Em jogo fraco, Corinthians empata com Portuguesa e atinge meta
O resultado só foi bom para o time alvinegro, que chegou aos 43 pontos e atingiu a meta que Tite havia colocado para escapar do rebaixamento
DEMÉTRIO VECCHIOLI – O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – Em um jogo de poucas emoções, Corinthians e Portuguesa ficaram no 1 a 1, na fria noite deste sábado, no Canindé. O resultado só foi bom para o time alvinegro, que chegou aos 43 pontos e atingiu a meta que Tite havia colocado para escapar do rebaixamento e começar a poupar o elenco visando o Mundial de Clubes. Já a Portuguesa, com 37 pontos, no 12.º lugar, segue ameaçada de degola, agora com 10 pontos a mais que o 17.º colocado, o Sport.
A torcida da casa deixou o Canindé lamentando que um gol de Bruno Mineiro mal anulado pelo árbitro, que viu um impedimento inexistente. Já os corintianos não viram a aguardada estreia de Zizao e ainda ficaram preocupados com Emerson, que deixou o campo, machucado, ainda no começo do jogo.
Portuguesa e Corinthians voltam a campo na quarta-feira, às 22h. O time alvinegro visita o Cruzeiro, em Varginha, enquanto a Portuguesa novamente joga no Canindé, desta vez diante do Flamengo. Neste sábado, mineiros e cariocas se enfrentaram e também empataram por 1 a 1.
O JOGO Mal a partida começou e Emerson já indicava uma lesão no tornozelo. Aos 2 minutos o atacante caiu pela primeira vez no gramado, indicando sentir dores. Saiu de maca, mas voltou no sacrifício. Dali até ser substituído, viu os dois gols do jogo.
O primeiro foi da Portuguesa, aos 13 minutos. Da ponta direita, Marcelo Cordeiro bateu falta na área, ninguém desviou, Cássio foi enganado pela tentativa de participação dos atacantes da Lusa, e a bola acabou morrendo no seu canto direito.
O empate veio num golaço de Douglas. Único responsável pela armação, o meia arriscou de longe e acertou o ângulo direito do gol Dida, que não alcançou. Só depois disso é que Emerson deu lugar ao garoto Giovanni.
Quando voltou a ter 11 jogadores atentos em campo, o Corinthians impôs sua superioridade, mas teve dificuldades em passar pela defesa lusitana. Dali até o fim do primeiro tempo foram três chances. Numa, Edenilson bateu à esquerda do gol. Em outra, Romarinho pedalou e cruzou, mas Dida pegou. Já nos acréscimos, em outra jogada do atacante, Marcelo Cordeiro chutou para trás e por pouco não fez contra.
A Portuguesa voltou melhor para o segundo tempo e chegou a balançar as redes aos 11 minutos, mas o lance foi mal anulado pelo árbitro Rodrigo Braghetto. Zé Antônio bateu, Cássio espalmou e Bruno Mineiro fez no rebote. A jogada foi parada por suposto impedimento do atacante, mas Fábio Santos dava condição pelo lado esquerdo.
O lance mostrou que de nada adiantou a reclamação da Portuguesa, que enviou um ofício à CBF, durante a semana, criticando a atuação dos árbitros contra a equipe neste Brasileirão. No meio de semana, diante do Cruzeiro, Bruno Mineiro também teve um gol mal anulado. Ele briga pela artilharia do Brasileirão, estando empatado em 14 gols com Fred e Luis Fabiano.
Ver a bola na sua rede fez o Corinthians acordar. A partir do erro do árbitro, o time alvinegro se lançou o ataque em busca da vitória. Douglas era quem comandava as ações. Um chute dele, aos 27, pela esquerda, exigiu ótima defesa de Dida. Seja batendo falta ou com cruzamento na área, era do meia que surgiam as chances corintianas.
Quase tão importante do que o gol, para o torcedor corintiano, era vez Zizao em campo. Mas o empate, com o time pressionando, impediu que Tite aproveitasse o chinês pela primeira vez.
PORTUGUESA 1 X 1 CORINTHIANS
PORTUGUESA – Dida; Luis Ricardo, Lima, Valdomiro e Marcelo Cordeiro; Rogério, Ferdinando, Zé Antônio (Héverton) e Moisés; Ananias e Bruno Mineiro. Técnico – Geninho.
