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Sep 4, 2012

É grana!

(Roy Lichtenstein, “Happy Tears” (1964)) (Reprodução)

O jogador Cristiano Ronaldo, após marcar um gol para o Real Madrid, no último domingo, 2/9,  fez um biquinho e uma cara de magoado.
Encerrada a partida, lá foi a imprensa perguntar qual era o  motivo daquele ato: “a Direção já sabe. Falei com a Diretoria” .
A partir da afirmação,  foi uma corrida da mídia para saber porque o craque estava “infeliz”.

Todos os motivos foram especulados: problema familiar, atritos com o técnico, saudades da Ilha da Madeira etc. Nada disso!
É tudo muito simples.

O motivo é “grana”.
O jogador quer faturar mais do que já ganha pelo atual contrato. Cita inclusive Kaká, que recebe igual a ele, e nem mesmo é relacionado para o banco. O jogador “já falou” para a Diretoria o que quer e disse mais,  que o Paris Saint German  tem uma proposta para ele. O Clube francês, comprado pelos petrodólares de Dubai, nega a proposta.
Mas tudo foi esclarecido.

O craque quer outro contrato – com grande reajuste – e a Diretoria já teria conhecimento de suas bases.
O único problema é que o Real Madrid está numa pindaíba de dar gosto. Vive nos últimos anos de “emprestar dinheiro de bancos sob juros camaradas”. Ocorre que, nos dias atuais, os bancos de Madrid estão (quase todos) quebrados,  vivendo de ajuda dos alemães.
Em uma situação normal, o Real não teria problemas e daria o reajuste ao craque na hora.

Com a Espanha quebrada e sem saída,  pedindo socorro aos alemães, o problema do Real Madrid é de encontrar grana.
E o aperto é grande. Até Kaká está sem receber seus salários, assim como vários outros atletas de nome.

A crise chegou ao futebol, inclusive aos “grandes” investidores na Europa.

O Real Madrid vai dar um jeito.
A solução não será a mesma do caso Tevez, na  Inglaterra, quando o dono do time lhe disse: vendo por este valor e pronto.
E o jogador teve que recuar e ficar calado.

Ronaldo voltará a sorrir com o reajuste, daqui a pouco.
Ainda que o Real tenha que se afundar mais e mais.

Aug 28, 2012

Briga sem trégua

Edward Hopper (1882-1967), “Nighthawks” (Reprodução)

Não faço parte do exército que acha o jogador Kaká um craque fora-de- série.
Nunca foi, mesmo quando ganhou prêmios e mais prêmios. Acho que era só um bom jogador. E ponto!
Agora, o que está fazendo o técnico José Mourinho nesta briga para tirá-lo do Real Madri é deplorável.

Tudo aponta que o Real não quer mais o meia.
Comprou por uma fábula (65 milhões de euros) e quer vender por 25 milhões de euros. Quer, também, ficar livre do salário do atleta nos próximos anos. Até aí é um problema do Clube espanhol.
Errou e agora está colérico.

O que não é justo é quererem se vingar no jogador pelos prejuízos da contratação toda.
Quem quis a compra foi o Real. Se não deu certo o problema foi criado pelo Clube. O jornal El País, da Espanha, diz que Mourinho quer que Kaká vá para o “terceiro mundo do futebol”. Isto quer dizer: EUA, Mundo Árabe ou Japão.
Quer varrer qualquer possibilidade de recuperação do atleta na Europa ou na América Latina.

O “Estadão” hoje  informa que Mourinho acusa Kaká de “atrapalhar seu projeto” no Real.
Lorota. Quer o lugar para contratar outro “seu” jogador para a vaga do brasileiro. Fez bem o pai de Kaká ao responder à altura ao empedernido técnico: “Projeto seu, não?  Seu e do Jorge Mendes” (superempresário que faz e desfaz no Real). Já tem cinco jogadores dele por lá e quer uma boquinha para colocar mais alguns.

Independente de não fazer parte da claque permanente (e eterna) do jogador Kaká, acho que o comportamento do Real (e de seu treinador) uma página vergonhosa para o futebol.

Torcidas organizadas

Quando é que as autoridades policiais vão divulgar os relatórios que elaboram sobre “conflitos” entre torcedores organizados?
Seria bom para todos conhecerem de onde vêm os maiores problemas nesta área difícil da Segurança. As torcidas do Timão deveriam cobrar que a polícia divulgasse esses números da forma mais clara possível. Como muita gente já sabe, teríamos surpresas e mais surpresas neste campo. Santinhos mostrariam seu lado de demônios.
E os que são satanizados pela mídia mostrariam que não são tão problemáticos como dizem os preconceitos.

