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Jul 3, 2012

Vamos ouvir o primeiro hino do Corinthians.

(Goya. “Saturno devorando um filho”, 1815)

Não vou ficar aqui discutindo venda e contratação de jogadores.
Isso é assunto que deveria ser proibido na nossa casa, nesses momentos de decisão.

A mídia saboreia declarações de pessoas envolvidas em  negociações de jogadores, sejam  empresários, atletas, dirigentes, pais ou até mesmo namoradas dos negociados.

Este é o pior momento para se falar desses assuntos. E é do que a imprensa gosta, pois cria-se um ambiente ruim no time e entre os torcedores. E é o que este pessoal mais deseja.

Vamos é ouvir o primeiro – e belo hino – do Corinthians, torcendo para que nesta quarta-feira os deuses do futebol estejam conosco. Viva!

 




 

Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,

Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.

CORINTHIANS… CORINTHIANS…

A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso

Jul 2, 2012

E essa quarta-feira que não chega !

(Carybé, “Feira de Água de Meninos”) (Reprodução)

A espera do jogo final da Libertadores, na próxima quarta-feira, parece que está levando uma eternidade.
Nunca vi o tempo se arrastar tanto como neste período. Fico com a impressão de que os dias não têm apenas 24 horas. Acho que dobrou ou triplicou.

Este período, antecedendo um jogo importante, é de um sofrimento só.
Cada torcedor  age de uma maneira. Eu fico tenso nos dias próximos da partida, mas quando a bola começa a rolar, a tensão desaparece. O futebol é tão envolvente que o alívio ao se ver a partida começando já nos dá uma tranquilidade maior.

Neste final de semana, quase não consegui acompanhar o futebol.
Sei que  houve a final da Eurocopa e que a Itália levou um “chocolate” da  Espanha. Pelo que dizem, Balotelli voltou ao seu futebol normal, não fazendo grandes coisas. Vi também, por alto, que tivemos uma rodada do Campeonato Brasileiro, mas, confesso, soube apenas  de um ou outro resultado.

Nesses dias, nem as óperas estão me acalmando. O futebol é mágico porque, como diz um argentino, “o jogo nunca termina”.

Que venha logo a quarta-feira!

 

Jul 1, 2012

Quando o jornalismo merece aplauso

 

 

Minha história – Therezinha Zerbini: A ‘burguesona’ que foi à luta

ELEONORA DE LUCENA

DE SÃO PAULO

 

Criadora do Movimento Feminino pela Anistia, Therezinha de Godoy Zerbini diz ter “coragem de mamãe onça”. Era chamada de “burguesona” no presídio onde conviveu com Dilma Rousseff. Mulher de general cassado pelo golpe de 64 e cunhada do pioneiro em cirurgia cardíaca Euryclides Zerbini, ela, aos 84, elogia a Comissão da Verdade.

  Alessandro Shinoda/Folhapress  
A aposentada Therezinha Zerbini, 84, em sua casa em São Paulo
A aposentada Therezinha Zerbini, 84, em sua casa em São Paulo

*

Era Quarta-Feira de Cinzas de 1970. Estávamos jantando. Tocaram a campainha. A empregada disse que era o capitão Guimarães. Não sabia quem era, mas mandei entrar. Chegaram como uns aloprados, de metralhadora na mão. Mandei servir café.

Meu marido, o general Euryale de Jesus Zerbini, que tinha sido cassado e reformado na quartelada de 1964, se levantou e falou: “A quem vocês se reportam?” O homem respondeu: “O seu Exército não é mais o nosso”. Euryale disse que ia ligar para o chefe do 2º Exército. Eu disse para ele não pedir nada a ninguém; que eu entrava e saía disso sozinha.

Assim fui para a Oban. Fiquei lá cinco dias. Tinha uma parede com um vitrô na parte de cima. Por ele, eu vi Frei Tito todo ensanguentado. Escutava os gritos. Ele apareceu todo machucado.

Eu não fui torturada porque desafiei, enfrentei. Veio um gritando na minha cara. Eu disse: “Capitão, tenha compostura, eu não estou aqui para ouvir grito”. Ele disse: “Nós temos métodos científicos para tirar a verdade”. Eu disse: “Sei quais são os métodos científicos. Os senhores são torturadores. E querem começar é já!”

Nessa hora ele tremeu, parou e começou a gritar: “Já para a sua cela!” Vi que eles não tinham ordem para me bater. Voltei para a cela me urinando de medo.

Fui para o Dops, onde fiquei mais uma semana e depois para o Presídio Tiradentes. Vi gente chegar estropiada. Foi quando conheci a Dilma. Ela era moça, liderava. Ficava discutindo e estudando até de madrugada sobre a história do país. Era intelectual, muito direita, honesta.

