Ontem estivemos no programa “Esporte em Discussão”, na rádio Jovem Pan.
Falamos sobre as eleições no Corinthians e respondemos perguntas dos participantes do programa.
Você pode ouvir a entrevista ou ler trechos dela abaixo.
Chances de vitória
Nós achamos que temos chances porque somos oposição. O Corinthians tem problemas e a situação terá dificuldades em enfrentar numa campanha eleitoral.
A não ser que comece a fazer como estão fazendo alguns, que ficam dizendo: “Ah! Eu queria contratar o Tevez… começar a falar lista de contratação de jogadores. Aí você não discute a coisa mais importante, que é a eleição, que são os problemas e as soluções, que é isso o relevante da chapa, e não ficar dizendo: “Oh! Eu gostaria muito de trazer o Paulinho de volta”. E aí? Você é candidato a Diretor de Futebol ou é candidato a Presidente?
Eu acho que nós temos chances porque somos oposição.
Motivações para ser Presidente do Corinthians
Muita gente diz: “Eu quero ser presidente… minha mãe quer que eu seja presidente, meu pai quer que eu seja presidente, a minha família…” não é bem isso…
Você precisa, primeiro, ter um conjunto de propostas. É fundamental que você pense o que vai alterar nesse clube que você conhece bem, que vive o dia a dia, que você sofre, fica alegre… precisa estar bem claro o que você vai fazer…
Segundo, você precisa ter um conjunto de pessoas que o apoie, para não ficar só uma coisa de desejo pessoal, essa coisa de dizer: “Ah! Eu desejo por causa do meu currículo”.
Eu fui quatro anos Diretor de Futebol, Vice-Presidente de Futebol, num período difícil, ganhamos títulos, perdemos… teve time bom, teve time ruim… o que é um pouco da regra do futebol. Então, essas questões não me intimidam.
As duas coisas que foram fundamentais, que decidiram que eu deveria disputar a eleição no Corinthians são: construir um conjunto de ideias para este clube, que é o maior clube brasileiro, é o mais forte clube brasileiro, é um clube que envolve tanta gente, tantos e tantos milhões de pessoas. Você tem um conjunto de ideias que eu procuro expor em todos os programas que eu vou.
E segundo, você ter um conjunto de pessoas do clube que estão envolvidos com vocês, porque senão fica uma aventura pessoal”
Categorias de Base e Futebol Profissional
“Esse não é um problema exclusivo do Corinthians. É um problema que está no mundo inteiro, que os clubes acabaram dominados por investidores. Não se trata de empresário de jogadores, aquele agente que discute o contrato, quanto vai ganhar, onde vai morar, não é esse. É alguém que pega os direitos econômicos do jogador. Todos os clubes que foram pelo caminho que o Corinthians foi –quase todos os clubes brasileiros foram– acabaram num beco sem saída: sem jogador e sem dinheiro. Essa é a realidade.
Quem conhece o futebol europeu vê que o Benfica e o Porto foram por esse caminho… aliás, todos os clubes portugueses foram, passaram a ser uma espécie de plataforma…todo mundo que sai daqui e é contratado para Portugal não vai ficar lá, é tudo combinado. Eles (os clubes) são usados para vender bem. Foi eleita uma diretoria no Sporting de Portugal –que me perdoe porque é verde – mas eles dizem o seguinte: “Vai acabar esse negócio”.
No Corinthians, todo mundo sabe, os jogadores da categoria de base são de vários empresários –um número indefinido. Jogadores que estão no time principal também são de vários empresários… à partir de um determinado momento, o clube perde o controle do jogador. Para o jogador, a referência passa a ser o “dono” dele e não o clube.
E como você vai fazer um esporte coletivo, como é o nosso, numa situação dessa?
Então, falando das ideias que eu falei no início, defendo que nós sejamos radicais: a categoria de base, daqui pra frente, só terá jogadores 100% do Corinthians.
Se o sujeito chegar lá e dizer: “Eu quero 20% pra minha mãe, 20% pro meu pai (é muito comum e não é pai, nem mãe), 40% pro meu empresário…”, eu digo: “pode ir embora! Pode ir embora!”.
