Grana curta. Curtíssima
Neto
Muita gente me questionou quando disse nas minhas mídias que a direção do Corinthians não mandaria ninguém embora por força de contrato. Desceram a lenha em mim quando afirmei que o Mano Menezes teria dificuldades para contratar reforços para 2014. Pois então, não foi exatamente isso que aconteceu? Fiquei sabendo inclusive que a administração do clube adiantou as cotas dos direitos de TV até 2017. É brincadeira? Ou seja, tudo indica que a situação financeira corintiana é catastrófica.
Prova disso é que além de não trazer ninguém de peso para esta temporada, o presidente Mário Gobbi tem tido uma dificuldade tremenda para acertar com reforços medianos. É só pegar o lateral Uendel como exemplo. Os caras estão fatiando os direitos dele em vários parceiros para poder concretizar o negócio. O que com todo o respeito é ridículo, né? Para não por a culpa total no atual mandatário, gostaria de saber quem fez esse empréstimo tão longo? Foi na administração do Gobbi ou ainda na do antecessor Andrés Sanchez? Quem fez isso?
Porque acabou o bom trabalho de antes? Afinal o Timão trouxe caras até então desconhecidos como Elias, Jucilei, Ralf, Jorge Henrique, André Santos, Cristian, Paulinho, entre outros e valorizou todo mundo. Soube garimpar e projetar. Porque isso não existe mais? É outra pergunta que faço. Desse jeito esse ano vai ser ainda mais crítico que 2013. E estamos falando de um time que foi campeão do mundo outro dia. Quem diria, hein?
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Tags : Andrés San
Muita sede e pouca água.
Do UOL, em São Paulo
- TVs transmitem jogo da Copa das Confederações no Mineirão, em Belo Horizonte
Emissoras de TV estrangeiras estão tendo que rever seus planos de transmissão da Copa do Mundo de 2014 no Brasil devido aos valores exorbitantes que estão sendo orçados por produtoras brasileiras, hotéis e pelo mercado imobiliário na hora de alugar uma sala para montar o escritório. Algumas estão mesmo desistindo de se estabelecer no país durante o mundial por considerarem os valores completamente inviáveis.
A reportagem do UOL ouviu alguns representantes de produtoras brasileiras que preferiram não se identificar por questões estratégicas e porque ainda não conseguiram fechar os seus contratos, mas que informam que não só os estrangeiros estão sendo prejudicados com esse custo elevado, mas também as próprias produtoras brasileiras, porque os clientes não estão fechando contrato pelos valores pedidos.
“A verdade é que muita gente viu na Copa uma oportunidade única de ganhar dinheiro e até de se aposentar, e essas empresas resolveram inflacionar o mercado”, diz a fonte de uma das maiores provedoras do Brasil em serviços de transmissão via satélite. “O Brasil já é mais caro que o resto do mundo por conta dos nossos impostos, se resolvem cobrar muito acima do normal ainda, fica inviável mesmo.”
O caso mais emblemático citado por essa fonte é o de um grande canal inglês, que foi um dos primeiros a fechar um pré-contrato para se estabelecer no Brasil, montar estúdio, trazer apresentadores e equipes para transmitir direto daqui. Há dias, o canal rescindiu contrato e diminuiu em 70% seu trabalho no Brasil. “Resolveram montar o estúdio na Inglaterra mesmo, pois só a montagem aqui custaria US$ 1 milhão, pagaram a multa rescisória do contrato e agora vão apresentar de lá com alguns links (entrada ao vivo com jornalista) no Brasil, e ainda resolveram trazer equipamento e pessoal próprios”, informa a fonte.
Outro caso citado por ela é de uma emissora australiana, que previa a montagem de estúdio de transmissão no Rio de Janeiro, com quatro apresentadores e mais convidados. Isso custaria para eles na Europa, por exemplo, US$ 200 mil. No Brasil pediram este valor apenas pela locação do imóvel onde seria montado o estúdio. Os australianos também tiveram que mudar de planos.
Impostos e logística
Produtores nacionais informam que a transmissão da Copa no Brasil já teria os custos mais altos do que no resto do mundo porque a carga tributária é muito grande. Segundo fontes consultadas pelo UOL, o imposto que se paga por esse tipo de serviço chega a 30%. Além disso, a logística dessa Copa do Mundo é muito difícil pelas distâncias a serem percorridas.
