Abaixo da média
Quem viu os jogos dos times que disputam a ponta do Campeonato Brasileiro ficou preocupado.
O “principal” jogo da rodada (Atlético Mineiro x Grêmio) foi para lá de modesto, para dizer o mínimo. Luta, garra, dedicação, correria e tudo mais. Só faltou o bom futebol, com toques e criação de jogadas. Por maior que fosse o esforço do locutor da TV, as imagens desmentiam todos os elogios.
Já no sábado, o “líder” Flu ganhara a duras penas, num jogo mais que fraco.
Mesmo não disputando diretamente a ponta, o Corinthians e seu jogo foram o que salvou a rodada.
Como tem sido quase toda semana. O Timão é o único time que une dedicação, organização com criação e jogadas de brilho. Em alguns jogos mais, em outros, menos, é o Corinthians que tem garantido qualidade ao campeonato.
Uma pena que pelo calendário o Clube tivesse ficado fora de uma disputa maior pelo título.
Cadê os nomes?
O COB (Comitê Olimpico Brasileiro) do Sr. Carlos Nuzman é um exemplo que não deve ser seguido.
Um grupo do batalhão de 200 “quadros” que foram para Londres aprender a organizar uma Olimpíada foi envolvido em um “rolo” e tanto. São acusados pelos ingleses de roubo e o COB tentou abafar tudo. Sem saída, foi obrigado a “desligar” 10 dos seus homens de ouro. Mas procurou esconder o embróglio.
A nota do COB é tão clara como o comunicado da Rádio de Moscou sobre a morte de Stalin.
Procura tudo esconder.
Está mais do que na hora de o COB (Sr. Nuznam) esclarecer todinha esta história.
Dar os nomes, elucidar os fatos e até quem ordenou o roubo. Será que ele pode fazer isso? Não sei, mas deve começar a clarear a situação o quanto antes.
Falta grana
A falta de grana está mostrando sua cara no Campeonato Italiano.
O Milan e a Inter (dois expoentes do futebol da Bota) estão apanhando de todo mundo por lá.
Sem grana, os ex-gigantes têm equipes modestas que só colhem derrotas.
É o tatu!
A organização da Copa de 2014 escolheu o tatu-bola como mascote do evento.
Parabéns. Talvez esta escolha evite a extinção do pobre animal.
Mas quem gosta mesmo de tatu é a CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
E o gosto não é pela carne (cujo consumo é proibido), mas das reações do bicho quando sente qualquer perigo. Imediatamente se fecha como uma bola, depois vai pro buraco se esconder.
É a politica adotada pela CBF quando aparece algum problema.
Vejamos agora alguns exemplos. O Ministro do Esporte, Aldo Rabello, afirmou que precisa acabar esta história de dirigentes de entidades de esportes manterem-se por décadas e décadas no cargo. O que faz a CBF diante da importante manifestação do Ministro? Corre pro buraco e se fecha sem falar uma palavra. Afinal o Sr. Aldo Rabello está falando exatamente para eles, e estes se fingem de mortos.
Como o tatu.
O mesmo ocorre com as declarações do deputado (ex- atleta) Romário, que vem espinafrando a Direção da CBF, especialmente o técnico.
Como reage a CBF: nem um piu!
Fecham-se como uma bola e vão pro buraco.
É preciso avisar a CBF que o mascote da Copa não é um animal que deva ter seu gesto imitado quando em situação adversa.
Afinal esta entidade está clandestina?
Palestra e Palmeiras
O Blog do Juca publica artigo de Jota Christianini (historiador palestrino ou palmeirense) sobre os acontecimentos que levaram à mudança do nome da agremiação (Palestra para Palmeiras) na fase pós segunda guerra.
O artigo relata a tensão nas reuniões em que os dirigentes procuravam salvar a agremiação e seu patrimônio, já que havia uma campanha generalizada para “tomarem” os bens daqueles grupos que estavam na guerra ao lado dos vencidos (Alemanha, Japão e Itália).
A campanha foi dura e atingiu todas as regiões.
O importante Hospital Alemão, que fica na Bela Vista, teve que mudar o nome para Oswaldo Cruz da noite para o dia. A colônia japonesa perdeu o Hospital – depois chamado Santa Cruz. O terreno do Canindé, que era de uma associação de imigrantes alemães, foi “comprado”.
E o Palestra ficou na linha de tiro.