CORINTHIANS – Cássio; Alessandro, Wallace, Paulo André e Fábio Santos; Ralf, Guilherme Edenilson e Douglas (Chiquinho); Romarinho e Emerson (Giovanni). Técnico – Tite.
GOLS – Marcelo Cordeiro, aos 13, e Douglas, aos 16 minutos do primeiro tempo. ÁRBITRO – Rodrigo Braghetto (SP). CARTÕES AMARELOS – Moisés, Zé Antônio, Marcelo Cordeiro, Lima e Ralf, Fábio Santos. RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis. LOCAL – Estádio do Canindé, em São Paulo (SP).
por Marcos Malaquias, professor, jornalista e escritor
A imprensa brasileira praticamente ignorou a biografia do Bispo Edir Macedo (Nada a perder, volume I) publicada pela Editora Planeta.
Um erro. Grave. O Bispo é fundador e principal dirigente da Igreja Universal do Reino de Deus. Sua Igreja, com menos de 40 anos, é um grande sucesso com templos em todo o Brasil, na América Latina, nos Estados Unidos e na África. Quem vai a Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e outros capitais de países vizinho encontrará sempre um grande templo da IURD.
Não li uma resenha ( pelo menos uma) sobre o livro nos nossos principais órgãos de imprensa.
Perde a mídia e perde o público que ficam sem conhecer muito da história do nascimento da Universal.
Não é um livro de confronto religioso. As divergências doutrinárias entre a Igreja de Macedo e as demais organizações do cristianismo praticamente não aparecem no livro. Mesmo a Igreja Católica, sempre vista como inimiga dos evangélicos ( especialmente os de ramos pentecostal) , recebe apenas algumas linhas de críticas. A revolta contra os santinhos e uma citação sobre pedofilia são quase nada considerando o porte da dissidência que tiveram Lutero, Calvino, Erasmo e outros no século renascentista.
A rigor, o livro pouco traz dessa confrontação doutrinária. Uma série de citações da Bíblia numa análise pouco profunda de temas dos mais variados.
Provavelmente esta ausência de discussão doutrinária deva-se ao fato de que a Igreja Universal ter pouco a ver com os reformadores originários (como Calvino e Lutero). Basta lembrar a dura crítica que os dissidentes tiveram aos “cultos com superstição” que ,segundos eles, a Igreja Católica fazia. Velas, rezas, terços, água benta, etc, tudo era criticado pelos reformadores. Especialmente a coleta de dinheiro ( em troca de perdão) que tanto ajudaram a construção do Vaticano.
Nos dias atuais a IURD ( e outras denominações pentecostais) realizam atos que escandalizariam qualquer protestante dos anos 1.500: óleo da terra santa, porteira que tira os pecados, meias abençoadas, entre outros, muito próximos das superstições denunciadas quando do rompimento com a Igreja Católica.
Mesmo as citações bíblicas feitas na biografia do Bispo Macedo pouco contribui para um debate doutrinário. A fé firme na “Palavra de Deus” substitui qualquer discussão sobre a Bíblia .Para estas correntes do novo protestantismo, o livro sagrado veio do nada e num ato sem explicação. Nenhum crédito é dado a São Jerônimo que tanto trabalhou para traduzir e organizar os livros bíblicos nos anos 400 dc.
Caso a biografia do Bispo Macedo tivesse resumido a doutrina de sua Igreja ele poderia responder as questões duras que, nos tempos atuais, atinge as igrejas cristãs (especialmente a católica). Muitos dos livros bíblicos da “Vulgata”, dos anos 400, sofrem hoje grande contestação. Vários, para não dizer a maioria deles, tem sua autoria contestada e outros tantos fatos e citações tem hoje comprovação contrária aos ditames da “Palavra de Deus”. Lembre-se ainda das contradições entre os próprios livros bíblicos uma falando uma coisa e outro afirmando outra. O próprio São Jerônimo lutou com esses problemas ao organizar os livros “sagrados”. E teve dúvidas. O livro do Apocalipse, por exemplo, entrou e saiu várias vezes do “canone”.
A Igreja Católica vai enfrentando, como pode, as descobertas do século passado que tanto atingiram a história do cristianismo. Como sempre apoiaram na “tradição” do povo cristão, quando colocada diante de um fato incontroverso – e contrário a Bíblia- sai pela porta de que a Igreja recolhe a “tradição ” da versão católica.
E as novas Igrejas Evangélicas, como a IURD, como ficam? Preferem dizer que a Bíblia é uma obra do Espírito Santo que caiu por ai em um tempo incerto e num lugar indeterminado?
