Uma boa noticia. Outra, nem tanto.
O novo presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Juan Ángel, declarou que seu projeto é ampliar a Copa Libertadores da América com a inclusão de clubes dos Estados Unidos.
Viva! Uma Libertadores com 4 clubes dos EUA, 4 do Brasil, 4 da Argentina e um número menor de outros países seria uma gol de placa.
Este era o projeto iniciado no final dos anos 90 e tinha como objetivo uma Copa de Norte a Sul no continente. Era um grande projeto trazido, especialmente, pela HMTF . Merece aplauso o novo dirigente da Conmebol com o recomeço desta luta.
Haverá muitas dificuldades. As TVs não gostam muito dessa ideia. Até hoje não sei porquê. Os países periféricos do futebol (Equador, Bolívia, Venezuela etc) também não gostariam de diminuir o número de clubes de suas federações.
Uma Copa Libertadores com clubes dos Estados Unidos seria uma competição de grande vulto. Vamos torcer.
E o dinheiro?
A Folha de hoje, no caderno de esportes diz que o técnico Mano Menezes quer (porque quer) a contratação do jogador Nilmar. E traz uma notícia interessante: o jogador aceitou reduzir seu salário para 350 mil por mês. Sim, meu caro corinthiano, por volta de 12 mil por dia.
Na mesma notícia, o técnico Mano Menezes faz uma advertência (ou ameça): “Depois não vão chorar.”
Que o técnico queira a contratação de um jogador, tudo bem. Agora, que o clube aceite qualquer imposição é outra coisa.
Isso tudo (salário,contratação etc) não seria problema se o clube não se encontrasse em situação financeira tão difícil: uma diretoria inteira está sendo processada por crime fiscal (reteve indevidamente imposto e não o recolheu) e o clube luta para parcelar impostos de toda espécie (imposto de renda, contribuição previdenciária e FGTS). Além disso, tem um mundo enorme de ações trabalhistas. Isto tudo sem falar na dívida do estádio -que é outra história- e deverá ser honrada no futuro.
Cabe à diretoria avaliar as condições financeiras para a contratação. E deixar de pagar imposto não é um bom caminho.
Entrevista para “Donos da bola”
Citadini diz que Tricolor treme diante do Corinthians
A tal “reengenharia”
Quando o atual grupo dirigente do Corinthians estava em campanha (lá por junho de 2007), uma palavra tomou conta dos debates no clube: “reengenharia”.
Diariamente os atuais gestores diziam que o clube necessitava de uma “reengenharia administrativa” que daria um novo modelo ao Timão.
Nunca este projeto foi muito detalhado, embora tenha corrido por todo lado.
A tal reengenharia, que seria aplicada logo após a eleição, garantiria o equilíbrio das finanças no clube. Despesas e receita dos Departamentos seriam equilibradas. Os problemas de gestão desapareceriam com a fórmula a ser aplicada.
Bom, não é preciso ser um “reengenheiro” para ver que alguma coisa não deu certo. Ou a fórmula estava errada ou foi aplicada incorretamente.
As ações criminais anunciadas na semana passada e o grande passivo fiscal ainda não negociado (193 milhões, reconhecido pelo clube) indicam que o equilíbrio não chegou.
Embora os “Relatórios de Sustentabilidade”, fartamente distribuídos nos últimos anos, digam maravilhas, a verdade é que a execução orçamentária esta longe do equilíbrio.
Nesses últimos anos o clube aumentou -em muito- suas receitas. As despesas, sim, cresceram em velocidade maior, e então chegamos aos problemas atuais.
A “reengenharia” não resolveu.
Tristão e Isolda
Uma linda ária de Tristão e Isolda, de Wagner, com a cantora Waltraud Meier. A apresentação é de 1999, em Munique.
Abaixo, você confere também a abertura desta linda ópera, com a sinfonia de Chicago.