Outra fonte de uma grande produtora sediada em São Paulo cita o caso de um orçamento pedido por uma emissora do Japão. A seleção japonesa vai jogar em Natal e depois segue para Cuiabá num espaço de quatro dias. “Não é possível que a mesma unidade móvel que vai para Natal chegue a tempo e preparada para fazer o jogo de Cuiabá. Isso encarece muito o orçamento porque vamos precisar de dois carros”, diz a fonte.
Para fazer um jogo em Manaus, a produtora de São Paulo estima que levaria sete dias para chegar lá com todos equipamentos e para prepará-los. O custo disso é muito alto e não vale a pena para realizar apenas um jogo. Tem seleção que vai viajar milhares de quilômetros entre um jogo e outro. “Os estrangeiros simplesmente não pagam. Eles estão sacrificando a participação deles na cobertura do mundial devido aos preços praticados no Brasil.”
Confira os locais que vão receber as seleções na Copa do Mundo de 201422 fotos
Aluguel de meio milhão
Uma das três maiores cadeias de televisão do Golfo Pérsico também não conseguiu ainda fechar contratos para as transmissões no Brasil. Ela solicitou um orçamento grande, para abrir escritório, montar estúdio e se mudar para o Rio de Janeiro no mês da Copa. “Fizemos a pesquisa de locais para eles se alojarem e os valores que estão sendo pedidos no Rio de Janeiro são surreais”, diz a fonte da produtora contactada. “Por uma área de 200 m² pediram meio milhão de reais. Tem hotéis cobrando diária de R$ 1 mil. Está todo mundo louco no Brasil e desesperado lá fora.”
Outra emissora dos Emirados Árabes contactou profissionais no Brasil para contratar repórter e cinegrafista para transmitir ao vivo o sorteio dos grupos da Copa, realizado em 6 de dezembro na Costa do Sauípe, na Bahia, com mais um link na cidade do Rio de Janeiro. Pediram alguns orçamentos 20 dias antes do evento e desistiram de fazer também por causa dos preços. “No Brasil cobra-se a mais, por exemplo, por um profissional que fala inglês, mas na Europa falar inglês é condição primeira para ser um profissional, não cobra-se por isso”, diz um produtor que já trabalhou em cadeias televisivas na Europa e no Golfo Pérsico. “Tudo isso parece absurdo para quem vem de fora fazer televisão aqui.”
Na ocasião do sorteio da Copa, as fontes informaram que operadores de câmera que geralmente cobram diária de R$ 150 chegaram a pedir R$ 600, e como no nordeste brasileiro tem menos profissionais do que no sul e sudeste, até emissoras brasileiras tiveram que pagar mais caro para terem o serviço.
Na Argentina é mais barato
Uma outra produtora brasileira com sede em São Paulo, que habitualmente realiza trabalhos para uma das cadeias televisivas mais emblemáticas do mundo na produção de documentários, foi contatada para realizar uma produção sobre a Copa das Confederações de 2013. O programa seria veiculado antes do evento, mas diante do orçamento, o canal desistiu da produção.
Depois disso, o mesmo canal solicitou novo orçamento para realizar um programa sobre a Copa do Mundo. Este seria gravado e transmitido em português e espanhol, para o Brasil e América Latina, sendo que ambos iam ser gravados e produzidos em São Paulo. A multinacional também considerou o valor pedido inviável, mas desta vez não desistiu, foi à Argentina e contratou uma equipe de lá para produzir tudo em Buenos Aires, pois ficava muito mais barato.
“Está caindo a ficha”
A 150 dias do início da Copa do Mundo do Brasil não há praticamente contratos fechados entre produtoras brasileiras e emissoras estrangeiras. Nos próximos dias, quando a Fifa definir e distribuir as credenciais para os profissionais de imprensa, as emissoras terão que definir suas estratégias. Há um ano que as produtoras estão fazendo orçamentos para a Copa e já se observa uma queda nos valores pedidos no mercado. “Acho que está caindo a ficha e as produtoras estão vendo que se não abrirem mão dos altos lucros irão ficar sem cliente”, diz a fonte de uma das maiores produtoras do País.
