessoa perde a noção das coisas. Foi dramático acompanhar uma pessoa de que eu gosto e admiro esquálido, magro mesmo, fazendo tratamento. No segundo momento, fui visitar o Casa na clínica e a Editora Globo me ligou propondo que eu fizesse o livro”, relembrou Gilvan Ribeiro, sem encontrar qualquer resistência no ex-atacante para colocar suas memórias no papel. 

Para que Gilvan se inspirasse, Casagrande o presenteou com uma biografia do cantor britânico Eric Clapton, que passou por situações semelhantes. “Sempre é um momento difícil reviver o drama que passei, os momentos mais pesados. Contar para ele com detalhes é complicado, mas também vieram à memória os momentos bons. Foi gostoso, mas o momento da internação, do meu uso de drogas, era muito ruim de relembrar. No final conseguimos um livro com uma linguagem jovem, pop, intercalando histórias alegres e outras mais duras”, revelou o ídolo da Fiel.

“Eu já estou com o livro pronto há muito tempo atrás, antes de ser confeccionado em formato de livro. Não consegui ler. Depois ele foi feito e não consegui ler também. Vejo sempre o pessoal falando que está legal, que eu vou gostar, aí eu vejo algumas páginas de vez em quando, mas não li”, confidenciou Casagrande, garantindo que ainda não parou para ler a própria história. Ao contrário de Galvão Bueno, seu companheiro de trabalho, que confessou ter passado a noite atento à leitura da biografia que atraiu atenção de fãs de toda a cidade para a livraria em que o evento foi realizado.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Ataliba e Zé Maria são amigos pessoais de Casagrande e marcaram presença no lançamento de sua biografia

Além de Galvão, outros colegas de TV Globo estiveram presentes, como os jornalistas Milton Leite e Maurício Noriega, além do ex-árbitro Leonardo Gaciba e dos ex-jogadores Beletti e Caio Ribeiro que, inclusive, trouxe um envelope que o emocionou: a mãe de um jovem dependente de drogas pediu para que o ex-atleta levasse as fotografias de seu filho para que Casagrande as autografasse. 

Entre ex-jogadores, as presenças mais requisitadas foram de Zé Maria e Ataliba, companheiros e amigos pessoais. “Ele é superação acima de tudo. Não vou falar que ele é corajoso, porque sempre foi, mas agora colocou a vida dele em pauta. É uma pessoa que superou problemas, hoje continua um grande ídolo e segue sendo respeitado. Ele é um exemplo de vida. Eu faço trabalho na Fundação Casa, sinto na pele esses problemas, principalmente com os jovens. O Casão passou e tirou de letra, do mesmo jeito como fazia gols no Corinthians e na Seleção Brasileira”, encerrou Zé Maria, satisfeito pela chance de rever o amigo.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Ao lado de Gilvan Ribeiro, o ex-atacante relembrou até mesmo da época em que teve alucinações por abuso de drogas
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Apr 10, 2013

Rádio Ópera- programação- quarta-feira- 10/04/13

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Quarta

OTTONE (Handel) Horário: 07:20
Maestro: Nicholas McGegan.
Elenco: Drew Minter, Lisa Saffer, Michael Dean, Juliana Gondek, Ralf Popken, Patricia Spence.
CAVALLERIA RUSTICANA (Mascagni) Horário: 10:20
Milão, 14-20 de Abril de 1940. Maestro:  Pietro Mascagni.
Elenco: Lina Bruna Rasa, Maria Marcucci, Beniamino Gigli, Gino Bechi, Giulietta Simionato.
AIDA (Verdi)  Horário: 11:50
Viena, 2-15/09/1959. Maestro: Herbert von Karajan.
Elenco: Fernando Corena, Giulietta Simionato, Renata Tebaldi, Carlo Bergonzi, Arnold van Mill,Cornell MacNeil, Piero De Palma, Eugenia Ratti.
LA GIOCONDA (Ponchielli)  Horário: 14:30
Milão, Setembro/1931. Maestro: Lorenzo Molajoli.
Elenco:  Giannina Arangi-Lombardi, Ebe Stignani, Camilla Rota, Alessandro Granda.
TURANDOT (Busoni) Horário: 17:10
Berlim, 25/1/1992. Maestro: Gerd Albrecht.
Elenco: René Pape, Linda Plech,  Gabriele Schreckenbach,  Josef Protschka, Friedrich Molsberger, Celina Lindsley, Robert Wörle, Johannes Werner Prein, Gotthold Schwarz.
LA WALLY (Catalani)  Horário: 18:35
Roma, 1960. Maestro: Arturo Basile.
Elenco:  Renata Tebaldi, Silvio Majonica, Jolanda Gardino, Pinuccia Perotti, Giacinto Prandelli, Dino Dondi, Dimitri Lopatto
Apr 9, 2013

Lançamento do Livro do Casão. É hoje.

