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Dec 18, 2013

É lenda

Jurista defende que clube vá à Justiça comum

 

EDUARDO OHATA
DE SÃO PAULO

Tanto os torcedores da Portuguesa quanto o próprio clube têm garantido pela legislação brasileira o direito de entrar na Justiça comum para reverter uma eventual decisão negativa do STJD (Supremo Tribunal de Justiça Desportiva).

Apesar de o Código Brasileiro de Justiça desportiva proibir que os clubes apelem à Justiça comum para reverter decisões da legislação desportiva, o jurista Ives Gandra Martins afirma que nada pode se sobrepor à Constituição.

  • “A Constituição é soberana, tem mais poder do que a CBF e do que a Fifa”, argumenta Gandra.

De acordo com o artigo 217 da Constituição, quando esgotadas as possibilidades oferecidas pela Justiça Desportiva, é válido recorrer à Justiça comum.

Também advogados especialistas em direito desportivo, como Eduardo Carlezzo, veem como legítima a opção pela Justiça comum, desde que esgotados todos os recursos no terreno desportivo. “Vale a hierarquia”, diz ele.

REPROVAÇÃO DA FIFA

A Fifa, porém, não enxerga com bons olhos a resolução de questões esportivas na Justiça comum e pode punir uma confederação nacional –no caso, a CBF– caso um clube de futebol faça isso.

Ao apostar nessa via, a Lusa poderia entrar em confronto com a CBF.

“Na teoria, a Fifa poderia suspender o Brasil de competições internacionais. Mas acho muito difícil que isso aconteça”, pondera Pedro Trengrouse, coordenador do curso de gestão esportiva na FGV. “Você imagina a Copa-14 sem a seleção?”

Mas Trengrouse vê uma resolução na Justiça comum como um desprestígio para a desportiva.

“Se o poder judiciário preencher os requisitos do conhecimento específico para as questões esportivas, não haveria o porquê da Justiça desportiva.”

www.folha.com

Blog do Citadini : Esta história de que a Fifa pune quem leva para a Justiça Comum, questões do futebol, é mais lenda que verdade. Já tivemos inúmeros casos em que a Justiça Comum ” corrigiu” equívocos da tal Justiça Desportiva. Um grande número de clube ja seguiu este caminho. E no final venceu e não foi punido, como é o caso do Gama.

A Fifa ameaça. Sempre. Mas já foi humilhada pelos governos e judiciários pelo mundo inteiro. Na Europa teve que recuar na questão do passe . Ficou braba . Só.

Destaque merece o tal “professor ” da FGV que diz que o Brasil poderá ser suspenso e ficar fora da Copa de 2014. Santos Deus ! Em que mundo vive este cara?   

Dec 17, 2013

Atenção torcidas !

Nissan cancela patrocínio com o Vasco após briga da torcida

A confusão entre torcedores do Vasco e do Atlético-PR, na última rodada do Campeonato Brasileiro, vai custar R$ 21 milhões ao clube carioca.

A Nissan decidiu encerrar o contrato de patrocínio para o uniforme do Vasco, assinado no último mês de julho. O acordo teria validade até 2017. A montadora de veículos pagaria R$ 7 milhões por ano.

O rompimento foi noticiado pela revista “Veja” e confirmado pela montadora nesta segunda-feira (16). Procurada pela Folha, a assessoria do Vasco não ligou de volta.

Em nota, a Nissan informou que o patrocínio foi cortado por causa dos “atos de inaceitável violência” envolvendo torcedores vascaínos.

A empresa acrescentou que o comportamento dos torcedores foi “incompatível” com os valores e princípios que ela sustenta em todo o mundo.

Na última sexta-feira, a 4ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) obrigou Atlético-PR e Vasco a jogarem com portões fechados no próximo ano. O clube de Curitiba cumprirá seis partidas de pena, já o time carioca terá que atuar sem presença de torcedores em quatro jogos.

Além de jogar com portões fechados, a equipe paranaense perdeu o mando de campo de outras seis partidas, e o Vasco de mais quatro. Esses duelos terão que ocorrer a, pelo menos, 100 km da sede dos clubes.

Leia abaixo, o comunicado da Nissan:

“Depois dos recentes atos de inaceitável violência, a Nissan informa que não manterá o contrato de patrocínio junto ao Club de Regatas Vasco da Gama.

A direção da Nissan considera que os referidos atos de violência são incompatíveis com os valores e princípios sustentados e defendidos pela empresa em todo o mundo.

O patrocínio havia sido assinado em Julho de 2013, e tinha previsão de duração de quatro anos.