Dívida fiscal
Andrés se defende e diz que Corinthians negociou a dívida fiscal
Ex-presidente do clube terá de responder por crime fiscal cometido em 2010; dívida com a Receita Federal é de R$ 94,15 milhões
Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez voltou aos holofotes nesta semana. Na terça, anunciou que deixará o cargo de administrador do Itaquerão no próximo dia 18. Seguirá sendo apenas conselheiro vitalício e membro do CORI, o Conselho de Orientação do clube. Nesta quinta foi revelado que ele terá de responder por crime fiscal cometido durante o período em que esteve à frente do Corinthians.
Justiça aceita denúncia de crime fiscal
DIEGO SALGADO – O ESTADO DE S. PAULO
Ex-presidente do Corinthians e outros três dirigentes deixaram de recolher impostos em 2010; valor do débito é R$ 94,25 milhões
Andrés Sanchez terá de responder por crime fiscal cometido durante o período em que esteve à frente doCorinthians. A denúncia do Ministério Público Federal, que também inclui a ação ilegal de outros três dirigentes do clube, foi aceita pela Justiça federal no dia 11 de julho e divulgada apenas nesta quinta-feira, 27 dias depois. No total, o valor do débito, atualizado, é de R$ 94,15 milhões.
O ex-presidente do Corinthians e atual candidato a deputado federal pelo PT confirmou, por meio de sua assessoria, que o débito existe. Andrés disse que qualquer pronunciamento oficial deve ser feito pelo Corinthians. Mais tarde, pelo Twitter, minimizou o problema iniciado ainda na gestão Alberto Dualib, em fevereiro de 2007. “Os corintianos podem ficar tranquilos. O Corinthians está com tudo resolvido, está pagando todos os impostos atrasados há décadas. Mas, infelizmente tudo do Corinthians aumenta”, disse.
O clube, por sua vez, afirmou que o pagamento das parcelas ocorre desde dezembro, antes da denúncia do MPF. Luiz Alberto Bussab, diretor jurídico do clube, explica que, à época, não havia possibilidade do pagamento. O fato estava ligado à situação financeira que o Corinthians atravessava. “Não houve crime. Assim que o Corinthians teve chance, começou a pagar. Os impostos, hoje, são recolhidos.”
Mais tarde, em entrevista à ESPN, Andrés confirmou a versão do jurídico do Corinthians e disse que ao assumir o clube, em 2007, precisou priorizar algumas contas, devido à crise. “A situação começou a melhorar em 2011 e começamos a pagar”, afirmou.
Segundo a assessoria da 1ª Vara Federal Criminal de São Paulo, o débito, de fato, já foi negociado e parcelado pelo clube. Mesmo assim, os envolvidos – neste caso, o corpo diretivo – terá de responder penalmente pelas acusações. Roberto de Andrade, André Luiz de Oliveira e Raul Corrêa da Silva, além de Andrés, foram denunciados. Os envolvidos podem ser condenados até dois anos de detenção, além do pagamento de multa.
A denúncia do MPF é de 7 de março deste ano e diz respeito a “crime de apropriação indébita previdenciária”. Os dirigentes retiveram o valor dos impostos do Corinthians. A ação os dirigentes, de acordo com o MPF, foi consciente e voluntária. Os impostos não recolhidos estão ligados a diversos vencimentos do clube – de pagamento de funcionários, trabalhadores terceirizados e empresas prestadoras de serviços.
Ainda de acordo com o documento do Ministério Público Federal, a falta de pagamento dos tributos incluída nos autos se refere ao período posterior ao dia 12 de julho de 2010. Os supostos crimes cometidos anteriormente prescreveram após quatro anos (em números, R$ 10 milhões deixaram de ser recolhidos pela Receita Federal). O documento cita irregularidades até dezembro de 2010.
A decisão da Justiça federal em aceitar a denúncia do MPF é do juiz Joaldo Karolmenig de Lima Cavalcanti, da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo. O processo foi redistribuído e encontra-se na 1.ª Vara. De acordo com a assessoria do órgão, o juiz Alessandro Diaferia esta à frente do processo após a mudança. Nesta quarta-feira, os documentos da Justiça federal entraram em sigilo.