Não fui sua colega de cela, mas convivíamos. Dilma sabia que eu não era comunista, mas que era uma mulher aberta. Ela reconheceu quando eu pedi melhorias para o diretor do presídio e conseguimos fazer uma cozinha. Éramos umas 40 mulheres.

Fazíamos almoço divididas em turnos. Ela baixou ordem: uma fazia o feijão, outra o arroz. Eu era a “burguesona”. Minha família mandava coisas gostosas para todo mundo: oito frangos, uma caixa de laranjas, uma assadeira de pastéis, um pernil inteiro.

Com o meu rádio, escutávamos a programação de Cuba. Colocávamos o som bem alto para irritar a carceragem. Pela televisão, assistíamos [à novela] “Irmãos Coragem”. Naquela época, minha filha era modelo e fazia um anúncio de desodorante que passava no intervalo da novela.

Ao todo, fiquei seis meses presa e fui enquadrada na Lei de Segurança Nacional por causa do envolvimento com os dominicanos. Frei Tito fazia filosofia com o general [meu marido]. Estudavam Merleau-Ponty. A professora era a Marilena Chauí, que o general achava que era a mulher mais inteligente que conhecera.

Conheci o general quando eu trabalhava no Hospital do Mandaqui, e um muro caiu. Ele comandava a Força Pública do Estado, e fui pedir ajuda para o conserto. Eu o cativei. Nossa diferença era de 20 anos.

Nasci em 1928 e, em 1932, fiz parte do esforço de guerra. No Clube Piratininga, eu recitava o Saci. Olha que metida! Aos 16 anos, fiquei tuberculosa dos dois pulmões. Fui para um sanatório e vi a diferença entre ricos e pobres. Isso despertou o meu anseio de mudança.

Depois fiz direito no Vale do Paraíba [SP]. Tive como colega o Sérgio Paranhos Fleury! Na faculdade, quando ele não estava drogado, era um homem aceitável. Quando estava drogado, virava o cão.

Meu marido me dizia que eu andava pelo mundo pelo cheiro e pela cor. Sou assim. Não sou um ser que se jacta de ter cultura. Tenho é intuição. Queria fazer coisas de ordem prática, acabar com aquilo que estava ali.

Em 1975, organizei o Movimento Feminino pela Anistia. Fiz um manifesto e passei a formar núcleos pelo Brasil inteiro para colher assinaturas. Comecei pelo Rio Grande do Sul. Coloquei os manifestos numa caixa e mandei pelo correio para a Dilma, que foi muito habilidosa.

Tenho uma coragem de mamãe onça. Em 1978, quando [o então presidente dos EUA] Jimmy Carter veio ao Brasil, resolvi fazer uma carta de saudação para a Rosalyn [mulher dele] dizendo: “Nós que lutamos por justiça e paz…”

Fui para Brasília bem bonita, com um vestido de flores. Com a minha cara clara, parecia uma gringa.

Quando a Rosalyn chegou, com a carta na mão, disse para ela: “Madam, it’s for you”. Senti a mão dela gelada, parecia uma lagartixa. Ela estava lívida. Foi um fuzuê. Os repórteres franceses me perguntaram: “Madame, vous êtes maquis [militantes da resistência francesa]?” Eu disse: “Oui, oui, maquis”.

A anistia foi uma conquista. Não foi dádiva, foi luta. Não tem que rever.

Eu costumava dar o exemplo da mulher do Lot, que olhou para trás e virou estátua de sal. A anistia é conciliação, paz, de lado a lado. Tem que esquecer. Tinha bandido dos dois lados.

Criar a Comissão da Verdade é bom. Não espero coisas novas, porque já vi tudo por dentro. Mas é preciso dar a oportunidade para os outros sentirem e verem. Como diz Santo Agostinho, o coração é a sede da memória.

 (Folha de S.Paulo, 1/7/2012)

Comentário do Blog do Citadini:  Esta matéria da Folha, deste domingo, da jornalista  Eleonora de Lucena, merece aplausos acalorados. E, em pé! Um retrato elegante, correto e inteligente da lutadora Therezinha Zerbini, fundadora do Movimento Feminino pela Anistia. A matéria, que está na coluna “Minha História”, traz um retrato perfeito de Therezinha, do Brasil  e dos anos de chumbo.