A Nissan reforça seu compromisso com o esporte brasileiro como Patrocinadora Oficial dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016 e apoio a 30 atletas olímpicos e paraolímpicos do Brasil.”

www.folha.com

Dec 16, 2013

Bi campeão

 

Corinthians celebra um ano de triunfo histórico no qual a amizade foi “tudo”

 

Marcos GuedesSão Paulo (SP)

O Corinthians conseguiu há um ano o que o Atlético-MG espera fazer no próximo final de semana. E pintar o mundo de preto e branco, com um triunfo por 1 a 0 sobre o Chelsea, em Yokohama, foi algo obtido com as defesas de Cássio, a chegada de Paulinho, a cabeça de Guerrero e a amizade.

Em 16 de dezembro de 2012, a histórica vitória foi celebrada com os jogadores em roda no centro do campo. Observados por quase 30 mil corintianos nas arquibancadas, eles cantaram a música “A Amizade É Tudo”, de Thiaguinho e Rodriguinho, momento lembrado na entrega do Troféu Mesa Redonda.

Agora ex-técnico do Corinthians, Tite foi chamado ao palco da premiação e viu um vídeo com momentos da campanha. Na sequência, ouviu o artista Péricles entoar a música adotada como hino pelos alvinegros no Japão, permitindo-se cantarolar timidamente trechos como “somos um só coração”.

Divulgação/Agência Corinthians

Alessandro realiza o sonho do grupo de amigos ao erguer a taça em Yokohama (foto: Daniel Augusto Jr.)

“É uma grata lembrança. Uma extraordinária lembrança!”, levantou o tom da voz. “Foi um grupo de pessoas especial em um momento especial de suas vidas. Fora a questão clubística, eram pessoas que gostavam do convívio entre elas”, comentou o emocionado gaúcho. 

Coube a ele liderar os amigos que fechariam um ano perfeito derrubando Al Ahly e Chelsea no caminho para o troféu. “Quis o Papai do Céu: ‘Você vai estar com esse grupo nesse momento especial’. Vocês estão me quebrando as pernas me fazendo recordar isso tudo”, concluiu Tite.

www.gazetaesportiva.net

Dec 15, 2013

Rádio Ópera- Parsifal ( Wagner); A Noite do castelo ( Gomes).

(Parsifal, de Wagner)

www.radioopera.com.br

Domingo

PARSIFAL (Wagner) Horário: 06:10
Roma, 1950. Maestro: Vittorio Gui.
Elenco: Rolando Panerai, Dmitri Lopatto, Boris Christoff, Africo Baldelli, Giuseppe Modesti, Maria Callas, Miti Truccato Pace, Silvana Tenti, Aldo Bertocci, Mario Frosini, Lina Pagliughi, Renata Broilo, Anna Maria Canali, Liliana Rossi, Miti Truccato Pace, Aldo Bertocci.
PRÍNCIPE IGOR (Borodin) Horário: 08:40
Paris, maio/1966. Maestro:Jerzy Semkow.
Elenco: Constantin Chekerliiski, Boris Christoff, Todor Torodov, Cyril Dulguerov, Alexei Milkovsky, Julia Wiener, Julia Winer-Chenisheva, Liliana Bareva, Luben Mihailov, Radka Gaeva, Reni Penkova.
FENNIMORE AND GERDA (Delius) Horário: 11:10
Danish, 14/5/1997. Maestro: Richard Hickox.
Elenco: Bo Anker Hansen, Annette L.Simonsen, Randi Stene, Judith Howarth, Peter Coleman-Wright, Mark Tucker, Michael Hansen, Aage Haugland, Peter Fog.
LES PÊCHEURS DE PERLES (Bizet) Horário: 12:30
Toulouse, Fevereiro/1989. Maestro: Michel Plasson.
Elenco: Barbara Hendricks, John Adler, Gino Quilico, Jean-Philippe Courtis.
JUPYRA (Braga) Horário: 14:30
São Paulo, outubro/2001.  Maestro: John Neschling.
Elenco: Eliane Coelho, Rosana Lamosa, Mario Carrara, Phillip Joll.
A NOITE DO CASTELO (Carlos Gomes) Horário: 17:40
Campinas, 14/9/1978. Maestro: Benito Juarez.
Elenco: Niza de Castro Tank, José Dainese, Luiz Tenaglia, Alcides Acosta, Vera Lucia Pessagno, José A.  Marson, Fernando J. C. Duarte
Dec 14, 2013

Rádio Ópera. Il trovatore, de Verdi: Tancredi, de Rossini.

