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Oct 21, 2012

Estátua? Só após os dividendos.

 “Terão que fazer minha estátua’, diz Eike Batista

 Folha de São Paulo 21/10/12 www.folha.com

CRISTINA GRILLO
LUCAS VETTORAZZO
DO RIO

O empresário Eike Batista diz que o governo deveria investir mais em suas empresas, já que, acredita, graças a elas o país terá, em alguns anos, melhores condições de infraestrutura.

Cita como exemplos o porto do Açu, complexo portuário em construção no norte do Rio, e as termelétricas no Nordeste, que o grupo pretende pôr em operação até janeiro.

“Alguém vai ter que fazer uma estátua para mim em algum lugar”, diz o bilionário, que recebeu a Folha em seu escritório, no centro do Rio, com vista para a baía de Guanabara e o Pão de Açúcar.

Ao longo de duas horas, demonstrou irritação com aqueles que só falam na queda do valor das ações do grupo e disse que é alvo de inveja dos que querem sempre uma “ajudinha” do Estado.

“É igual balaio de caranguejo. Quando um sobe, os outros puxam para baixo.”

Leia trechos da entrevista.

*

Folha – As empresas do grupo EBX têm tido prejuízo, o que leva a quedas no valor das ações e ao descontentamento dos acionistas…

Eike Batista – Os jornalistas escrevem que houve prejuízo no trimestre, mas não é prejuízo, é investimento. Uma empresa em fase de investimento mostra prejuízo no balanço por razões contábeis. Mas o que sai publicado cria um dano na cabeça do pequeno investidor, que vende a ação. Aí ela sobe, mas esse acionista está fora. Isso aqui é um grupo sério, construindo um negócio sério.

Em que medida essas quedas atrapalham seu negócio?

A mim não incomoda, porque em alguns casos eu estou comprando as ações de volta. Se não me querem, eu me quero. Eu me gosto.

Mas é fato que os acionistas ganham ou perdem dependendo do desempenho…

Isso [o EBX] é um bicho vivo. Em quatro anos, gastamos R$ 8 bilhões para botar as térmicas do Nordeste em pé. Vamos gerar 5% da energia firme [disponível] do país. Quem está empreendendo nessa escala, construindo projetos de infraestrutura? Caramba, isso não se faz em seis meses.

Tudo o que eu faço é construir o Brasil. Alguém vai ter que fazer uma estátua para mim em algum lugar. Vamos evitar o apagão.

Seu tom nacionalista o aproxima do governo?

Feliz quem tem um sujeito que pensa o país 50, 100 anos na frente. Não faz puxadinho. E coça seu bolso antes. Porque a turma do financiamento vem depois. O BNDES devia vir mais. Faço o pleito toda hora. Os fundos de pensão estrangeiros me compram e são meus sócios. E os fundos brasileiros, cadê? Alô, vocês estão perdendo 15%, 20% de taxa de retorno. Mas o BNDESPar tem participação em empresas do grupo.

Tem e estão vindo tarde. É bom vir com mais. Se meus projetos não ficarem em pé, é o Brasil quem vai sofrer. Eu sou um grupo nacional e apoiá-los é o que um banco de fomento faz. E não é de graça. Tem que pagar de volta.

O sr. pensa em vender a OSX para a Sete Brasil?

Não. A OSX ficou muito grande, é autossustentável. Então, deixa ela ficar sozinha. Talvez no futuro, mas hoje deixa do jeito que está. Agora não me interessa, mas já me interessou. Os contratos com a OSX, aliás, mostram que não existe mais dependência entre as empresas do grupo.

Quando o sr. criou a OGX [exploração de petróleo], seu relacionamento com a Petrobras não era dos melhores, por ter tirado muitos técnicos de lá para sua empresa. A relação continua difícil?

Hoje tenho o compromisso de não tirar mais gente de lá. Sem autorização, não tem conversa. A não ser o cara que esteja se aposentando, aí não tem problema.

Gostaria de ter fundos de pensão brasileiros como sócios?

Lógico. Sabe o que acontece quando o gringo é meu sócio? Ele quer o dividendo e a grana vai sair do Brasil. Como eu sempre fui voltado para fora, os fundos que investem em mim são de fora.

