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May 18, 2014

Festa e Chuva

 

Festa alvinegra em Itaquera 

 

 
Juca Kfouri

 

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O estádio impressiona, a acústica é magnífica, o gramado parece impecável, há muito o que fazer ainda, o telefone não funcionou e choveu muito, um pouco até na parte coberta.

O jogo no primeiro tempo foi de pífio, longe de merecer o palco que o abrigava.

O Corinthians brigava com a bola e o Figueirense se satisfazia com o 0 a 0, embora tenha criado a melhor chance de gol.

Aí, choveu. Choveu coisa que sirva, como há muito tempo não chovia em São Paulo.

Torcida ensopada, água no chopp, gol do Figueirense, de Giovanni Augusto, no comecinho do segundo tempo.

O Corinthians perdia sua invencibilidade e o Figueirense a virgindade.

Guilherme, em seguida, perdeu o gol mais feito da história do estádio alvinegro…

E o goleiro Tiago fez duas belas defesas.

Mano mexeu e tirou Fágner para entrada de Danilo.

Guerrero quis concorrer com Guilherme e furou sem goleiro.

Jadson saiu, Paulinho entrou.

A tarde era festiva mesmo.

Mais ainda para o alvinegro catarinense diante de 36.123 pagantes.

 

www.blogdojuca.uol.com.br

May 18, 2014

Veja a Arena na Veja/SP

Aos 44 do segundo tempo

Dez curiosidades sobre o  Arena Corinthians , que recebe o primeiro jogo oficial neste domingo (18)

 por Silas Colombo

Quem atravessa as catracas da recém-inaugurada Arena Corinthians quase confunde o lugar com um dos shopping centers da capital. Não há exagero na comparação. Só para chegar ao saguão de entrada é preciso passar por escadarias com acabamento em mármore preto, corrimãos cromados e um ambiente climatizado com ar-condicionado. Nas arquibancadas, cadeiras estofadas, numeradas e com porta-copos, como num cinema.

Nos banheiros há pias de mármore branco, vasos sanitários de louça japonesa e tomadas para carregar a bateria do celular. Se alguém acabar se perdendo nas dez escadas rolantes e nos quinze elevadores, é só procurar um dos seguranças montados em segways (aquelas patinetes motorizadas). “A partir daqui será estabelecido um novo padrão de infraestrutura para o nosso futebol”, discursa Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e responsável no clube pela administração do projeto.

Apesar do primor arquitetônico, do conforto e do capricho no acabamento, digno do padrão europeu, o processo de construção do estádio seguiu no estilo brasileiro. A pouco menos de trinta dias de sediar a abertura do Mundial, com cinco meses de atraso na entrega, três vítimas fatais em acidentes e custo, até agora, de 1,1 bilhão de reais (42% a mais que o previsto inicialmente), a arena erguida em Itaquera, na Zona Leste, ainda parece um canteiro de obras em alguns setores. Operários trabalham dia e noite para tentar terminar tudo a tempo do primeiro teste oficial, durante o jogo contra o Figueirense, no domingo (18), válido pelo Campeonato Brasileiro, com a presença de cerca de 50 000 visitantes. Depois disso, o campo passa das mãos do Timão para as da Fifa, que fará os preparativos para a abertura do Mundial, no dia 12 de junho.

Outra preocupação está relacionada às manifestações. A grandeza da construção e o tamanho do investimento transformaram o lugar em alvo dos que protestam contra o evento. Na manhã da última quinta-feira (15), cerca de 2 000 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, bloquearam a Avenida Doutor Luís Aires, em frente ao Itaquerão. Eram lideradas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que reivindica do governo mais dinheiro para a construção de conjuntos habitacionais.

Apesar dos atrasos e de toda a polêmica que envolve o empreendimento, a arena surpreende quem está acostumado com a precariedade da maioria dos estádios nacionais. A seguir, dez curiosidades a respeito do lugar onde será dado o pontapé inicial da Copa no Brasil.

