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Jun 28, 2016

A Inglaterra abala o mundo… do futebol.

A decisão da Inglaterra de dizer adeus à Comunidade Econômica Européia trouxe todo tipo de preocupação, inclusive no futebol.

O campeonato inglês -a tal Premier League- é o mais badalado do mundo, e seus jogos são transmitidos para todo planeta.

Nenhum outro campeonato tem tanto dinheiro, com cotas de TV’s milionárias, anunciantes que pagam o olho da cara e elencos com grandes craques (com seus salários monumentais). Todos esses ingredientes levam a um quadro único no futebol mundial.

Com a saída da Inglaterra da CEE, essa situação pode sofrer uma mudança brutal.

A força econômica do campeonato traz atualmente jogadores de todos os cantos do mundo por valores cada vez mais assustadores.

O jogadores com passaporte de países europeus têm entrada livre na Inglaterra. E eles (portugueses, romenos, franceses, espanhóis etc) se juntam a uma competição que congrega jogadores do mundo todo.

Porém, quem não é da Europa tem restrições para jogar nas equipes inglesas. Os jogadores de fora precisam ter certo número de convocações de suas seleções nacionais para serem contratados, o que limita muito as transferências diretas para a ilha inglesa.

A saída da Inglaterra da CEE muda tudo.

Espanhol é espanhol, romeno é romeno. Todos eles terão as mesmas restrições de brasileiros, argentinos e chilenos.

O impacto dessa mudança será grande porque muitos jogadores usam países europeus mais frágeis para “conseguir” a cidadania que abre as portas da Inglaterra. Portugal é um exemplo desses países “intermediários” que servem como trampolim para a cidadania européia. O mesmo acontece com Espanha, Romênia, Albânia etc.

Latinos e europeus terão seus caminhos para Inglaterra dificultados pelas mudanças anunciadas.

Isso terá grande impacto sobre os negócios do futebol.

Mas a Premier League continuará a ser grande. Os clubes ingleses continuarão com investimentos astronômicos (e inexplicáveis), transferências sem lógica financeira e salários malucos.

Igualmente, seus clubes continuarão a ser uma interrogação financeira com -todo ano- apresentando prejuízos enormes (alguns clubes ficam no vermelho por mais de 10 anos) e seus donos continuam colocando cada vez mais dinheiro.

Os oligarcas russo, nobres árabes, e novos ricos da Ásia não se preocupam em investir e ter prejuízo. É isso que dizem os seus balanços anuais que ninguém entende.

Para a América Latina e África, a Inglaterra não muda muito. Apenas não valerão mais os passaportes portugueses, espanhóis, romenos e poloneses, que muitos conseguiram nos últimos anos.

Para os ingleses, a saída da Comunidade Européia é tão preocupante quanto a eliminação da Euro Copa pela vibrante equipe da Islândia.

Jun 21, 2016

O grande Tite

O técnico Tite deixa o Corinthians repleto de elogios, para ir treinar a seleção brasileira. Nas últimas décadas já são quatro técnicos que seguiram por este caminho: Vanderlei Luxemburgo, Carlos Alberto Parreira, Mano Menezes e, agora, o Tite. Parece até destino: treinadores que vencem no Corinthians chegam à seleção.

Tite foi grande no Corinthians não só pelos títulos conquistados, mas também pelo trabalho que realizou.

Porém, Tite foi um vencedor e merece também o aplauso de todos os corinthianos por conta dos inúmeros títulos que venceu. Ele ganhou tudo.

Tite também deixa a marca de um profissional de raras qualidades: trabalhador, eficiente, sério (num mundo onde poucos são), estudioso e corajoso.

Sua saída não foi uma surpresa para os que acompanham o Corinthians. Estava claro que seu ciclo caminhava para o fim. Por várias vezes ele foi sondado para ir trabalhar na seleção, mas sempre resistiu. Sua etapa no Corinthians tinha ainda alguns desafios a serem superados.

Neste momento, já não é este quadro. Em várias oportunidades, ele viu seus principais jogadores deixarem o clube. Não faltou a ele coragem para reformular o elenco, que nem sempre tinha reposições à altura. Isto foi acontecendo cada vez com mais frequência.

Tite sempre deu grande importância ao “espaço” dos jogadores e dos técnicos no futebol. Um incidente com a direção já o havia levado a deixar o clube quando de sua primeira passagem pelo Parque São Jorge.