Esse é meu viés. Eu sou um cara que veio de fora para dentro. A minha riqueza até o ano 2000 eu criei fora. Só que é um patrimônio brasileiro no exterior. É declarado.

Incomodou a divulgação de que 72,5% de seu patrimônio está no exterior?

Do jeito que colocam, me incomoda, sim. Noventa por cento do meu capital produtivo é investido no Brasil. E os milhares de brasileiros que eu emprego? Hoje tenho 6.000 no porto do Açu.

Tom Jobim dizia que no Brasil sucesso é ofensa pessoal. O senhor acha que algumas pessoas têm inveja de sua vida?

Com certeza. A turma da minha geração pensa: “Cadê a teta do governo para eu ganhar um contrato?”. Não tenho contrato com governo. Tenho meus bilhões em risco.

Por que alguns de seus projetos estão atrasados?

Projetos atrasam. A siderúrgica da Térnium era uma âncora inicial [do porto do Açu] e não veio ainda por falta de gás natural. Mas o Açu se transformou em um polo para a indústria “offshore”. A Technip, a National Oilwell Warco, a Intermoore e a Subsea7 já estão colocando suas estruturas lá. Só esse pessoal paga R$ 100 milhões de aluguel, antes mesmo de o porto funcionar. Diante desse contexto, dane-se a siderúrgica.

Se os aeroportos do Brasil são ruins, os portos são jurássicos. Investi lá atrás, em 2005. Para licenciar essa geringonça, dei metade da área para o [secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos] Minc. Não queria que o cara me atravancasse. Estou gastando R$ 100 milhões por mês no investimento e não posso parar.

Não há um entusiasmo exagerado seu quando anuncia seus projetos? Em 2010 o senhor disse que construiria carros elétricos no porto do Açu até 2012, mas isso está longe de ser uma realidade.

Eu sou bom de dar manchete. Mas na época eu estava estudando isso de fato. Ia fazer uma fábrica meio a meio com a Nissan, que não foi para frente. O negócio é assim, dinâmico.

  Editoria de Arte/Editoria de Arte/Folhapress  
Oct 21, 2012

Veja a pesquisa de torcidas de futebol

 

Pesquisa Ipsos Marplan sobre torcidas.

por Emerson Gonçalves

Esse post, dividido em duas partes, vai mostrar os resultados da pesquisa do instituto Ipsos Marplan sobre o perfil das torcidas de futebol no Brasil, com destaque para as cinco maiores. Esse OCE, entretanto, trará o conjunto de informações dos 23 clubes listados, ampliando as informações que já foram divulgadas nos últimos dias.

O Ipsos é um dos maiores e mais importantes institutos de pesquisas do mundo, líder em estudos de mídia na Europa e America Latina. O Marplan foi fundado em 1958 e tornou-se uma das mais respeitadas empresas do setor no Brasil, tendo se juntado à Ipsos em 2001, passando a constituir a área especializada em estudos de hábitos de mídia e consumo. Eu, particularmente, tenho grande carinho pelo Marplan, pois comecei minha carreira em propaganda e marketing (depois de um estágio como “boy”) fazendo levantamentos dos “Estudos Marplan” para outras áreas da agência em que trabalhava em… 1970. Não, não sou velho, fui precoce.

No decorrer desses dois posts farei alguns comentários adicionais, explicando ou interpretando, na minha visão, alguns números.

 

Perfil das torcidas de futebol no Brasil

Preliminarmente, é fundamental o leitor entender que essa pesquisa foi realizada em 13 grandes praças, sendo 12 Regiões Metropolitanas e mais o interior do Estado de São Paulo. Seus dados, portanto, são válidos para essas regiões: Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Recife, Grande Porto Alegre, Grande Salvador, Grande Belo Horizonte, Grande Curitiba, Brasília, Grande Fortaleza, Grande Vitória, Grande Florianópolis, Grande Goiânia e interior do estado de São Paulo nas seguintes cidades: Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Apenas para deixar claro, mais uma vez, não é uma pesquisa de abrangência nacional.