 

  Operários aceleram a instalação de assentos: faltam 1 000 cadeiras
Operários aceleram a instalação de assentos: faltam 1 000 cadeiras
(Foto:Fernando Moraes)

1. Gramado com ar condicionado

O pontapé inicial será dado a exatos 777 metros acima do nível do mar. A localização foi proposital. O número lembra a data de um dos títulos mais importantes do Corinthians, o Paulista vencido em 1977, que encerrou um jejum de mais de duas décadas sem conquistas do time. O gramado compacto, com 105 por 68 metros, plantado em junho de 2013, teve suas sementes importadas do Oregon, nos Estados Unidos. Preparado para clima frio, o tapete verde esconde um ar-condicionado de 9 000 metros quadrados que não deixa a temperatura das raízes passar de 25 graus. Tratada como celebridade, a grama é aparada três vezes por semana, adubada duas vezes por mês e regada duas vezes por dia. “Assim, a bola rola mais rápido e fica difícil arrancar tufos”, explica o engenheiro agrônomo Tiago Rezende, responsável pela área.

2. 100% de visão do campo

Os torcedores vão estar bem perto dos craques. Todos os 68 000 lugares têm 100% de visão do campo. A cadeira mais próxima fica a 9 metros da linha lateral (no Morumbi, estádio do São Paulo, o melhor assento está a mais de 30 metros do gramado).

3. Show de luzes

Os projetores instalados na arena vão garantir um nível de iluminação de 5 000 lux (padrão 50% superior ao exigido pela Fifa) para melhorar as transmissões para TVs HD e 3D.

4. Som da torcida potencializado

Pelas estimativas dos engenheiros da Odebrecht, a construtora responsável pelo estádio, graças ao tratamento acústico especial, o som da torcida ouvido pelos jogadores no gramado terá o dobro da potência atingida no Pacaembu, por exemplo. Por lá, os gritos chegam a no máximo 91,5 decibéis em dia de casa cheia, com um pico de 113 decibéis na hora do gol.

5. Para faturar, 59 lojas

O empreendimento deve gerar uma receita de cerca de 200 milhões de reais por ano. Assim, o clube pretende saldar sua dívida com os empréstimos em sete anos. A principal fonte de renda está no prédio Oeste. Com dez andares, o edifício terá 59 lojas, entre lanchonetes e outras conveniências; uma delas será a maior unidade da rede Poderoso Timão, com quase 1 200 metros quadrados.

 

  A fachada do prédio: o clube quer faturar 200 milhões de reais por ano com o estádio
A fachada do prédio: o clube quer faturar 200 milhões de reais por ano com o estádio
(Foto:Fernando Moraes)

6. Camarotes por 450 000 reais

Serão 88 camarotes, com opções de doze a 200 lugares, alugados a partir de 450 000 reais por ano. A área vip será servida por dois restaurantes panorâmicos e quatro bares temáticos. Está em fase de teste um sistema em que o torcedor pode fazer seu pedido via SMS e recebê-lo direto na poltrona.

7. Customização alvinegra

Terminado o Mundial, o estádio passará por um novo período de reformas para se enquadrar às necessidades do Corinthians. Entre outras coisas, haverá a instalação do escudo do time na fachada e a abertura do espaço para visitação fora dos dias de jogo. Está em discussão se as arquibancadas instaladas provisoriamente para a Copa serão mantidas. “Vamos ainda decidir se elas ficam ou saem”, diz o presidente do Corinthians, Mário Gobbi.

8. Na intimidade dos craques

No espaço um pouco maior do que o de um campo de society haverá uma arquibancada para 86 torcedores vips assistirem ao aquecimento dos jogadores antes das partidas.

9. Clima europeu

Toda a estrutura é refrigerada por aparelhos de ar condicionado movidos a energia solar captada pelas placas fotovoltaicas que compõem a fachada.