Entre os acusados, somente Raul Corrêa da Silva ainda ocupa um cargo no clube (de diretor financeiro). André Luiz de Oliveira é ex-diretor administrativo, Roberto de Andrade é ex-diretor de futebol e ex-vice-presidente – o dirigente é também pré-candidato à presidência do clube. Andrés Sanchez deixou a presidência do Corinthians dia 16 de dezembro de 2011. No total, ocupou o cargo por 50 meses, desde 9 de outubro de 2007.
A reportagem do Estado entrou em contato com Roberto de Andrade, que não atendeu às ligações.
CONFIRA A NOTA DA PROCURADORIA EM SÃO PAULO
O Ministério Público Federal ainda não foi oficialmente cientificado de qualquer decisão judicial posterior ao oferecimento da denúncia no bojo da ação nº 0002848-31.2014.4.03.6181, em trâmite perante a 10ª Vara Criminal Federal de São Paulo. O feito originou-se de denúncia oferecida em março de 2014 pelo MPF contra quatro pessoas que compunham a diretoria do Sport Clube Corinthians Paulista em 2010, imputando-lhes – na condição de dirigentes responsáveis pela gestão do citado Clube de Futebol à época – a responsabilidade pelo não repasse de valores referentes a imposto de renda retido na fonte pelo Clube, com relação a vários meses daquele ano de 2010, em montante que chega a R$ 94.150.071,43. São os denunciados: Andrés Navarro Sanchez (presidente do clube à época dos fatos), Roberto de Andrade Souza (então 1º vice-presidente), André Luiz de Oliveira (então diretor administrativo) e Raul Antônio Correa da Silva (então diretor financeiro). A atual responsável pela ação é a procuradora da República Priscila Pinheiro de Carvalho.
www.estadao.com.br
Quarta com futebol de segunda ( ou terceira)
Corinthians ‘administra derrota’ e garante vaga
COPA DO BRASIL
Time paulista perde por 1 a 0 mas se classifica às oitavas
DE SÃO PAULO
O Corinthians apostou que o Bahia não teria competência para fazer três gols. Acertou. A equipe de Mano Menezes apenas administrou o resultado e perdeu por 1 a 0 nesta quarta (6), na Fonte Nova.
Com o resultado, em Salvador, avançou às oitavas de final da Copa do Brasil. Na partida de ida, no Itaquerão, havia vencido por 3 a 0.
O próximo adversário corintiano será definido por sorteio a ser feito pela CBF.
O Corinthians não teve o menor interesse em jogar futebol nos primeiros 45 minutos. O time não conseguiu acertar três passes consecutivos e entrou em campo com quatro mudanças em relação ao time que havia empatado com o Coritiba, no último domingo (3), pelo Brasileiro.
Para sorte dos paulistas, o Bahia não está na penúltima posição do Campeonato Brasileiro por acaso.
Nem mesmo quando os zagueiros corintianos erraram, como aconteceu com Cleber aos 21 min, Maxi Biancucchi não conseguiu aproveitar. Ele saiu de frente para o gol, mas não superou Cássio.
Com sérios problemas de finalização, os baianos precisaram de uma colaboração do adversário para conseguir abrir o placar. Guilherme Andrade providenciou isso aos 32. Ele tentou cortar cruzamento, chutou a bola contra o próprio peito e esta entrou no ângulo direito.
MUDANÇAS
No intervalo, Mano Menezes colocou Ángel Romero no ataque e adiantou a marcação. Não transformou o Corinthians em uma equipe ofensiva. Foi o suficiente para complicar o Bahia.
Mesmo com mais opções pelas laterais de campo, os paulistas não conseguiam criar grandes oportunidades para empatar.
A partida foi aos poucos caindo no mesmo marasmo do primeiro tempo. Em grande parte porque o Bahia não mostrou qualquer poder de fogo para fazer o segundo gol e dar alguma emoção ao confronto.
Cássio não foi obrigado a fazer nenhuma defesa difícil na etapa final.
Mano acreditou que sua escalação modificada seria suficiente para garantir a classificação e ainda preservaria titulares para o clássico contra o Santos, domingo, na Vila Belmiro, pelo Brasileiro.
Estava certo.
www.folha.com.br
A guerra continua.