E como Copa do Mundo não é um evento para o qual se possa simplesmente dar as costas, para conseguirem trabalhar no Brasil, os canais internacionais estão se organizando como podem. Uns diminuindo em até 70% os trabalhos em nosso território, outros se retirando mesmo do Brasil, optando por transmitir de seus países, e ainda há vários que estão se unindo, abrindo mão da exclusividade e aceitando dividir equipamentos e até escritórios para não saírem no prejuízo.
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Corinthians número 2
Do UOL, em São Paulo
- Flamengo de Guarulhos se classificou pela primeira vez para a segunda fase da Copinha após três vitórias
Existem dois Corinthians na edição 2014 da Copa São Paulo de juniores. Um deles, que veste alvinegro, é poderoso, mimado e claudicante. O outro usa uniforme rubro-negro, convive com limitações decorrentes de um orçamento apertado e faz campanha irrepreensível. Longe dos holofotes ou da estrutura da equipe do Parque São Jorge, o Flamengo-SP foi uma das maiores surpresas da primeira fase da competição de base.
O time de Guarulhos disputa a Copa São Paulo desde 2005. Em nove participações, o Flamengo-SP jamais havia superado a primeira fase. Neste ano, foram três vitórias em três jogos: 9 a 0 sobre o Imagine (TO), 4 a 3 contra o Juventus-SP e 2 a 1 no tradicional Vitória-BA. O adversário nas oitavas de final será o Palmeiras, às 19h desta terça-feira, em São Carlos.
O Corinthians também passou de fase, é verdade. No entanto, teve vida bem mais sofrida nos três primeiros jogos. A equipe alvinegra estreou na Copa São Paulo com empate por 1 a 1 com o Remo, sofreu para bater o XV de Piracicaba por 2 a 1 e deslanchou apenas na rodada derradeira, quando bateu a Internacional de Limeira por 4 a 0.
A diferença entre as duas campanhas é apenas parte da história de Corinthians e Flamengo-SP. As duas equipes são parceiras desde 2010, quando o time do Parque São Jorge precisou tirar as categorias de base de Itaquera para construir seu novo estádio. Atualmente, todas as despesas da base do clube de Guarulhos são custeadas por esse acordo.
“Eles pagam todas as despesas de comissão técnica, atletas, alimentação e logística. Quando essa parceria foi feita, o Corinthians precisava de um espaço físico para treinar e o Flamengo-SP precisava de um parceiro para se manter. A situação financeira do clube era precária. O Corinthians se propôs a bancar tudo: melhorou o vestiário, montou uma academia, reformou o departamento médico e está construindo alojamentos”, enumerou Joaquim Mangueira, presidente do Flamengo-SP.
Em novembro de 2010, o colombiano Freddy Rincón, ídolo do Corinthians, foi contratado pelo time do Parque São Jorge para trabalhar como técnico do Flamengo-SP. Demitido em março do ano seguinte, ele fez duras críticas ao projeto.
“Isso não está sendo bom para ninguém. Não estão sabendo conduzir as coisas. Não quiseram fazer um time forte para a [série] A-3 [do Campeonato Paulista]. Só montaram um time por montar. Mesmo que a gente tivesse bons jogadores no sub-23, era óbvio que precisaríamos de reforços. A situação é preocupante. Do jeito que está, com certeza não vai dar certo”, vaticinou o colombiano na época, em entrevista à revista “Placar”.
Inicialmente, o Corinthians dois perfis de atletas ao Flamengo-SP: jogadores que estavam em busca de experiência para retornar ao Parque São Jorge e outros que não tiveram espaço nas categorias de base alvinegras. Desde o início, pululam relatos sobre enorme quantidade e altíssima rotatividade de atletas em Guarulhos.
Além do inchaço, os primórdios da parceria foram marcados por problemas estruturais. Jogadores do Flamengo-SP deixaram de treinar às vésperas de um jogo decisivo da Copa Paulista de 2011 porque não tinham campo disponível. A equipe também teve de abandonar um ônibus em uma viagem porque o motor fundiu. Segundo o “Blog do Perrone”, um veículo fabricado em 1989 foi comprado para recompor a frota.