Aug 24, 2012

Crise e contratações


(William H. Johnson (1901-1970), “Músicos de Rua” (1939-40)) (Reprodução)

O início da temporada de futebol na Europa mostra os perversos resultados da crise economica para o esporte.
Se na Inglaterra, ainda surfando em dinheiro russo e árabe, é possível ver algumas “grandes contratações”, nos demais países do bloco quase nada disso acontece. O caso do Paris Saint Germain é um ponto isolado no continente, já que a grana de Dubai jorra mais do que petróleo.

Espanha e Itália são as maiores vítimas do brutal “furacão financeiro”, cujos efeitos estão por toda a parte.
Não falo de Portugal, Grécia ou Turquia, porque sempre foram secundários para o futebol. Na Espanha, o tão sonhado “campeonato das estrelas” começará – pela primeira vez em muitos anos – sem qualquer contratação bombástica. Isto sem falar no incrível esforço de espanhois e italianos para “venderem” nomes consagrados que recebem grandes salários.

É por esta razão que qualquer contratação arrasta-se como uma novela “O direito de nascer”.
Veja-se o caso Ganso,  com todos os conflitos entre seus “proprietários”. Se estivesse a Europa em outro momento,  poderia o atleta já ter sido negociado  para algum Clube de lá.

Mesmo em situação inversa (onde o Clube quer vender), o quadro também é muito complicado, devido a falta de dinheiro no mercado.
O caso do meia Kaká é um exemplo marcante. Sei que muitos acham que tenho má vontade com o meia e portanto só deveria elogiá-lo, ou então nem falar dele. Não vejo assim. Kaká foi um bom jogador (bom, só bom), mas nada que justificasse a posição que a mídia queria lhe atribuir. Seu melhor período foi no SPFC, no início da década passada, quando disputou grandes partidas. Lamentavelmente, para muitos, teve o azar de enfrentar um Corinthians que tinha gosto em vencer o Tricolor.  Vampeta, Gil, Ricardinho, Dida e outros tantos tinham enorme alegria em partidas contra o SPFC. Mas após este bom período no Tricolor – que injustamente criticava o craque – Kaká foi para a Europa e fez algumas boas temporadas. Agora, no Real Madrid,  seu desempenho vem sendo muito criticado e o Clube quer, por qualquer caminho, negociá-lo.
Vários times já manifestaram interesse em alguma negociação, mas, com a falta de dinheiro no mercado, tudo fica difícil. E também o Clube espanhol não é muito feliz neste momento. Ontem, no jogo contra o Barça, poderia tê-lo colocado para jogar, pelo menos parte da partida. Mas creio que, com bronca por ter feito uma grande contratação, que afinal se mostrou frustrada, os espanhois façam bom negócio.
Estão reagindo de cabeça quente, o que pouco ajuda no negócio de um atleta.

Tudo isso ocorre pela falta de grana no mercado.
Em outro tempos, tanto Ganso quanto Kaká já estariam em novos Clubes.

Aug 15, 2012

Olha aí!

Tarsila do Amaral, “Sol Poente” (1929)

 

Este Blog, há muito tempo, vem discutindo o momento ruim que vive nosso futebol.
Sobretudo com ausência de jogadores “foras-de-série”. Isto já ocorreu na Copa da Africa so Sul, 2010, onde o elenco era dos mais fracos que o futebol brasileiro já apresentou. Não adianta a mídia inventar que este ou aquele é craque, por uma ou outra jogada. Com o tempo, a realidade se impõe. O craque Tostão, na
Folha de hoje, 15/8, fala deste grave problema.
É hora de refletirmos sobre ele, ou então, a Copa de 2014 será pesada.

 

Pior do que pensava

TOSTÃO

Após as más atuações e a derrota para o México, o futebol brasileiro está pior do que pensava

Prefiro ver o Brasil melhor no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do que ganhar mais medalhas. De qualquer maneira, se quiser evoluir, em todas as áreas, incluindo o esporte, será necessário diminuir as patotas, a perniciosa relação de troca de favores e colocar os mais bem preparados e mais dignos nos cargos estratégicos.

Não basta planejar e investir.