Durante todo o período de ascensão do fascismo italiano, ninguém escondia o aplauso ao “Duce”. O Clube chegou a adotar posturas de puro racismo (como proibir entrada de negros), numa época em que ser adepto de Mussollini rendia prestígio e principalmente… muito dinheiro. Foi uma época fácil para os palestrinos.
O que queriam compravam e o que olhavam traziam.
Mas o dinheiro fácil e a adesão ao fascismo cobrou um preço elevado.
Tornara-se um Clube que excluía uma parcela grande da Cidade (que não tinha o mesmo “sangue” dos oriundi).
Com isso, abriu espaço para o Corinthians se tornar a maior torcida no Estado, situação que o tempo só aumentou.
Mas a fúria dos que venceram a guerra desejava mais.
Queria o patrimonio dos “imigrantes com vínculo aos partidários do eixo”. E aí valia tudo.
Inclusive “tomada” das propriedades dos vencidos.
No artigo do Blog do Juca há um ponto interessante que poucos falam nos dias atuais.
Diz o historiador palmeirense: “Prossegue a reunião. Chega um telegrama , vindo do Corinthians, hipotecando solidariedade ao Palestra. Assina Vicente, um jovem conselheiro, também imigrante.”
É a mais pura verdade.
O único Clube que não aceitou a violência que era cometida contra o alviverde foi o Corinthians. Não sei se a informação do telegrama (com assinatura de um conselheiro Vicente) é das mais precisas. Sei que o Corinthians reuniu o Conselho e decidiu se manifestar contra a “tomada” do estádio palestrino.
Uma delegação (contaram-me as testemunhas da época) foi ao Palestra levando uma “moção” de solidariedade.
É um gesto que sempre engrandeceu ao Timão e que tive oportunidade de reelembrar numa reunião em 2003, quando um dirigente do Palestra, filho de um ex-presidente do Clube, se uniu ao SPFC para retirar uma vantagem que tínhamos no regulamento do Campeonato.
O resto da história todo mundo conhece inclusive o alto preço que pagou o Palestra pela sua adesão ao fascismo.
Só espinhos
(Carlos Alberto Parreira) (Reprodução)
Ser técnico da Seleção Brasileira é estar aberto a todo tipo de crítica.
Quase sempre – diferentemente do que ocorre nos Clubes – na Seleção não há defensores que equilibrem o jogo de torcida.
Ontem, 19/9, a torcida voltou a pegar no pé do técnico Mano Menezes, gritando o nome do técnico Felipão, o último campeão.
Isso é regra para técnico de Seleção, quase sempre leva vaias, e, no caso brasileiro, a torcida está vaiando em qualquer jogo, já que a equipe não está disputando nada.
Recordo-me do caso do técnico Carlos Alberto Parreira, um profissional de primeira qualidade.
Após uma temporada de grande sucesso no Corinthians, onde ganhou títulos e apoio dos alvinegros, Parreira foi submetido a uma campanha terrível, que pretendia sua volta à Seleção. Sinceramente, não queria. Mas ante a pressão de Zagallo (profissional que havia aberto as portas para Parreira em 1970), do presidente Ricardo Teixeira e dos barões das imprensas carioca e paulista, ele cedera mesmo com clara má vontade.
Já havia dirigido a Seleção e ganho um título especial, na Copa dos Estados Unidos, 1994.
Sua fama de retranqueiro, inventada pela mídia de São Paulo, tinha ido por água abaixo em 2002, com o time do Corinthians jogando leve, organizado e com belo futebol.
Tinha grande admiração da torcida corinthiana.
Era aplaudido em todos os restaurantes da cidade, em cenas que ficaram na história. Mas a pressão insana – aliada a seu caráter correto (não poderia abandonar quem tanto tinha ajudado em sua carreira) – o levou a voltar para a Seleção.
Alguns meses após sua saída do Corinthians, fui ao Rio de Janeiro participar de um evento onde estava a família de Parreira e vi o tamanho da revolta de seus familiares por ter ele trocado o Corinthians pela Seleção Brasileira. Todos seus familiares declaravam que o melhor período de sua vida tinha sido no ano em que dirigiu o Corinthians.
Suas filhas e esposa diziam para mim e Eliane que nunca deixavam de assistir os jogos do Timão como torcedoras fanáticas.
Mas a surpresa maior veio da mãe de Parreira, uma senhora já bem idosa (hoje falecida), que desabou a criticar o filho pelo retorno à Seleção.
Entre elogios, a torcida corinthiana dizia que aquilo (a Seleção) era um inferno e que Parreira só fez isso porque não havia contado para ela. Poucos instantes após, chegaria ao evento o ex-presidente Ricardo Teixeira e as palavras da mãe do técnico tornaram-se ainda mais duras. Ela contestou, em voz alta, aquela insensatez que havia sido o retorno à Seleção.