O levantamento de dados foi realizado durante o primeiro trimestre desse ano e o universo compreendido pela pesquisa é de 50.119.000 pessoas, na soma das 13 praças. A distribuição das entrevistas, naturalmente, obedeceu a critérios proporcionais, tendo como base os dados oficiais do IBGE. Foram ouvidas 14.413 pessoas de ambos os sexos, com 10 anos ou mais de idade. Essa informação é importante, uma vez que somente a pesquisa Lance IBOPE trabalha com a faixa etária de 10 a 16 anos. As pesquisas do instituto Datafolha e outros são realizadas com pessoas de 16 anos ou mais, ao passo que a da Pluri trabalhou com 14 anos para cima. Isso significa que encontraremos diferenças razoáveis em relação às pesquisas Datafolha, em função da expansão da base etária pesquisada. Já o tamanho da amostra é excelente, muito acima do que seria o mínimo necessário.

Aqui vamos introduzir uma informação nova e interessante: a margem de erro para o total de universo é de 0,82 ponto para mais ou para menos, com um índice de confiabilidade de 95%. Considerando a amostra Torcedores, que correspondeu a 74% do universo, a margem de erro é de 0,71 ponto para mais ou para menos, com 95% de confiabilidade.

A primeira pergunta feita aos entrevistados foi simples: torce por algum time de futebol?

A partir dessa resposta, o universo passa a ser de 37.153.000 pessoas, todas elas torcedoras de algum time de futebol nas regiões compreendidas pelo estudo.

O passo seguinte foi determinar os times para os quais torcem essas pessoas e separá-las por sexo, classe sócio-econômica e faixa etária. As respostas permitiram identificar 23 diferentes times que foram declarados como de preferência dos entrevistados, que é o que veremos na próxima tabela, juntamente com a divisão por sexo.

Um ponto importante a observar nessa tabela é o grande percentual de mulheres declarando-se torcedoras do Corinthians, com uma participação 23,5% maior que a de homens, um percentual que foge muito à média, como mostra a tabela. Esse número será abordado novamente, um pouco mais adiante.

Cabe aqui uma observação interessante: nos primeiros meses de 2010, portanto dois anos antes da realização desse estudo que abordamos hoje, o IBOPE pesquisou a preferência futebolística dos moradores de doze regiões metropolitanas (o IBOPE não incluiu Vitória e considerou a Região Metropolitana de Campinas, que, nesse caso, foi incluída com outras cidades do interior paulista, como vimos acima), num total de 9.000 entrevistas. Vejam as diferenças e semelhanças:

A próxima tabela mostra a divisão das torcidas por classe sócio-econômica. As classes D e E são mostradas como uma só, uma prática já comum nas pesquisas de mercado. Uma observação atenta vai mostrar um ponto que esse OCE já destacou várias vezes: não há torcida “pobre” ou torcida “rica”.

Nessa tabela, temos a participação de cada time nas diferentes classes, considerando o total das amostras. Ou seja, trocando em miúdos e usando a torcida do Palmeiras como exemplo, vemos que 11% das pessoas que se declararam torcedoras de algum time e que estão incluídas na classe A, torcem pelo Palmeiras. Da mesma forma, outros 11% torcem pelo São Paulo, enquanto 13% são torcedores do Flamengo e 16% do Corinthians. Somando todos os percentuais da classe A chegaremos a 97%. Isso ocorre em função de valores muito baixos que não foram considerados, seja de times listados ou não listados. Se tomarmos a afluente classe B, por exemplo, veremos que 5% de seus membros são gremistas, ao passo que 22% são corintianos. Na classe C, 22% dos torcedores são do Flamengo, que tem 24% dos membros das classes D e E, contra 18% do Corinthians.

Importante: reparem no percentual que mostra o quanto cada classe representa sobre o universo: a maior é a classe C, com 47% de participação, seguida pela classe B, com 35%. As classes D e E somam 12% e a classe A tem um total de apenas 7% do universo. No frigir dos ovos, esses números, em termos práticos, mostram que não há torcida só de “pobre” ou só de “rico”. O perfil sócio-econômico é muito próximo, mesmo quando alguns percentuais em uma ou outra classe destoam da média. Para um anunciante, porém, alguns números, mesmo que aparentemente pequenos, podem fazer diferença, o que veremos em outro momento. Não custa lembrar que estamos falando das 13 regiões de maior economia do país e, sinceramente, não dá para dizer as “mais ricas”.