Casagrande lança livro e comemora liberdade: ‘Droga é uma roleta russa’

Comentarista da TV Globo conta que tinha necessidade de relatar período de dependência química e que há luz no fim do túnel, mas alerta: ‘É longo’

Por Alexandre Lozetti e Juliano CostaSão Paulo

O ex-jogador e comentarista da TV Globo Walter Casagrande Jr. lança na tarde desta terça-feira, em São Paulo, o livro “Casagrande e seus demônios”, escrito pelo jornalista Gilvan Ribeiro. Na publicação, ele fala sobre seu problema com as drogas, acentuado entre 2005 e 2008. Há espaço também para algumas experiências divertidas, como as reuniões na época de adolescente na Zona Leste da capital paulista, e também histórias do futebol, principalmente na Democracia Corintiana, no início dos anos 80.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Casagrande revelou que mudou completamente depois de passar um ano “preso” em tratamento numa clínica (assista no vídeo acima). Ele agora consegue viver sozinho tranquilamente. Antes isso o deixava melancólico. E cada obrigação ou compromisso cumpridos, hoje, são comemorados com autoelogios, como: “Você está bem, hein, cara!”.

Segundo o comentarista, a ideia de escrever o livro se originou do tratamento contra a dependência química. Ele sentia necessidade de falar, e também via interesse nas pessoas em ouvirem, sobretudo aquelas que têm familiares em situação similar. Casagrande garante que há luz no fim do túnel, embora seja difícil enxergá-la. Corajoso, ele afirma que a relação com as drogas é um risco constante de perda de controle.

– Você joga. A droga é uma roleta russa. Se quiser brincar, experimentar, beleza. Você não sabe se vai conseguir ter controle sobre isso a vida inteira, ou se ela vai te controlar, e você vai passar a correr riscos, como de morte.

O evento de lançamento do livro terá início às 18h30 na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, número 2.073, em São Paulo. Na entrevista aoGLOBOESPORTE.COM, Casagrande contou um pouco de sua experiência e fez uma análise da classe atual dos jogadores, principalmente os que “desperdiçam talento”, como Adriano Imperador. Confira:

Casagrande livro Bem Amigos (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Casagrande fala sobre o drama com as drogas no livro (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Você, que sempre pregou a liberdade, mudou muito depois de passar aquele tempo ‘preso’ numa clínica? Passou a ver o mundo de uma forma diferente?
Eu mudei muito. Não tenho condições de dizer se para melhor ou pior, se hoje sou mais ou menos legal ou divertido. Independentemente da droga e do efeito na minha vida, sempre fui um cara extremamente livre, desde garoto. Eu não admitia nenhum tipo de imposição. Ficar trancado para mim era a morte. Quando a droga toma conta da sua vida, ela inverte seus valores, passa a ser o maior que você tem. Eu fui perdendo valores na minha vida. No ano em que fiquei na clínica houve uma coisa muito interessante, fantástica. Num grupo de terapia, a psicóloga perguntou a um cara que estava lá há três anos do que ele mais sentia falta na vida. Ele disse que era de abrir a geladeira. Eu pensei: que papo é esse? Estou sentindo falta de pegar meu carro, tomar um chope… Depois de seis, sete meses, em outra reunião, ela me perguntou isso. E eu estava sentindo falta de abrir a geladeira (risos). De ligar a televisão, ficar sem fazer nada. Quando abrir a geladeira é tão importante, você pensa no resto das coisas da vida, na convivência com amigos, família, trabalho.

O que significa ter liberdade? Ter poder de escolha. Quando você acorda de manhã e fala ‘vou cheirar’, não está mais livre”
Casagrande

E como você lidava com a contradição entre querer ser um cara livre e se ver preso pela dependência química?
Eu não entendia, fui entendendo com o tratamento. Você começa a ficar mais lúcido, limpo, e conclui que não vivia livre. Seria mentira se eu falasse que minha vida toda com droga foi uma bobagem. As pessoas se viciam porque a droga é legal. Por isso usam, gostam e, às vezes, ficam dependentes como eu fiquei. De 2004 pra frente, eu fiquei preso. O que significa ter liberdade? Ter poder de escolha. Quando você acorda de manhã e fala “vou cheirar”, não está mais livre. Eu estava desse jeito. Num determinado ponto do tratamento, percebi que estava livre dentro da clínica, e era conflitante para mim. Como posso estar livre se não tenho a escolha de sair? Minha família percebeu que era uma necessidade ficar sem escolha para eu me livrar de uma prisão, e poder me ver livre de novo.