Sábado

ATTILA (Verdi) Horário: 05:35
Londres, 1972. Maestro: Lamberto Gardelli.
Elenco: József Gregor,  Lajos Konya, Éva Marton, Ferenc Szilágyi, Janos Nagy, József Bódy.
RADAMISTO (Handel) Horário: 10:25
Londres, 1993. Maestro: Nicholas McGegan.
Elenco: Ralf Popken, Juliana Gondek, Lisa Saffer, Dana Hanchard, Monika Frimmer, Michael Dean, Nicolas Cavallier.
IL TROVATORE (Verdi) Horário: 13:20
Londres, 16-20/12/1999. Maestro: David Parry.
Elenco: Alan Opie, Clive Bayley, Sharon Sweet, Helen Williams, Anne Mason, Dennis O’Neil, Marc Le Brocq.
IL GIUSTINO (Vivaldi) Horário: 15:40
Roterdã, 8/10/2001. Maestro: Alan Curtis.
Elenco: Dominique Labelle, Marina Comparato, Francesca Provvisionato, Geraldine McGreevy, Leonardo De Lisi, Laura Cherici.
TANCREDI (Rossini) Horário: 18:00
Munique, 17-30/julho/1995. Maestro: Roberto Abbado.
Elenco: Veselina Kasarova, Eva Mei, Ramón Vargas, Harrie Peeters, Melinda Paulsen, Veronica Cangemi.
Dec 13, 2013

Uma “trapolla”

A Portuguesa de Desportos ser jogada para a série B e o Fluminense do Rio ser brindado com a série A é daqueles acontecimentos que envergonham todos do mundo do futebol. Só um futebol despido de qualquer valor  ( exceto o da grana) pode aceitar uma solução mandrake desta.

Não cabe discutir as vírgulas e pontos do regulamento. Isso tudo é lorota. O que está ocorrendo é uma trappola, onde um clube fraco e pequeno é a vítima.

Tivesse nosso futebol algum compromisso mais sério, isto tudo nem seria discutido. Mas, lamentavelmente, como o mundo do futebol é um espaço para todo tipo de embustes, ficamos todos assitindo este espetáculo de horror e vergonha.

A execução sumária e vil da Portuguesa deveria indignar todos os grandes clubes brasileiro. Não acredito. Nem os de São Paulo – até por mero regionalismo- reagirão. O  Corinthians- com seu tamanho e força – poderia ser uma voz contundente contra este engodo. No passado, tivemos intervenções nobres contra todos e tudo, do qual é exemplo a solidariedade ao Palestra quando queriam tomar seu estádio.Era a hora do clube falar claro contra esta tramóia. Não acredito. Este tipo de briga era para Alfredo Ignácio Trindade, Matheus, Coracher etc. Ficaremos calados ou então teremos declarações formais e legalistas.

Estamos bem. No ano da Copa do Mundo um campeonato brasileiro mutretado.

Dec 12, 2013

Manos do Mano

A mídia anuncia que o novo técnico do Corinthians será Mano Menezes  que (recentemente) treinou o clube, a seleção brasileira e o Flamengo. Nenhuma surpresa. Era aposta ganha.

A direção atual do Corinthians nunca escondeu sua admiração pelo trabalho de Mano Menezes. Quando de sua anterior passagem pelo clube, o Departamento de marketing do Corinthians, chegou ao máximo do puxa-saquismo ao fazer a tal campanha “Manos do Mano”. Demostração clara de total apoio e subserviência.

O desafio de Mano Menezes é grande e não será igual a 2008 quando chegou para dirigir o time na série B. Como sabemos ser campeão desta série é missão fácil . Veja-se o Palestra que – com um time prá lá de precário- ganhou o bicampeonato da série B.

Mano Menenzes chega para substituir um técnico vitorioso (Tite)  num clube que teve conquistas inesquecíveis.

Nas matérias da mídia amiga – onde os diretores do Timão falam em off- dizia-se que Tite deveria sair pois o clube necessitava de uma “reformulação profunda”. Tite seria- segundo a direção- muito grato aos atletas que tanto venceram no Timão e não queria afasta-los. Com a chegada de Mano essas “dispensas” seriam possível.

É uma missão dificil  esta de reformador de um time vitorioso. Mano Menezes terá que contar com muita sorte e muito dinheiro.

E com a memória da torcida que é muito grata  a Tite.

Dec 9, 2013
admin

37 anos da grande invasão corinthiana ao Rio de Janeiro.