Veremos agora uma tabela importante, que mostra a participação de cada time nas diferentes faixas etárias. Reparem nos números das três maiores torcidas na faixa etária mais jovem.

 

Pois bem, acredito que todos foram direto à coluna da gurizada. Para um clube é importante atentar para esses números e lutar para aumentá-los, pois, em termos do dia-a-dia, eles significam crescimento e manutenção da força da torcida no futuro. Por outro lado, essa fase ainda encontra muitos jovens pouco “fechados” com o clube do coração. Naturalmente que isso é menos verdadeiro nos centros mais importantes, onde existem clubes tradicionais, importantes, com grande história, e onde é maior, também, a transmissão do valor familiar no tocante ao clube de futebol. Pela minha experiência, porém, essa manutenção de uma só paixão fica mais volúvel e sujeita a mudanças à medida que nos distanciamos dos grandes centros. Isso ocorre, basicamente, pela força da mídia, ou melhor, pela força de times vencedores que, por conseguinte, têm mais presença na mídia.

Novamente em minha opinião baseada no que vivi e no que conheço desse país, dois fatores já vistos podem ter influenciado a ascensão da torcida corintiana ao primeiro posto: o grande número de mulheres – principalmente – e crianças, duas categorias de público mais influenciáveis por resultados e pela presença na mídia. A presença de Ronaldo em campo e os títulos conquistados foram, muito provavelmente, os responsáveis diretos por esse crescimento.

 

Observação e correção: o nome de um dos times foi grafado de forma incorreta no material de divulgação, mas a correção já foi efetuada.

http://www.globoesporte.globo.com?platb/olharcronicoesportivo.

Oct 20, 2012

Pesquisa Ipsos Marplan sobre torcidas.

por Emerson Gonçalves

Esse post, dividido em duas partes, vai mostrar os resultados da pesquisa do instituto Ipsos Marplan sobre o perfil das torcidas de futebol no Brasil, com destaque para as cinco maiores. Esse OCE, entretanto, trará o conjunto de informações dos 23 clubes listados, ampliando as informações que já foram divulgadas nos últimos dias.

O Ipsos é um dos maiores e mais importantes institutos de pesquisas do mundo, líder em estudos de mídia na Europa e America Latina. O Marplan foi fundado em 1958 e tornou-se uma das mais respeitadas empresas do setor no Brasil, tendo se juntado à Ipsos em 2001, passando a constituir a área especializada em estudos de hábitos de mídia e consumo. Eu, particularmente, tenho grande carinho pelo Marplan, pois comecei minha carreira em propaganda e marketing (depois de um estágio como “boy”) fazendo levantamentos dos “Estudos Marplan” para outras áreas da agência em que trabalhava em… 1970. Não, não sou velho, fui precoce.

No decorrer desses dois posts farei alguns comentários adicionais, explicando ou interpretando, na minha visão, alguns números.

 

Perfil das torcidas de futebol no Brasil

Preliminarmente, é fundamental o leitor entender que essa pesquisa foi realizada em 13 grandes praças, sendo 12 Regiões Metropolitanas e mais o interior do Estado de São Paulo. Seus dados, portanto, são válidos para essas regiões: Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Recife, Grande Porto Alegre, Grande Salvador, Grande Belo Horizonte, Grande Curitiba, Brasília, Grande Fortaleza, Grande Vitória, Grande Florianópolis, Grande Goiânia e interior do estado de São Paulo nas seguintes cidades: Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Apenas para deixar claro, mais uma vez, não é uma pesquisa de abrangência nacional.

O levantamento de dados foi realizado durante o primeiro trimestre desse ano e o universo compreendido pela pesquisa é de 50.119.000 pessoas, na soma das 13 praças. A distribuição das entrevistas, naturalmente, obedeceu a critérios proporcionais, tendo como base os dados oficiais do IBGE. Foram ouvidas 14.413 pessoas de ambos os sexos, com 10 anos ou mais de idade. Essa informação é importante, uma vez que somente a pesquisa Lance IBOPE trabalha com a faixa etária de 10 a 16 anos. As pesquisas do instituto Datafolha e outros são realizadas com pessoas de 16 anos ou mais, ao passo que a da Pluri trabalhou com 14 anos para cima. Isso significa que encontraremos diferenças razoáveis em relação às pesquisas Datafolha, em função da expansão da base etária pesquisada. Já o tamanho da amostra é excelente, muito acima do que seria o mínimo necessário.