Mas quando você teve o primeiro contato, foi por influência de alguém ou uma escolha sua?
Sempre tive tendência à droga, tive isso na cabeça. Talvez pela influência dos meus ídolos de garoto, dos mitos que criei na cabeça, eu queria experimentar. Era muito curioso. No dia do show do Peter Framptom (roqueiro britânico), o cara falou que estava com cocaína, e nós cheiramos. Foi uma escolha minha. Quero deixar duas coisas bem claras: primeiro, nunca ninguém me forçou a usar droga. Não tem esse papo que os pais falam, de que foram amigos, influência. O perigoso era eu. E segundo, nunca ofereci nada a ninguém.

Sempre tive tendência à droga, talvez pela influência dos meus ídolos de garoto. Mas nunca ninguém me forçou a usar droga. O perigoso era eu. E nunca ofereci nada a ninguém”
Casagrande

Então a droga, por si só, é contraditória? Ela dá uma ideia de liberdade, mas acaba o levando a uma prisão?
Não necessariamente. Não podemos pegar meu caso, ou de outras pessoas que até morreram, como o Chorão, como regras. É chocante, mas nem todos são assim. Você joga. A droga é uma roleta russa. Se quiser brincar, experimentar, beleza. Você não sabe se vai conseguir ter controle sobre isso a vida inteira, ou se ela vai te controlar, e você vai passar a correr riscos, como de morte.

Você diz que se detestava, mas que as pessoas têm uma tendência a gostar de você. Por que os outros gostavam mais de você do que você de si mesmo?
Isso era conflitante para mim, me deixava melancólico. Quando eu tinha de ir para casa, eu entrava numa melancolia porque eu não gostava de mim, me achava muito chato, não consigo explicar o porquê. Eu não me suportava sozinho. Acho que por isso eu buscava pessoas o dia inteiro. E hoje vivo sozinho durante boa parte do tempo, tranquilamente. Leio um livro, ouço música, vejo um filme, numa boa.

Então hoje você vai sair daqui para casa sozinho, e vai ficar bem? Você se sente feliz?
Vou tranquilo. Quando faço um trabalho como o “Bem, Amigos”, ou um jogo como fiz no sábado, e vou para casa, faço uma autoanálise do meu desempenho, e me sinto bem. É uma festividade cumprir minhas obrigações porque antes eu tinha muitas dificuldades para fazer isso. Já faz cinco anos que saí da internação, mas o efeito de ter marcado uma entrevista aqui com vocês às oito da noite, e ter chegado às oito, é motivo de comemoração interna.

Casagrande (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Casagrande: ‘É uma festividade cumprir minhas obrigações’  (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)
Há uma saída, há uma luz no fim do túnel. O túnel é longo pra c… quando você é dependente de drogas. Podem achar que um filho não tem saída porque não veem a luz acesa, mas é preciso caminhar de encontro a ela, procurar tratamento, pedir ajuda”
Casagrande

Quando você anda na rua, sabe que está sendo julgado pelas pessoas, não? Como se sente?
Olha só, vivo da seguinte maneira: o importante para mim é meu julgamento, aquilo que eu penso, faço e julgo certo para mim. Passei por um período brabo de 2005 a 2008. Foram três anos em que me droguei muito, sofri um acidente, fiquei internado um ano. Não sabia o que ia acontecer na minha vida. Hoje dou valor ao que faço. Se me acharem legal, um exemplo, fico orgulhoso e satisfeito. Se me disserem que sou um drogado, fico chateado, lógico, mas o importante é o que eu acho. Tenho uma maratona de coisas agora por causa do livro, vou ao Jô, à Fátima Bernardes, a outras televisões, e vou dar conta. Quando acabar, vou me premiar com tranquilidade, paz de espírito, e vou tomar um chope com os amigos. As coisas mínimas têm muito valor para mim, não preciso de nada mirabolante.