Projeto não fala, não pensa, nem tem alma.

O Brasil joga hoje, contra a Suécia, a última partida no estádio Rasunda, onde ganhou a Copa de 1958. Recentemente, vi, em DVD, todos os jogos, na íntegra. A seleção era melhor do que imaginei com 11 anos, ao escutar as partidas pelo rádio. O Brasil mostrou ao mundo que era possível unir o futebol imprevisível, descontraído e criativo com a eficiência.

Chico Buarque, décadas atrás, em um belíssimo texto, disse que os europeus eram os donos do campo, por ocuparem melhor os espaços, e os brasileiros, os donos da bola, por gostarem de ficar com ela e de tratá-la com intimidade. Hoje, o Brasil não é dono do campo nem dono da bola.

Está pior do que pensava. Antes da Olimpíada, achei que o time, por ser quase o principal, diferentemente de outros países, seria o grande favorito e que nossos jovens dariam show em defesas de jogadores desconhecidos. Enganei-me.

Contra o México, Mano errou ao colocar Alex Sandro no meio-campo, aberto, com a função de ser secretário de Marcelo. Alex Sandro e o time já tinham jogado mal contra a Coreia do Sul. Mano errou também ao levar Hulk. A prioridade era mais um zagueiro ou um lateral direito. A defesa jogou muito mal em todas as partidas.

O Brasil não tem um craque definitivo. O único com chance de ser um fora de série é Neymar. Ainda não é. Sem craques experientes a seu lado, no Santos e na seleção, ficará muito mais difícil para ele evoluir. Neymar vive um momento perigoso. Deram a ele o prestígio de uma celebridade mundial, de gênio, e também uma enorme responsabilidade. Se o Brasil não for campeão do mundo, os mesmos que o adulam vão massacrá-lo.

A formação ineficiente e, muitas vezes, promíscua, nas categorias de base dos clubes, e o estilo de jogar dificultam o aparecimento de craques. Com menos craques, há menos chances de isso mudar. Mano, pelo menos no discurso, tenta fazer alguma coisa, sem sucesso. As marcas da mediocridade foram impregnadas na alma dos jogadores, técnicos e de parte da imprensa.

Não adianta trocar de técnico, a não ser que surja alguém especial, romântico e racional, profundo conhecedor de detalhes técnicos, táticos, observador da alma humana e, ao mesmo tempo, corajoso, combativo e que não precisa gritar, se exibir e dizer que é tudo isso. Falta ao futebol um Zé Roberto.

www.folha.com

Aug 9, 2012

Empate no Brasileirão é ruim



 

Numa disputa de pontos corridos, como é o caso do Campeonato Brasileiro, o empate é um resultado ruim.
Foi o que ocorreu ontem à noite, 8/8, no Pacaembu, no jogo do Corinthians contra o Atlético de Goiás.  Mesmo estando há vários jogos sem derrotas, o Timão pouco acrescenta à sua campanha com estes empates que vem conseguindo.

O time corinthiano mostra que é difícil de ser vencido mas que, por outro lado, não tem êxito em “fazer” um bom resultado, no caso uma vitória. Esteve melhor, com a defesa e o meio de campo sempre organizados e atuando bem, mas faltam gols.

Ontem, vendo o técnico Tite gesticulando por todo lado à beira do gramado, lembrei-me de Mussolini,  sanguinário ditador italiano, às vésperas de entrar na Segunda Guerra.
Queria, porque queria, ir para a guerra junto com a Alemanha, mas não tinha exército. Nesta situação produziu uma frase que ficou famosa na história: “Até Michelangelo precisava de mármore para fazer estátuas. Se tivesse apenas argila, teria sido um simples oleiro”. É a situação do nosso técncico.
Precisa de jogadores de ataque de qualidade superior.

Lembre-se, por outro lado,  que o nosso goleiro não foi feliz no gol dos adversários, mas isso não deveria alterar muito a partida.
Todos falham em certos lances, até o goleiro. Boa foi a jogada do gol de empate, mostrando que o Romarinho tem muito para render no Timão.

Não é um resultado que mude o mundo, mas adia uma arrancada maior do Corinthians para mudar o Campeonato.

Esportes  e TV

Não sei o motivo que levou a Globo e a Record a brigaram tanto para transmitir estas Olimpíadas de Londres. Na maior parte dos países são transmitidos apenas alguns jogos mais importantes, ficando a maioria dos esportes coberta pelo noticiário geral. Estas longas e cansativas transmissões da SporTV (e creio que a da Record também) pouco interesse despertem no público.
E também não considero que os patrocinadores ganhem alguma coisa com isso.