O último grande jogador que o Corinthians revelou foi o Willian, que eu vivenciei lá, começou com oito anos. Ele foi o único negócio grande que o Corinthians fez realmente.
Por que nós temos que ter categoria de base?
Primeiro: para revelar jogador pro time principal. Se vocês pegarem as fotografias do time do Corinthians campeão – todas as vezes em que é campeão tem aquelas fotografias que o Corinthians sempre tem três, quatro, cinco, até oito jogadores que ele revelou. Alguns são craques, outros nem tanto. Ninguém revela só craque. Não é todo dia que você encontra um Rivellino. Você muitas vezes revela jogador médio, e até jogador ruim, mas o Corinthians sempre teve essa tradição [de revelar muitos jogadores]. E a primeira coisa que serve o jogador é para o time principal, para você não ter que contratar um jogador médio.
Eu preciso de um jogador médio, um jogador comum? Ao invés de ter que contratar, vai lá na base. Se não for pra isso, não precisa ter a base. Eventualmente aparece uma coisa como do Willian, que o Corinthians ganhou uma grana preta naquele negócio.”
Finanças
“(…) O futebol não tem milagre. Nós não temos a “casa da moeda” ou o Federal Reserve para imprimir dinheiro para nós. Vivemos do que temos de receita, então nós temos que equilibrar nossa receita aos gastos. Essa é uma outra coisa que o Corinthians se perdeu nos últimos tempos: nós gastamos mais do que tínhamos, então o clube teve que adiantar receita, o clube teve problemas com a própria justiça por casa de impostos, mas tudo por quê? Porque gastou muito e tem que gastar menos.
Outro detalhe que é preciso reconhecer: o país vive uma crise econômica… eu não quero entrar em discussão de política, mas a economia não está crescendo. Significa que as empresas tendem a investir menos, inclusive no futebol. Outra coisa: a Copa do Mundo acabou, passou. Boa parte das empresas interessadas no futebol estavam com os olhos voltados para a Copa do Mundo.
Então, nós teremos no ano que vem menos receita, menos dinheiro, e os jogadores não vão imaginar que nós vamos continuar aumentando salários como se aumentou… quando eu digo jogador, não quero centralizar em jogador, porque quando o jogador é bom, merece ganhar bem… eu digo também os técnicos… o técnico também deve pensar: “vamos baixar essa bola”.
Não há clubes desorganizados, com finanças caóticas, que ganhem títulos.
Eventualmente um Flamengo ganha título, mas como regra os clubes que ganham título, ganham quando estão com as finanças equilibradas. Isso aconteceu com o Corinthians, acontece com qualquer clube, não se iluda.
Quando o clube está sem dinheiro, emprestando disso, daquilo, não ganha título.
Outro dia eu estava conversando com uns amigos, e um deles falou: “Roque, esse papo seu vai acabar naquele “bom e barato” que é ruim.”. Eu falei: “Primeiro vamos esclarecer que esse bom e barato que andaram aplicando por aí é “ruim e barato”.
Na verdade, o que prepara o clube para ganhar títulos é ter equilíbrio nas suas finanças. Se o Corinthians tiver finanças razoavelmente equilibradas… não estou dizendo “precisa dar lucro”, não é lucro não, se ele tiver as finanças equilibradas, não tem para ninguém, o Corinthians ganha tudo. Todas as vezes que o Corinthians equilibrou as finanças, passou por cima dos outros.
E os outros, temos que reconhecer, estão todos numa situação muito parecida, é curioso, mas por que essa situação é parecida? Porque nos últimos anos, nos últimos quatro, cinco anos, todos os clubes tiveram um aumento muito grande da sua receita… a televisão passou a pagar mais, a publicidade passou a pagar mais, as rendas de bilheteria passaram a ser maiores, então houve um aumento generalizado.
O nosso foi maior. O Corinthians aumentou mais que os outros, também não tem muito o que explicar, porque é uma coisa lógica, mas a verdade é que mais ou menos todos os clubes entenderam que aquela escala de crescimento não pararia mais, iria para a eternidade. Isso vale pra Corinthians, vale pra Palmeiras, vale para o Santos, para o São Paulo, vale pros outros.