Aqui vamos introduzir uma informação nova e interessante: a margem de erro para o total de universo é de 0,82 ponto para mais ou para menos, com um índice de confiabilidade de 95%. Considerando a amostra Torcedores, que correspondeu a 74% do universo, a margem de erro é de 0,71 ponto para mais ou para menos, com 95% de confiabilidade.

A primeira pergunta feita aos entrevistados foi simples: torce por algum time de futebol?

A partir dessa resposta, o universo passa a ser de 37.153.000 pessoas, todas elas torcedoras de algum time de futebol nas regiões compreendidas pelo estudo.

O passo seguinte foi determinar os times para os quais torcem essas pessoas e separá-las por sexo, classe sócio-econômica e faixa etária. As respostas permitiram identificar 23 diferentes times que foram declarados como de preferência dos entrevistados, que é o que veremos na próxima tabela, juntamente com a divisão por sexo.

Um ponto importante a observar nessa tabela é o grande percentual de mulheres declarando-se torcedoras do Corinthians, com uma participação 23,5% maior que a de homens, um percentual que foge muito à média, como mostra a tabela. Esse número será abordado novamente, um pouco mais adiante.

Cabe aqui uma observação interessante: nos primeiros meses de 2010, portanto dois anos antes da realização desse estudo que abordamos hoje, o IBOPE pesquisou a preferência futebolística dos moradores de doze regiões metropolitanas (o IBOPE não incluiu Vitória e considerou a Região Metropolitana de Campinas, que, nesse caso, foi incluída com outras cidades do interior paulista, como vimos acima), num total de 9.000 entrevistas. Vejam as diferenças e semelhanças:

A próxima tabela mostra a divisão das torcidas por classe sócio-econômica. As classes D e E são mostradas como uma só, uma prática já comum nas pesquisas de mercado. Uma observação atenta vai mostrar um ponto que esse OCE já destacou várias vezes: não há torcida “pobre” ou torcida “rica”.

Nessa tabela, temos a participação de cada time nas diferentes classes, considerando o total das amostras. Ou seja, trocando em miúdos e usando a torcida do Palmeiras como exemplo, vemos que 11% das pessoas que se declararam torcedoras de algum time e que estão incluídas na classe A, torcem pelo Palmeiras. Da mesma forma, outros 11% torcem pelo São Paulo, enquanto 13% são torcedores do Flamengo e 16% do Corinthians. Somando todos os percentuais da classe A chegaremos a 97%. Isso ocorre em função de valores muito baixos que não foram considerados, seja de times listados ou não listados. Se tomarmos a afluente classe B, por exemplo, veremos que 5% de seus membros são gremistas, ao passo que 22% são corintianos. Na classe C, 22% dos torcedores são do Flamengo, que tem 24% dos membros das classes D e E, contra 18% do Corinthians.

Importante: reparem no percentual que mostra o quanto cada classe representa sobre o universo: a maior é a classe C, com 47% de participação, seguida pela classe B, com 35%. As classes D e E somam 12% e a classe A tem um total de apenas 7% do universo. No frigir dos ovos, esses números, em termos práticos, mostram que não há torcida só de “pobre” ou só de “rico”. O perfil sócio-econômico é muito próximo, mesmo quando alguns percentuais em uma ou outra classe destoam da média. Para um anunciante, porém, alguns números, mesmo que aparentemente pequenos, podem fazer diferença, o que veremos em outro momento. Não custa lembrar que estamos falando das 13 regiões de maior economia do país e, sinceramente, não dá para dizer as “mais ricas”.

Veremos agora uma tabela importante, que mostra a participação de cada time nas diferentes faixas etárias. Reparem nos números das três maiores torcidas na faixa etária mais jovem.