10. Nome oficial

Andrés Sanchez viajou mais uma vez para Dubai, nos Emirados Árabes, com o objetivo de finalizar as negociações de naming rights com a empresa de aviação Emirates. Por 400 milhões de reais, ela vai expor sua logomarca na fachada por um período de vinte anos. Até a última quinta (15), porém, a transação ainda não havia sido concluída.

› Arena da Zona Leste

Os principais números da nova casa do Corinthians

CUSTO 1,1 bilhão de reais (o previsto era 820 milhões de reais)

CAPACIDADE 68 000 lugares (depois da Copa, será de 48 000 pessoas)

MÃO DE OBRA 2 500 operários no auge do período de construção

ATRASO NA ENTREGA cinco meses

As pendências que precisam ser resolvidas até o prazo final, no próximo dia 20

  •  Falta instalar, pelo menos, 1 000 cadeiras nas arquibancadas provisórias
  • › Parte da cobertura ainda não recebeu as placas brancas que dão acabamento e vedação
  • › As calçadas do lado Sul nem começaram a ser feitas
  • › Parte do hall de entrada do prédio Oeste não tem pisos e azulejos
  •  Alguns camarotes estão sem poltronas, instalações elétricas e pias
  •  A iluminação pública nas ruas do entorno não foi instalada
 www.veja.com.br

 

May 16, 2014

Estádios e estréias

O Corinthians já construiu e inaugurou vários estádios em mais de 100 anos de vida. O próximo domingo, no jogo contra o Figueirense, é mais uma dessas festas na vida corinthiana. Será inaugurado o estádio Arena Corinthians, o mais moderno palco do futebol construído para abrir a Copa do Mundo de 2014, no próximo mês. Será uma festa inesquecível que nos faz recordar todos os momentos em que o Timão inaugurou seus estádios.

Estádio da Ponte grande

Em março de 1918, o Corinthians inaugura campo próprio na Ponte Grande em amistoso contra o Palestra Itália. O evento foi palco de grande festa, inclusive com uma Taça oferecida pelos cronistas desportivos, e o pontapé inicial da partida  foi dado pelo presidente de honra do clube, o intelectual Alcântara Machado. O resultado foi um empate de 3 x3 com o artilheiro Neco – grande ídolo do Corinthians- marcando 2 gols. Um banquete oferecido pelo Corinthians  encerrou as festividades que marcam o primeiro estádio corinthiano.

Estádio da Fazendinha ( Parque São Jorge) 

O Corinthians comprou o Parque São jorge, em 1926 dos sirios Nagib Salem e Assad Abdala. Era um grande terreno com o Rio Tietê -então com águas límpidas propicia para regatas.

O estádio  que passaria a ser chamado Alfredo Schurig foi inaugurado em 22 de julho de 1928 em partida amistosa contra o América do Rio de Janeiro. O resultado foi um empate de 2×2 com um gol (dizem que o mais rápido do estádio) aos 29 segundos. Quem marcou foi o ponta-esquerda Alexandre De Maria. O time do Corinthians tinha o famoso trio: Tufy, Grané e Del Debbio. Neco, já em final de carreira, também jogou esta festiva partida.

Pacaembu

 

Embora fosse de propriedade da Prefeitura de São Paulo, o Pacaembu sempre foi uma casa para o Corinthians. O jogo de estréia do novo e moderno estádio da cidade foi entre Corinthians e Atlético de Minas. O Corinthians venceu por 4×2 com jogadores que fizeram história no alvinegro : o trio Jango Brandão e Dino; Servílio e Teleco, no ataque.

Arena Corinthians 

 

O novo estádio do Corinthians, que será oficialmente inaugurado no próximo domingo, é uma bela Arena que abrirá a Copa do Mundo. Um projeto audacioso, cheio de risco e ameaças, que dá a cidade de São Paulo a oportunidade de abrir o maior evento de futebol do mundo. Sem esta Arena a cidade ficaria fora da Copa. Com todos os sacrifícios – atuais e futuros- o clube abriu para São Paulo a possibilidade que livrou a cidade de um enorme vexame.