Ausência do clube e eleições no Corinthians
Essa história de que eu estava ausente do Corinthians é um grande “chute fora”.
Eu não ocupo cargo executivo no clube. A imprensa me ligava e dizia: “o senhor precisa vir aqui para falar sobre essa derrota”, eu dizia: “Espera aí. Chama os caras aí para falar”, quer dizer, eu tenho que explicar porque o time perdeu? Já basta quando eu era diretor, então, essa história de que eu me afastei, não é que eu me afastei… que é o diretor é que tem que falar: “pagou tanto”. Eu tenho que dar explicação pela contratação do Pato? Não sou eu. Os que compraram que tem que dizer. Agora eu vou ficar encontrando explicação para os problemas dos outros? Então, não tem nada disso.
A eleição no clube, você perguntou se dá para ganhar, lógico que todo candidato trabalha com a ideia de ganhar – qualquer um dos quatro trabalha com a ideia de ganhar. A eleição no Corinthians é difícil e complexa. Difícil porque a maior parte dos eleitores não frequentam o Corinthians. São eleitores sócios remidos, vão ao estádio, torcem, brigam, mas não frequentam o Corinthians como clube social, não vão a piscina, não vão a sauna.
Há um grupo menor que frequenta o Corinthians, e é um grupo que você encontra todo fim de semana. Agora, este número de associados que não vai ao Corinthians é difícil até para você localizar, encontrar essas pessoas. Quando você reúne vinte sócios é um comício.
Considerações finais
Quero dizer aos nossos associados que é importante todos discutirem os problemas e as soluções do clube. Não vamos cair em coisas mágicas: “Eu tenho um fundo que tem R$ 30 milhões que vai resolver tudo”, “Já estou apalavrado com jogador que virá.”. Isso não existe. Nós temos que discutir duas coisas: problemas e soluções.
Eu gostaria que todos tivessem uma boa participação porque o Corinthians é muito importante para tantas, tantas e tantas pessoas.
CORINTHIANS – Nesta 2a. feira o convidado do ESPORTE EM DISCUSSÃO (13h) , da Jovem Pan, será Antonio Roque Citadini , candidato à presidência do Corinthians. Mande sua pergunta : Viber 56 7000 7000 e também participe do grupo ESPORTES-JOVEMPAN, no Viber.
O nosso clube vive uma situação financeira difícil neste final de 2014. Nós vemos todos os dias as notícias sobre as dificuldades do futebol, e as dificuldades do Corinthians.
Mas, talvez, um dos maiores problemas para clube seja essa desastrosa política de parceiras adotadas com empresários de jogadores.
O Corinthians emprestou dinheiro de empresários que acabaram ficando proprietários de jogadores (ou de parcela deles). Esses negócios têm sido ruinosos para o Corinthians.
Praticamente todos jogadores que são revelados (os melhores) já não são de propriedades do Corinthians quando são negociados. Os contratos deles são negociados e o Corinthians algumas vezes tem uma pequena parcela -e quando tem. Há situações onde nem parcela nenhuma o clube tem.
Ocorre que os empresários, com isso, passam a mandar nos jogadores e mandar no time. O Corinthians fica refém deste sistema de partilha de jogadores divididos com empresários. Não há dúvidas que o único caminho que nós temos é encerrar este tipo de negócio. Jogadores revelado pela base tem que ser 100% do Corinthians.
E se o time precisar de dinheiro? Muitas vezes precisa. Mas não é o caminho pegar dinheiro de empresário e depois dar jogador em troca dos recursos emprestados.
Quero dizer que muitas das dívidas com empresários são bastante questionáveis. Essa política tem sido desastrosa. Ela precisa mudar e eu não tenho dúvida que é um dos fatores do enfraquecimento do nosso clube nos dias atuais.
Ao logo da história do nosso clube, nós tivemos grandes momentos vividos pelos nossos sócios e torcedores.