Completou 37 anos, dia 5 último, da histórica “invasão” corinthiana ao Rio de Janeiro, no jogo da semifinal do Brasileirão/76, entre o Timão e Flu. Segundo Celso Unzelte é, ainda, o jogo com maior público da história do Corinthians: 146.043 pagantes. É, também, uma das mais belas páginas de nosso esporte e da vida do Corinthians. O texto que segue é comentário de Nelson Rodrigues, no jornal O GLOBO, sobre o ocorrido. E uma peça histórica, magnífica, orgulho pra todos: corinthianos, tricolores e outros mais.

NELSON E A INVASÃO CORINTIANA

Nelson Rodrigues

1-Uma coisa é certa: – não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória. Ainda digo mais: – já estava escrito há seis mil anos, que em um certo domingo, de 1976, teríamos um empate. Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.

2-Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela. Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.

3-A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia. Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: –“O Rio é uma cidade ocupada”. Os corinthianos passavam a toda hora e em toda parte.

4-Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo. Pois ganha. Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time. Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel. Um amigo me perguntou: – “E se o Corinthians perder?” O Fluminense era mais time. Portanto, estavam certos, e maravilhosamente certos os corinthianos, quando faziam um prévio carnaval. Esse carnaval não parou. De manhã, acordei num clima paulista. Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam. Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca. Expliquei-lhe que o Tricolor era no final do Brasileiro, o único carioca.

5-Não cabe aqui falar em técnico. O que influi e decidiu o jogo foi a torcida. A torcida empurrou o time para o empate.

6-A torcida não parou de incitar. Vocês percebem? Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca. Os corinthianos estavam tão certos de que ganhariam que apelaram para o já ganhou. Veio de São Paulo, a pé, um corinthiano. Eu imaginava que a antecipação do carnaval ia potencializar o Corinthians. O Fluminense jogou mal? Não, não jogou mal. Teve sorte? Para o gol, nem o Fluminense, nem o Corinthians. Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis. A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum. Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo.

7-Futebol é futebol e não tem nada de futebol quando a vitória se vai decidir no puro azar. Ouvi ontem uma pergunta: “O que vai fazer agora o Fluminense?” Realmente, meu time não pode parar. O nosso próximo objetivo é o tricampeonato carioca. Vejam vocês:

– empatamos uma partida e realmente um empate não derruba o Fluminense. Francisco Horta já está tratando do tricampeonato. Estivemos juntos um momento. Perguntei: – “E agora?” Disse – amanhã vou tomar as primeiras providências para o tricampeonato. Como eu, ele não estava deprimido. O bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação. Aprende-se com uma vitória, um empate, uma derrota. Só a ociosidade não ensina coisa nenhuma.

No seguinte jogo, vocês verão o Fluminense em seu máximo esplendor.

NELSON RODRIGUES era tricolor e publicou este texto no GLOBO em 6/12/76, no dia seguinte ao jogo Fluminense x Corinthians.

Dec 8, 2013

“Nova escravidão”. Com a palavra o BSFC

Craque agora é investimento financeiro

Mais de 1,1 mil atletas na Europa são propriedade fundos de pensão, empresas e acionistas, numa aposta de mais de US$ 1,2 bilhão

08 de dezembro de 2013 | 2h 07
JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA – O Estado de S.Paulo

Quando dois times entram em campo hoje na Europa, não são apenas os torcedores que esperam de seus ídolos uma vitória. Investidores, fundos de pensão, empresas e acionistas também torcem para que os craques nos quais eles têm dinheiro depositado sejam decisivos em campo. Um levantamento feito pela KPMG revelou que mais de 1,1 mil jogadores na Europa são propriedade de grupos financeiros, e não de clubes.

Juntos, esses investidores poderiam formar cerca de 50 times de futebol, com titulares e reservas. No total, mais de US$ 1,2 bilhão está investido nesses jogadores. OEstado consultou investidores, dirigentes de clubes e cartolas e a constatação é de que a nova fronteira não é mais comprar um time ou um estádio, mas ser acionista na prática de um jogador, como se ele fosse uma commodity.

O fenômeno não é novo no Brasil e jogadores como Neymar garantiram salários elevados graças à participação de vários sócios. Mas a noção de que a prática era disseminada na Europa era pouco conhecida.

Parte da iniciativa vem dos próprios clubes que, com a recessão europeia, saíram ao mercado oferecendo parcelas de seus jogadores a investidores para ajudar a pagar os altos salários dos craques e também para levantar capital. “Para muitos clubes, isso evitou que seus presidentes tivessem de se ajoelhar diante de um banqueiro e pedir mais um empréstimo, pagar juros altos e se endividar”, contou o cartola de um clube espanhol, que pediu anonimato.