No próximo domingo -contra o Figueirense- pelo campeonato brasileiro, o Corinthians entrará em campo para inaugurar mais um estádio de sua vitoriosa vida centenária.

Viva! Parabéns ao mais valente clube da cidade. Parabéns a sua legião de torcedores que constituem seu maior patrimônio.

May 15, 2014

Jogo-treino

Corinthians bate Atlético Paranaense de virada em teste na Arena da Baixada

Estádio contou com público reduzido, de aproximadamente 30 mil, abaixo da capacidade total de 43 mil lugares

Felipe Rosa Mendes – Agência Estado

SÃO PAULO – O Atlético Paranaense até marcou o primeiro gol em seu novo estádio, mas não evitou a derrota para o Corinthians, de virada, por 2 a 1, no primeiro evento-teste da Arena da Baixada, em Curitiba, na noite desta quarta-feira. A partida amistosa, no estádio que receberá quatro jogos da Copa do Mundo, contou com público reduzido, de aproximadamente 30 mil, abaixo da capacidade total de 43 mil lugares.

O atacante Marcelo foi o autor do primeiro gol da reformada Arena da Baixada, ainda aos 13 minutos de jogo. O estádio já havia recebido um amistoso no dia 29 de março, entre Atlético e J. Malucelli, mas terminara sem gols. Na ocasião, o time da casa ainda contava com Adriano em seu elenco e somente 10 mil torcedores puderam comparecer à partida.

Diferentemente deste amistoso, o desta quarta seguiu os parâmetros da Fifa. Por se tratar de um evento-teste oficial, as equipes tiveram que acompanhar os protocolos da entidade desde antes do início da partida. Assim, cumpriram horários determinados para saída dos hotéis, chegada ao estádio e aquecimento no gramado.

O jogo desta noite contou com público maior. Aproximadamente 30 mil torcedores, incluindo os do Corinthians, puderam entrar no estádio, que não contou com público total por precaução. Ainda em processo de finalização, a Arena conta com muito entulho e obras na parte de fora.

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May 14, 2014

Casa cheia e em festa

Torcida esgota ingressos para estreia da Arena Corinthians no Brasileirão

Time de Mano Menezes encara o Figueirense no domingo, às 16 horas, em casa própria

AE – Agência Estado

SÃO PAULO – A ansiedade do torcedor do Corinthians por ver sua equipe finalmente atuando em seu estádio próprio ficou clara nesta terça-feira. Em poucas horas, a carga de ingressos colocada à disposição para o time paulista no duelo diante do Figueirense, domingo, às 16 horas, foi esgotada. Tudo isso para ver a primeira partida da equipe no Itaquerão pelo Campeonato Brasileiro.

Evento festivo já havia atraído muitos corintianos - JF Diório/Estadão
JF Diório/Estadão
Evento festivo já havia atraído muitos corintianos

A diretoria do Corinthians não anunciou oficialmente, mas foram colocados à venda 40 mil ingressos. A parte destinada aos torcedores do Figueirense será comercializada apenas no dia da partida, através de uma bilheteria expressa, após a abertura dos portões para a partida.

Os torcedores corintianos já haviam dado mostra da ansiedade para conhecer o Itaquerão na semana passada, quando também esgotaram em poucas horas os cerca de 20 mil ingressos vendidos para a série de amistosos envolvendo ídolos da história do clube, ocorrido no sábado.

Apesar de terem acabado com os bilhetes, os corintianos reclamaram bastante do preço dos ingressos, que variou de R$ 50 a R$ 400. O duelo deste domingo será o único disputado pelo time paulista antes que o estádio seja entregue para a Fifa. O Itaquerão será palco de seis partidas da Copa do Mundo, incluindo a de abertura, entre Brasil e Croácia, dia 12 de junho.

www.estadao.com.br

May 12, 2014

Faltou vontade de vencer

Cabeça a cabeça

Fagner e Luis Fabiano fizeram os gols no clássico, que conseguiu deixar insatisfeitos os dois técnicos, Muricy Ramalho e Mano Menezes

 

RAFAEL REISDE SÃO PAULOSão Paulo e Corinthians saíram da Arena Barueri com suas invencibilidades no Brasileiro intactas. Mas o empate por 1 a 1 de ontem mexeu com os ânimos dos rivais.