Mas por que lançar um livro em que você diz tudo isso? Você queria contar, precisava contar, sentia que poderia deixar um legado?
É tudo isso. Aprendi na clínica que tem de falar, era uma comunidade terapêutica. E muita gente tem pessoas como eu na família, problemas assim, e não sabem o que fazer. Sou um dos que têm problemas com droga, mas consigo levar a vida porque há uma saída, há uma luz no fim do túnel. O túnel é longo pra c…… quando você é dependente de drogas. Podem achar que um filho não tem saída porque não veem a luz acesa, mas é preciso caminhar de encontro a ela. Procurar tratamento, pedir ajuda. O Narcóticos Anônimos nada mais é do que isso, dar seu depoimento e ouvir.

Casagrande (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Casagrande: ‘Se me disserem que sou um drogado, fico chateado’ (Foto: Marcos Ribolli/globoesporte.com)

Você fala em falta de coragem de assumir que precisa de ajuda, mas ao mesmo tempo foi um jogador extremamente corajoso, por quebrar paradigmas. Consegue traçar esse paralelo?
No caso, a falta de coragem é porque você não percebe que precisa de ajuda. Quando percebe, tem vergonha. Para pedir ajuda, você tem de reconhecer que fracassou, e um ser humano reconhecer que fracassou é muito complicado. Para qualquer pessoa, não só dependentes químicos, dizer “eu perdi” é complicado. No jogo eu era corajoso porque fazia aquilo com prazer. Quando você precisa de ajuda na droga é porque foi derrotado.

Como vê a classe de jogadores de futebol hoje em dia? Acha que eles são omissos em relação a determinados assuntos?
Não é que incomoda, mas acho que o jogador de futebol poderia fazer muita coisa em prol da classe, da sociedade, politicamente, socialmente. Ele tem a mídia o tempo todo: internet, 300 televisões, qualquer coisa que ele fala dá um eco enorme. Na época da Democracia Corintiana não existia celular, nada disso, e fazia barulho porque a gente ia de encontro a isso. Falta o jogador largar um pouco do egoísmo. Ele está bem, ganha muito, mas poderia ir de encontro à realidade da sociedade, que não é aquela em que ele vive. Nem a realidade do futebol é a do grande jogador. São poucos que ganham bem e se destacam. Raramente vejo algum movimento, manifestação ou depoimento interessante para a sociedade.

Casagrande (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Casagrande gostaria de ver jogadores mais mobilizados (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)

Você acha que os jogadores deveriam se mobilizar mais em torno de questões sociais e até de política, como vocês fizeram na época das Diretas Já? O contexto daquela época era bem mais sério, e mesmo assim vocês não omitiam opiniões.
Olha, sou um cara altamente democrático. Apesar de me incomodar e achar que eles poderiam fazer mais coisas hoje, estamos numa democracia, eles fazem o que bem entendem, não precisam levantar bandeira de questão nenhuma. Acho que poderiam fazer, mas não dá para cobrar. Mas acho um desperdício, pela mídia que o futebol tem, só se falar de futebol.

A falta de preparação do ser humano é muito grande”
Casagrande

No livro você fala da importância da terapia. Ela poderia ser mais utilizada no futebol, faz falta aos jogadores?
Muito. Deveria haver psicólogo trabalhando já nas equipes de base. O garoto joga a Copa São Paulo de juniores e no outro dia já está no Manchester United, sem ter uma transição, um crescimento. Isso acontece demais no futebol. A falta de preparação do ser humano é muito grande. Deveria ter um trabalho psicológico, sim. Você precisa trabalhar o cara para esse impacto, de um dia estar na base do Corinthians e no outro fazendo gol no Boca Juniors na final de uma Libertadores da América, e sendo campeão do mundo. Se preparado já é difícil segurar a onda, imagina sem estar preparado.

Você fez terapia na época de jogador?
Na época da Democracia a gente fazia terapia em grupo, com o Flávio Gikovate (hoje um dos principais psicoterapeutas do Brasil). Se o jogo era na quarta-feira, tinha a concentração para o jogo na terça-feira, e aí rolava a terapia em grupo, que era voluntária, mas a maioria descia e participava. A gente falava em grupo temas que vocês nem imaginam, como amor, vaidade… era muito bom ter esse trabalho psicológico.

Casagrande (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)Casagrande lamenta ‘desperdício’ do talento de
Adriano (Foto: Marcos Ribolli / globoesporte.com)

Como comentarista, você analisa o que os jogadores fazem dentro de campo, mas é evidente que o que eles fazem fora também acaba se tornando assunto. Imagino que você se incomode de ver talentos sendo desperdiçados por conta de, digamos, atitudes erradas, não?
Ah, muito, vejo muito desperdício de talento. Se você for analisar friamente o futebol, vai ver mais histórias de desperdício do que de vitórias, sucessos. Vamos pegar o Robinho. Pô, hoje ele está no Milan, fantástico, é um vencedor. Mas ele foi tudo o que a gente imaginava? Vamos falar a verdade. Quando ele surgiu, com as oito pedaladas sobre o Rogério, nós vimos o novo Pelé. Hoje ele é um jogador de sucesso, mas acho que, com trabalho psicológico, seria muito mais, chegaria perto daquilo que imaginávamos. Com a maioria dos jogadores é assim.