Pedro Lopes *
Do UOL, em São Paulo
-
Romário e Alex se uniram para fazer campanha contra votação da LRFE, que não entrará na pauta da Câmara nesta terça-feira
Os deputados que trabalharam na elaboração da Lei de Responsabilidade Fiscal, criada para refinanciar as dívidas dos clubes de futebol, não conseguiram costurar um acordo com a base do governo. Por isso, a votação, que poderia ocorrer nesta terça (05.08) ou na quarta, será realizada apenas depois das eleições presidenciais, em outubro.
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana, foi um dos parlamentares que pressionou para o adiamento. Deputados da “bancada da bola”, grupo alinhado com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e os clubes, também confirmam o adiamento. Ao site da ESPN, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), também confirmou a votação após o pleito. “É um assunto delicado que merece atenção e paciência. Vamos fazer isso depois das eleições, posso garantir”, afirmou Alves.
Atletas do Bom Senso FC estiveram na Câmara dos Deputados nesta terça para pedir mudanças no projeto, mas não foram os principais responsáveis pelo adiamento. Ainda não há um acordo com a base governista que possibilite que o texto seja submetido a votação – o projeto prevê que as dívidas dos clubes sejam atualizadas com juros de cerca de 5% ao ano; o governo, por sua vez, quer a taxa Selic, em torno de 12%. Os próprios clubes sabiam que ainda não existia acordo com o governo.
“Eu achei muito estranho. Em momento algum foi discutido para ser hoje. Enquanto não alinharmos com o Ministério da Fazenda e a advocacia geral da União, não vai nada para votação. Foi uma pretensão nossa no início, mas não alinhamos os pontos ainda. Não esperávamos que fosse hoje”, disse Alexi Portela, ex-presidente do Vitória e membro da comissão criada pelos clubes para discutir a lei em Brasília.
O UOL Esporte apurou com parlamentares que discutem o projeto que outros dois pontos também travaram a votação: uma medida provisória que trata do programa de rádio “A Voz do Brasil” e o decreto da presidente Dilma Rousseff que trata dos conselhos de participação popular. Ambas as propostas são do presidente da Câmara.
Não há, porém, consenso entre os parlamentares sobre esses dois itens, e diversos deputados devem obstruir as medidas. Com isso, o plenário ficaria sem quórum, mesmo que a Lei de Responsabilidade Fiscal fosse colocada em pauta.
Deputados da bancada da bola já lamentam o adiamento, mas esperam que o projeto volte com força em setembro. O relator da lei, Otávio Leite (PSDB), que não pertence à bancada, também lamenta pelo esforço empreendido até agora.
Na teoria, existiria uma chance ínfima de que o antigo Proforte, como tem sido chamado a lei, seja colocado em pauta nesta quarta, mas a possibilidade é descartada por todos os envolvidos no projeto.
O Secretário Nacional do Futebol, Toninho Nascimento, já chegou a dizer que clubes brasileiros “podem quebrar” se a lei não for aprovada ainda neste ano. A LFRE propõe um refinanciamento dos débitos fiscais de clubes mediante a uma série de contrapartidas. O Bom Senso FC questiona esses pontos e a falta de um controle sobre eles.
O adiamento deve ser anunciado nas próximas horas, após uma reunião entre as lideranças envolvidas no projeto.
www.uol.com.br
Jogo ruim, resultado péssimo e declarações pior ainda.
Corinthians empata e cai para a quarta colocação
BRASILEIRO Time fica no 0 a 0 com o Coritiba, mas mantém série invicta
DE SÃO PAULO
Um empate que não interessou a ninguém. Para o Corinthians, o placar zerado neste domingo (3), diante do Coritiba, não diminuiu a diferença de pontos em relação ao líder Cruzeiro (24 a 29), que também empatou na 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para piorar, as vitórias de Inter e Flu deixaram os corintianos em quarto lugar.
Para os donos da casa, o resultado não ajudou muito na luta contra a segunda divisão. Com 11 pontos, o Coritiba continua na zona de rebaixamento, em 17º.