Mal a partida acabou, e Muricy Ramalho, o treinador são-paulino, invadiu o gramado para dar uma pesada bronca no meia Boschilia, 18.

Tão pesada que o meia Ganso precisou intervir e separar o técnico do jogador.

“Aqui não é juvenil, não é amador. É profissional. Nós tomamos gol por conta dessa posição, que é cobrir lateral. Ele não está em Cotia [casa das categorias de base do clube]. Aqui é grande, não pode entrar desligado”, esbravejou o treinador, na entrevista coletiva após o jogo.

A bronca de Muricy em Boschilia, que atuou por apenas 8 minutos, foi porque o meia-atacante saiu de sua posição em uma jogada bem no fim da partida. Foi um lance semelhante que originou o gol corintiano.

No começo do 2º tempo, o uruguaio Alvaro Pereira tentou adiantar a marcação, mas seus companheiros não o acompanharam. Fagner surgiu no espaço deixado pelo lateral e completou um passe de Guerrero que cruzou toda a área são-paulina.

Osvaldo, que deveria cobrir o avanço do uruguaio e impedir que Fagner alcançasse a bola, chegou atrasado.

“O Boschilia é um menino de muita qualidade, mas é garoto. Clássico é diferente, ele vai aprender. Tirei o Muricy para ele dar bronca no vestiário”, afirmou Ganso, sobre o desentendimento entre o treinador e o jovem jogador.

A decepção do Corinthians não ficou tão à flor da pele quanto a do São Paulo.

Mas o técnico Mano Menezes não fez questão nenhuma de esconder que considerou o empate um resultado ruim.

O goleiro Cássio também não mostrou contentamento com o 1 a 1 e chamou o gol do adversário de “lance bobo”.

“Foram detalhes, clássico é assim. Um lance bobo, uma desatenção. O Luis Fabiano foi mais rápido e fez o gol”, afirmou o goleiro corintiano.

A jogada que enterrou a série de sete jogos sem sofrer gols e impediu que o Corinthians continuasse líder do Brasileiro aconteceu aos 36 min do segundo tempo.

Cercado por quatro marcadores, Ganso encontrou espaço suficiente para enfiar para Luis Fabiano. O centroavante ganhou na explosão de Cléber e bateu para deixar o placar do clássico igual.

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May 11, 2014

Por fora bela viola, por dentro pão bolorento

Justiça francesa desmascara esquema de fraude fiscal no futebol

Clubes como PSG e Real Madrid, empresas como a Nike e até Valcke são acusados de participar de caixa dois

Jamil Chade, correspondente – O Estado de S. Paulo

GENEBRA – Contratos falsos, contas secretas em paraísos fiscais, como Genebra, Luxemburgo e Bahamas, empresas de fachada e a suspeita do envolvimento de nomes como Paris Saint-Germain, Real Madrid, Nike, Ronaldinho Gaúcho, Anelka e até um certo Jérôme Valcke, hoje o secretário-geral da Fifa. Documentos de investigações realizadas pela Justiça francesa nos últimos anos, obtidos com exclusividade pelo Estado, revelam a criação de um esquema generalizado de caixa dois no futebol europeu. A suspeita na maioria dos casos é de fraude fiscal e crimes financeiros.

Parte dos casos veio à tona na imprensa europeia. No ano passado, os ex-presidentes do PSG, Laurent Perpere e Francis Graille, foram condenados à prisão em Paris. A Nike também teve um de seus executivos condenado. Já Valcke chegou a prestar depoimento, mas nunca foi indiciado e não sofreu qualquer tipo de punição. Os jogadores também foram inocentados.