O Adriano é um exemplo também?
Sim, e eu falo isso há pelo menos dois anos, o Adriano é um cara que precisa de ajuda, ele precisa de terapia. Eu tenho A.T., que é “acompanhante terapêutico”, para me sentir mais seguro, e ele tinha que ter também. Quantos Adrianos ainda não vamos ver por aí? Olha o Jobson. Ele é o novo Adriano. É um cara talentoso, que teve várias chances, e hoje está aí no São Caetano. Muita gente tenta ajudar, mas não é ajuda correta, é só para tentar fazer o cara jogar bem. Ninguém pensa em fazer do cara um ser humano melhor. Pensam só em si mesmos.

Minha situação de risco é ir a um bar. Não frequento o banheiro porque é um lugar onde pode acontecer de oferecerem drogas. Se eu tiver a necessidade, pago a conta e vou para casa”
Casagrande

Você tem amigos no futebol?
Não. Não tenho amigo nenhum, não tenho afinidade com dirigente nenhum, com jogador nenhum, e não quero ter com ninguém. Eu faço comentário. Quero sentar na cadeira da transmissão e ter total liberdade de fazer uma crítica. Não posso ter constrangimento porque ontem a gente saiu para almoçar e amanhã vou comentar um jogo seu. Não posso me sentir influenciado.

E com os jogadores da sua época, tem amizade?
Tenho amizade com o Paulo Roberto, que era lateral, foi do Grêmio, do Vasco, do Cruzeiro. No geral, tenho pouco contato. Às vezes encontro alguém num evento, no aeroporto, mas contato mesmo, de procurar alguém ou alguém me procurar, (meu amigo) é o Paulo Roberto.

Como você lida hoje com as chamadas “situações de risco”?
Eu lido bem. Minha situação de risco é essa de ir num bar e não frequentar o banheiro, porque é um lugar onde pode acontecer de oferecerem drogas. Eu não vou a bar à noite. Quando eu vou a um bar, e eu vou só na Vila Madalena, eu vou às 5 da tarde, no happy hour, e evito ao máximo ir ao banheiro. Se eu tiver necessidade, pago a conta e vou para casa. Faço isso porque evito a tal situação de risco, uma das coisas que aprendi na clínica.

E para os jogadores há mais situações de risco hoje ou na sua época?
Na minha época tinha mais. Hoje eles são vigiados, tem celular… hoje eles não têm liberdade para fazer o que querem, eles têm vontade de se divertir um pouco mais e não conseguem porque a privacidade foi para o saco com toda essa tecnologia.  Na minha época era mais difícil, a oferta vinha em todo canto. Era mais difícil arrumar droga, mas como você era menos exposto, ficava mais seguro de si. Era menos vigiado e dava mais passos errados.

 

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Apr 9, 2013

O Corinthians é o que mais cresce.

Região Sul é a única em que clubes do Sudeste não têm maiores torcidas

Setorização de pesquisa mostra força local dos gaúchos na preferência do público. Grêmio lidera estudo, seguido de perto pelo Inter. Corinthians é o 3º

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro

Encabeçados por Flamengo e Corinthians, os clubes do Sudeste dominam quatro das cinco regiões do Brasil em termos de torcida. Porém, a história não se repete no Sul do país. A Pluri Stochos Pesquisas e Licenciamento Esportivo, empresa de consultoria esportiva que realizou uma pesquisa divulgada em março, revelou mais detalhes da setorização do estudo. Nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, os clubes gaúchos dominam a preferência do público local. O Grêmio lidera com 18,9% dos entrevistados, mas é seguido de perto pelos torcedores do Internacional, com 16,4%.

pesquisa região sul (Foto: arte esporte)

Todos os estados do Sul estão representados entre os mais votados. Só depois dos dois gaúchos é que os clubes do Sudeste dividem torcida na região, mas em escala bem inferior a Grêmio e Inter. O Corinthians aparece em terceiro lugar, com 10,3%. O Flamengo vem na sequência com 4,9%, seguido de perto por várias equipes: São Paulo (4,6%), Palmeiras (4,5%), Atlético-PR (4,5%), Santos (2,9%), Avaí (2,4%), Coritiba (2,4%), Figueirense (2,2%), Vasco (1,5%), Criciúma (1,4%) e Fluminense (1%). O somatório dos torcedores de outros times equivale a 3,9% dos entrevistados.