A reunião de jogadores com membros da torcida organizadas no último mês recebeu de Tite um silêncio ensurdecedor. Mesmo tendo sido promovido pela direção, tal fato não é bem visto por jogadores e, especialmente, pelo técnico Tite.

Tudo isso, junto com mais alguns itens menores, deixou Tite numa posição nova: a de que seu ciclo no Corinthians chegava ao final.

Apareceu o convite da CBF e, agora, diferente de outras vezes, a resposta foi positiva.

Todos nós, corinthianos, agradecemos ao Tite pelo grande trabalho que foi realizado na nossa esquadra.

E desejamos a ele um sucesso igual ao que teve no alvinegro.

Boa sorte, Tite.

 

Jun 8, 2016

Torcida única é o pior caminho

Os clássicos no futebol paulista, por decisão da autoridades, terão torcida só do time da casa. Chegaram a esta alternativa as nossas autoridades, cansadas com as constantes brigas entre torcidas organizadas que, além das confusões, estavam provocando cada dia mais mortes.

Jogo só com uma torcida é uma completa derrota do futebol.

Essa solução é a anti-solução. Mata o futebol e sua alegria de torcer.

O melhor caminho seria acabar com as divisões entre as torcidas. Assim como mostrou o jogo do último domingo em Brasilia, entre torcedores comuns não há problema.

Quem quer a separação são as “organizadas”.

Muitas vezes fui ao Pacaembu assistir jogo do Corinthians contra o palestra e o tricolor, e todos dividiam o mesmo espaço. Era um convívio obrigatório -e o melhor era festejar quando vencia e ter que “aguentar” quando a derrota acontecia.

A separação de torcidas cria “tribos” que querem, a todo momento, brigas e mais brigas.

A solução de torcida misturada é adotada em muitos países e mostra-se a melhor solução.

É o que deveríamos adotar por aqui.

Venda de ingressos só pela internet e com torcedores misturados.

As autoridades paulistas erraram quando separaram as torcidas e erram agora quando adotam o sistema de torcedor único. Não é este o caminho.

Ou o futebol ficará uma coisa chata e cada vez mais com menor número de torcedores.

 

May 25, 2016

Novo governo, velho futebol

O Brasil vence a Sul-americana de 1919, a primeira grande vitória de nosso futebol.

 

 

Sempre que um novo governo assume seu trabalho, o mundo do futebol (e do esporte em geral) alimenta esperanças de mudanças e progresso.

O governo Temer -que não é tão novo assim- não traz qualquer expectativa de novos ares para o esporte nacional.

O “mundo” do futebol é sempre um “estado” à parte da nação.

A paixão pelo jogo de bola trazido da Inglaterra estabelece um muro que muito tem contribuído para nosso atraso nesta área.

As importantes vitórias de nossos times -iniciadas em 1919- foram construindo uma cultura que é típica do futebol.

A linguagem sintetizada que marca os “boleiros” e até a constituição de dirigentes “folclóricos” vão fazendo o futebol um mundo descolado de tudo.

A própria mídia esportiva tem um espaço próprio, quase segregado dos demais setores e muito resistente a mudanças.

Sustentado por vitórias constantes, o futebol é um convite à estagnação e ao reacionarismo.

Qualquer ideia nova ou qualquer opinião diferente é de pronto afastada do mundo do futebol.

Lembro bem quando assumi a vice-presidência de futebol do Corinthians, no final de 2001, e disse à imprensa que eu achava “papo furado” esse negócio de “co-irmãos”. Até dentro dos dirigentes do clube alvinegro fui criticado. Havia -segundo queriam me fazer crer- um ritual de elegante nas relações entre os clubes, embora eles se odiassem o tempo todo e procurassem um “passar a perna ” no outro. Nunca aceitei esta formal ideia.

Há quase sempre um discurso padrão de jogadores, técnicos e dirigentes. Se algum diz algo fora das fórmulas aceitas, o “mundo” do futebol procura expelir esses diferentes.

Em quase todos os clubes, federações e na CBF quase todos os dirigentes se apresentam como ricos empresários que chegaram ao futebol para salvar o esporte. Alguns, procuram divulgar histórias que dizem que eles são beneméritos e que doaram dinheiro aos clubes. Nunca vi isso.