A grana mata a pompa

A anunciada venda do atleta Lucas (ex-Marcelinho) do SPFC para o PSG  (será que já assinaram  ou faltou caneta?) mostra um lado nada romântico do futebol.
O Tricolor vendeu o garoto por duas razões simples: primeira, o jogador queria sair; segundo, o SPFC está precisando (e muito ) de grana.  O atleta entra na mesma nau em que já embarcaram muitos brasileiros: vai para a Europa muito cedo (não se consagrou no Brasil ou na Seleção)  e querendo “arrumar a vida”.  
Se será um craque por lá é outra coisa.

Aug 6, 2012

Futebol, Olimpíadas e outros


Grant Wood
. “Adolescência”, óleo sobre tela e têmpera, 1932. (reprodução)

Tite, nosso técnico, fez uma análise precisa do empate de ontem, 5/8, em São Januário, contra o Vasco da Gama.
Disse, na Folha, de hoje: “Gostei muito do desempenho, a marcação, a ofensividade. Mas fico com o sentimento de que a gente tem que transformar em vitória, poderia ter vencido.” Também acho.
O Corinthians foi melhor e poderia ter vencido.

Não acho que este empate seja um desastre como a guerra na Síria.
Mas não foi o melhor resultado. Mesmo estando há 6 jogos sem derrota, neste tipo de disputa o importante é vencer. O empate ajuda pouco, quase nada.

Vamos para frente, pois a equipe pode melhorar sua sequência sem derrotas e conseguir vitórias, mudando o campeonato.

“Valeu pela experiência”

Este é o bordão que mais ouço dos atletas brasileiros participantes da Olimpíada londrina.
Valeu para quem? Foi boa a viagem, bons hoteis, ótimos papos. E daí?

A mídia gosta de pegar no pé de jogadores de futebol quando, saindo do gramado, os atletas vêm com aquelas máximas “jogamos com determinação e humildade”; “o professor pediu para marcar no campo todo” etc e tal. Porém pouco falam em relação aos atletas olímpicos, que mantêm sempre a mesma cantilena: “valeu pela experiência”. Reduziram a máxima “o importante é competir” para “o  importante é viajar e estar aqui”.

Oh vida dura!

O Blog do Perrone traz uma interessantíssima matéria sobre um barraco no Tricolor Paulista.
Um empresário (ou será ex?) de um famoso supermercado teria exagerado nas cobranças ao time, ao fazer duras declarações públicas. Diz a matéria que o dito cujo – embora filho de portugueses, abandonou a Lusa – fica mandando, durante os jogos,  mensagens SMS  para o auxiliar técnico, exigindo mudanças na equipe, substituições de jogadores etc. A Diretoria tratou de desautorizar as críticas feitas em público ao treinador tricolor.

Curioso é que, na matéria do Perrone, um Diretor reclama que o empresário deveria trazer a rede de supermercados para anunciar na camisa do time.
Poderia repetir o que fez com o filho, quando corria na Fórmula 1, ou quando um batalhão de atletas era levado para a maratona de Nova York e a mídia divulgava  o incentivo como ” apoio cultural” . Esqueçam , senhores. Isto já não vos pertence mais ! O tal empresário não é mais o dono da rede de supermercados. É grande acionista,  mas não o principal.
Se desejarem falar com o novo investidor majoritário, devem procurar na lista de Paris por um nome argelino.

Jul 13, 2012

E o vento levou !

Hans Hysing, “Miss Reynolds, irmã do bispo de Lincoln” (1700-1720) (Reprodução)

Hans Hysing (1678-1752 ou 1753) Nascido em Estocolmo, Hans Hysing mudou-se para a Inglaterra em 1700, tornando-se assistente do pintor retratista Michael Dahl. Após a morte de Dahl, Hysing o sucedeu, recebendo apoio da família de George II e se consagrando entre os pintores da nobreza britânica do século XVIII.

 

Na edição da internet de hoje, 13/7, um desanimado jornalista do Corriere della Sera anuncia que o Milan vendeu seus dois maiores jogadores: Ibrahimovic e Thiago Silva.
E o pior, a matéria afirma que o Milan negociará outros de seus grandes nomes. É só aparecer alguém com algum dinheiro.