O principal fruto que o Corinthians obteve da parceria até aqui foi o lateral esquerdo Igor. O jogador nascido em 1992 estava no Flamengo-SP quando o acordo foi firmado, migrou para o Parque São Jorge e foi um dos poucos atletas com passagem pela base alvinegra que tiveram chances com o técnico Tite na temporada 2013. Neste ano, ele deve ser emprestado ao Sport-PE.
A Copa São Paulo tem mostrado outros jogadores que podem seguir caminho parecido. Os principais destaques do Flamengo-SP são o meia Marcinho, ex-Vila Nova-GO, e o atacante Fabrício, que o Corinthians contratou do Primeira Camisa-SP antes de direcionar a Guarulhos. O lateral Murilo é outro elogiado pela comissão técnica da equipe rubro-negra, que é comandada por Caco Espinoza (filho do técnico Waldir Espinoza).
“Não vou tirar o mérito dos meninos, mas a grande força é a parte coletiva. Quem assiste aos jogos percebe a intensidade. Foi assim contra o Vitória, que era um dos favoritos na Taça São Paulo. Nós fizemos um acordo com o Corinthians no ano passado para disputar a competição com um time muito jovem, sub-18. Mantivemos essa base no Campeonato Paulista e repetimos agora. Esse entrosamento é um diferencial”, opinou o presidente do Flamengo-SP.
Entre os destaques individuais e um bom conjunto, porém, o Flamengo-SP ainda convive com problemas do início da parceria. A começar pelo transporte: o Corinthians tem três ônibus para as categorias de base, e apenas um veículo possui como ar condicionado. Os atletas de Guarulhos viajam com bólidos envelopados com a marca da equipe do Parque São Jorge, e em algumas vezes precisam suportar o calor.
“Às vezes acontece de a equipe viajar em ônibus sem ar condicionado, mas nós alugamos um ônibus completo para levar os meninos a São Carlos. Nossa estrutura está melhorando. Hoje estamos reformando os alojamentos, e os nossos atletas moram em hotéis de Guarulhos”, contou Joaquim Mangueira. Todo esse custo, incluindo locação do veículo, obras no clube e acomodação dos garotos em estruturas provisórias, é bancado pelo Corinthians.
Enquanto os jogadores do Flamengo-SP viajam em ônibus sem ar condicionado e moram em hotéis, o Corinthians usa apenas um veículo completo para levar seus atletas aos jogos da Copa São Paulo. Além disso, o time alvinegro espera finalizar neste ano a construção de um moderno centro de treinamentos para categorias de base no Parque Ecológico do Tietê, ao lado do espaço em que os profissionais trabalham.
A dicotomia também é gritante no faturamento. O Corinthians fechou o ano fiscal 2012 com receita de R$ 358,5 milhões, segundo balanço oficial do clube. O Flamengo-SP tem atualmente apenas três fontes de renda: a taxa recebida da FPF (Federação Paulista de Futebol), patrocínios e o estacionamento em dias de jogos – a equipe não cobra ingressos.
No período da Copa São Paulo, o Flamengo-SP conseguiu amealhar R$ 20 mil em patrocínios. A taxa recebida da FPF é pouco superior a R$ 80 mil, mas menos de R$ 30 mil (depois dos descontos) chegam efetivamente aos cofres do clube, que tem apenas três funcionários assalariados e três jogadores contratados.
“Hoje temos um parceiro que nos ajuda a pagar contas e manter o clube de pé. O que estamos fazendo é reestruturar o clube para estarmos em uma condição saudável quando eles forem embora”, disse Joaquim Mangueira.
Pelo acordo, Corinthians e Flamengo dividem igualmente a receita advinda da negociação de atletas que já estavam no clube de Guarulhos quando a parceria começou – caso de Igor, por exemplo. O time rubro-negro não tem qualquer participação nos jogadores que são colocados lá pelo parceiro.
A parceria entre Corinthians e Flamengo-SP tem duração assegurada até o fim deste ano. Depois, a longevidade do acordo depende da conclusão do CT alvinegro para as categorias de base ou de uma nova negociação. Se a campanha na Copa São Paulo continuar, os garotos de Guarulhos darão um bom argumento para isso.
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Vamos ganhar o primeiro título do ano da Copa.
Corinthians bate a Inter, e 15 paulistas se classificam
Time japonês é primeiro estrangeiro a ir à 2ª fase
DE SÃO PAULOSem dificuldade, o Corinthians venceu ontem a Internacional de Limeira, na casa do adversário, por 4 a 0, e se classificou à segunda fase da Copa São Paulo como líder do seu grupo, com sete pontos.