Por mais que eu e Eliane tentássemos fazer colocações amenas, a idosa senhora não interrompia suas críticas.
Esta é a vida de técnico de Seleção: críticas e mais críticas, sem direito a qualquer defesa.
Nos Clubes é diferente, os técnicos que caem no gosto do torcedor, como Parreira ou Tite, passam a ter um escudo da torcida, defendendo-os em todo lugar.
Um campeonato sem sabor
Esta claro que não acho este Campeonato Brasileiro seja a oitava maravilha do mundo.
Eu ainda uso a fórmula antiga, não esta atual usada por um banco para eleger o Cristo Redentor como uma “maravilha”.
Mas, tanto em uma quanto noutra fórmula, o Brasileirão não está bem colocado.
E qual seria a razão deste “pouco encanto” do atual campeonato?
Muitos são os motivos. Este calendário, que amontou uma disputa com outra, e por consequência eliminou a possibilidade de as grandes equipes disputarem todas as competições em igualdade, comprometeu, em muito, a temporada.
O fato de o Corinthians, por razões conhecidas e explicadas, estar quase como “visitante” no campeonato rebaixa a competição.
É o que estamos vendo. A mídia, um dia, aponta um “virtual” favorito à conquista, para noutra semana mudar de favorito, restando somente uma competição onde os ponteiros não “apaixonam” ninguém. Se voce perguntar para um torcedor sonolento qual a melhor equipe do Brasileirão ele dirá: o Corinthians. E está correto.
É um dos poucos times com esquema de jogo definido, colocação da equipe de forma organizada e que joga quase sem surpresas.
Quando há o maior interesse do grupo – em um ou outro jogo – dá-se o ritmo à equipe.
E nos demais, quase nada. Um dia o Flu tem um jogo razoável e em seguida se desmancha. O Atlético Mineiro é o exemplo de campeonato sem rumo. É quase um delírio imaginar que um time jogando o que joga será “campeão brasileiro”.
O Grêmio se sai melhor quando a torcida canta o hino (do Rio Grande, é claro) do que quando a boa rola.
É neste marasmo – e nesta falta de ritmo de assustar – que o Brasileiro vai seguindo em frente. Sejamos claros: trata-se do mais fraco campeonato dos últimos anos.
Vamos torcer para dar uma melhorada nas próximas rodadas.
É só o que desejamos.
Mais um gol do craque Romário !
Para alguns está surpreendendo, para outros, apenas confirmando que é uma pessoa séria e que não se deixou envolver pela cartolagem e pela política de baixo extrato. Embora seja de um partido que apoia o governo, não tem perdido oportunidades de colocar problemas que o mundo do esporte vive por todo lado. Romário traz para a Câmara a mesma agilidade, criatividade e astúcia que tinha nos gramados. Continuando neste ritmo, será uma das belas surpresas para o Parlamento brasileiro. E o futebol ganhará muito com seu desempenho, que segue em caminho oposto a parlamentares (que nunca tiveram nada com o esporte) e que, nos dias atuais, só fazem agradar aos cartolas e pinçar algum lugar na mídia esportiva.
O Blog do Juca publicou discurso de Romário, onde o Deputado parabenizou a iniciativa do Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, de vetar recursos públicos à Confederações esportivas que não tenham alternância de poder. Como lembra Juca, a medida atingirá, diretamente, o famoso COB ( Comitê Olímpico Brasileiro).
Veja abaixo o texto na íntegra:
“Assisti ontem (13) à entrevista do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ao jornalista Fernando Rodrigues e gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa de vetar recursos públicos e outros benefícios às confederações esportivas que não tenham alternância de poder em suas direções.
Ele e a presidenta Dilma têm o meu apoio total.
Só espero que eles não se esqueçam de incluir o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Há tempos eu venho dizendo que é preciso consertar uma coisa: o esporte sobrevive do dinheiro público, mas a gestão continua privada.
Talvez isso finalmente mude agora.
Os presidentes das Confederações de Atletismo e de Desporto Aquático, por exemplo, já estão há mais de 20 anos no poder.
Muita cara de pau!
E o presidente do COB, Carlos Nuzman, tá querendo se reeleger mais uma vez agora em outubro.
Se conseguir, também chegará a duas décadas à frente do COB.
E para quê?
Para vermos o fiasco que aconteceu em Londres?
Não seria melhor para o esporte se houvesse alternância no poder?