Desde os primeiros títulos, como o de 1914, o inesquecível título do Quarto Centenário, o primeiro Campeonato Brasileiro em 90, o primeiro Campeonato Mundial em 2000, depois a primeira Taça Libertadores da América e em seguida o segundo Campeonado Mundial. Todos foram momentos de grande alegria como tantas outras conquistas que o Corinthians conseguiu nesses anos todos.
Mas há alguns fatos que não dizem respeito exatamente a títulos, mas que foram de grande importância para nosso clube. Dentre esses fatos, é importante que se destaque a famosa Invasão que os corinthianos fizeram no Rio de Janeiro e que completou agora no começo de dezembro 38 anos.
Milhares e milhares de corinthians foram naquele jogo contra o Fluminense e acabaram ocupando o Rio de Janeiro. É notável aquele momento vivido pelo Corinthians. Até hoje é um dos mais importantes momentos do futebol brasileiro. Foi o maior público do Corinthians no Maracanã.
O Corinthians tinha a maioria no estádio no jogo contra o Fluminense.
Este dado mostra a força e a importância do Corinthians no futebol. A estrada para o Rio de Janeiro foi tomada de carros, ônibus e, como diz Nelson Rodrigues, até de bicicleta chegavam corinthianos naquele memorável mês de dezembro de 76.
Este é um momento de grande importância para o Corinthians, que vive de títulos, mas vive também de momentos como aquela invasão no Maracanã.
Completou 38 anos, dia 5 último, da histórica “invasão” corinthiana ao Rio de Janeiro, no jogo da semifinal do Brasileirão/76, entre o Timão e Flu. Segundo Celso Unzelte é, ainda, o jogo com maior público da história do Corinthians: 146.043 pagantes. É, também, uma das mais belas páginas de nosso esporte e da vida do Corinthians. O texto que segue é comentário de Nelson Rodrigues, no jornal O GLOBO, sobre o ocorrido. E uma peça histórica, magnífica, orgulho pra todos: corinthianos, tricolores e outros mais.
NELSON E A INVASÃO CORINTIANA
Nelson Rodrigues
1-Uma coisa é certa: – não se improvisa uma vitória. Vocês entendem? Uma vitória tem que ser o lento trabalho das gerações. Até que, lá um dia, acontece a grande vitória. Ainda digo mais: – já estava escrito há seis mil anos, que em um certo domingo, de 1976, teríamos um empate. Sim, quarenta dias antes do Paraíso estava decidida a batalha entre o Fluminense e o Corinthians.
2-Ninguém sabia, ninguém desconfiava. O jogo começou na véspera, quando a Fiel explodiu na cidade. Durante toda a madrugada, os fanáticos do timão faziam uma festa no Leme, em Copacabana, Leblon, Ipanema. E as bandeiras do Corinthians ventavam em procela. Ali, chegavam os corinthianos, aos borbotões. Ônibus, aviação, carros particulares, táxis, a pé, a bicicleta.
3-A coisa era terrível. Nunca uma torcida invadiu outro estado, com tamanha euforia. Um turista que, por aqui passasse, havia de anotar no seu caderninho: –“O Rio é uma cidade ocupada”. Os corinthianos passavam a toda hora e em toda parte.
4-Dizem os idiotas da objetividade que torcida não ganha jogo. Pois ganha. Na véspera da partida, a Fiel estava fazendo força em favor do seu time. Durmo tarde e tive ocasião de testemunhar a vigília da Fiel. Um amigo me perguntou: – “E se o Corinthians perder?” O Fluminense era mais time. Portanto, estavam certos, e maravilhosamente certos os corinthianos, quando faziam um prévio carnaval. Esse carnaval não parou. De manhã, acordei num clima paulista. Nas ruas, as pessoas não entendiam e até se assustavam. Expliquei tudo a uma senhora, gorda e patusca. Expliquei-lhe que o Tricolor era no final do Brasileiro, o único carioca.
5-Não cabe aqui falar em técnico. O que influi e decidiu o jogo foi a torcida. A torcida empurrou o time para o empate.