O livro do Bispo Edir Macedo pouco – ou nada- ajuda para conhecermos estas questões de doutrina.
A história que conta é de uma Igreja que nasce de brigas e brigas entre pastores e que o maior objetivo é enfrentar o sofrimento seja ele qual for o físico ( defeitos e doença), mental (por trabalho do diabo) ou financeiro.
A Igreja não nasce por uma divergência bem definida com outras correntes do cristianismo. Busca uma nova prática e sua origem é um sofrimento familiar ( sua filha nasce com um defeito físico). O caminho é a fé na superação dos problemas e a dedicação a causa. Seu comovente relato sobre o nascimento da filha mostra todo empenho em encontrar forças para vencer os obstáculos.
O livro, embora não doutrinário, é um roteiro interessante e sincero da história da Igreja. Mostra todo tipo de briga entre os “irmãos” inclusive com seu cunhado o missionário R. R. Soares para quem sobra as maiores farpas. Mas há outros adversários como o pastor Samuel Coutinho que acusa o Bispo Macedo de ter “tomado” sua primeira igreja.
Claramente a biografia é um ato de defesa. O Bispo Macedo sabe que seus inimigos estão por ai ( ele não esconde e ataca os que romperam com a Universal) e sabe que eles divulgam versões oposta a sua. Ele faz sua parte trazendo sua versão sobre os fatos.
Lamentável que a grande mídia tenha praticamente ignorado o primeiro volume da Biografia. Mesmo aqueles que são contra ( por opinião religiosa ou interesses comerciais) teriam bons motivos para ler o livro. Muitos fatos e pessoas citadas são inimigos do Bispo Macedo e poderiam dar suas versões em contrário.
Ao propor o silêncio sobre o livro a grande mídia comete um grande erro.
Corinthians festeja neste sábado 35 anos do fim de jejum
O Corinthians comemora neste sábado o aniversário de um dos títulos mais marcantes de sua história. Há 35 anos, Basílio foi imortalizado como ídolo da Fiel ao marcar o gol da conquista do Campeonato Paulista, encerrando assim o maior jejum de taças da trajetória alvinegra.
No dia 13 de outubro de 1977, diante de mais de 86 mil torcedores no estádio do Morumbi, o Corinthians encerrou a fila de 22 anos, oito meses e sete dias sem um título de expressão. A história daquela decisão contra a Ponte Preta começou no dia 5 do mesmo mês, com a vitória por 1 a 0 do time da capital no Cícero Pompeu de Toledo.
Desta forma, bastava um triunfo também no segundo duelo da final, no mesmo estádio, para aequipe dirigida por Oswaldo Brandão ser campeã. Porém, a virada por 2 a 1 da Macaca, no dia do maior público da história do Morumbi (146.082 pessoas), atrasou a celebração corintiana.
Acervo/Gazeta Press
Basílio marcou o gol que garantiu o título do Campeonato Paulista de 1977 ao Corinthians
O resultado levou a definição do título para uma terceira partida. Em duelo com expulsões de dois ponte-pretanos (Rui Rei e Oscar) e um corintiano (Geraldão), o placar por 1 a 0 para o Corinthians só foi garantido aos 36 minutos do segundo tempo.
Depois de cobrança de falta de Zé Maria, Vaguinho mandou no travessão. No rebote, Wladimir cabeceou, mas viu a bola parar na defesa. A sobra ficou no meio da área para Basílio chutar de pé direito e estufar as redes, sem dar chance de defesa ao goleiro Carlos.
Nesta semana de comemoração, o Corinthians prestou uma homenagem ao herói da conquista, que acabou apelidado de Pé de Anjo. Na segunda-feira, o clube inaugurou uma nova gravura no muro do CT Joaquim Grava, com um torcedor ajoelhado no gramado do Morumbi, festejando o título de 1977, enquanto os jogadores vibravam atrás. Basílio compareceu ao local, agradeceu e ainda recebeu uma placa.
“É muito importante para mim ganhar esta homenagem bem na semana que comemoramos 35 anos do título”, afirmou o ex-jogador, que achou natural ter o torcedor em primeiro plano na gravura. “Aquilo ali representa tudo o que vivemos e o que sentimos naquele dia. É o torcedor que invadiu chorando. Atrás, estamos nós, jogadores, comemorando. Sinto isso até hoje”.