Soube que o Nuzman não recebe salário. Então por que tanto apego?
O que eu sei é que o COB precisa mudar de cara e deixar de ser amador.
Precisa começar a fazer uma gestão mais profissional e que dê resultados mais satisfatórios diante de tanto dinheiro aplicado nos últimos anos.
Desde que o Comitê Paraolímpico Brasileiro passou a alternar os presidentes, os resultados apareceram e hoje evoluímos para a sétima potência mundial nas Paraolimpíadas.
Por isso, concordo com o ministro Aldo para limitar o tempo de permanência e o número de mandatos desses caras dentro de alguns parâmetros. A renovação sempre é bem vinda nessas entidades e seria uma maneira de estimular a democracia.
E a idéia dele de baixar uma regulamentação no próprio Ministério do Esporte para condicionar essas entidades privadas ao preenchimento de alguns requisitos para terem acesso aos recursos públicos foi ótima.
Dessa forma, o governo não legislará sobre entidade privada nenhuma, mas definirá parâmetros para liberar os recursos que as mantêm. Se quiserem receber, precisam se enquadrar às regras impostas pelo governo. Certíssimo.
Pra finalizar, acho que entre essas normas elaboradas pelo governo deveria estar também a garantia do voto direto aos atletas. Nada mais justo do que o próprio competidor que rala e representa o país lá fora possa ajudar a escolher os melhores administradores de suas confederações e do COB. Fica a sugestão.
O ministro disse corretamente na entrevista que essas entidades não são “casas reais”.
Concordo. Até porque, se fossem, os dirigentes não seriam os reis, mas os bobos da corte.”
O gol e o craque
Quando Romarinho entrou, como um Corisco, por trás da defesa do Palestra, tomou a bola e marcou o primeiro gol do clássico de ontem,16/9, no Pacaembu, pensei em desligar a TV.
O domingo estava completo e acabado. O que viesse após seria quase sem importância.
O craque só ganha fama quando marca gols importantes contra um adversário igualmente expressivo.
É o caso deste Romarinho.
Nenhum torcedor vive dizendo por aqui: “que beleza aquele gol contra o XV na partida de ontem”. Atacante que quer ser importante tem que marcar gols que a torcida (adversária) não esquece.
São estes tentos que criam sua fama e consolidam o nome do atleta.
Neco só é esta legenda no Corinthians por ter sido impacável contra o Palestra.
Embora tenha jogado nos anos 1910 e 20, o torcedor fala até hoje com respeito pelo craque, que virava uma fera quando enfrentava o Alviverde. E há tantos outros. Teleco e Servílio também atormentaram os adversários prediletos. Sócrates jogava tudo contra São Paulo, Palestra e Santos, e, em partidas contra adversários menores, quase sempre andava em campo. No que fazia muito bem. Neto, Baltazar, Carbone, Marcelinho, Tevez, todos têm gols narrados até hoje pelos fãs. Gil não podia ver a camisa do Tricolor e destruía o adversário, assim como também fazia Casagrande contra este e em clássicos contra o Palestra.
Não sei se o Romarinho virará um grande ídolo do futebol brasileiro. Para nós corinthianos já é figurinha carimbada inesquecível.
Porque marca gols contra o Palestra e fez aquele genial gol contra o Boca, no jogo de Buenos Aires, na Libertadores de 2012.
Não tem a mesma fama de jogadores que são falados nos dias atuais. Contra ele funciona o anti-corinthianismo dos adversários e de parte da mídia. Tanto que ontem, após o gol, e numa atitude normal, beijou a camisa e houve uma explosão de ódio contra a “provocação”. Calma! O que agrediu foi o gol e a bela jogada que fez.
Nada mais.
Este esporte é paixão e nada apaixona mais um torcedor que seu atleta marcar um gol relevante em um jogo importante.
É isso que faz o futebol.
Sem jogos oficiais e com craques demais
Rubens Gerchman, “Não há vagas” (Reprodução)
O fato de o Brasil não disputar a etapa de classificação para o Mundial de 2014 é claramente negativo para nossa esquadra.
Não que não seja correta esta regra, que garante ao país que sedia a Copa uma vaga no Mundial, mas a falta de jogos oficiais compromete a organização do time.
Sem disputas oficiais, os amistosos passaram a ser o único foco da preparação e, como sabemos, os jogos não têm sido lá estas coisas.
Em partidas amistosas (diria melhor, festivas) aparecem sempre “grandes jogadores”.
Nada mais falso para o time.