 

Pois bem, acredito que todos foram direto à coluna da gurizada. Para um clube é importante atentar para esses números e lutar para aumentá-los, pois, em termos do dia-a-dia, eles significam crescimento e manutenção da força da torcida no futuro. Por outro lado, essa fase ainda encontra muitos jovens pouco “fechados” com o clube do coração. Naturalmente que isso é menos verdadeiro nos centros mais importantes, onde existem clubes tradicionais, importantes, com grande história, e onde é maior, também, a transmissão do valor familiar no tocante ao clube de futebol. Pela minha experiência, porém, essa manutenção de uma só paixão fica mais volúvel e sujeita a mudanças à medida que nos distanciamos dos grandes centros. Isso ocorre, basicamente, pela força da mídia, ou melhor, pela força de times vencedores que, por conseguinte, têm mais presença na mídia.

Novamente em minha opinião baseada no que vivi e no que conheço desse país, dois fatores já vistos podem ter influenciado a ascensão da torcida corintiana ao primeiro posto: o grande número de mulheres – principalmente – e crianças, duas categorias de público mais influenciáveis por resultados e pela presença na mídia. A presença de Ronaldo em campo e os títulos conquistados foram, muito provavelmente, os responsáveis diretos por esse crescimento.

 

Observação e correção: o nome de um dos times foi grafado de forma incorreta no material de divulgação, mas a correção já foi efetuada.

http://www.globoesporte.globo.com?platb/olharcronicoesportivo.

Oct 20, 2012

Vamos lá, Corinthians

 

Com rival de olho, Corinthians encerra testes em duelo contra Bahia

 

Luiz Ricardo FiniSão Paulo (SP)
 

técnico Tite já avisou que escalará a equipe mista do Corinthians pela última vez nesteCampeonato Brasileiro na partida deste sábado, diante do Bahia, às 18h30 (de Brasília), no estádio do Pacaembu. Portanto, esta é a chance final para os reservas mostrarem serviço, justamente no confronto que tem o interesse do rival Palmeiras, concorrente direto dos baianos na luta contra a degola.

A partir da próxima rodada, diante do Vasco, Tite colocará força máxima até o fim do Nacional, pois tem a intenção de embalar antes do Mundial de Clubes. “Vamos fazer um direcionamento dos jogadores (contra o Bahia). Depois, todos estarão à disposição na sequência”, afirmou o técnico, que busca a reação depois da derrota para o Cruzeiro, na rodada passada.

Diante do clube de Salvador, o treinador ainda não escalará Alessandro, Fábio Santos e Ralf, que acabaram de voltar de um período de folga. O trio faz agora reforço muscular antes de voltar a atuar. Já Paulinho está liberado dos treinos até segunda-feira, também para repousar.

Fernando Dantas/Gazeta Press

Técnico Tite escala a equipe mista do Corinthians pela última vez neste Campeonato Brasileiro

O treinador segue sem contar com Emerson, em recuperação de um estiramento no ligamento colateral medial do joelho direito. Paulo André é mais uma ausência, pois será poupado do confronto. Da mesma forma, Danilo será preservado. 

Por outro lado, o atacante Jorge Henrique está liberado pelos médicos e fica à disposição de Tite, mas começa no banco. Quem também aparece entre os suplentes é o chinês Zizao, que estreou no jogo anterior.

O argentino Martínez e o peruano Guerrero retornaram de suas respectivas seleções e serão titulares. Há ainda outras duas novidades na formação inicial: o zagueiro Anderson Polga e o lateral esquerdo Denner serão titulares pela primeira vez. Já Edenílson foi escalado como lateral direito, enquanto Guilherme Andrade foi deslocado para o meio-campo, desbancando Willian Arão.

Apesar de não ter qualquer pretensão no Brasileirão, o Corinthians será observado atentamente pelo rival Palmeiras, que é concorrente do Bahia na briga contra o rebaixamento e vai precisar torcer pelo Timão neste sábado.

“Não estamos preocupados com nenhum time do Campeonato Brasileiro, com quem vai ser campeão ou com quem vai cair. A única preocupação é com o nosso planejamento”, minimizou Edu Gaspar, gerente de futebol alvinegro. Sem entrar em polêmica, o técnico Tite prometeu jogar com dignidade no estádio do Pacaembu.