A pesquisa nacional foi conduzida em 146 municípios, em todos os 26 estados e mais o Distrito Federal, e ocorreu entre novembro de 2012 e fevereiro de 2013. A amostra compreende 21.049 entrevistados, acima de 16 anos. Em todo o Brasil, a torcida do Fla lidera com 16,8%, 2,2% a mais que os torcedores do Corinthians. Ainda segundo o estudo, 20,8% da população brasileira não torcem para qualquer clube. A margem de erro para o universo pesquisado é de 0,68%.

Confira o ranking das torcidas na Região Sul:

1º) Grêmio – 18,9%
2º) Internacional – 16,4%
3º) Corinthians – 10,3%
4º) Flamengo – 4,9%
5º) São Paulo – 4,6%
6º) Palmeiras – 4,5%
7º) Atlético-PR – 4,5%
8º) Santos – 2,9%
9º) Avaí – 2,4%
10º) Coritiba – 2,4%
11º) Figueirense – 2,2%
12º) Vasco – 1,5%
13º) Criciúma – 1,4%
14º) Fluminense – 1%
Outros clubes – 3,9%
Não torcem para nenhum clube – 18,4%

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Apr 9, 2013

Grande talismã.

 

Corinthians homenageia Tupãzinho em muro do CT Joaquim Grava

 

Luiz Ricardo FiniSão Paulo (SP)

Como já se tornou costume, o Corinthians aproveitou mais uma parte do muro do Centro de Treinamentos Joaquim Grava para homenagear um ex-jogador do clube. Na tarde desta segunda-feira, o talismã Tupãzinho compareceu ao local para a ‘inauguração’ do painel.

A imagem exibe o ex-atleta dando um carrinho para superar Zetti e marcar o gol da vitória por 1 a 0 do Corinthians sobre o São Paulo, que rendeu ao Alvinegro o inédito título do Campeonato Brasileiro de 1990.

“O tempo passa rápido, estou barrigudo, um pouco gordo, mas é uma satisfação imensa receber esta homenagem. Agradeço de coração, porque foi um título inédito para o Corinthians”, afirmou o ex-atleta.

Antes do muro em referência a Tupãzinho, o Corinthians também dedicou espaços a outros cinco ex-atletas: Ronaldo, Sócrates, Basílio, Viola e Neto.

Divulgação/Agência Corinthians

Tupãzinho posou para fotos em frente ao muro em sua homenagem (Foto: Daniel Augusto Jr.)
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Apr 9, 2013

Bolívia sem peritos.

Sem peritos, reconstituição do crime de Oruro é adiada para dia 17 de abril

Especialistas bolivianos e familiares de Kevin não compareceram ao Estádio Jesús Bermúdez

  • Raphael Ramos, enviado especial – O Estado de S. Paulo

ORURO – A reconstituição dos acontecimentos anteriores à morte do torcedor Kevin Beltran Espada a partir da visão dos 12 torcedores foi adiada para o dia 17 de abril. Embora os torcedores tenham se deslocado da penitenciária San Pedro para o Estádio Jesús Bermúdez, juntamente com representantes do Ministério Público, na tarde desta segunda-feira, os peritos bolivianos, que sairiam de La Paz, não compareceram à reconstituição em Oruro. Também contribuiu para o adiamento o fato de os familiares de Kevin não estarem presentes.

 

Essa etapa da investigação, chamada de inspeção pelas autoridades bolivianas, é importante para definir o rumo das investigações sobre a morte do adolescente atingido por um disparo de sinalizador da torcida corintiana, no dia 20 de fevereiro, na partida entre San Jose e Corinthians, pela Copa Libertadores. A reconstituição do crime propriamente dita será realizada apenas no final das investigações, que devem ser encerradas em cinco meses.

Para os corintianos, a etapa de hoje é uma grande oportunidade para comprovarem a alegação de que não tiveram participação direta no disparo do sinalizador e aguardarem a conclusão do processo em prisão do domicilar – a torcida Gaviões da Fiel já alugou um imóvel em Cochabamba para os torcedores. Os torcedores querem provar que o autor do disparo foi o menor de idade que confessou o crime, apresentou-se à justiça brasileira e aguarda definição da investigação feita no Brasil.