É no calor de uma disputa para valer que surgem os craques legítimos e desaparecem os “craques”.
Este é um grave problema em nossa atualidade. Há uma gama de “craques” famosos e comentados por todo lado. Mas será que este jogadores estão amadurecidos para as grandes disputas?
Ensaiar dancinha na concentração não é o mesmo que estudar o adversário e ver a melhor forma de vencê-lo.
Esta é uma seleção – que pelo número de convocados nos últimos anos – mostra que estamos na estaca zero.
E o caminho de formação da equipe ainda será trabalhoso e complicado.
Para a história
Completa no dia de hoje (14/9) 102 anos do primeiro gol feito pelo Timão.
Foi marcado por Luiz Fabbi na vitória corinthiana contra o Estrela Polar. O resultado foi 2×0 e o outro gol foi de Jorge Campell.
O jogo foi no Bom Retiro – onde nasceu o Timão – na atual rua José Paulino, hoje ocupada por comércio atacadista que serve todo o Brasil.
Nem tango, nem samba
O empate do Corinthians na noite de ontem, 12/9, com a Ponte Preta no Pacaembu, mostra que o Campeonato para o alvinegro segue sem ritmo.
Por mais que o técnico grite à beira do gramado, o time joga no ritmo que bem quer. Há poucos dias, superou o Grêmio, o Atlético-MG e empatou com o Flu (no Rio), todos estes candidatos ao título.
Segundo a mídia, já seriam os favoritos.
Mas, faltando ritmo, o time não engrena uma sequência de bons resultados, que poderia mudar todo este modorrento campeonato.
Nada que nos preocupe muito, mas é claro que a torcida corinthiana gostaria de vencer esta disputa.
Talvez este seja o mais fácil campeonato dos últimos tempos, pois Atlético-MG, Grêmio e Flu não assustam ninguém!
Vida dura
Eliseu Visconti (1866-1892). “Uma rua da favela” (1890) (Reprodução)
A crise econômica da Europa está tendo um efeito devastador no futebol de vários países que estão quebrados.
Exceto alguns times da Inglaterra (dominados por investidores russos e árabes), o Paris Saint German (coberto por petrodólares) e um ou outro do Leste Europeu, tudo mais vive uma crise de dar piedade.
Embora disfarcem bem, os times da Espanha são os mais afetados pela crise.
Tradicionalmente, viviam de dinheiro barato dos bancos de lá e de ajuda do Governo. Os dois estão no chão. Bancos estão sendo socorrido por alemães, enquanto o Governo local não consegue dinheiro nem para pagar merenda escolar. A crise do Crisitano Ronaldo é exemplo desta dificuldade. Em outra época, o Real Madrid iria a um banco qualquer e levantaria tudo o que se afirma que a “estrela” quer. Hoje, os Clubes de lá não tem mais a mão amiga, ou melhor, a “grana amiga” que permitia qualquer loucura. No dia de ontem, a Catalunia promoveu uma grande manifestação por sua independência e pelo orgulho dos catalães. Isso é só fumaça.
A verdade é que o grandes Estados da Espanha estão quebradinhos, como todos os outros, e gritam qualquer coisa.
Na Itália, os grandes Clubes começaram o campeonato sem qualquer contratação bombástica.
O Milan disse que contrataria Kaká, escanteado no Real Madrid, mas depois desconversou. Todos os Clubes começam a temporada com equipes modestas, sem negociações capazes de assustar o tesouro.
Portugal, Grécia, Turquia etc. nem contam, porque nunca foram grande coisa.
A Alemanha vive com o que pode e controla as finanças de seus times impedindo qualquer salto à loucura.
No Brasil, a situação é melhor por vários motivos.
Primeiro, porque nunca fomos um país de compradores de jogadores. O segundo motivo, que garante relativa estabilidade aos Clubes, é o contrato com a TV. A entrada da Rede Record na briga por direitos de transmissão (e o fim da cláusula de preferência) motivou a TV Globo a encontrar mais recursos para bancar o futebol.
É esta grana que permite um Campeonato nos termos em que se encontra.
O grande Clube que não se equilibrar com recursos deste contrato de TV, nunca mais sairá do vermelho!
E poderá chorar à vontade.
Fala, Mestre
“Dentro de campo, nunca vi tanto jogador de baixa qualidade técnica vestindo a camisa de times grandes”, diz Paulo Cézar Caju, em seu artigo de ontem, 11/9, no Jornal da Tarde.
Ele está certo.
Estamos diante da pior safra de “craques” do futebol brasileiro desde 1954.
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