É claro que nosso futebol precisa de mudanças urgentes.

O desastre da Copa deveria servir para buscarmos caminhos novos.

As mudanças possíveis no futebol vêm por dois campos: pelos clubes e pelo governo.

As grandes equipes do nosso futebol vieram -quase todas- de clubes sociais. Por esta razão, em muitos casos desta área o país sempre encontra experiências positivas de mudanças. Nas áreas políticas dos clubes é possível encontrar ideias de mudanças, mesmo que limitadas.

As federações e Confederação são estâncias duramente conservadoras. Não querem mudar nada. A única preocupação é em manter os dirigentes nos postos “trabalhando” pelo Brasil. São um exército do atraso.

Aí entra o governo. Quando a política abre espaço para mudanças, aparecem leis renovadoras em nosso futebol.

Os últimos governos pouco ajudaram, mesmo com o surgimento de boas iniciativas em alguns momentos. Com falta de apoio, quase todas as boas ideias ficaram incompletas -ou fracassaram completamente.

Foi assim no governo Fernando Henrique, no governo Lula e e na gestão de Dilma. Uma ou outra medida positiva e muito retrocesso.

O que segura os governos nas iniciativas de mudanças é o grande envolvimento com o Poder das federações e da CBF.

Desde a gestão do ex-presidente Ricardo Teixeira, o “envolvimento” do Estado mostra um trabalho eficiente para segurar as mudanças.

Governos de esquerda e de direita -isso não importa para o futebol- todos seguem apoiando o quadro da forma como ele é.

Mesmo aqueles que se dizem (ou se diziam) de esquerda e que criticavam os rumos do futebol mudaram seus discursos e seus amigos ao chegar no poder.

O governo que aí está tem tudo para ser o mais do mesmo para o futebol.

Seria uma surpresa para todos se iniciarmos um caminho de reformas para nosso principal esporte.

Vamos torcer por mudanças. Torcer, quase sem esperança.

May 10, 2016

As parcerias e a promiscuidade

Rivellino, a maior revelação da base corinthiana

 

Quando o clube adotou, há alguns anos, o sistema de “parcerias” nas categorias de Base ficou claro que o resultado não seria positivo.

Agora, com as denúncias de “compra de cartas” e dinheiro para dirigentes do clube, o problema fica maior, mas há qualquer surpresa.

Já era patente que o Corinthians pouco (ou nada) ganhou com a intromissão de “empresários” em contratos de jogadores. Bastava observar o resultado das negociações: o Corinthians ficava sempre com um pingo de dinheiro (e algumas vezes sem nada) no mesmo momento em que os tais “parceiros” enchiam os bolsos.

Nas atuais circunstâncias, nem conseguimos revelar jogador nem, tampouco, ganhar dinheiro com os resultados da base.

Com as recentes denúncias dos empresários envolvidos neste sistema (e até prejudicados, segundo dizem) o problema fica ainda mais grave.

O que nos mostra este imbróglio é que foi extinta a separação entre clube, jogador e empresário. Já não é possível distinguir os interesses do clube dos interesses dos “empresários” -palavra usada agora como mero eufemismo, visto que nem sempre são conhecidas as suas empresas.

Este estado de promiscuidade acaba provocando acontecimentos como os que se desenrolaram nos últimos dias. Não sabemos mais onde começa o clube, nem onde e entra os dirigentes e empresários.

O clube deve apurar e revelar tudo o que ocorreu, mas deve também mudar a política da categoria de base a fim de acabar, de uma vez por todas, com o atual modelo de gestão.

Negociações só podem ser feitas para trazer dinheiro para o clube e para ninguém mais.

Sendo assim, este estado promiscuo deve acabar o quanto antes. É para o bem do futebol.

Apr 25, 2016

O futebol e o povo brasileiro

 

Poucas semanas antes da Copa das Confederações, em 2013, o Brasil vivia em “céu de brigadeiro”.

Tudo estava às mil maravilhas. A presidente tinha 72% de aprovação em todas as pesquisas, do DataFolha ao Vox Populis.

O país crescia e se preparava para realizar uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.

As críticas e protestos eram isolados. Um despejo de moradores de local próximo do evento, uma crítica ou outra aos preços dos estádios, etc. Mas o clima era de euforia.