A partida tampouco deve ter interessado aos torcedores que foram ao Couto Pereira para ver um jogo chato, truncado e sem emoção, exceto por duas belas cobranças de falta –uma de Alex e outra de Jadson– e duas grandes defesas de Cássio e Vanderlei, respectivamente.
“Foi um jogo bastante pegado, teve chute na cabeça, trombada, o campo estava pesado. Um jogo fora do padrão”, disse o lateral Fábio Santos após o confronto.
Considerando a expulsão de Fagner aos 19 min do segundo tempo, o empate significou menor prejuízo aos corintianos, que conquistaram um ponto fora de casa mesmo em desvantagem numérica durante quase meia hora. O lateral direito havia tomado cartão amarelo ao se estranhar com Zé Eduardo ainda na etapa inicial. Depois do intervalo, fez uma falta dura no atacante e recebeu o cartão vermelho.
“Jogar aqui não é fácil, mas é sempre bom não perder”, ponderou Jadson.
Apesar de o empate ter frustrado os planos alvinegros de colar no Cruzeiro, o Corinthians alcançou uma invencibilidade de nove partidas oficiais e dois meses.
A última derrota do time paulista aconteceu no dia 18 de maio, quando perdeu de 1 a 0 para o Figueirense na inauguração do Itaquerão.
Além da invencibilidade, o Corinthians chega para o clássico contra o Santos, no próximo domingo (10), na Vila Belmiro, com outra marca positiva: desde a volta das férias da Copa do Mundo, a equipe sofreu apenas um gol –na vitória por 2 a 1 sobre o Inter, na décima rodada.
Em situação inversa, o Coritiba continua sua briga contra a degola diante do Fluminense, no sábado (9).
www.folha.com.br
Uma boa luta
Líder do Bom Senso FC, Paulo André critica projeto de lei
O ESTADO DE S. PAULO
Ex-jogador do Corinthians repudia dirigentes que querem implementação rápida de lei que pode beneficiar cartolas
Líder do Bom Senso FC, o zagueiro Paulo André, ex-jogador do Corinthians e atualmente no Shangaï Shenhua, da China, utilizou o Facebook repudiou o desejo dos dirigentes de aprovarem rapidamente o projeto de lei que propõe parcelar as dívidas dos clubes.
De acordo com o jogador, os profissionais resposáveis pelas negociações de dívidas nos clubes buscam a aprovação pois a proposta exige apenas uma vez por ano a apresentação da Certidão Negativa de Débito (CND) como garantia total de uma gestão transparente no futebol nacional. Paulo André ainda cita no texto que os jogadores não serão beneficiados com as possíveis mudanças, apenas cartolas.
CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA
CHEGA DE OMISSÃO!
Eu vou morrer e não vou ver tudo, fato. A CBF não cessará de me surpreender, outro fato. Mas confesso que no último mês foi exagerado, uma trapalhada atrás da outra e com direito a grand finale, Paysandu e Brasília, justiça comum, brilhante. Roteiro adaptado, diga-se de passagem. Se quisermos que o caos continue, basta não fazer nada diferente. Fiquemos calados às agressões ao André Santos e ao Max Biancucchi. Entremos mais vezes em campo com uma faixa dizendo que estamos com 5 meses de direito de imagem e 2 meses de salário atrasados, como fizeram os jogadores do Botafogo no último domingo. Ou melhor, entremos com uma faixa dizendo que somos a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, como fizeram os jogadores do Vasco na noite de quarta-feira. E assim teremos a certeza de que nada, absolutamente nada, irá mudar!
Meus companheiros de profissão, com todo respeito, é hora de deixarmos de ser inocentes úteis. Chegamos ao cúmulo da inconsciência e da exploração. Tudo nos parece normal, rotineiro, inerente ao meio em que vivemos. Dizemos uns aos outros: Ah, deixa pra lá, sempre foi assim… E alguns cartolas, por sua vez, chegaram no limite da malandragem, da lei de Gerson – onde cada um tenta tirar o maior proveito da situação sem se importar com o resto das pessoas à sua volta ou com a sociedade em que vivem.