O que a investigação revelou foi a criação de uma rede paralela de contratos no futebol. No início deste ano, o Barcelona se viu envolvido em uma enorme polêmica causada pela contratação de Neymar, com alguns contratos obscuros, mas essa prática está disseminada desde o fim dos anos 90, com a participação de empresas multinacionais, canais de televisão, clubes, agentes de jogadores e até dos próprios atletas.

O motivo da existência da manipulação financeira é o esforço de todos os atores do futebol para não pagar impostos e esconder o real volume de dinheiro que circula pelos clubes. O esquema usava diversos tipos de manobras financeiras para promover a sonegação fiscal.

SUPERFATURAMENTO
Uma das manobras era anunciar a compra de um jogador por um valor acima da realidade. O PSG, por exemplo, pagava o valor fictício ao clube que havia vendido o atleta. O dinheiro, em seguida, era usado para o pagamento do salário do jogador. Assim, ele e o clube não pagavam impostos sobre vários meses de salários.

Os documentos mostram como o esquema de superfaturamento foi usado por PSG e Real Madrid na transferência de Anelka. Outro caso foi a compra do argentino Tuzzio pelo Olympique de Marselha. Parte de seu salário ia para uma conta em Nova York.

Uma outra forma de evadir impostos era por meio da Nike, patrocinadora do PSG. A multinacional, segundo a Justiça, pagava os salários dos jogadores, alegando que se tratava de pagamento de contratos de imagem. Esses contratos, sempre assinados em bancos de centros off-shore, eram fictícios, segundo depoimentos.

Entre 1998 e 2005, 33 contratos foram assinados pela Nike com jogadores do PSG, entre eles Ronaldinho. “Uma auditoria revela que a Nike aceitou pagar parte dos salários dos jogadores contratados na forma de contratos de imagem para aliviar os impostos do clube”, indica a Justiça francesa.

Diante da Justiça, o brasileiro André Luiz admitiu que o contrato com a Nike do qual ele se beneficiou enquanto jogava no PSG era um complemento de salário. O dinheiro era depositado em uma conta em Luxemburgo e, quando o contrato foi assinado, a Nike sequer enviou um representante para o ato. André Luiz foi vendido pelo Tenerife para o PSG em 2002.

Jaubert Olivier, responsável pelo marketing da Nike até 2003, admitiu diante dos juízes que se tratava de “salários ocultos de jogadores”. Segundo ele, os diretores e até o presidente da Nike sabiam do esquema.

VALCKE
Para restituir a Nike, o PSG e a multinacional inventavam multas a serem pagas pelo clube. Uma das desculpas era que o atleta tinha jogado com uma chuteira de outra marca. Só entre 2003 e 2004, o PSG pagou mais de 1,2 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) em multas fictícias para a Nike.

Essa restituição era feita por meio de um esquema financeiro complexo. O grupo de mídia Canal Plus, na época dono do PSG, criou uma filial, a Sport Plus, responsável por comprar direitos de jogadores. Cada vez que uma multa era inventada para justificar um pagamento à Nike, a Sport Plus era usada para fazer a ligação. Quem recebia o dinheiro era a Nike European Operations Netherlands BV, filial da empresa na Holanda.

Os documentos da Justiça francesa, de 2009, revelam que o diretor adjunto da Sport Plus nos fim dos anos 90 era Jérôme Valcke. Em um depoimento, o francês afirmou que a Sport Plus “foi criada no momento do projeto de transferência de Ronaldinho”. Segundo Valcke, a empresa “tinha como vocação administrar os direitos de imagem de certos jogadores do PSG”. Se Valcke jamais foi acusado pelas práticas, cartolas do PSG foram indiciados.

INTERMEDIÁRIOS
Outro truque foi criado para ocultar salários: o uso de agentes de jogadores. Os clubes repassavam aos intermediários uma parte do dinheiro que deveria ser usado para pagar os salários, alegando que se tratava de comissão. Segundo as investigações, esse dinheiro era depois repassado aos atletas em contas em paraísos fiscais. Isso ocorreu na contratação de Sorín pelo clube francês e existem suspeitas em relação aos brasileiros Raí, Ricardo Gomes e Valdo.