Aí, começaram os jogos da Copa das Confederações e os estádios foram inundados de… vaias aos governantes.

Nos primeiros dia, a justificativa oficial foi de que o público dos estádios não era representativo do Brasil. Naquelas novas Arenas estavam apenas uma “elite” econômica que não era a “voz” da rua.

Em seguida começaram, tímidos, os movimentos contra o aumento de preço das passagens dos ônibus. O governo federal foi logo dizendo que era a repressão policial que alimentava as manifestações convocada por jovens.

O governo prometeu gastar mais em transportes e as vaias nos estádios continuaram, mesmo em choque com a “grande aprovação” da presidente nas pesquisas.

As manifestações viraram e pegaram os slogans da Copa. O povo começou a dizer que queria “Saúde padrão Fifa”,”Educação padrão Fifa” “transportes padrão Fifa”, etc.

Veio a Copa e o tsunami de vaias continuou. O ponto mais constrangedor foi a presidente “ser escondida” na Arena Corinthians, na abertura da Copa, num vexame só comparado a quando a presidente não foi na final desta competição.

Com muita sorte -e uma equipe de propaganda eficiente- a presidente foi reeleita contra um candidato que perdeu em seu estado após ser governador por 8 anos. Contou, também, a morte do candidato Eduardo Campos que construiria uma alternativa que o país tanto precisava e precisa ainda. A candidata alternativa concorrente foi destruída por uma campanha de desqualificação poucas vezes vista.

Venceu e esqueceu das vaias nos estádios.

Bobagem. No estàdio – onde, como diz o pessoal do futebol, que se vaia até minuto de silêncio – se continuava a mostrar que no Brasil profundo o quadro ia de mal a pior.

A operação “Lava-jato” passou a mostrar que a Petrobras tinha sido quase destruída por um esquema para financiar partidos, eleições e comprar votos do Congresso como nunca tinha ocorrido.

Sempre por lá houve problemas. Mas nunca foram como os revelados pela “Lava-Jato”.

O governo não aprendeu uma lição: nunca esqueça as vaias nos estádios.

Ali está o povo brasileiro no seu mais perfeito retrato.

 

Apr 5, 2016

Zurique , Curitiba, FBI e PF

No ano passado, quando ainda era manhã, tomei um susto enorme quando as TV’s e Rádios anunciavam uma operação no Congresso da Fifa que se realizava em Zurique, na Suíça. Foram presos vários dirigentes de futebol, de vários países. Alguns, mais rápidos, estavam abandonando a cidade, temerosos pela detenção.

Passadas algumas horas, as notícias foram clareando. O FBI (a polícia investigativa dos Estados Unidos) havia feito uma grande operação de prisão de vários dirigentes esportivos no famoso hotel Baur au Lac. Também havia sido preso um brasileiro.

Minha surpresa aumentou quando comecei analisar o ocorrido e vi que o FBI americano havia prendido, num país estrangeiro, cidadãos de várias nacionalidades diferentes. Justificavam as autoridades americanas que alguns dos criminosos haviam “passado” seu dinheiro por bancos dos Estados Unidos. Nada mais.

Nunca fui grande entusiasta do direito penal, ou do processo penal. O que sabia -ou não sabia- era o que havia estudado na Faculdade, no Largo de São Francisco, nos anos 70. Liguei para alguns amigos mais atualizados e disseram-me eles que, nos dias atuais, por conta de Tratados há uma visão alargada das competências. Quase, segundo disseram, os estados nacionais desapareceram.

A mesma surpresa tenho quando vejo novas prisões e diligências decretadas pela Justiça Federal de Curitiba. Ainda tenho na minha cabeça conceitos que aprendi na faculdade. Qualquer cidadão tem direito ao promotor natural. Isto é, só pode ser denunciado onde cometeu o crime ou onde mora. O mesmo ocorre com o caso do juiz, que também deve ser natural. Seu julgamento será onde mora ou onde cometeu o crime.

Mais uma vez consultei amigos que são mais chegados ao direito e processo penal e eles advertiram-me que hoje há visões alargadas de competência e um certo juiz pode atrair processo de outras regiões. Continuo com dificuldade para entender, talvez porquê a luta por juiz e promotor natural tenha sido uma das grandes batalhas que tivemos na faculdade durante o período do regime militar. Para aquela geração, a designação de promotor ou juiz era arbítrio puro. E o regime fazia isso para perseguir pessoas.