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Apr 9, 2013

Rádio Ópera- programação- terça-feira- 09/04/13

www.radioopera.com.br

 

Terça

DOKTOR FAUST (Busoni) Horário: 06:00
Lyon, 1997-1998. Maestro: Kent Nagano.
Elenco: Dietrich Fischer-Dieskau, Dietrich Henschel, Markus Hollop, Kim Begley, Torsten Kerl, Eva Jenis, Markus Hollop, Detlef Roth, William Dazeley.
MANON (Massenet) Horário: 09:30
Nova Iorque, 13/2/1937. Maestro: Maurice Abravanel.
Elenco: Bidu Sayão, Sydney Rayner, Richard Bonelli, Chase Baromeo, Natalie Bodanya, Charlotte Symons, Irra Petina, Angelo Bada, George Cehanovsky, Louis d’Angelo, Max Altglass, Arnold Gabor, Gina Gola.
OTELLO (Verdi) Horário: 12:55
Torino, 1955. Maestro: Franco Capuana.
Elenco: Carlos M. Guichandut, Giuseppe Taddei, Angelo Mercuriali, Tommaso Soley, Marco Stefanoni, Alberto Albertini, Cesy Broggini, Rina Corsi, Mario Conte.
FERNANDO CORTEZ (Spontini) Horário: 15:10
Nápoles, 15/12/1951. Maestro: Gabriele Santini.
Elenco: Gino Penno, Renata Tebaldi, Piero De Palma, Aldo Protti, Antonio Cassinelli, Italo Tajo, Afro Poli, Augusto Romano, Gerardo Gaudioso, Gianni Avolanti, Luigi Paolillo.
IL BARBIERI DI SIVIGLIA (Rossini) Horário: 17:20
Londres, 7-14/2/1957. Maestro: Alceo Galliera.
Elenco: Maria Callas, Luigi Alva, Tito Gobbi, Fritz Ollendorff, Nicola Zaccaria, Gabriella Carturan, Mario Carlin.
LOHENGRIN (Wagner) Horário: 19:40
Viena, 1962/1963. Maestro: Rudolf Kempe.
Elenco: Jess Thomas, Elisabeth Grummer, Christa Ludwing, Dietrich Fischer-Dieskau, Gottlob Frick, Otto Wiener.
Apr 8, 2013

Camisa nova. Paixão antiga.

 

Paulinho e Pato apresentam novas camisas do Timão pela internet

 

São Paulo (SP)

Dois jogadores do Corinthians resolveram se adiantar ao evento de apresentação das novas camisas, realizado no final da tarde desta segunda-feira, no CT Joaquim Grava, e apresentaram como serão os modelos dos uniformes de 2013 pela internet. Em suas contas no Instagram, Alexandre Pato e Paulinho exibiram os modelos principal e reserva, que já estreiam durante a semana, em confrontos pela Copa Libertadores e pelo Campeonato Paulista.

O uniforme número um, predominantemente branco e com golas e mangas pretas, remete àquele que foi utilizado na conquista do Campeonato Brasileiro de 1990, e já entra em campo nesta quarta-feira, quando o Timão recebe o San José pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Heroi da conquista do Brasileiro de 90, com um gol marcado sobre o São Paulo, Tupãzinho participará do evento de apresentação do novo uniforme.

Já a camisa número dois foi divulgada por Paulinho com fotografia tirada momento em que uma máquina grafava a numeração, na rouparia do clube. As listras em preto e branco não eram utilizadas desde 2009 pelo Timão. Em março, um protótipo da camisa com listras negras mais grossas foi divulgado e negado pela Nike, empresa responsável pelo fornecimento de material esportivo. A única diferença do protótipo em relação ao uniforme oficial é uma gola branca.

Pela internet, Pato se manifestou com um sorriso no rosto e os seguintes dizeres: “Olha o que achei no meu armário. A nova camisa do Timão! #nãoparanunca”. Paulinho teve reação semelhante: “Ai galera olha o q achei aqui na rouparia,o novo manto sagrado!!!! #naoparanunca”. Em resposta, a maioria dos torcedores mostrou satisfação com as novas camisas.

Reprodução/Instagram

Pela internet, Pato e Paulinho se adiantaram ao próprio Timão e mostraram os modelos da nova camisa
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Apr 8, 2013

Abertura da Copa 2014

 

Aldo Rebelo reafirma estádios até dezembro e abertura em Itaquera

 

São Paulo (SP)

Convidado do Mesa Redonda, da TV Gazeta, Aldo Rebelo reafirmou compromisso de entregar todos os estádios da Copa do Mundo de 2014 até dezembro, como pedido pela Fifa. O ministro do Esporte negou, ainda, a possibilidade de que o jogo inaugural do torneio não seja em Itaquera.