Num documento de apresentação de um desses fundos, o Doyen Sports Investments, a crise na Europa é o argumento usado para apontar para os benefícios do novo modelo. “Com a crise financeira internacional, clubes continuam a ter sérios desafios de liquidez e escassez de financiamento tanto para infraestrutura como para aquisição de novos jogadores.”

Em apenas três anos, o Doyen Sports Investments aplicou mais de 80 milhões na aquisição de jogadores. Apenas em 2011, a empresa esteve envolvida na transferência de seis jogadores para o Sevilla. Caso o clube espanhol vendesse dois dos jogadores negociados, Stevanovic e Kondogbia, o fundo, com sede em Malta, ficaria com 50% do valor da nova transferência.

Um dos ativos da empresa é Eliaquim Mangala, do Porto. “Fomos transformados em um produto financeiro”, declarou. “O clube é a fábrica e nós somos um produto. Temos de ser realistas”, disse. Em 2011, o Doyen tinha 33,33% dos direitos econômicos de Mangala, que por sua vez não sabia que outros 10% de seus direitos haviam sido comprados pela empresa Robi Plus.

Bom para os dois lados. Como Mangala, dezenas de outros jogadores em Portugal vivem a mesma situação. Segundo a KPMG, um em cada três atletas da primeira divisão está sendo financiado por um investidor. Para o clube, o sistema permite contar com alguns dos principais jogadores da temporada sem ter de gastar o que o caixa já não tem. Para o jogador, o sistema abre as portas para salários mais altos. Mas quando jogadores como Luciano Teixeira e João Mário Fernandes deixaram o Benfica neste ano, o valor da compra não foi para o time de Lisboa, e sim para a Robi Plus, a empresa dona dos passes dos atletas.

A prática é disseminada. Vai desde brasileiros como Hernanes, da Lazio, ao colombiano Falcão Garcia, que começou a brilhar no Porto, ganhou notoriedade no Atlético Madrid e hoje vale ouro para investidores no AS Monaco. No Leste Europeu, o modelo domina metade de todos os jogadores nas dez principais ligas da região. Na Holanda, 3% do valor de mercado dos jogadores está nas mãos de fundos. Na Espanha, a taxa é de cerca de 8%.

Para o presidente da Liga Espanhola de Futebol, Javier Tebas, esse é o caminho para que os clubes permaneçam competitivos, principalmente os menores. Segundo o cartola, um clube como o Atlético Madrid paga a cada ano cerca de 17 milhões em juros aos bancos por empréstimos que tomou no passado para comprar jogadores. Esse valor quase seria suficiente para pagar um ano de salário de Cristiano Ronaldo.

Polêmica. Mas o desembarque de grupos financeiros no futebol não agradou a todos. A Uefa quer banir a prática, alegando que a tendência ameaça a integridade do esporte e pode acabar levando jogadores a serem vendidos, mesmo que em termos esportivos a transação não faça sentido. Na França, o sistema é proibido. Na Inglaterra, a transferência de Carlos Tevez do Corinthians para o West Ham, em 2006, fez os cartolas britânicos aprovarem uma lei impedindo a participação de investidores no passe de um jogador. Na transação, o clube escondeu da federação o fato de que jamais pagou ao time paulista pelo atleta, mas sim à MSI, um fundo de investidores.

Outro problema, segundo a Uefa, é o risco de que equipes com jogadores que pertencem ao mesmo dono se enfrentem e que os “ativos” sejam instruídos a fabricar um resultado que interesse aos investidores, não aos torcedores. “Esse sistema levanta sérias questões morais e éticas”, declarou Gianni Infantino, secretário-geral da Uefa.

FIFPro, o sindicato mundial de jogadores, também denuncia o sistema. “Os fundos estão interessados em lucro, que só ocorre nas transferências. Isso pode resultar num verdadeiro tráfico”, alerta o grupo. Outro temor, é de que os fundos forcem os clubes a escalar os jogadores de sua propriedade para que entrem em campo, mesmo que não estejam atuando bem ou possam estar ainda se recuperando de uma lesão. “Tais práticas são inaceitáveis”, declarou Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa. “É a versão moderna da escravidão.

www.estadao.com

 

Blog do Citadini; Quando apareceu o movimento Bom Senso Futebol Clube , com aplausos de quase toda mídia, dissemos que a discussão era generosa mas equivocada. E apontamos que o principal problema do futebol era a “volta ” dos passes, agora nas mãos de empresários, empresas, jogadores e diretores.  Neste novo mundo de negócios ( onde o jogador é sócio mais que empregado) os clubes estavam sendo lesados- diariamente- em todas as negociações.  A matéria do Estadão traz, hoje, luz sobre o problema que para o BSFC não existe.