Mas tenho que reconhecer que as operações deram resultados tanto no caso da Fifa, onde foi desmantelada uma direção golpista e inimiga do futebol, como no caso de Curitiba onde, igualmente, foi desmantelada uma organização que usava contratos da Petrobras para comprar votos no Congresso, eleições, partidos e outra distorções.

As duas operações gozam de grande apoio na população, ao meu ver por dois motivos: os acusados confessaram (de forma mais aberta) os crimes cometidos e porque era verdade o que a Polícia (FBI e PF) desconfiavam.

Sei que muitos ainda alimentam as dúvidas que sempre tive. Talvez o que aprendi no curso de direito ainda seja válido, de alguma forma. Mas devemos admitir que essas novas formalidades do direito e processo penal trouxeram uma resposta inovadora para o mundo.

Não sei se é o melhor caminho, mas Zurique e Curitiba mudaram muito as coisas.

 

Mar 30, 2016
admin

Resposta do presidente do Conselho Deliberativo

Reproduzimos abaixo a correspondência enviada pelo Presidente do Conselho Deliberativo do Sport Club Corinthians Paulista, Doutor Guilherme Strenger.

Esclareço que sou um dentre os vários signatários do documento protocolado semana passada. Destaco que entre os que assinaram estão, também, dois ilustres ex-presidentes do clube: Dona Marlene Matheus e Sr. Waldemar Pires, junto com tantos outros conselheiros e sócios.

Acerca do título usado na carta (o de “oposição”):

Ele tem apenas objetivo de caracterizar os signatários como pessoas que não fazem parte do corpo dirigente do clube (dessa e das últimas gestões).

Como lembrado, o estatuto não prevê “partidos políticos” dentro da nossa agremiação, embora o atual grupo dirigente sempre tenha se posicionado como “Renovação e Transparência”, tendo inclusive sede permanente.

Como corinthianos preocupados, o objetivo da Carta foi contribuir com nosso querido Clube.

Ademais, cumprimento o presidente do Conselho pelas informações trazidas e pelas medidas anunciadas. Também desejo que o elevado nível dos debates continuem sendo a marca dos nossos associados e conselheiros.

Download (PDF, 3.26MB)

Mar 23, 2016
admin

CARTA ABERTA DA OPOSIÇÃO E CONSELHEIROS INDEPENDENTES DO CORINTHIANS

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Aos respectivos Presidentes do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação do Sport Club Corinthians Paulista.

Nós, da oposição à atual administração, em conjunto com conselheiros, sócios e a coletividade corinthiana vivemos um momento de intensas preocupações com os fatos e as notícias trazidas a público nos últimos dias.

A saber:

Corinthianos, que somos, e preocupados com nossa agremiação e com seu futuro, dirigimo-nos aos Presidentes do Conselho Deliberativo e do CORI para propor o seguinte:

1 – Quanto ao estádio e à questão da Lava Jato

Exigimos, por ser absolutamente necessário, que os órgãos diretivos do Clube instituam  comissão mista (situação e oposição) especifica para auditar as questão aqui levantadas e determinar o real valor da dívida do estádio.

A correta fixação do valor de custo do estádio é de grande importância para o Corinthians e cremos que a mesma deve ficar próxima dos valores inicialmente pactuados, visto que algumas das alterações vem tendo seus números contestados pelos próprios arquitetos envolvidos na obra. É importante para o Clube que tal comissão acompanhe estes trabalhos de auditoria, reforçando a determinação para se chegar a um valor justo e acima de qualquer questionamento.

2 – Quanto ao rompimento do patrocínio com a Caixa Econômica Federal

É primordial, especialmente num momento de crise financeira para o Clube e para o país, que seja oficiada a diretoria para esclarecer os exatos termos da contratação com empresa de apostas, concorrente da Caixa, que teria levado a instituição bancária a se desinteressar pela renovação do patrocínio do Corinthians, tendo em vista que este correspondia a uma grande fonte de receitas para o Clube. Destaque-se que, em se tratando de organização de consolidado prestígio na área bancária, é inoportuno trocar o patrocínio da Caixa, em favor de uma empresa pouco conhecida e de segurança jurídica questionável.