Desde aquele dia, o Corinthians conquistou Brasileiros, Mundial e também a Libertadores. No fim do ano, vai ao Japão tentar o título contra os representantes de todos os continentes, mas nada ofuscará o brilho de um Estadual, o de 1977.
Confira abaixo a ficha técnica do jogo: CORINTHIANS 1 X 0 PONTE PRETA
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP) Data: 13 de outubro de 1977, quinta-feira Horário: 21h15 Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschillia Cartões amarelos: Geraldão (Corinthians). Ângelo e Vanderlei (Ponte) Cartão vermelho: Geraldão (Corinthians). Rui Rei e Oscar (Ponte) Público: 86.677 GOL: CORINTHIANS: Basílio, aos 36 minutos do segundo tempo
CORINTHIANS: Tobias; Zé Maria, Moisés, Ademir e Wladimir; Ruço, Basílio e Luciano; Vaguinho, Geraldão e Romeu Técnico: Oswaldo Brandão
PONTE PRETA: Carlos, Jair, Oscar, Polozi e Ângelo; Vanderlei, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Rui Rei e Tuta (Parraga) Técnico: José Duarte
Anna Moffo, Paolo Montarsolo e Giancarlo Cobelli em “Aspettare e Non Venire” e “Sempre In Contrasti” da ópera “La Serva Padrona” (Pergolesi)
Sábado
IL BARBIERI DI SIVIGLIA (Rossini) Horário: 07:20
Londres, 7-14/2/1957. Maestro: Alceo Galliera.
Elenco: Maria Callas, Luigi Alva, Tito Gobbi, Fritz Ollendorff, Nicola Zaccaria, Gabriella Carturan, Mario Carlin.
FERNANDO CORTEZ (Spontini) Horário: 09:20
Nápoles, 15/12/1951. Maestro: Gabriele Santini.
Elenco: Gino Penno, Renata Tebaldi, Piero De Palma, Aldo Protti, Antonio Cassinelli, Italo Tajo, Afro Poli, Augusto Romano, Gerardo Gaudioso, Gianni Avolanti, Luigi Paolillo.
TANNHÄUSER (Wagner) Horário: 11:15
Bayreuth, 1961. Maestro: Wolfgang Sawallisch.
Elenco: Victoria de los Ángeles, Dietrich Fischer-Dieskau, Grace Bumbry, Josef Greindl, Gerhard Stolze, Franz Crass, Georg Paskuda, Theo Adam, Elsa Margaretha Gardelli.
Por Mundial, Tite quer que Mano dê folga a corintianos no Superclássico
O técnico teme que as convocações dos treinadores prejudiquem a preparação para o Mundial
Agência Estado
SÃO PAULO – O técnico Tite expressou nesta sexta-feira a sua preocupação com a remarcação do segundo jogo do Superclássico das Américas, entre Brasil e Argentina, para o dia 21 de novembro. O treinador teme que as convocações de Mano Menezes e Alejandro Sabella prejudiquem a preparação do time duas semanas antes da viagem para o Mundial de Clubes.
Epitacio Pessoa/AE
Tite está preocupado com uma possível convocação de seus jogadores
“Minha opinião é a que não se convoque nenhum jogador nosso, mas não posso pedir isso para o Mano. Se depender doCorinthians, que não tenha a convocação. Deixem (os jogadores) se preparando para o Mundial”, opinou Tite.
O Corinthians teve cinco jogadores convocados para o jogo que acabou cancelado em Resistencia: Ralf, Cássio Paulinho e Fábio Santos, pelo Brasil, e Martínez, pela Argentina.
Tite, que já tem perdido jogadores em convocações durante datas Fifa (Ramírez e Guerrero para o Peru, Martínez para a Argentina), reforça que o Superclássico das Américas tem um peso menor e, por isso, o fato de o Corinthians estar se preparando para um Mundial deve ser levado em conta.
“É diferente de uma eliminatória para a Copa, é um Superclássico. Claro que tem sua importância, mas é o Mundial de Clubes. É importante para o futebol brasileiro. É importante para a CBF que o representante dela esteja bem preparado”, destacou.
O Corinthians tem 42 pontos no Brasileirão. Com mais uma vitória, garante a pontuação considerada mínima para escapar do rebaixamento. A partir daí o foco vai ser preparar o time para o Mundial do Japão.