Dec 6, 2013

Último ato.

Tite em três atos: a despedida, a emoção e um futuro em italiano

Em entrevista ao GloboEsporte.com, técnico se emociona com pequenas histórias antes de adeus e quer aprender língua por chance no exterior

Por Diego Ribeiro, Rodrigo Faber e Zé GonzalezSão Paulo

Header_TITE_DESPEDIDABILIDADE_690px (Foto: Infoesporte)

A ideia surgiu de forma repentina, em um dia de trabalho no CT Joaquim Grava. Tite pediu uma camisa ao roupeiro Edizio, de preferência com o número de algum jogador importante nesses três anos e três meses de passagem pelo Corinthians. A 20, do meia Danilo, estava à mão. O técnico mais vitorioso da história do clube queria que cada funcionário do CT assinasse o uniforme, em um gesto simbólico de agradecimento pela convivência diária. A camisa será emoldurada e levada para a casa de Tite.

Mais do que títulos, vitórias e grandes jogos, o tratamento sincero e autêntico com as pessoas é o grande legado deixado pelo técnico, que dá adeus (ou talvez um “até breve”) ao clube após a partida deste sábado (19h30 pelo horário de Brasília), contra o Náutico, no Recife, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Em um meio muitas vezes marcado por ganância e intolerância, Tite destoa.

– Não quero ser simpático ou passar alguma imagem do tipo. Mas há de se ter o mínimo de inteligência e saber que só se vence em conjunto. O Corinthians vence porque cria esse ambiente, que potencializa toda a nossa capacidade de botar as coisas para fora. A camisa foi um simbolismo para comprovar isso – afirmou o técnico.

Em uma hora e meia de conversa com a reportagem do GloboEsporte.com, no Memorial do Corinthians, no Parque São Jorge, Tite deixou transparecer sua autenticidade. Foi a primeira vez que o técnico visitou o local onde estão expostos, entre tantos outros, os cinco troféus que ele conquistou pelo Timão: Brasileirão 2011; Libertadores e Mundial de Clubes em 2012; Paulistão e Recopa Sul-Americana em 2013. Enquanto respondia às questões, não tirava os olhos de uma tela que exibia os lances da Taça Libertadores, a que considera a sua maior conquista. Com voz emocionada, ele vibrou mais de uma vez com o gol de Paulinho sobre o Vasco, nas quartas de final, naquele jogo em que tinha sido expulso e assistiu aos minutos finais no setor de numeradas e depois grudado no alambrado – no meio da torcida fiel.

A adoração dos corintianos a Tite é notória, já que as homenagens se multiplicaram desde que ele anunciou sua saída do Corinthians. O que o técnico faz questão de dizer é que a recíproca é verdadeira. Com palavras ora apaixonadas, ora sérias, Tite discorreu sobre os três anos no cargo, deu “bronca” em Alexandre Pato e avisou que quer aprender a língua italiana – para ter mercado no país em que, ele considera, teria adaptação mais rápida.

– Na última vez em que conversei com pessoas de lá, disseram que eu tinha um italiano de cinquenta anos atrás.

Confira abaixo o papo com o treinador:

Mosaico Tite (Foto: Marcos Ribolli)
Titebilidade em alemão? Tite quer aprender nova língua, mas prefere o italiano, que lhe é mais familiar

GloboEsporte.com: A torcida te abraçou desde o anúncio de sua saída. É difícil ver uma relação tão apaixonada com um técnico de futebol. O que o Tite tem de diferente dos outros?

Tite: A primeira coisa que me surge na cabeça é que fui comentarista. Eu entendi o outro lado. Eu entendi o lado da busca da informação, de ficar aventando possibilidades para ver a resposta do técnico, para conseguir captar a verdade dos fatos. A única coisa que não admito, e sou contundente e impaciente, é uma informação que não seja verdadeira. Isso me tira do sério. Eu aprendi ao longo do tempo a entender comentários, opiniões, e respeitar. Eu estive do outro lado e facilitou. Fiz comunicação social para ter outra perspectiva, isso me facilitou. Ser ex-boleiro me facilitou.

Imagine a titebilidade em alemão?”
Tite, sobre aprender novas línguas

Essa facilidade também pode ser vista na relação próxima com os funcionários do clube. É esse o principal legado que você deixa?

Pedi ao Edizio (roupeiro) uma camisa para o pessoal assinar. Ele me deu e perguntei de quem era. Número 20, Danilo. Eu disse que estava bem representado. Queria a assinatura de cada, um de todos os funcionários, e pedi a ele que passasse com a camisa. Gosto de ter esses lembretes para guardar. Dessa vez eu queria algo de todos os funcionários. Vencemos juntos.