6-A torcida não parou de incitar. Vocês percebem? Houve um momento em que me senti estrangeiro na doce terra carioca. Os corinthianos estavam tão certos de que ganhariam que apelaram para o já ganhou. Veio de São Paulo, a pé, um corinthiano. Eu imaginava que a antecipação do carnaval ia potencializar o Corinthians. O Fluminense jogou mal? Não, não jogou mal. Teve sorte? Para o gol, nem o Fluminense, nem o Corinthians. Onde o Corinthians teve sorte foi na cobrança dos pênaltis. A partir dos pênaltis, a competição passa a ser um cara e coroa. O Fluminense perdeu três, não, dois pênaltis, e o Corinthians não perdeu nenhum. Eis regulamento de rara estupidez. Tem que se descobrir uma outra solução. A mais simples, e mais certa, é fazer um novo jogo. Imaginem que beleza se os dois partissem para outro jogo.
7-Futebol é futebol e não tem nada de futebol quando a vitória se vai decidir no puro azar. Ouvi ontem uma pergunta: “O que vai fazer agora o Fluminense?” Realmente, meu time não pode parar. O nosso próximo objetivo é o tricampeonato carioca. Vejam vocês:
– empatamos uma partida e realmente um empate não derruba o Fluminense. Francisco Horta já está tratando do tricampeonato. Estivemos juntos um momento. Perguntei: – “E agora?” Disse – amanhã vou tomar as primeiras providências para o tricampeonato. Como eu, ele não estava deprimido. O bom guerreiro conhece tudo, menos a capitulação. Aprende-se com uma vitória, um empate, uma derrota. Só a ociosidade não ensina coisa nenhuma.
No seguinte jogo, vocês verão o Fluminense em seu máximo esplendor.
NELSON RODRIGUES era tricolor e publicou este texto no GLOBO em 6/12/76, no dia seguinte ao jogo Fluminense x Corinthians.
CORINTHIANS JOGA BEM E VENCE O CRICIÚMA, MAS ESTÁ NA PRÉ-LIBERTADORES DE 2015
A última partida do ano para o Corinthians tinha tudo para ser o jogo que a torcida esperava: uma goleada e o jogo começou com muita movimentação, dedicação, raça e suor.
Com muita decisão e atitude em campo e com o menino Malcominspirado, o Corinthians começou o jogo em alta velocidade e pressionando muito a equipe catarinense. E as chances não demoraram a aparecer.
Logo aos 8 minutos, após bate e rebate, Guerrero acabou desviando a bola e quase marcou o primeiro da tarde de sábado. A partir de então, um massacre. Em uma sucessão de bons ataques, o Corinthians acertou duas bolas seguidas na trave, uma com Petros e uma com Guerrero, mas o gol não teimava em sair.
Contudo, aos 26 minutos, o gol saiu. Após uma boa jogada de Petros, um cruzamento rasteiro e a bola caiu nos pés de Elias que, caindo, conseguiu mandar a bola para o fundo do gol. Um a zero Timão e um pouco mais de tranquilidade na Arena.
E, ao contrário de outras partidas, quando a equipe abria o placar e recuava, o Coringão continuou pressionando e buscando marcar mais gols para garantir a vitória. Apesar de toda a pressão, o goleiro Edson, que havia entrado no lugar de Bruno, machucado, conseguiu evitar o pior e o time catarinense desceu para o vestiário com apenas um gol tomado.
A Segunda Etapa e o Jogo Mais Disputado
O segundo tempo voltou em alta velocidade, com Malcom quase marcando o segundo gol no primeiro minuto de jogo. Contudo, o time começou a atacar menos e a diminuir o ritmo, o que impulsionou o despreocupado Criciúma ao ataque.
E a moleza do Corinthians teve seu preço. Aos 15 minutos, em um escanteio, Cássio saiu mal e Roger Guedes mandou para o fundo das redes. O empate dava um sabor amargo à torcida presente na Arena.
Após o gol do Criciúma, entretanto, o Coringão subiu de produção novamente e voltou a pressionar fortemente a equipe catarinense. Em pouco mais de três minutos, duas boas defesas de Edson e uma boa finalização de Fábio Santos.