Conheci Terezinha, quando ela iniciava  a luta pela anistia, no princípio dos anos 70. Creio que, em 1974 (ou 75), ela organizou uma missa para marcar o lançamento do Movimento. Foi na Igreja do Largo de São Francisco, vizinha à faculdade de Direito, onde cursava o segundo ano. A missa foi uma peça inesquecível: alguns poucos alunos da Faculdade (eu estava com Eliane, minha recém namorada, e que seria minha companheira por toda a vida)  e alguns fieis que habitualmente rezavam naquela Igreja. Umas senhoras idosas, alguns senhores que moravam em cortiços próximos e um monte de “tiras”. Estes últimos, todos vestidos de forma estranha (roupa muito arrumada) para uma missa de estudantes e pobres da região. A Igreja,  por razões óbvias, não quis rezar a missa pontuando que era contratada pelo Movimento Feminino de Anistia,  e o padre avisou que a missa era pelo “Dia dos Pais”. O sermão do padre foi uma “piração total”. Sem poder, ou com medo, de dizer o real motivo da celebração, começou a homilia – de uma forma desconexa – falando de uma tempestade,  onde a figura do pai era a única salvação. Algumas mulheres do Movimento – inclusive Eliane – não gostaram e, após a missa, foram falar com o padre que, assustado, só dizia “a missa acabou!”.

Therezinha foi uma lutadora exemplar.
Seu esposo era o general Zerbini, de quem me tornei grande amigo; ele havia sido cassado em 1964,  pois fora contra o Golpe Militar. Era um general culto, com quem aprendi muito das guerras que o mundo teve nos últimos séculos. Therezinha sempre foi irreverente, destemida e pronta para qualquer enfrentamento. Prestou um grande serviço ao País com sua luta pela Anistia, em tempos em que muitos temiam falar até a própria palavra “anistia”. Ela e o general nunca foram “comunistas” ou “terroristas” como diziam à época. Eram dois defensores do regime democrático. Amavam o Brasil e a Democracia. Merecem todo aplauso pelo que fizeram naqueles anos de grandes dificuldades.

A Folha marcou um golaço com esta matéria. Viva!  

Jun 29, 2012

O gol que muda o mundo

(Clóvis Graciano, “Figura Feminina” (1944)) (Reprodução)

 

O futebol é um esporte em que a emoção chega aos limites da racionalidade.
Veja o que ocorreu ontem, 28/6, com a Seleção da Itália mostrando um futebol feio e pouco criativo na Eurocopa. Apareceu um Balotelli, com seu físico de herói do novo mundo, e dele vieram dois belos gols. O primeiro (de cabeça) foi mais bonito que o segundo (um chutão “de fazenda”).
E ele – como sempre – foi  comemorar com a costumeira cara amarrada.

Mas nenhum dos dois tentos chegou perto do que fez Romarinho, na quarta-feira, à noite, em Buenos Aires.
Aquele lance sutil e envenenado, com um toque na bola, fazendo o goleiro pular com feições de desespero, vale toda uma carreira. São lances como este que mudam o futebol e o mundo.

Todos nós sabemos que nosso maior problema nesta temporada é o ataque.
Perdemos Adriano, e Liedson está em precária situação física. O aparecimento de um atacante criativo e eficiente na conclusão das jogadas é o que mais queríamos. Vamos torcer para que ele, cada vez mais, progrida na carreira.
O futebol brasileiro necessita – e muito – de jogadores como este Romarinho.

Outros assuntos

Nesta últimas semanas, por razões conhecidas, não tenho tido tempo para escrever sobre vários assuntos que permeiam o mundo do futebol.
A emoção dos jogos do Corinthians tomou todo o espaço, embora estejamos atentos a outros fatos que ocorram e mereçam alguma nota.

1- Agora está claro.
Ninguém – além dos corinthianos – torcem pelo Corinthians! Na reta final não dá mais para disfarçar e cada um está indo para seu “quadrado”.
Nós em um e todos os demais, juntinhos e de cara amarrada, no outro.

2-A mídia não consegue esconder o estupor com o que vem ocorrendo.
A Globo explode em audiência (o futebol surrou até suas novelinhas), mas, mesmo assim, somos obrigado a ouvir papos como “há 102 anos o Corinthians luta para ganhar esta Copa”.
Não seria melhor dizer que “desde 1.554 o Corinthians luta pela Libertadores”
Padre Manoel da Nóbrega e José de Anchieta poderiam ser chamados (numa sessão espírita, é claro) para testemunhar o fato.

3-A campanha do Timão escondeu a crise no vizinho da Vila Sônia.
Será?  Talvez, nem isso.

4- Os jornalistas pró-Santos ficaram em estado de internação à força.
Diante da postura tímida de tricolores e palestrinos, resolveram assumir uma guerra para a qual não têm tamanho. As maiores bobagens da mídia, na fase atual, estão nascendo por lá. Peço ao pessoal do Jabuca e da Briosa que façam marcação cerrada sobre eles.
É o que basta.