SÉRIE A
De olho no Mundial, Tite começa concedendo folga a laterais
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
Tite detalhou ontem os próximos passos do Corinthians na preparação para o Mundial de Clubes. Independentemente do resultado da partida contra a Portuguesa, hoje à noite, no Canindé, dois jogadores já ganharão folga a partir de amanhã.
Nas contas refeitas pelo treinador, um empate hoje é suficiente para livrar qualquer risco de rebaixamento. O time tem 42 pontos -segundo Tite, a projeção foi recalculada com base no aproveitamento dos times.
Os laterais Alessandro e Fábio Santos saem de folga amanhã e só voltam a treinar no CT na quinta. Eles não pegam o Cruzeiro, na quarta.
Em seguida, os volantes Ralf e Paulinho serão preservados pelo treinador e provavelmente ficarão de fora dos jogos contra Bahia e Vasco.
A partir daí, quando faltarão apenas cinco rodadas para o fim do Brasileiro, o plano do técnico é escalar força máxima como forma de embalo para o torneio do Japão.
“A gente tem o Mundial, mas só vai ficar forte no Mundial se ficar forte agora. Se a gente não tivesse feito a pontuação mínima, estaria correndo atrás de ponto para fugir do rebaixamento”, disse.
Em meio à entrevista coletiva, o treinador enumerou em voz alta os atletas que ainda poderiam ganhar folga. Mas a lista de Tite contemplou apenas os dois laterais e os dois volantes titulares.
“O Emerson se aproveitou de suspensão, o Danilo também ficou fora, Douglas possivelmente não [folgará], pois o volume não foi tão grande no primeiro semestre.”
Tite e a comissão técnica irão definir alguma possível folga extra com a relação de partidas de cada jogador em mãos. Quem atuou pouco no primeiro semestre, como Paulo André, Douglas e Romarinho, não terá descanso. Quem chegou depois, como Guerrero e Martínez, também não ganhará refresco, assim como os goleiros e reservas.
Ou seja, o respiro que o time terá após atingir a tão falada meta de Tite se resume a só três jogos. Segundo o treinador, atingido o objetivo dos 43 pontos, ele também vai se debruçar mais sobre os possíveis adversários no Japão.
“Fizemos 42 pontos há dois dias apenas. Deixa a gente jogar amanhã [hoje] e começar a ver. Está tudo elaborado, as projeções, acompanhamentos. Mas não estou olhando [para os adversários] ainda.”
Mais um amistoso sem graça da seleção não levantou a audiência da Globo. Brasil e Iraque alcançou apenas 15,4 pontos segundo o Ibope na Grande São Paulo – mais ou menos a marca alcançada pela Sessão da Tarde no mesmo horário. No mesmo horário, o SBT marcou 5 pontos, a Record, 3,7.
Três empresas querem estampar a marca na camisa no Mundial, mas o clube ainda considera os valores baixos
PAULO GALDIERI , VÍTOR MARQUES – O Estado de S.Paulo
O Corinthians analisa três propostas de patrocínio master de camisa para os dois jogos do Mundial de Clubes, no Japão, em dezembro. Uma das interessadas é a Iveco, empresa que patrocinou o time nas finais da Libertadores, mas que não apresentou a proposta mais alta. Outra empresa ofereceu R$3,5 milhões pelo patrocínio pontual. O clube, no entanto, considera o valor baixo. A Hyundai voltou a se interessar pelo espaço.
O Corinthians está sem um patrocínio master de camisa desde abril e tem feito contratos pontuais de publicidade. Fará um novo para o Mundial apenas se não fechar um acordo mais longo.
O último patrocinador master de camisa foi a Hypermarcas, que pagava ao clube cerca de R$ 35 milhões por ano. Esse contrato, no entanto, foi assinado ainda como estratégia de marketing vinculada ao jogador Ronaldo, que parou de atuar em 2011.
Sem Ronaldo, mas embalado pela conquista da Libertadores deste ano, a diretoria viu a possibilidade de manter o patamar de R$35 milhões, embora o objetivo fosse vender o espaço por cerca de R$45 milhões.
Divergências. A demora para acertar com um patrocinador principal de camisa causou divergências no clube. Uma ala dos dirigentes acredita que propostas de valores mais modestos, na casa dos R$ 30 milhões, deveriam ser aceitas. O São Paulo, que assinou contrato com a Semp Toshiba, por R$25 milhões/ano, é utilizado como exemplo.