Os gols do Corinthians foram de Felipe, Leandro, Maicon e Zé Paulo. O Remo, do Pará, que ontem perdeu para o XV de Piracicaba por 2 a 1, foi o segundo do grupo.
Assim, os quatro clubes grandes de São Paulo se classificaram. No total, 15 paulistas passaram à segunda fase da competição.
O adversário do Corinthians será o Juventude. O Palmeiras enfrenta o Flamengo, de Guarulhos. O Santos, joga com o surpreendente Kashywa Reysol, do Japão. E o São Paulo terá pela frente o Nacional, da capital.
Ontem, seis jogos encerraram a fase de grupos.
Pelo Grupo X, Grêmio Osasco e Botafogo empataram sem gols e se classificaram. Pelo Z, Atlético-MG e Nacional ficaram no 1 a 1 e também passaram.
HISTÓRICO
Com sete pontos e classificado à segunda fase, o Kashiwa Reysol, segundo colocado do Grupo W, tornou-se o time estrangeiro com melhor retrospecto na história da competição de juniores.
Desde 1980, quando o Providência, do México, disputou o torneio,13 clubes de fora do país jogaram a Copa São Paulo. Entre eles, as seleções sub-20 de Japão e China.
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Não vale o que está escrito
Esta confusão- sobre divisão de “passe” de jogadores- que anda ocorrendo entre empresários/empresas e os clubes de futebol era esperada há tempo.
Quase todos os grandes clubes- por motivações diversas- passaram a dividir com empresários/empresas os direitos sobre o jogador. Direito de revenda e lucro, é claro. Ocorre que este tipo de arranjo é feito a margem das leis esportivas.
A FIFA- em uma atitude correta- condena e veta este tipo de parceria. Diz que é sómente do clube qualquer direito em negociações de transferência. A CBF- que deveria obrigar os clubes a seguir as normas do futebol- fica calada e, com isso, permitindo os acordos que rolam soltos.
A legislação nacional também não contempla este tipo de negócio.
Mas então o que leva os empresário/empresas a “investir” dinheiro em compra e venda de jogadores? Uma só resposta: confiança na palavra dos dirigentes/parceiros.
Quando ocorre uma confusão- como estas que estão ai- o desespero é geral.
Uma coisa todos evitam: ir a justiça. Tanto os clubes como os empresários/empresas sabem que poderão ter má noticia e matar o negócio.
Só a relação de proximidade e extrema confiança mantêm os negócio. Quando quebra a confiança este papeis que estão por ai- sem nenhum valor legal- vão para o lixo. E o negócio, também.
Não adianta fazer “acordo sobre direitos contratuais de jogadores”. Nada valem. Só a palavra dada.
Susto
Quando vi que o zagueiro Lúcio declarava-se mais um no “bando de louco” tomei um susto. Pensei que o Timão tinha entrado nesta furada. Fiquei tranquilo quando vi que era em outro clube. Melhor assim.
Inimigos rindo à toa.
Imagine se a declaração do vice- presidente do Corinthians ( aquela para uma revista norte-americana) tivesse sido proferida por um jornalista, algum dirigente ou jogador de time adversário. O mundo cairia de protestos. Até agora o que prevalece é um silencio profundo. Acho que é pelo período de férias.
Onde estão os bons jogadores?
Este começo de temporada dos clubes brasileiros está sendo de uma falta de craques nunca vista. Nem aquelas bombásticas noticias do passado, que a mídia gostava de sustentar, aparecem por ai.
Não há um único – sim, único- grande jogador disputado por qualquer clube brasileiro.
O que falam são meia-boca, alguns com a esperança de um futuro melhor e nada mais.
É certo que os clubes – quase todos- estão sem dinheiro. Mas se tivessem grana para contratar o que fariam? Pouco. Quase nada.
Trazer jogador da Europa é tentar reabilitar fracassos. Não há um único jogador com destaque nos grandes campeonatos. Repatriar da Rússia, Ucrânia etc é só entrar em esquemas pouco confiáveis para jogadores médios ( ou ruins).