3 – Quanto à venda do jogador Ralf

As notícias mostram um imbróglio, sem qualquer esclarecimento preciso por parte da direção sobre a transferência do jogador. Cremos que, neste caso também, deve ser instituída uma comissão para esclarecer cabalmente o ocorrido.

É sabido que, em nossa opinião, dever-se-ia encerrar todas parcerias com empresários. Sempre que há contratações ou transferências de jogadores, os ditos “parceiros” atormentam e sangram financeiramente o Clube. Para o Corinthians esta política de “parcerias” tem gerado somente prejuízo, ou quando muito, lucro insignificante.

Estes três pontos citados necessitam ser esclarecidos com a maior objetividade possível. O caso específico do estádio e de sua grave citação na Operação Lava Jato merece rápida e clara posição do Corinthians, de forma a apoiar a investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. É necessário colocar à disposição das autoridades todos os números, contratos e demais dados referentes a esta questão.

Igualmente, devemos destacar que qualquer menção a dirigentes e funcionários do Corinthians devem respeitar o direito à defesa, dando a todos a oportunidade de elucidar o que for apontado pela investigação, sem julgamentos prévios e sem comodismo com os eventuais erros praticados.

É inegável que sem superar, de imediato, os graves problemas aqui apresentados, torna-se extremamente difícil a negociação dos Naming Rights.

É obrigação, dever mesmo, de uma oposição responsável nos momentos em que o Clube encontra-se exposto de maneira de tão negativa junto à sua torcida e às autoridades do país manifestar-se e exigir esclarecimentos da Diretoria. É o que estamos fazendo.

 

Mar 17, 2016

Uma vitória importante

EM NOITE DE LUCCA, TIMÃO VENCE O CERRO E ASSUME LIDERANÇA DO GRUPO NA LIBERTADORES

Corinthians venceu o Cerro Porteño na noite desta quarta-feira
Corinthians venceu o Cerro Porteño na noite desta quarta-feira

Foto: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Depois da derrota no Paraguai, o Corinthians recebeu o Cerro Porteño na Arena e não deu chances para o adversário. Pressionou e dominou os 90 minutos da partida e saiu com a vitória, conquistando a liderança do grupo 8 da Libertadores. O Timão venceu o duelo por 2 a 0.

O grande nome do jogo foi o atacante Lucca. Após algumas partidas abaixo da média, o jogador voltou a atuar bem e fez seu melhor jogo com a camisa do Timão. O atacante participou da maioria das jogadas de perigo da partida e marcou os dois gols na noite. Agora ele é o artilheiro da equipe em 2016, ao lado de Romero, com quatro gols cada um.

Além da pressão dentro de campo, o Cerro Porteño também precisou lidar com a força da Fiel. 42.403 pagantes compareceram ao estádio alvinegro, que registrou o maior público do Corinthians em 2016.

Só deu Timão!

Jogando em casa, o Corinthians começou pressionando o Cerro. Logo aos quatro minutos da partida, em um contra-ataque veloz, Luciano tocou para Maycon na entrada da área. O volante acertou um chute na trave de Silva, mostrando o cartão de visita alvinegro.

Os primeiros minutos da partida ficaram marcados pela boa participação de Uendel e Lucca. Boa parte das jogadas criadas saíram dos pés do lateral Uendel. Lucca também chegou bem no gol.

Pressionado, o Cerro tentava sair com velocidade, mas não conseguia passar pela zaga alvinegra. A primeira chance, aos nove, saiu dos pés de Rodrigo Rojas, mas foi para fora. Cássio ficou com o tiro de meta.

Com poucas chances, os paraguaios começaram a marcar mais faltas. Aos 20 minutos, Víctor Mareco dividiu forte com Luciano e depois falou algo. O atacante do Timão não gostou do que ouviu e discutiu com o jogador. O árbitro amarelou os dois jogadores pela confusão.

Minutos depois, aos 23, a pressão deu resultado. Bruno Henrique dividiu uma bola dentro da área e deu passe para Lucca. O atacante se antecipou ao zagueiro do Cerro e abriu o placar para o Timão na Arena. 1 a 0.

Aproveitando o embalo do gol, aos 27, Lucca passou a bola para Giovanni Augusto, que cruzou rasteiro dentro da área. Luciano tentou um carrinho, mas não acertou a bola levando a Fiel a loucura.