Com 43 pontos, o Corinthians ocupa o nono lugar na competição. Já o Bahia tem 35 e é o primeiro time fora da zona de rebaixamento, no 16º lugar. Assim como o Timão, o clube de Salvador também busca a recuperação nesta rodada, pois perdeu para o Palmeiras no meio de semana.

O técnico Jorginho, porém, tem problemas para escalar a equipe. O volante Hélder e o atacante Souza seguem entregues ao departamento médico, enquanto Lulinha não pode jogar por ser ligado ainda contratualmente ao Corinthians. Jones completa a lista de ausências, por acúmulo de três cartões amarelos. A boa notícia é o retorno do atacante Elias, recuperado de lesão muscular.

Arte GE.Net

Sem vencer há quatro partidas, Jorginho deve escalar um time mais defensivo, com quatro volantes no meio-campo: Fahel, Fabinho, Diones e Kleberson. Independentemente da escalação, o lateral direito Neto cobra a reação de sua equipe. 

“Temos de manter a cabeça focada de novo e mostrar aquela postura de antes, que todo mundo estava elogiando, com um time aguerrido, de pegada e vibração. Se voltarmos a fazer isso, com certeza as vitórias voltarão”, ponderou.

FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS X BAHIA

Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 20 de outubro de 2012, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago e Guilherme Dias Camilo (ambos de Fifa-MG)

CORINTHIANS: Cássio; Edenílson; Anderson Polga, Wallace e Denner; Guilherme Andrade, Guilherme e Douglas; Romarinho, Guerrero e Martínez
Técnico: Tite

BAHIA: Marcelo Lomba; Neto, Titi, Danny Morais e Jussandro; Fahel, Fabinho, Diones e Kleberson; Gabriel e Elias
Técnico: Jorginho

www.gazetaesportiva.net

Oct 18, 2012

Um grande goleiro

Dida, um gigante no gol.

 

Oct 18, 2012

Zizao maravilha

JORNAIS CHINESES REPERCUTEM ESTREIA DE ZIZAO: ‘DESEMPENHO MARAVILHOSO’

Jornais chineses repercutem estreia de Zizao: 'desempenho maravilhoso'
Jornais chineses repercutem estreia de Zizao: ‘desempenho maravilhoso’

A aguardada estreia do chinês Zizao no Corinthians não alegrou apenas aos torcedores corintianos, que esperaram durante sete meses para ver o jogador em campo. A imprensa chinesa também repercutiu os 10 minutos de atuação de Zizao, e de forma até empolgada, colocando a atuação do jogador como ‘maravilhosa’.

Foi o que fez o jornal Dayoo, que escreveu sobre a expectativa e curiosidade de todo o Brasil para com a estreia do chinês. ‘Após ficar cinco vezes no banco sem entrar em jogos, finalmente Zizao alcançou o momento histórico para sua carreira’, escreveu a publicação, que também lembrou o período de contusões do jogador e que a situação do chinês no clube era ‘confusa’, já que não sabia quando conseguiria jogar.

Já o Sports Hangzhou deu destaque aos gritos da torcida. Com a manchete ‘Zizao, ZizaoZizao!’, lembrou que o nome do jogador é Chen Zhizhao, e tentou explicar a opção dos brasileiros por ‘traduzir’ o nome, para facilitar a comunicação do jogador com os companheiros de time e torcida.

Para o jornal, a estreia ficou dentro do esperado, já que a vida do chinês no Brasil ‘não é fácil, com problemas de comunicação, linguagem, ambiente e lesões’. Porém, publicou que até jogadores experientes podem ter péssimas atuações, e que para um jogador chinês a partida agradou.

Outro que deu destaque para Zizao foi o jornal CNR, que citou até a tentativa de pedalada durante a partida e também a entrevista pós-jogo, na qual mostrou dificuldades em compreender os repórteres.

www.meutimao.com.br
Oct 18, 2012

Zizao histórico

 

Imprensa chinesa coloca estreia de Zizao no Brasil como fato histórico

Em sua primeira partida, o jogador esteve em campo por cerca de 15 minutos na derrota do Timão para o Cruzeiro por 2 a 0, em Varginha

 

Poucos minutos após o jogo doCorinthians contra o Cruzeiro na noite desta quarta-feira, que terminou com otriunfo dos mineiros por 2 a 0, fotos e vídeos de Zizao com a camisa do Timão já estavam nos principais sites da China. Algumas páginas chegaram a receber mais de 200 comentários, a maioria de chineses orgulhosos incentivando o jogador. O tom das matérias é de entusiasmo e a estreia do chinês no futebol brasileiro foi considerada um “momento histórico” por grande partes dos jornalistas.