Por isso mandei mensagens para o Bolívar, Sheik, Douglas e André Rocha e tentei explicar o que está acontecendo. Avisei os atletas que escreveria este texto, pedi autorização para citá-los e sugeri a eles que pedissem ao Dinamite, ao Assumpção e aos demais cartolas que entrassem em campo, eles próprios, empunhando as faixas, já que a LRFE só beneficiará os dirigentes de clubes de futebol, livrando-os de possíveis ações civis e criminais – aos que cometeram infrações ou irregularidades em suas gestões, claro – e liberando verba (retida pela Receita) para que a gastança dos clubes continue sem controle. É sim o momento certo para se votar a LRFE, mas para se atingir o objetivo final do projeto, que é oferecer o parcelamento da dívida fiscal aos clubes em contrapartida à garantia da moralização do futebol brasileiro, é preciso incluir na íntegra as emendas que propõe o Bom Senso.
Para quem ainda não sabe, os clubes estão alinhados, mancomunados com a CBF e com a “Bancada da Bola” e fazendo pressão no Governo para aprovar a Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte do jeito que ela se encontra. Jogadores estão sendo usados porque não sabem (ou não sabiam até então) que a lei não mudará a realidade atual dos salários atrasados. Para se ter uma ideia, ela exigirá, se aprovada, apenas a apresentação da CND, uma vez por ano, para garantir que tudo esteja dentro dos conformes. Cara, mesmo o Flamengo, na crise financeira em que se encontra, consegue (na maior parte do tempo) apresentar a CND e receber o patrocínio da Caixa. Você entende o que eu quero dizer? Tudo continuará exatamente como está.
E isso só é possível no futebol do Marco Polo Del Nero e do Marin. Aliás, Del Nero disse que a FPF (Federação Paulista de Futebol) já pune times que não pagam salários de seus atletas em dia há anos e por isso ele crê que não haverá problemas na implantação da nova regra. “Tão logo o projeto de lei seja aprovado, isso será incorporado nos regulamentos das competições”, disse o futuro presidente da CBF. Em que mundo vive este senhor? Em primeiro lugar, gostaria de saber porquê não solicitaram antes a incorporação disso ao regulamento? Outra coisa, conheço mais de 100 atletas que jogaram no interior de São Paulo nos últimos anos e têm ação na justiça reclamando o não pagamento de seus salários. O regulamento de “Fair Play Paulista a la Marco Polo” não funciona e também não funcionará na CBF. Dos 105 clubes profissionais do estado de São Paulo, pelo menos três dúzias estão com ações na justiça devido ao não pagamento de salários desde que a regra foi implantada e nenhum deles foi punido esportivamente (exceção ao Paulista de Junidiaí que foi acionado). Brilhante saída para moralizar o futebol, hein!
Quem é contra a transparência na gestão, o fortalecimento dos clubes de futebol, os salários em dia, a democracia da CBF, a melhora do espetáculo e um esporte melhor para quem está por vir? Esta não é uma luta só do Bom Senso, dos veteranos da elite que iniciaram esse movimento, mas uma luta de todos os apaixonados por futebol. Então lutemos juntos para que se acrescente as emendas à LRFE propostas pelo Bom Senso pois eu afirmo que elas garantirão fiscalização e punições esportivas aos clubes e a seus dirigentes em caso de infração da lei. Aproveitemos para fazer cumprir a palavra do senhor Marco Polo e cobremos da CBF a inclusão de toda a proposta no regulamento das competições, inclusive democratizando sua estrutura de poder, permitindo a participação de todos os segmentos e modalidades do nosso futebol na assembleia geral da entidade como garantia, e demonstração de boa fé, de que daqui a alguns anos os cartolas não alterarão o regulamento a seu bel prazer.