Se o time não correspondia em campo com gols, a torcida fazia uma LINDA festa e empurrava o alvinegro para cima do tigre catarinense. E a pressão surtiu efeito. Aos 24 minutos Malcom acertou o travessão e, logo em seguida, o gol alvinegro.
Em uma linda jogada do ataque alvinegro, Fábio Santos tabelou com Renato Augusto e tocou na saída de Edson. Mais um gol do lateral esquerdo e uma boa vantagem para consolidar a vitória.
Após o gol, uma grande comemoração 38.044 fiéis presentes na Arena Corinthians, um recorde em partidas do alvinegro no ano. Vale o destaque que Danilo, sempre ele, entrou muito bem na partida e criou diversas oportunidades para que o Coringão conseguisse consolidar ainda mais a vitória.
O tento alvinegro tirou todo e qualquer ímpeto catarinense e o jogo caminhou, com certa tranquilidade, para mais uma vitória alvinegra em sua casa. No outro jogo, o Figueirense não conseguiu segurar o Internacional e tomou a virada no final da partida.
Fiquei sabendo que vc contempla a hipótese de ser candidato à Presidência do Corinthians.
Seria muito bom para nosso Clube: vc estaria injetando sangue novo na gestão do Timão, aportando um currículo com experiência, honradez e que é nacionalmente reconhecido.
Faço votos para que vc aceite o desafio para que voltemos aos momentos de glória de tão poucos anos atrás. Realmente, precisamos dar um basta àqueles que buscam o cargo de presidente para compensar suas frustrações pessoais, ganhar notoriedade ou construir sua aposentadoria, como vem ocorrendo frequentemente na nossa história.
Lá atrás, seu desempenho como executivo do Clube foi sem manchas e com grandes conquistas;posteriormente, estive ao seu lado no Conselho Deliberativo para impedirmos o acordo lesivo proposto pela MSI, quando fomos derrotados pelos comprometidos com Kia & Cia; na Oposição, sua atuação foi a de um verdadeiro estadista: fiscalizando com rigor, sem perder a objetividade. Criticando sempre, mas de forma construtiva. Em particular, seremos sempre gratos pela sua atuação naquela reunião do Conselho em que se jogou a sorte da solução Itaquera contra uma aventura em Guarulhos, lesiva aos interesses do Clube. De fato, sem sua intervenção, que reverteu o que seria uma votação desastrosa, estaríamos hoje com um mico nas mãos, em vez de termos o mais moderno estádio do País.
Não será uma batalha simples, chegar lá. O continuísmo e o dinheiro fácil estarão aliados para impedir sua ascensão.
Mas o sócio do Clube está perplexo com os resultados atuais, seja pelo endividamento excessivo, seja pela falta de transparência na base e nas negociações de jogadores profissionais e pelo relacionamento dúbio com as organizadas. Vc poderia oferecer aos sócios, com sua candidatura, o que eles mais almejam: sangue novo com dignidade, dirigentes para servir ao Corinthians e não dele se servir. Estaria, assim, atendendo a um anseio generalizado no Clube por renovação e transparência de verdade.
No próximo mês de fevereiro, agora em 2015, o Corinthians realizará eleição para a nova diretoria e o novo Conselho Deliberativo. Este período de campanha eu sempre defendi que fosse curto. Há pessoas no clube que querem fazer uma campanha eterna: ficam dois, três anos lançando nomes, lançando ideias, atacando…
Eu sempre advoguei que a campanha fosse uma campanha curta e pequena, até para não tumultuar o clube nos seus problemas maiores. Acho que a campanha deve ser um período de propostas. Você levanta os problemas, discute e propõe soluções.
É muito positivo que tenha oposição, situação e vários grupos disputando, mas deve ser por um período curto e com propostas. Não é bom para o clube ficar discutindo, atacando e não pode faltar conteúdo.
Quando alguém fica só atacando, a campanha fica ruim. Quando alguém fica só propondo contratar jogador idem. Este é um problema que todo clube de futebol enfrenta. No período de campanha as pessoas começam falar em contratação de jogador. O Corinthians, neste período curto, já teve um sem-número de jogadores que poderão se contratados: é Tévez, é Christian e tantos outros jogadores que é uma fila enorme para se citar.