Apesar do entusiasmo da grande maioria, alguns chineses disseram que o atacante tem pouco a fazer no Brasil e pode envergonhar o próprio país. Houve também quem confessasse nunca ter ouvido falar em Zizao.

Apresentado há mais de seis meses, o jogador sofreu com lesões e faz pouco tempo quie atingiu o ritmo ideal para entrar em campo. Relacionado para o banco de reservas contra Flamengo e Portuguesa, só não entrou em campo pela dificuldade dos confrontos.

Dentro da esperada “zona de conforto” no Brasileirão, o técnico Tite escalou o chinês para a partida contra o Cruzeiro. Com inúmeros desfalques e convocando até jogadores da base para compor o banco de reservas, Zizao passou a ser a primeira opção para entrar no decorrer do jogo contra a Raposa. O atacante esteve em campo por cerca de 15 minutos em Varginha

www.g1.com.br

Oct 17, 2012

Boa, professor.

Tite defende mudança no calendário do futebol brasileiro

  • VÍTOR MARQUES – Agência Estado

Tite engrossou nesta terça-feira o coro dos que defendem uma mudança no calendário do futebol brasileiro. Para o técnico do Corinthians, competições importantes como a Libertadores prejudicam o início da disputa do Campeonato Brasileiro. Além disso, a agenda de amistosos da seleção desfalca os clubes, uma vez que as torneios do País não param.

“O maior problema é o calendário”, afirmou o treinador. “Se não, o clube tem de investir ainda mais em plantel, em quantidade de jogadores. É preciso um investimento maior, se não é mágica, e mágica ninguém faz”.

Um dos motivos, segundo ele, de Corinthians não disputar o Brasileirão para ganhar foi o fato de o time ter privilegiado a disputa da Libertadores – a reta final coincide com o início da competição nacional. Em 2013, o Corinthians pode sofrer o mesmo problema caso avance às decisões da Libertadores. “Com uma ou outra exceção, não vi nenhuma equipe que chegou às finais da Libertadores ir bem no Brasileiro”, afirmou.

Sobre a remarcação do segundo jogo do Superclássico das Américas entre Brasil e Argentina, dia 21 de novembro, Tite manteve sua posição de não ceder jogadores do Corinthians para a partida. Quatro jogadores do Corinthians estavam na lista de Mano Menezes (Cássio, Paulinho, Ralf e Fábio Santos), além de Martínez, pela seleção argentina.

“Mas não é minha função pedir que o Mano Menezes não convoque os jogadores. Isso tem de partir da direção do Corinthians, até por uma questão de hierarquia. Eu peço e a direção verá as possibilidades, o meu pedido já foi feito”.

Tite acredita que a partida que foi remarcada para o dia 21 de novembro pode prejudicar a reta final da preparação do time para o Mundial de Clubes no Japão. O segundo jogo entre Brasil e Argentina pelo Superclássico deveria ter acontecido dia 3 de outubro na cidade de Resistencia, na Argentina. Mas uma queda de energia no estádio impediu a realização da partida. O duelo será disputado em Buenos Aires, no estádio do Boca Juniores, a Bombonera.

www.estadao.com.br

Oct 8, 2012

Patrocínio do Timão

Do Radar on-line

Lula: uma ajuda para o seu clube de coração, para empresários em dificuldades e para candidatos petistas

Depois da eleição, Lula se incumbirá de uma nova tarefa. Comprometeu-se com diretores do Corinthians a procurar grandes empresários e resolver de uma vez por todas o patrocínio das camisas do clube.

Este ano, o Clube de maior torcida de S ão Paulo, campeão brasileiro, da Libertadores e candidato ao título mundial, não conseguiu se acertar com ninguém.

Pediu 35 milhões de reais por um ano. Se Fernando Haddad não for para o segundo turno, sua tarefa começa mais cedo.

Por Lauro Jardim
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