A Copa São Paulo – que no passado foi um celeiro de revelações- parece viver um momento ruim. Ninguém ganhou grande destaque nesta primeira fase.
A esperança de que os campeonatos estaduais mostrem craques deve ser pequena. A competição será reduzida e tudo vai ficar por conta da Copa do Mundo.
Enfim, não é um ano de grandes promessas para o futebol brasileiro. Vamos torcer por surpresas. Elas sempre aparecem e o futebol precisa muito. Muito mesmo.
Silêncio obsequioso
A desastrada declaração do vice presidente do Corinthians, a uma revista americana, comparando o clube a uma casa de prostituição, esta servindo para os adversários e inimigos sambarem de alegria. O interessante é que a diretoria do clube- que fica indignada por quase tudo- está de boca fechada. Silêncio total. E obsequioso.
Arena Corinthians
O Corinthians salvou o Estado de São Paulo de um grande vexame. Imagine o mais importante Estado do país ficar fora da Copa do Mundo por falta de estádio. É isso que ocorreria se o Timão não tivesse aceito assumir todos os riscos ( e dívidas) para construir uma Arena para a cidade. A dívida da cidade e do Estado é impagável. O credor é o Corinthians.
A Copa do Mundo é nossa
Essa discussão toda sobre a Copa do Mundo, com todo tipo de envolvimento ( empresarial, politico, ideológico etc) não muda o essencial: a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil.
Poderia ser melhor ? Poderia. Poderíamos termos gastos menos ? Sim, poderíamos. Mas tudo isso é discussão vencida.
O governo federal errou ao não esclarecer – desde o início- o que era óbvio: a Copa seria bancada- basicamente- por financiamentos públicos. Como ocorreu em todos os lugares: Alemanha, Africa do Sul, França Itália, Japão etc. Onde tem Copa do Mundo o governo tem que bancar.
Aquela lorota divulgada, quando da escolha da séde, de que a Copa seria “com gastos privados” não tinha sustentação. O fato da CBF e a Fifa declararem esta inverdade não deveria impedir o governo federal de esclarecer os fatos. Não fêz e está pagando o preço. Se a população soubesse o custo desde o início as críticas seriam menores e feitas há muito tempo. A surpresa com as Arenas e os gastos é o preço de entrarem na lorota dos cartolas de que nada seria gasto.
A Fifa errou muito ao patrocinar esta lorota ( junto com a CBF). Errou, também, quando demorou muito para vetar o Morumbi como estádio de abertura da Copa. Era uma decisão para ser tomada no primeiro dia. O Morumbi não tinha ( e não tem ou terá) condições para abrir a Copa sem um reforma ( diria melhor, recontrução) cara e demorada. Com este atraso no veto, retardou, também, a escolha da nova alternativa que foi a Arena Corinthians.
Haverá manifestações contra os gastos da Copa ? Acho que haverá por dois motivos: o governo errou ao não falar dos gastos desde o inicio e há, na sociedade, um ambiente difuso ( e confuso) de que deveremos mudar muita coisa.
A vaia que tomaram a presidente Dilma e o presidente Blatter na abertura da Copa das Confederações marcou- e desencadeou- uma onda de protestos sobre tudo e todos.
Todos os erros cometidos, no entanto, não apagam a importância para o Brasil da realização da Copa. E é isso que vale.
A Copa do Mundo é nossa ( quer dizer, de São Paulo)
O grande problema para o Estado de São Paulo era ter um estádio para a abertura do evento. Resolvido isto- com o Corinthians assumindo o ônus de construir e ficando com grande dívida prá pagar- o Estado seria o maior beneficiado do evento.
Ontem a mídia noticiou que quase a metade das seleções ficará no Estado de São Paulo. O que poderia causar surpresa é apenas uma confirmação de que a melhor estrutura está centralizada em São Paulo. A mídia dos paises concentrarão seu trabalho no local da concentração. Os jogos serão eventos de um único dia.
Todos as seleções chegarão em voos nos aeroportos paulista, assim como os torcedores da europeus.
Enfim, o grande beneficiado foi o Estado de São Paulo por suas décadas de investimento.