É disso que você vai sentir mais falta? Sinceramente, pelo Tite, essa história continuaria?

Está perguntando se meu lado emoção queria que eu continuasse? Sim. Mas também tem a compreensão de que não é só esse fato. Tem de avaliar, entender, observar tudo que foi realizado, os prós, contras e possibilidades. É humano, natural. É hipócrita eu dizer que queria terminar o contrato. A direção em algum momento também sentiu essa decisão. É claro que humanamente você sempre vê uma perspectiva melhor, tanto é que fomos até o final.

Você já falou algumas vezes sobre não ter conseguido ajudar o Adriano. Por que não conseguiu mais?

Perguntei a mim mesmo 300 vezes sobre o Adriano, e não tenho no meu repertório alguma coisa a mais que pudesse fazer. Fui humano, paternalista, técnico, instrutor, briguei, discuti. Para provocar nele uma melhoria. O clube fez isso, os companheiros dele fizeram isso. Torço para que tenha auxilio agora no Atlético Paranaense.

 Meu braço, minha perna, tudo se mexia. Tinha o contato visual. Eu olhava para os caras e sentia essa coisa vindo de volta. Todo mundo estava dentro do jogo”
Tite, sobre a final do Mundial

Claro que são situações diferentes. Mas você também sente que poderia ter ajudado mais o Pato?

Os problemas que ele teve trazem um benefício, que é da maturidade. Por isso, acredito que ano que vem ele possa melhorar. Readaptação já teve e agora ele compreende mais o torcedor, o senso competitivo da coisa. Talento ele tem, competitividade a gente consegue adquirir. Essa semana ele deu um sinal legal. Vou contar. Um atleta lhe deu uma porrada no treino, ele bufou, e a capacidade de indignação foi tocada. Quando saiu atrás do cara e achei que ele ia dar uma chegada, gritei: “Chega, encurta, pega”. Ele chegou bem perto, mas não fez nada. Mas está bem pertinho.

Se ele devolvesse a entrada, você comemoraria?

Claro! É essa capacidade de indignação. Teve um jogo em que ele tomou porrada o primeiro tempo inteiro. Mandei ele dar uma atropelada, chegar no cara e ir para o confronto. Quero fomentar esse outro lado. Talento ele tem. Todas as equipes querem um cara competitivo. E ele pode ficar bravo comigo,  mas é isso.
Você acha que o anúncio precoce de sua saída tirou a concentração do grupo?

Na reunião da definição que tivemos, tive uma opinião diferente do Roberto de Andrade (diretor de futebol). Ele não queria falar para os atletas, eu errei e falei para colocarmos, sim, a realidade. Não queria especulação na mídia. Eu estava errado. A partir do momento que definimos que eu não ia permanecer, os atletas também se dispersaram e o nível técnico baixou. Perdemos o foco. Teve esse grau maior de dificuldade. Eu errei, o Roberto estava certo.

Dá para dizer que as duas partes estão rompendo um namoro ainda apaixonados? 

Não sei, não sei… Quando tu fala em namoro… As coisas têm de fluir de forma natural. Todo mundo diz para eu voltar logo, mas tem de ser uma coisa natural. Tem de abraçar o próximo trabalho e ter toda a paciência e apoio que teve comigo, e não ficar lembrando do que passou.

Ao menos, o relacionamento parece terminar em paz.

Todos nós erramos. Tivemos dez acertos para três erros. Isso é humano, pô! Querer mais do que isso? Saio realizado por esse reconhecimento.

…e aí um Guerrero diz: “Quem é que vai me cobrar se eu errar um pênalti e me treinar depois para corrigir?”. Um Paulo André diz: “Só você pode tirar mais de nós”. É… (para e respira fundo)”
Tite, sobre a reação dos atletas após derrota para Lusa, em que ele chegou a entregar o cargo

Nesses três anos, você deve ter tido frustrações. Daquelas que você precisa sentir para aprender e crescer depois. Qual foi sua maior?

Absorver, sentir… Você tem de absorver e sentir! Ou tem de ser frio, ou tem de ser quente. Tem de sentir o peso e reagir. Mas frustração… É uma coisa forte. Frustração seria se eu fosse demitido contra o Tolima e o Andrés (Sanchez, ex-presidente) não tivesse me segurado. Putz… (o Timão foi eliminado da fase preliminar da Taça Libertadores pela equipe colombiana). Frustração também seria se eu saísse depois do jogo contra a Portuguesa (derrota por 4 a 0, em Campo Grande, pelo Brasileiro deste ano).