“Se eu tiver de perder dinheiro agora para conseguir um contrato mais vantajoso lá na frente, vou perder”, disse ao Estado o vice-presidente do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg. “Tenho total apoio da diretoria.”
Depois da conquista da Libertadores, o ex-presidente Andrés Sanches disse à atual diretoria que o banco BMG estaria disposto a pagar R$28 milhões por um contrato de 18 meses.
“Essa proposta não chegou”, disse Rosenberg. “Mas nesses valores não interessaria.” Ele justifica que o clube ganharia apenas R$1,5 milhão por mês por esse acordo e ficaria no patamar de clubes como o Santos.
Se esse acordo vantajoso como sonha Rosenberg não surgir em breve, a melhor solução será o clube assinar um contrato pontual, apenas para o Mundial e, depois, negociar outro vínculo.
“Até o final do ano, teremos um novo patrocinador master”, afirma Rosenberg.
www.estadao.com.br
Blog do Citadini: O final do ano está chegando e o marketing do Corinthians consegue uma proeza. O Timão ainda não tem contrato de patrocínio na camisa mas já anunciou, uma dezena de vezes, empresas que estariam negociando. Essas três de hoje , no Estadão, são conhecidas “virtual patrocinadora ” do Corinthians. Ah! só faltou aquela companhia de aviação àrabe que está em todas as noticias. E fora de qualquer contrato.
A vitória do Corinthians na noite de ontem, 10/10, no Pacaembu, mostra o grande equívoco ocorrido no primeiro trimestre do ano, quando encavalaram jogos dos regionais, Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão.
O Timão é a principal vítima deste acúmulo de competições em pouco espaço, sendo obrigado a optar por apenas um ou outro torneio.
Não fosse este lado negativo de nossa temporada, o Corinthians estaria disputando a ponta da tabela do Campeonato Brasileiro. Há times chamados de “candidatos ao título”, que em condições normais disputariam nada além da rabeira da competição.
Ontem o Corinthians venceu, mas poderia ter conquistado um placar maior, se o juiz não tivesse uma noite tão negativa. Errou e prejudicou muito o Timão que daqui a pouco estará muito próximo do pelotão de frente do Campeonato.
Time e futebol tem de sobra.
A TVTimão e seus problemas.
A mídia anda divulgado, em pequenas notas de cantos de página, que o projeto da TV do Corinthians está com grandes problemas. Surpresa? Pode ser.
Quando o projeto foi lançado (ou melhor, relançado, já que tivemos várias tentativas enteriores) a mídia se desmanchou em elogios. Tudo foi saudado com mais uma “tacada” do marketing do Timão com promessas de espantar a todos: 1 milhão de assinantes em menos de 3 meses e uma receita que daria para tocar o futebol sem necessidade de outras fontes de entrada de dinheiro.
Alguns dirigentes do Timão disseram que, num futuro próximo, a TV transmitiria os jogos do Timão!
Neste blog lembramos o outro lado deste tipo de projeto adotado nas últimas décadas e os problemas que enfrentaram.
Lembrei das dificuldades que encontraram o Barcelona, o Milan, O Real, o Manchester etc, mas nada.
Só elogios e aplausos.
É por esta razão que a mídia trata de forma discreta os problemas da TV Timão.
Uma ou outra notinha aqui ou ali falando da falta de assinantes, da receita pífia e do alcance limitado da TV. Seria muito pedir aos jornalistas para comentarem o fracasso de um projeto que tanto badalaram? Para nossa mídia o marketing só merece elogios e aplausos. E os dirigentes do Timão não tem do que reclamar: tiveram elogios por todo lado e um espaço maior do que a chegada da Fox no Brasil.
E não fiquem preocupados. Logo nosso marketing vai bolar outro projeto, que ocupará o espaço da mídia. Túmulo, viagem, fundos de capitalização, Repúblicas e Monarquias.
Tudo com o misterioso aplauso midiático.
É para todos
A mídia anda dizendo que o ex-presidente Lula vai se empenhar para que o Corinthians conquiste um novo patrocinador master em sua camisa, pois está há quase 12 meses sem qualquer empresa fixa. Pode ser. Mas é bom que se esclareça que o ex-presidente (quando no exercício da Presidência) ajudou todos os clubes na conquista de patrocinadores por valores bem mais altos do que eram pagos anteriormente.
Portanto, ninguém pode reclamar de nada.
Se ele conseguir “animar” as empresas – mesmo estando fora do cargo – é outra conversa.