O atacante Christian, na transferência do PSG para o Bordeaux, recebeu 1,3 milhão de euros (R$ 3,9 milhões) em uma conta aberta na Ilha da Madeira. Um outro depósito do mesmo valor foi realizado em uma conta aberta em Lausanne, de uma empresa com sede nas Bahamas.

A Justiça encontrou uma transferência de 762 mil de euros (R$ 2,3 milhões) para uma conta de Zurique chamada Dani Geneva. A investigação mostrou que essa era a conta que a Sport Plus usava em conjunto com a Nike para pagar os salários do nigeriano Okocha e do lateral Paulo César.

OUTRO LADO
Contactada pelo Estado, a atual gestão do PSG disse apenas que o caso se trata de “questões de administrações passadas”. A Nike insistiu que atua de forma “íntegra”.

“A Nike foi absolvida pela corte francesa de acusações relacionadas às questões de direito de imagem dos atletas, confirmando que a relação entre a Nike da França e o PSG nunca foi fraudulenta”, disse a assessoria de imprensa da empresa.

Em janeiro de 2013, a companhia foi multada em 80 mil de euros (R$ 243 mil) e um de seus diretores acabou condenado à prisão. A Nike recorreu da decisão.

A Fifa evitou fazer comentários, ainda que um dos citados no caso, Valcke, seja hoje o número dois da entidade.

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May 10, 2014

Uma bela festa

 

Arena Corinthians tem primeiro gol de Rivellino e provocações de Edilson em festa

 

 

Do UOL, em São Paulo

Saiu o primeiro gol da nova casa corintiana, e foi de pênalti, do ídolo Rivellino, em um amistoso realizado na manhã deste sábado, como confraternização entre ex-jogadores do Corinthians. O Itaquerão contou com um público de 20 mil pessoas para uma série de jogos festivos. A primeira partida do dia, entre equipes com as camisas branca e preta do time do Parque São Jorge.

O campeão mundial com a seleção brasileira em 1970 estava no time de camisa branca, que causou a penalidade. Mas ainda assim foi chamado para bater contra a própria equipe. O gol foi marcado sobre o ex-goleiro e hoje comentarista Ronaldo Giovanelli.

“Os garotos são fantásticos, maravilhosos e fizeram questão que eu batesse para uma homenagem. Nunca fui um batedor de pênaltis. Pena que na minha época não tinha essa qualidade toda no estádio. A nação merece esse estádio. O Corinthians é um time fantástico e é merecedor desse estádio lindíssimo”, falou Rivellino, em entrevista ao canal Sportv.

Os três primeiros gol do estádio foram de bola parada. Logo depois, Marcelinho Carioca ainda fez um gol em cobrança de falta e Rincón também fez de pênalti.

E quem foi ao Itaquerão também pôde ver de perto ídolos de diversas épocas do Corinthians em campo. Ex-jogadores como Zenon, Amaral, Fábio Luciano, Gilmar Fubá e Ataliba participaram das partidas que tiveram 15min de duração.

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Rivellino fez, de pênalti, o primeiro gol no estádio Sebastião Moreira/Efe

Quem também marcou presença no novo estádio foram os jogadores campeões mundiais com em 2000, no Maracanã. Vampeta, Ricardinho, Fernando Baiano e Edílson participaram de partida contra outros ex-jogadores do time alvinegro que contou ainda com as presenças de Jadson e Elias.

Edílson, além de marcar nos amistosos, divertiu a torcida local ao fazer algumas embaixadinhas para lembrar polêmica contra o arquirrival Palmeiras na final do Campeonato Paulista de 1999. “Ficamos muito felizes e emocionados com aquela volta do contato com os torcedores.”