Por quê?

Dentro do vestiário (após a goleada para a Portuguesa), chamei o Edu (Gaspar, gerente de futebol) e coloquei que encerraria o contrato da minha parte, que o Corinthians ficaria livre. Logo depois, veio a manifestação dele e dos atletas, que me seguraram para não dar entrevista. Depois, no hotel, Alessandro bate na porta. Entraram 11 atletas, e ouvi de cada um a importância que cada um de nós tinha naquele grupo. Eles disseram que tinham de mudar certos comportamentos para serem mais competitivos. E aí um Guerrero diz: “Quem é que vai me cobrar se eu errar um pênalti e me treinar depois para corrigir?”. Um Paulo André diz: “Só você pode tirar mais de nós”. É… (para e respira fundo).

Você chorou com esse reconhecimento? Você já fez algum jogador chorar? Tocou alguém a esse ponto?

É chato falar dos outros… Mas eu já chorei e me emocionei algumas vezes. Sou muito intenso. No vestiário em Yokohama, na final contra o Chelsea, me emocionei no fim da conversa. Quem estava lá sentiu essa emoção. Lutei minha vida toda para chegar àquele momento, e minha coragem para enfrentar as coisas era muito grande. Falei que iríamos para dentro, com a nossa cara. Aquele momento era mágico, extraordinário, único. Meu braço, minha perna, tudo se mexia. Tinha o contato visual. Conta muito isso, o jeito, o olho, a entonação. Eu olhava para os caras e sentia essa coisa vindo de volta. Todo mundo estava dentro do jogo.

Qual foi seu maior aprendizado em três anos de Corinthians?

Foi o ganhar buscando sempre ser o melhor e mais leal. Falar as coisas claras e limpas para os atletas e trazer essa relação de confiança. Brincar de faz de conta não gera confiança. O não vencer a qualquer custo, o vencer ao custo de ser mais competente, mais vibrante.

tite corinthians entrevista (Foto: Marcos Ribolli)
Tite conversa com a eqiupe do GloboEsporte.com: três anos e meio em 90 minutos de papo (Foto: Marcos Ribolli)

O futebol brasileiro ainda não está preparado para ter um técnico por tempo tão longo no cargo?

Precisa crescer. Tal qual em qualquer atividade, técnico requer tempo para fazer um ajuste, reconduzir o trabalho, e lá na frente ter os resultados. Fico orgulhoso de ter tido três anos e meio. Quando fiquei dois anos e meio no Grêmio, achei que nunca mais ficaria num time grande por tanto tempo. Telê Santana, Muricy Ramalho, no São Paulo, Abel Braga, no Internacional, e outros conseguiram essa dimensão, esse tempo. Facilita o trabalho dos técnicos. Ajuda a educar o torcedor, o jornalista faz uma avaliação diferente, o diretor entende que assim a coisa anda. Eu tenho essa consciência.

Você quer passar algum tempo estudando antes de dirigir outro clube. Um curso está nos planos? Talvez aprender um novo idioma…

Inglês não, alemão não, pois aí vou ter de estudar, ter fluência, e não vou conseguir. Você se perde nos termos técnicos. Imagine eu dando um trabalho tático? Quando a interação é em tempo real, não dá para passar um erro e eu ficar formatando a ideia na cabeça, a tradução, para corrigir o atleta. Imagine a Titebilidade em alemão? Espanhol é mais fácil, e italiano pode ser.

Se tivesse de aprimorar um idioma…

Seria o italiano. Compreendo bem e precisaria aprender mais. Quando conversei com pessoas de lá, disseram que eu tinha um italiano de cinquenta anos atrás.

Você deixa o Corinthians com uma torcida mais exigente, querendo um padrão Tite após sua passagem?

Não sei se vai se tornar mais exigente ou paciente, mas a autoestima recuperada com a Libertadores e Mundial foi de uma forma que não tem volta. Quando saímos campeões do Mundial, todo mundo estava de peito estufado. Ganhamos porque fomos melhores e mais competentes. Nós vencemos e fomos melhores.

Sábado, por volta de 21h15, após o jogo com o Náutico, no Recife, Tite dará um adeus ou um até breve aos corintianos?

Dou meu coração, minha competência e emoção. Fora isso, não tenho condição de antecipar um sentimento. É só gratidão ao torcedor, que cobra muito, exige muito, mas reconhece na proporção exata.

Mosaico Adeus Tite  (Foto: Marcos Ribolli)
Tite relembra momentos marcantes e admite: chorou no vestiário antes da final do Mundial (Foto: Marcos Ribolli)
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