“É verdade”, diz o jornalista de Milano, “o que está fazendo o Milan não é o velho Milan, mas …. aquela sociedade não existe mais”.

Sem choro, nem vela, o time do Sr. Silvio Berlusconi – candidato a  Primeiro Ministro nas próximas eleições italianas (após quase 20 anos na chefia do Governo) – promove o maior desmanche das últimas décadas.
E ele é – ainda – candidato nas eleições do próximo inverno!

A crise bateu feio na Europa e os Clubes só querem ficar livres de contratos caros de atletas.

Nos próximos dias, veremos jogadores brasileiros que atuam em Clubes da Itália, Espanha etc, fazerem grandes declarações de amor por Clubes brasileiros.
Não seriam casos de amor repentino ou de surtos de nacionalismo,  mas pura necessidade de encontrar algum refúgio.

Os Clubes do Brasil devem pensar muito.
São jogadores caros e  – na maioria dos casos – em fim de carreira. O melhor é continuar tentando revelar jogadores por aqui e buscar contratações de sulamericanos.

Enquanto a tempestade econômica varre a Europa, o melhor é cortar todas as despesas.

Jul 11, 2012

No mercado!

 

 (Tarsila do Amaral, “Antropofagia”, 1929) (Reprodução)

 

Neste período de férias na Europa, a mídia delira com compras e vendas de jogadores.
Isso ocorre também por aqui.

A regra básica é publicar tudo: notícias confirmadas, fofocas, boatos, conversas de empresários, palpites de namoradas, mães ou avós de atletas.
Tudo recebe espaço para publicação sem qualquer filtro. E o pior: a maioria da mídia gosta de fomentar este tipo de notícia.

Por esta razão, estamos vendo notas sobre um vai e vem de jogadores, sem que a maioria deles sequer saia do lugar.

E isso é só culpa dos jornalistas? Não!
Empresários e Diretores de Clubes gostam (e muito) de vazar notícias com “99% de certeza” a respeito de negociações que – quase sempre – não dão em nada.

Com o mercado europeu frio – ou melhor, gelado – as grandes manchetes sobre contratações de atletas estão ficando limitadas aos nossos veículos de mídia.
Quem acompanhou o noticiário destes dias na Espanha, deve ter sentido que a “água está fervendo” por lá.  Os bancos, que tradicionalmente “apoiam” os grandes Clubes, estão amargando uma pindaíba e tanto.

O melhor que faz o torcedor é ver tudo com calma, desconfiando de qualquer manchete bombástica sobre contratações.
Ao aguardar um tempo, verá se o anúncio se trata de fato ou de mais um boato. Bobagem é ficar discutindo a oportunidade desta ou daquela compra ou venda antes de o negócio aparecer.
Sem bases, o “negócio” será só mais um boato que preencheu a pauta de notícias.

Dois nomes na história

Os técnicos Tite (Corinthians) e Oswaldo de Oliveira  (Botafogo-RJ) que se enfrentam esta noite no Pacaembu estão para sempre no coração dos corinthianos.
De um lado, vemos Tite, campeão Brasileiro (2011) e da Libertadores (2012), e, do outro,  Oswaldo, campeão Brasileiro (1999) e do Mundial (2000).  

Viva para estes dois grandes técnicos!

Publicidade

Vários grandes Clubes brasileiros estão “batendo a cabeça” para conseguir publicidade em seus uniformes.
Já está se tornando usual a tal “publicidade por um ou dois jogos”, que se espalha em um mundo de camisas e empresas por aí, pouco rendendo aos Clubes. Embora os times não gostem de assumir os fatos, a verdade é que a crise econômica bateu feio no futebol.
E muitas equipes ainda vão lutar bastante por conquistar um bom contrato por aí.

Quarta não é tudo igual

A TV Globo que vá tirando o cavalinho da chuva.
O que ocorreu na quarta-feira passada, 4/7/12, ficou para a história. Audiência superior a jogos da Seleção Brasileira na Copa só em outra final com o Timão. Mesmo com todos os esforços, esta quarta será fria.
Em números de audiência no Ibope.

Jul 10, 2012

Agora, o Brasileirão

Paul Gauguin (1848-1903)  (“Me. Loulou”, óleo sobre tela, 1890) (Reprodução)

Concordo com o técnico Tite, ao dizer que o Timão deve se lançar com tudo no Campeonato Brasileiro.
Até esta fase – por razões mais do que óbvias – as partidas do campeonato nacional foram relegadas a um segundo plano. Encerrada a Libertadores, com a histórica vitória do Corinthians, devemos nos voltar com toda força para o Brasileiro.