Somente aos 32, o Cerro conseguiu criar uma nova chance de gol. Rojas cobrou falta e Felipe cortou de cabeça, mas a bola passou muito perto de Cássio, assustando aos torcedores. Dois minutos depois, porém, foi a vez do Timão levar perigo ao gol de Anthony Silva. Lucca recebeu de Guilherme e arriscou um belo chute de fora da área, a bola fez uma curva e quase entrou na gaveta. Seria um golaço!

Mesmo com o final do primeiro tempo próximo, o Corinthians continuou indo para cima. Aos 36, Giovanni Augusto apareceu pela direita e bateu colocado. Silva se esticou todo e evitou o segundo gol. Aos 38, Maycon apareceu como homem surpresa dentro da área, livre, mas não conseguiu se livrar de Silva. A bola escapou e a zaga afastou.

Com grande superioridade do Timão, o primeiro tempo acabou com o placar de 1 a 0. O Corinthians teve 68% de posse de bola e finalizou sete vezes para o gol na etapa inicial.

Lucca de novo!

As duas equipes retornaram a campo sem alterações para o segundo tempo. De novo, o Timão não deu nem tempo para os jogadores paraguaios pensarem. Logo aos três minutos, Lucca apareceu pela esquerda e fez o cruzamento, mas a zaga do Cerro tirou. Na sobra, Uendel chegou até a linha de fundo, mas cruzou muito fechado e Silva defendeu.

Na tentativa de evitar um domínio amplo, como no primeiro tempo, o Cerro passou a bater mais. Maycon sofreu falta dura de Oviedo na esquerda. Minutos depois, Estigarribia empurrou claramente Fagner. Nenhuma das duas faltas rendeu punição aos paraguaios.

Antes dos dez minutos, Lucca protagonizou dois grandes lances. No primeiro, Fagner apareceu na área e tocou para Lucca, que bateu de primeira e quase marcou. Um minuto depois, ele deu um lençol em Valdez com toque de cabeça, avançou com velocidade e bateu rasteiro. Silva se esticou todo e fez a defesa.

Depois das tentativas frustadas, finalmente, o camisa 30 conseguiu mandar a bola novamente para o fundo do gol. Aos 16 minutos, o atacante tentou cruzar para a área e o zagueiro Victor Mareco tentou tirar de cabeça, mas mandou a bola direto para dentro do gol. O árbitro deu o gol para o atacante do Timão. 2 a 0.

Depois do segundo gol, o jogo deu uma acalmada, mas o Corinthians continuou pressionando. Aos 23 minutos, Maycon recebeu cruzamento, levantou a cabeça e cruzou na medida para Luciano. O atacante finalizou por cima do gol do Cerro.

Aos 27, um susto para a Fiel! O meia Giovanni Augusto, que fez boa partida, caiu no gramado após chutar a bola, sozinho. O camisa 17 recebeu atendimento médico e retornou normalmente para o jogo. Danilo, no banco, chegou até a aquecer para entrar.

Com o jogo encaminhando para a reta final, o técnico Tite promoveu a primeira mudança na equipe. Aos 32, o atacante Luciano deixou o campo muito ovacionado pela torcida para a entrada de Danilo. Aos 35, foi a vez de Bruno Henrique sair para a entrada de Willians.

Na sequência, o Cerro Porteño conseguiu chegar com perigo pela direita. Bonet bateu rasteiro e Cássio caiu no canto e fez bela defesa. O camisa 12 quase não foi exigido durante a partida.

Com o placar favorável e faltando pouco para acabar o duelo, o técnico Tite começou a pedir para os jogadores manterem a bola no pé. Para fechar, aos 43, o treinador ainda promoveu a entrada de Alan Mineiro no lugar de Giovanni Augusto. A vitória garantiu a liderança do grupo 8 para o Timão. A equipe agora tem nove pontos – Santa Fe e Cerro possuem sete; o Cobresal segue zerado. Todo o grupo já realizou quatro partidas.

O próximo compromisso do Corinthians já é neste sábado. A equipe recebe o Linense, novamente na Arena, às 16h. A partida será válida pela décima rodada do Paulistão. Pela Libertadores, o Timão só volta a jogar em abril, no dia 6, contra o Santa Fé, em Bogotá.

www.meutimao.com.br

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