Não é por aqui
Muitos internautas- não gosto muito deste termo, mas vá lá- estão cobrando manifestações públicas contra a infeliz declaração do vice presidente Luiz Paulo Rosemberg à um órgão da mídia americana.O vice- presidente teria dito, em entrevista a uma revista americana que “Dirigir o Corinthians deve ser comparado a dirigir uma casa de prostituição “. Não li, mas digo aos reclamantes que devem dirigir sua indignação e protestos à diretoria do Corinthians da qual – afinal- faz parte o declarante. Não é este blog o instrumento para protestos. Não concordamos com esta declaração, como já não concordamos com outras, mas são os diretores ( parceiros do vice declarante) que devem falar. Acho que nada falarão. Ficarão mudos.
O ano de Mano Menezes está começando
O técnico Mano Menezes apresentou-se, no dia de ontem, como novo técnico do Timão para temporada 2014. Nenhuma surpresa ( teve até apoio das “organizadas, o que também não surpreende) o técnico Mano Menezes terá um longo trabalho para fazer a equipe entrar na disputa por título.
A situação de hoje é muito diferente da primeira passagem do técnico no Corinthians. Em 2008 chegava para dirigir o time na série B que, como o Palestra provou no ano passado, é fácil de vencer até sem time. Terá, agora, cobranças maiores . O período Tite no Corinthians nunca mais será esquecido e-dificilmente- será superado.
Mano terá uma grande vantagem neste período: não há nenhum time paulista em condições de disputar qualquer grande título neste ano. As equipes de Palestra, SPFC e Santos vivem momento de grande baixa. Não há qualquer equipe de destaque nas competições.
Quase sem concorrente, o técnico Mano Menezes poderá reorganizar o Corinthians e voltar a vencer. Calma e trabalho é a receita.
Feliz Natal!
O Blog descansa por alguns dias, neste fim de temporada. Voltamos em breve.
Enquanto isso, vamos deixando algumas belas árias para o fim de ano. Um Feliz Natal!
O grande Gilmar
Papo de Várzea
Ainda hoje, muitos jogadores profissionais admitem que sua formação aconteceu nos campinhos de terra. Não é preciso pensar muito para lembrar de Leandro Damião, Elias ou David Luiz, que nasceram no futebol de várzea e hoje brilham no futebol do Brasil e no mundo.
Antigamente, quando as escolinhas de futebol não existiam, a várzea era o celeiro de craques mais conhecido pelos grandes clubes. Na década de 1950, o Jabaquara contratou, quase que sem querer, um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro: Gylmar dos Santos Neves.
No início, Gylmar atuava pelo Vila Hayden, time amador da cidade de Santos, onde o futuro ídolo nasceu. Mas se pensa que o eterno camisa 1 começou embaixo das traves, engana-se. Usando o chute forte como uma de suas habilidades, Gylmar era atacante, atuando pela ponta esquerda. Teimoso, insistia atuar no campo ofensivo, mesmo com tantos amigos dizendo que ele era muito melhor como goleiro.
A estreia de Gylmar no Jabaquara, porém, foi desastrosa. O arqueiro titular do time santista, o grande Mauro (que tinha o apelido de “Fortaleza Voadora”), se machucou e era a chance de vida de Gylmar contra o poderoso São Paulo, em pleno estádio do Pacaembu. Placar final, 5 a 1 para o Tricolor. Sim, um dos maiores goleiros que o Brasil já teve estreou no profissional deixando cinco bolas passar.
Foram seis meses para ser contratado pelo Corinthians. Mas não pelo talento. O time da capital queria mesmo era contratar o meia Ciciá. O time santista, no entanto, só aceitou negociar com uma condição: que levassem embora o “frangueiro” Gylmar. Deu no que deu.
Nascido na várzea e rejeitado na sua primeira chance nos gramados. Nada mal para quem se tornou bicampeão mundial pela Seleção Brasileira (1958 e 1962), conquistou diversos campeonatos paulistas por Corinthians (atuou de 1951 a 1961) e Santos (atuou de 1962 a 1969) e ainda levantou uma série de troféus nacionais. Além, claro, das inesquecíveis conquistas da Libertadores e do Mundial (1962 e 1963) ao lado de Pelé & Cia. no eterno elenco da Vila Belmiro.
Gylmar dos Santos Neves deixou os campos da vida em 25 de agosto de 2013, aos 83 anos, em consequência de complicações causadas por um AVC.
Por Diego Viñas
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