Antes da partida deste sábado, um jogo entre trabalhadores da obra, a portões fechados, havia sido realizado no gramado do estádio que será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, com o jogo Brasil x Croácia, no dia 12 de

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May 8, 2014

A homenagem do Corinthians ao Torino

Em 8 de maio de 1949 (há  65 anos), o Corinthians realizava uma das mais significativas homenagem que a emoção do mundo do futebol produz.

No eterno Pacaembu, o Corinthians, deixa seu tradicional uniforme branco e preto e entra em campo com uma camisa grená, para enfrentar a Portuguesa.

Era uma homenagem ao time do do Torino que -quatro dias antes- havia sofrido um terrível desastre de avião onde morreram todos seus grandes jogadores.

O Torino era a base da seleção italiana com grande admiradores pelo mundo, inclusive no Brasil.  Era um esquadrão com Mazzola, Rigamonti, Operto Ossola e muitos outros grandes jogadores. Eles voltavam de Lisboa onde haviam enfrentado o Benfica. O avião chocou-se com a torre da Basílica de Superga e, naquele momento, o grande time da Europa perdia seus craques.

A comoção tomou conta do mundo inteiro. O enterro dos ídolos do Torino produziram imagens comoventes de choro e desespero.

No ano anterior -em 1948- o time italiano havia realizado uma excursão ao Brasil  e colhera uma única derrota: para o Corinthians, por 2 x 1 .

No Brasil -especialmente em São Paulo, com sua grande colonia italiana- o impacto  do desastre foi enorme.

Coube ao Corinthians, quatro dias após, fazer esta singular homenagem. Jogou de grená contra a Portuguesa em um Pacaembu em lágrimas.

Solidario com a equipe italiana, os corinthianos doaram a renda às famílias dos jogadores vítimas da tragédia.

Antes de iniciar-se o jogo, naquele ambiente de grande comoção, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians  Dr. Maximiliano Ximenes  (creio que avó do atual diretor de futebol Ronaldo Ximenes) proferiu um belíssimo discurso que levou o estádio às lágrimas.

Anos depois, já em 2011, o Corinthians voltou a jogar com a camisa grená, lembrando aquele magnifico momento do futebol.

Nós nunca vamos esquecer daquele 8 de maio de 1949 e o belo gesto do Corinthians.

May 6, 2014

A Democracia Corinthiana na Itália

Nosso colega Luiz Sergio Scarpelli (conselheiro histórico do Corinthians) informa sobre acontecimento de grande importância. Será lançado, no próximo final de semana, na Feira do Livro de Torino, um livro sobre a Democracia corinthiana e seu craque Sócrates. Um evento da maior importância. Abaixo a nota de Scarpelli.

Inspiração alvinegra desembarca na Itália

A história da Democracia Corinthiana acaba de ser transformada em livro, na Itália. Chama-se Compagni di Stadio, Sócrates e la Democrazia Corinthiana (Fandango Libri, 314 páginas), e será apresentado este fim de semana no Salone Internazionale del Libro di Torino, o maior evento italiano dedicado à editoria. O trabalho foi escrito pela jornalista Solange Cavalcante, paulistana e corinthiana. “Sinto um profundo incômodo pelo desconhecimento geral dos europeus a respeito da história recente do Brasil”, lamenta a jornalista, que há dez anos vive na Itália. “Por isso eu quis contá-la através da Democracia Corinthiana, que considero a experiência mais inspiradora já ocorrida no futebol”. O público italiano, que já se habituou a chamar Sócrates de “Che Guevara dos gramados “, agora vai conhecer os demais companheiros daquela aventura. “Porque a Democracia não era um movimento de dois ou três, como querem os críticos”, destaca a autora, “mas de tantos outros personagens fundamentais, que entrevistei e que constam do livro”. Além de Turim, Compagni di Stadio terá outros lançamentos pela Itália, por ocasião da Copa do Mundo. Um deles, em Roma, acontecerá dia 12 de junho, dia da abertura do Mundial. “Somente a Democracia para me fazer perder a Copa no Brasil”, brinca a jornalista.

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