O Corinthians está eliminado do Campeonato Paulista. Na tarde deste domingo, o time comandado por Mano Menezes foi ao Estádio Tenente Carriço com o seu uniforme amarelo e abusou da apatia diante do Penapolense. Não passou de um empate por 0 a 0. Com o placar, a segunda vaga do grupo B nas quartas de final ficou com o Ituano, que venceu o São Paulo por 1 a 0 no Morumbi.
Apesar de ter ensaiado o discurso de que nada adiantaria uma vitória do São Paulo sem um bom desempenho em Penápolis, o Corinthians só foi mais incisivo nos minutos finais, quando a torcidado Penapolense já zombava com gritos de “eliminado”. Restou agora a Copa do Brasil, cuja estreia será contra o Bahia de Feira, já na noite de quarta-feira, fora de casa.
Pelo Campeonato Paulista, o Corinthians ficou com 21 pontos ganhos e cumprirá tabela na última rodada da fase classificatória contra o Atlético Sorocaba, no próximo domingo, no Pacaembu. No mesmo dia, o Penapolense, classificado com 19 pontos no grupo A (atrás apenas dos 24 do São Paulo), visitará o Ituano (com inalcançáveis 25) no Novelli Júnior.
O jogo – Os jogadores do Corinthians já estavam preocupados com o calor intenso de Penápolis antes mesmo de a partida começar. “Essa camisa amarelinha dá uma aliviada”, sorriu o zagueiro Cleber, esquecendo-se que o branco tradicional seria ainda mais leve. Do outro lado, mesmo já classificado, o Penapolense prometia ajudar a esquentar o clima. “Gosto de mostrar o meu trabalho contra times grandes”, avisou o atacante Alexandro Créu.
De fato, os primeiros minutos de jogo foram mais trabalhosos para o setor ofensivo do time mandante e para o defensivo do visitante. O Penapolense logo incomodou o Corinthians com seguidas jogadas de bola parada, entre cobranças de escanteio e de falta. Nada que assustasse o goleiro Cássio.
De volta ao time titular do Corinthians depois de ser impedido de enfrentar o São Paulo, o meia Jadson tentou fazer a sua equipe reagir. Movimentou-se um pouco além de seus companheiros e insistiu em lançamentos longos. Os atacantes Romarinho e Luciano, no entanto, mostraram-se pouco inspirados para dar sequência às jogadas.
O Corinthians tinha ainda mais dificuldades pelas laterais do campo. Na direita, Fagner irritou até os torcedores mais pacientes no Tenente Carriço com sucessivos passes errados, além de ser desarmado com facilidade. Na esquerda, Fábio Santos sentia o peso dos cinco meses sem jogar e quase não se apresentava para seus companheiros. Quando o fez, não teve precisão no cruzamento.
Não foram apenas os torcedores do Corinthians que se impacientaram com a falta de criatividade do time – alguns deles passaram até a se esquecer do jogo para se divertir com ofensas ao goleiro Samuel a cada tiro de meta cobrado. O técnico Mano Menezes também esbravejou alguns insultos, mas para desabafar contra os problemas técnicos dos seus comandados.
Após a partida ser paralisada para reidratação das equipes, aos 30 minutos, o Corinthians ganhou um pouco de fôlego para responder à animação do Penapolense, que também pecava na armação. A estratégia era encurtar o caminho para o gol com conclusões de fora da área. Mas faltava ajustar a pontaria e deixar de carimbar os defensores adversários.
No intervalo, Mano teve ainda mais tempo para corrigir as falhas do Corinthians. Preferiu poupar as substituições. Já no princípio do segundo tempo, porém, levou um susto. Ou melhor, dois. O Penapolense se aproximou do gol com uma cobrança de falta venenosa de Guaru e com um desvio do corintiano Romarinho depois de um escanteio, acertando a trave.
Aos seis minutos, Romarinho fez a jogada aérea para o lado certo e respondeu pelo Corinthians. Ele testou a bola para o chão em uma bola levantada na área em cruzamento de falta e quase abriu o placar. O que não foi suficiente para contentar e aliviar Mano Menezes. O técnico trocou o volante Bruno Henrique pelo meia Renato Augusto, aos 15. E não demorou para, depois, substituir o cansado Fábio Santos por Uendel.
Com as alterações, o Corinthians ganhou presença ofensiva. Renato Augusto passou a buscar o jogo com mais frequência do que Jadson. Já Uendel foi acionado dentro da área aos 31 minutos, brecou e sofreu um carrinho de Jailton. O árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo revoltou os corintianos ao não assinalar o pênalti. Aos 38, ele ainda julgou que Jadson se jogou ao dividir com Samuel e puniu a simulação com um cartão amarelo.
Àquela altura, quem estava na marca da cal era o Corinthians. Com gritos de “eliminado” ecoando das arquibancadas do Tenente Carriço, o time da capital paulista não fez mais do que empurrar a bola para a rede com Renato Augusto, impedido. Já Cleber se despediu de forma melancólica do torneio ao receber um novo cartão amarelo e ser expulso.
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Caro André,
Há muitos pontos nesta história que ainda não foram adequadamente esclarecido. O fato principal é um acontecimento fantástico. Há, como vc diz , um monte de questões abertas. Por que as autoridade soviéticas não revelaram -imediatamente após a guerra- do ocorrido? Seria porque alguns atletas aderiram ao governo da Ucrânia pró-nazista? Haveria- de fato- um infiltrado e pró Alemanha? São muitas as questões ainda não respondida. Não gosto muito das versões atuais da Ucrânia. Estão comprometidas pelo rancor da guerra que parte da população tem dos soviéticos.Um abraço.