“A ideia é entregar o Beira-Rio, por exemplo, em setembro. Nosso acompanhamento indica que estão todos dentro do cronograma. Tenho falado semanalmente com os responsáveis diretos. No caso dos estádios públicos, com governadores. No caso dos privados, com proprietários e construtoras. Esse acompanhamento é rigoroso”, disse, na noite deste domingo.

Cinco das seis cidades que receberão jogos da Copa das Confederações, em junho deste ano, também serão sedes da Copa do Mundo. A dois meses da primeira partida, ainda há estádios inacabados. Rebelo, no entanto, dá garantia de que serão palcos da competição sem problemas.

Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Ministro do Esporte participou do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, na noite deste domingo

“Teremos entregue os seis até abril. Na sexta-feira, entregamos o de Salvador (Arena Fonte Nova). No dia 14, o de Recife (Arena Pernambuco). No dia 21, o de Belo Horizonte (Novo Mineirão). No dia 27, o Maracanã (Rio de Janeiro). Quanto aos outros (da Copa do Mundo), o compromisso é para que fiquem prontos até dezembro”, reafirmou o ministro. 

Questionado sobre o estádio do Corinthians, ele reforçou que não há nenhuma chance de mudança do local da estreia da Copa. “Tenho acompanhado diariamente essa questão. Todas as providências foram tomadas para que São Paulo tenha a abertura, para que o estádio esteja pronto em dezembro”, comentou Rebelo, ao adiantar que fará, em breve, nova visita a Itaquera.

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Apr 8, 2013

Esse Romarinho está cada vez melhor.

Com Romarinho inspirado, Corinthians se classifica

PAULISTA Camisa 31 não marca o seu, mas comanda ataque no Pacaembu

RAFAEL VALENTEDE SÃO PAULOCorinthians 2
Jorge Henrique, aos 37 min do 1º tempo, e Paolo Guerrero, aos 43 min do 2º tempo

São Bernardo 0

Paolo Guerrero foi o mais aplaudido quando o placar eletrônico anunciou os titulares do Corinthians, ontem, contra o São Bernardo. Mas não saiu como herói na vitória que deu ao time a vaga nas quartas de final do Paulista.

Recuperado das dores musculares que o tiraram do jogo na Colômbia, há quatro dias, o peruano voltou a marcar gols após dois jogos, mas desperdiçou pênalti e, no final, viu os aplausos serem direcionados para Romarinho.

O camisa 31, que sempre que começou como titular teve seu futebol questionado, fez sua melhor exibição. Foi responsável pelas principais jogadas ofensivas e por pendurar a defesa adversária.

Ainda deu assistência para Guerrero marcar o segundo gol corintiano e sofreu o pênalti que poderia ter dado mais tranquilidade ao time -o peruano falhou na cobrança, e Wilson defendeu.

“Só faltou meu gol. Criei bastante. No último lance até falei para o Guerrero: ‘Deixa para mim, você já tem muitos [gols]'”, disse Romarinho, aos risos. “Mas o importante foi a vitória. Fiquei feliz com a minha atuação.”

Descontada a atuação de Romarinho e o gol de Jorge Henrique, que finalizou de fora da área e abriu o placar, os corintianos só tiveram a classificação com duas rodadas de antecedência como motivo para festejar.

Tite voltou a escalar uma equipe reserva no Paulista e usou apenas três titulares desde o início -o zagueiro Gil, o lateral esquerdo Fábio Santos e Guerrero. O meia Danilo entrou na etapa final.

Assim, o futebol ficou comprometido e não agradou. A equipe até sofreu alguns sustos, especialmente em finalizações de Fernando Baiano -jogador revelado pelo Corinthians nos anos 1990.

O goleiro Júlio César, que atualmente é a terceira opção do elenco corintiano, ainda falhou em dois lances e contou com a sorte para que o rival não marcasse -a trave ajudou nas duas ocasiões.

O Corinthians deixou o estádio com atletas preocupando o departamento médico.

Fábio Santos foi substituído na etapa final com dores na perna direita e será avaliado para o compromisso de quarta contra o San José-BOL, no Pacaembu, no último jogo da fase de grupos da Libertadores. Já Guilherme Andrade, que é reserva, sentiu o joelho direito e saiu chorando.

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