Agora, meus amigos, é uma questão política, não tem mais técnica ou qualidade de proposta (a diferença é gritante), é no peito e na raça. Vai ganhar quem fizer mais pressão, reunir o maior número de deputados, senadores, torcedores, atletas, ex-atletas, jogadoras, beach soccer, treinadores e educadores físicos e aparecer em Brasília na próxima semana, assim como fizeram os artistas e os músicos, lotando o plenário da Câmara e olhando nos olhos daqueles que votarão as emendas da LRFE. Tem treino? Não dá pra ir? Será o jogo mais importante do nosso futebol. Peçam liberação aos seus presidentes já que eles são tão favoráveis a pagar os salários em dia e vejam se eles apoiarão essa visita histórica ao Congresso Nacional para dizer que somos contra a LRFE que eles tanto querem que passe. Aposto que a surpresa pela não liberação de um dia de trabalho só não será maior do que a cara de susto que esses senhores farão quando perceberem que não dá mais para enrolar uma “categoria” (de apaixonados por futebol) que se cansou de tanta injustiça e incompetência.
Democracia na CBF, já!
www.estadao.com.br
Blog do Citadini: Quando o movimento Bom Senso Futebol clube começou sua agenda era confusa, para dizer o mínimo. Aquele papo de que os jogadores estavam jogando muita s partidas e que o futebol teria que ter um calendário com menos jogos era – e é- um equívoco. A esmagadora maioria dos clubes precisa de mais jogos em número maior de competições. Querer discutir com a CBF mudanças no futebol brasileiro era um caminho errado. O futebol só muda pelos clubes e pelo governo. CBF e Federações não querem mudar nada. O BSFC só queria discutir nesta àrea. Fugia- e ainda foge- de encarar que o principal problema do futebol é com os clubes. Se eles quiserem mudar levarão o governo a propor mudanças. A proposta – acima citada- mostra o caminho correto. Pressionar o Congresso para que estabeleça mudanças na gestão do futebol. Este é o caminho. Qualquer vantagem do governo deve ser acompanhada de mais medidas de transparência de gestão e democratização do futebol.
Boa idéia.
Globo chama clubes para discutir o futebol
BRASILEIRO
Alto escalão da emissora marca reuniões para debater desde a formação de jogadores até calendário
BERNARDO ITRIDO PAINEL FCDANI BLASCHKAUEREDITOR-ADJUNTO DE “ESPORTE”Detentora dos direitos de transmissão dos principais campeonatos do país, a Globo convocou os 20 clubes da Série A do Brasileiro para uma série de reuniões nas próxima semanas, a fim de discutir o futebol nacional.
Os clubes foram divididos em grupos para que os encontros sejam mais setorizados. As reuniões começam na quinta-feira (7), na sede da Globo em São Paulo, e vão se estender até o fim do mês –há encontro marcado inclusive para o dia 26 de agosto.
A pauta proposta pela emissora inclui desde o calendário do futebol até a formação de jogadores.
No convite, a Globo diz que as reuniões servirão para estreitar o diálogo “com vistas à melhoria do futebol e, em especial, da capacidade de investimento dos clubes na formação de jogadores.”
A convocação feita por e-mail é assinada por Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esporte, braço da emissora responsável por negociar o direito de transmissão dos campeonatos nacionais.
Na carta, Pinto cita que também estarão na reunião os integrantes do Comitê de Esportes da Globo: Renato Ribeiro, Anco Márcio Saraiva, Roberto Marinho Neto, Pedro Garcia e Eduardo Gabbay.
O convite causou estranhamento em presidentes de clubes, que não viram sentido em a emissora fazer reunião sobre a formação de atletas. O assunto, segundo um cartola, não tange à empresa.
A pauta das reuniões cita também outros pontos, como “processo de gestão dos clubes, equação financeira, oportunidades de novas receitas nos estádios.”
A CBF também deve ser representada nos encontros para participar das discussões.
Essa primeira reunião com a Globo acontecerá quase duas semanas depois de os clubes se reunirem com a presidente Dilma Rousseff.
No dia 25 de julho, 12 clubes participaram de um encontro com Dilma. Estiveram em Brasília representantes de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Botafogo, Flamengo, Inter, Grêmio, Atlético-MG, Bahia, Coritiba, Santa Cruz e Paysandu. Os cartolas pediram urgência na aprovação da lei de refinanciamento das dívidas fiscais.
Procurada pela reportagem, a Globo não se pronunciou até a conclusão desta edição.
www.folha.com.br
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