5-O Corinthians – com sua campanha – melhora até o humor dos humoristas.
Veja-se o José Simão, tricolor e que estava em um momento de pura chatice. Sua coluna de hoje – na Folha – está imperdível. Criativa, provocativa e – acima de tudo – bem feita. A última frase da coluna do sãopaulino é interessante: “E vou mudar meu nome para José  Timão. Questão de sobrevivência. Legítima defesa.”
Viva!

6-Até a coluna do  corinthiano Tutty Vasques, no Estadão, de hoje ganhou mais sabor.
Ultimamente  vinha quase sem graça, pelo excesso de governismo em seu texto, mas hoje acertou a mão. Essa foi boa: “Romarinho já supera Adriano em gols marcados pelo Corinthians. Fez três em menos de uma semana contra dois do Imperador em seus 11 meses de Clube”.
Não apoio a comparação, mas foi bem sacada.

Jun 28, 2012

O futebol agradece

 

(Leonardo Da Vinci, “Gioconda”, óleo sobre madeira de álamo, 1503-7)

Quando Romarinho, aos 40 minutos do segundo tempo, recebeu um passe preciso de Emerson e deu um toque genial sobre o goleiro, ele empatou o jogo mas, principalmente, glorificou o futebol.
Uma jogada como essa torna-se lendária e inspira milhares e milhares de jovens, em todo o mundo, a repeti-la.

Poderia  ter feito a jogada de outra maneira.
Como aquela em que Cristiano Ronaldo, no jogo contra a Espanha, poucas horas antes, recebeu na esquerda, ficando livre, ele, a bola e o goleiro, e se saiu com um chutão, findando o lance  com a pelota caindo quase fora do estádio.
Mas poderia, também, ter feito como Neymar, na partida com o Barcelona, quando, ainda no 0x0, frente a frente com o gol, sozinho, deu um petardo, que explodiu no peito do arqueiro.

Preferiu dar um toque genial, malandro, delicado, brasileiro e deixou o goleiro batido.

Todos nós, corinthianos, somos gratos pelo gol de Romarinho, e por sua forma.
Mas quem deve agradecer mesmo é futebol no mundo todo. São esses momentos que tornam este esporte um espetáculo sem igual.

Não sei se Romarinho será, ou não, um craque “fora-de série”.
Torço para que seja, pois, o futebol brasileiro precisa – e muito – destes deuses. Muitos atletas marcam gols geniais mas, com o tempo e os problemas em suas  carreiras, recaem para o status de jogadores comuns. É impossível prever se um jogador, jovem, com dois jogos e três gols possa ser classificado como “craque”. O tempo dirá.
E espero que se torne um jogador genial, que  marcou um gol histórico do Timão em Buenos Aires.

Jun 28, 2012

Com a mão na Taça

 

O Corinthians empatou com o Boca Juniors, em Buenos Aires, há pouco mais de 30 minutos.
Foi um grande passo para a conquista do título, que será disputado na próxima quarta-feira, 4/7, no Pacaembu.

O empate foi um resultado justo, embora isso nem sempre ocorra no futebol.

No primeiro tempo, o Timão foi superior e poderia ter decidido o jogo.
Na segunda etapa, o Boca tocou melhor a bola e teve algumas boas oportunidades de marcar. Seu gol nasceu de uma jogada de escanteio, na qual os argentinos são mestres.

O empate do Timão foi uma bela jogada e teve a genialidade de Romarinho com um toque de craque.

Já ganhamos a Libertadores? Não!  Mas um grande passo foi dado e no Pacaembu teremos todas as condições de vencer.

Vamos para frente.
O primeiro tempo terminou e agora é o Pacaembu que dará o ritmo. E lá nós poderemos conquistar mais uma Taça!

Jun 27, 2012

A bola vai rolar

 
(Rebollo. “Futebol”, óleo sobre tela, 1936) (Reprodução)
Francisco Rebollo Gonzales (1902-1980). Pintor modernista, filho de imigrantes espanhóis, participou nas décadas de 1930-40 do Grupo Santa Helena, que reuniu vários artistas no centro de São Paulo. Rebollo atuou como jogador nas categorias de base do Corinthians em meados dos anos 1920. Atribui-se ao artista a concepção gráfica do escudo alvinegro, após 1930.

Essas últimas horas que antecedem um grande jogo são sempre o tempo  mais difícil da partida.
Quando a bola rola, tudo fica menos angustiante. Mas este tempo que falta é sempre de tensão.