A campanha fica sem conteúdo. Até porque, desta forma não se discute os reais problemas do clube. O clube tem dificuldades econômicas, tem que se preparar e deve gastar o que pode.
Outra coisa que nós temos problema é que agora no Corinthians, não só se fala em contratação de jogador, como se fala também em contratação de técnico. Cada candidato fica dando palpite para contratar um técnico. Não há nenhum sentido nisso.
A atual diretoria tem mandato até 7 de fevereiro, e até lá ela se responsabiliza e contrata o técnico e os jogadores. Eu sou contra falar de contratação, porque isso tumultua o futebol. Nós devemos fazer uma coisa importante: separar os interesses do futebol dos interesses eleitorais. Eleição a gente disputa, perde ou ganha. O time é permanente e não deve se envolver em disputa eleitoral.
No próximo mês de fevereiro, o Corinthians realizará sua eleição para troca da diretoria e do Conselho Deliberativo. Em geral, a eleição que mais atrai é aquela para presidente e vices, mas é muito importantes nós discutirmos um dos problemas que o Corinthians tem, que é seu Conselho Deliberativo.
Pela reforma estatutária, eu acho que se cometeu um erro, foi aprovado um sistema de eleição para o Conselho Deliberativo, onde a chapa que ganha elege todos os membros.
Então ocorre o seguinte: o presidente quando é eleito, é eleito com toda a maioria do Conselho Deliberativo, exceto um número limitado e menor de conselheiros vitalícios.
O conselho deliberativo fica totalmente subordinado à diretoria executiva e isso é um “desserviço” ao clube. Quando nós temos problemas ou quando nós temos que fiscalizar bem a diretoria executiva, o Conselho Deliberativo está enfraquecido.
Nós devemos adotar um sistema da eleição proporcional. Cada chapa que disputa o Conselho Deliberativo (são duzentos nomes em cada) elege um número proporcional à sua votação. Quem fez 10%, tem 10% do conselho, quem fez 20, tem 20 e assim por diante…
Desta forma nós teremos um Conselho Deliberativo mais atuante e, principalmente, mais plural, representando todas as alas do corpo do clube.
Na verdade, esse sistema onde quem elege o presidente elege também inteiramente o Conselho Deliberativo está se mostrando ruim, como nós vimos recentemente quando o clube acabou sendo surpreendido com uma crise financeira que ninguém sabia e que nem os conselheiros também sabiam.
Isto é algo importante para ser discutido nessas próximas eleições. Ganhe quem ganhar: deve-se promover uma mudança para estabelecer o fim do “chapão”, e a eleição do Conselho Deliberativo deve ser pelo sistema proporcional.
Apesar da derrota do Corinthians para o Fluminense, neste domingo o Timão garantiu a vaga para a Libertadores da América em 2015, graças a derrota do Grêmio contra o Bahia, na Arena Fonte Nova.
O que falta definir é se o Timão se classificará na terceira ou quarta colocação do Campeonato Brasileiro . A diferença entre as duas posições decide o acesso direto ou indireto à fase de grupos da competição.
Enquanto o terceiro colocado garante uma vaga de forma direta, o quarto colocado precisa jogar a pré-libertadores, nos dias 4 e 11 de fevereiro, e somente após um confronto de ida e volta, o vencedor terá direito a ficar com uma das 32 vagas da fase de grupos.
Para ficar em terceiro, o Timão precisa fazer mais pontos que o Internacional na última rodada doBrasileirão , ou seja, se o Internacional perder, o Timão precisa de um empate; se o Internacional empatar, o Timão precisa de uma vitória; e se o Internacional vencer, o Timão não tem chances de ficar em terceiro lugar.
Na última rodada do Campeonato Brasileiro, o Corinthians joga contra o Criciúma, em casa, já a equipe gaúcha enfrenta o Figueirense, em Santa Catarina. Os jogos estão marcados para o próximo domingo, às 17 horas, mas a CBF pode modificar os horários dos jogos nos próximos dias.