O campeonato nacional é das melhores competições de todo o mundo.
Reúne um grande número de equipes expressivas, além de contar com bons jogadores por todos os lados. Fica ainda a esperança de que algum craque “fora-de-série” apareça por aí.
É pelo que torcemos e é o que o futebol brasileiro precisa muito.

Vencer o Brasileirão é da maior importância e o Corinthians deve fazer todo o esforço para conquistá-lo.

O mundo da bola

As “mesas-recondas” das TVs de países europeus estão de fazer rir.
Quase todos os Clubes, sem grana pela brutal crise econômica que atinge  o Velho Continente, observam os “grandes negócios” reduzidos a meras trocas aqui e ali.  E uma  porção de equipes que quer, porque quer, ficar livre do ônus dos grandes salários, contratados em período de “vacas gordas”.

É a crise que está permtindo a um número expressivo de jogadores brasileiros se declararem dispostos a voltar para o Brasil.
Quase todos em momento ruim da carreira, consideram que o jeito é procurar algum Clube brasileiro que queira entrar numa aventura.

As chegadas de Seedorf e de Forlan – que a mídia tenta dar um ar de uma “volta de Ronaldo fenômeno” –  são só jogadas de marketing.
Pouco será acrescentado ao Campeonato Brasileiro. Como barulho é válido, mas, para o futebol, nem tanto.

É melhor que as equipes brasileiras procurem promover atletas jovens de suas categorias de base.
Pode ocorrer de assistirmos ao surgimento de um grande craque.

Jul 5, 2012

A Libertadores nunca mais será a mesma !



O Corinthians venceu, há poucas horas,  o Boca Juniors e conquistou a Taça Libertadores da América, no estádio do Pacaembu.
É o primeiro clube brasileiro que vence de forma invicta esta competição.

A disputa de Corinthians e Boca ficará na história como a maior final da Libertadores até os dias atuais. O clássico, que parou a América, dá outra patamar para este evento esportivo.

Até os que venceram antes – em finais pouco atrativas – terão seus títulos valorizados.

A vitória do Corinthians foi completa. Invicto, tomou apenas 3 gols e enfrentou todos os grandes adversários que andam por aí.

A torcida corinthiana está de parabéns.
Mas cumprimento, também, nossos adversários, que já há anos e anos têm como única alegria dizer que o Corinthians não tinha ganho a Libertadores. Foram eles que deram importância maior para esta conquista que, a rigor, nunca demos o valor que apregoam.

Como disse ontem, agora é lutar pelo bicampeonato Brasileiro e pela conquista do segundo título Mundial da Fifa. O bom do futebol é que o jogo nunca termina.

Parabéns, Tite !

Não preciso dizer, agora, que acho nosso técnico a maior estrela da companhia. Como sabem os leitores deste blog, sempre defendi o trabalho que executava. Mesmo com um elenco sem estrelas ou jogadores “fora de série”, montou um time competitivo, equilibrado e que ficará na história do Corinthians.

Parabéns à Globo !

Não sou de ficar elogiando a mídia esportiva, mas a TV Globo, nos últimos dias, fez um trabalho profissional e de qualidade.
O envolvimento da população nas partidas finais foi eliminando as bobagem (“há cem anos o Timão não ganha…”) e o que tivemos foi uma cobertura séria do evento. Como não vejo a transmissão do jogo, não sei se deram alguma “pisada na bola”. Pelo que me falaram, não.

A cidade parou! 

A partida terminou, há quase duas horas, e os rojões e buzinas continuam pela cidade.
Moro no Centro (Bela Vista), próximo do Pacaembu, e o trânsito está como nas  vésperas de feriados, mesmo às 2 horas da manhã. É esta força do Timão que abala a Globo e provoca tanta inveja em nossos adversários.

Hora de mudar!

Agora que o Timão venceu a Libertadores é hora de mudar esta Copita.
Primeiro, precisam pagar  mais para os grandes clubes, que têm prejuízo elevado na competição.   Segundo, necessitam repensar o número de clubes e diminuir a parcela de times da Bolívia, Peru, Equador  e Venezuela,  para citar alguns países. Assim a disputa será mais valorizada e de melhor qualidade.

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