Daqui algumas horas, o Corinthians começará a decisão de mais um importante título, jogando em Buenos Aires contra o Boca Juniors.
Para todos nós, corinthianos, é sempre um momento de grande satisfação ver o Clube em mais uma final. E nossa torcida é para que os deuses do futebol estejam ao nosso lado. O Corinthians chega à final com todos os méritos e pode ganhar mais um título importante, que se juntará a tantos e tantos já conquistados.

Neste momento, de intensa emoção, recordo-me dos primeiros “heróis” que começaram esta longa e vitoriosa vida do Timão.
Em 1913 (dia 21 de Março) , no estádio do Velódromo (na Rua da Consolação),  o Corinthians entrava em campo para jogar a primeira partida eliminatória que o levaria para a Primeira Divisão do Campeonato Paulista. Venceu o Minas Gerais por 1×0, com um gol de Joaquim Rodrigues.

Uma semana depois (dia 30 de março), na segunda e decisiva partida, venceu o o F.C. São Paulo por 4xo, com gols  de Fabi (2), Peres e Campanella. Foi uma disputa que marcou todo a história do nosso Clube. Nascido na Várzea (no Bairro do Bom Retiro), o “time dos carroceiros” chegava à elite do Campeonato Paulista. Que este heróis nunca sejam esquecidos: Casemiro do Amaral, Fulvio Benti, Casemiro Gonzales, Francisco Police, Alfredo de Assis, Francisco Lepre, César Nunes, Antpnio Perez, Luiz Fabi, Joquim Rodrigues, Carmo Campanella.
Para sempre vivam nossos heróis!

Hoje à noite, quando a bola rolar, vamos torcer para que nosso time vença como fizeram os “lutadores” de 1913.

Todos nós, os vivos e os mortos, hoje estamos unidos aos 11 craques no estádio da Bombonera.

Como dizia o saudoso  Chico Mendes:  Vai Corinthians!

Jun 26, 2012

O Corinthians é só o Corinthians na Libertadores

(Di Cavalcanti) (Reprodução)

 

Nesta véspera do primeiro jogo do Corinthians contra o Boca, em Buenos Aires, procuro ler, ouvir e ver quase nada do que diz nossa mídia.

Extensas matérias históricas – quase todas – procurando colocar o Timão em situação ruim.  A pretexto de se tratar da importância do jogo de quarta-feira, destilam-se um sem números de bobagens a respeito da história do Clube.

Apontam estatísticas, mostrando um tabu que simplesmente não exite, reúnem números, levantando informações de crédito questionável, apresentam declarações de ex-jogadores, de jornalistas etc, tudo em uma linha para achincalhar o Timão.

Outro dia, desavisadamente, ouvi um destes gênios de nossa mídia esportiva dizer que o Corinthians poderá ganhar seu primeiro título internacional!  Nem os nossos adversários de arquibancada chegam a tanto.

Curioso, também, é ver aqui a constrangida torcida pelo time argentino.
Torçam! De peito aberto, camisas  e bandeiras estendidas! Nós sabemos que nestes dois jogos a regra já está escrita: o Corinthians é só o Corinthians na Libertadores.
No mais, é lorota.

Jun 25, 2012

Vitória e História


Sempre é importante vencer o Palestra.
Em qualquer tempo, campeonato ou estádio, com chuva ou sol. Com titulares ou reservas.

Mas um fato importante neste clássico de domingo é a sensação de que poderemos ter um jogador de ataque que venha contribuir (e muito) para as disputas que temos pela frente.

Jogador ganha fama quando joga bem contra adversários tradicionais. Neco foi um demônio para os palestrinos; Sócrates infernizou os tricolores e palestrinos; Tevez tinha grande prazer em jogar contra o Palestra ;e Gil deixou um mundo de ódio no Morumbi. Com Luizinho, Carbone, Neto, Baltazar, Teleco ou Servílio aconteceu a mesma coisa.

Jogar e marcar contra adversários fracos dá bom resultado na estatística, mas não ganha o torcedor.
Por esta razão foi muito bom o que aconteceu ontem. Romarinho é um jogador que está começando e trilha um bom caminho. Marcou gol em jogo importante.
Aquele que a torcida não esquece.

Jun 23, 2012

Primeiro Hino do Corinthians


Lutar… Lutar…

É nosso lema sempre, para a glória.

Jogar… Jogar…

E conquistar os louros da vitória.

E proclamar nosso pendão.

É alvinegro e sempre há de brilhar,

Lutar, viril

Para a grandeza e glória do Brasil.

CORINTHIANS… CORINTHIANS…

A glória será teu repouso

E nós unidos sempre…

elevaremos teu nome glorioso