E o vento levou !
Hans Hysing, “Miss Reynolds, irmã do bispo de Lincoln” (1700-1720) (Reprodução)
Hans Hysing (1678-1752 ou 1753) Nascido em Estocolmo, Hans Hysing mudou-se para a Inglaterra em 1700, tornando-se assistente do pintor retratista Michael Dahl. Após a morte de Dahl, Hysing o sucedeu, recebendo apoio da família de George II e se consagrando entre os pintores da nobreza britânica do século XVIII.
Na edição da internet de hoje, 13/7, um desanimado jornalista do Corriere della Sera anuncia que o Milan vendeu seus dois maiores jogadores: Ibrahimovic e Thiago Silva.
E o pior, a matéria afirma que o Milan negociará outros de seus grandes nomes. É só aparecer alguém com algum dinheiro.
“É verdade”, diz o jornalista de Milano, “o que está fazendo o Milan não é o velho Milan, mas …. aquela sociedade não existe mais”.
Sem choro, nem vela, o time do Sr. Silvio Berlusconi – candidato a Primeiro Ministro nas próximas eleições italianas (após quase 20 anos na chefia do Governo) – promove o maior desmanche das últimas décadas.
E ele é – ainda – candidato nas eleições do próximo inverno!
A crise bateu feio na Europa e os Clubes só querem ficar livres de contratos caros de atletas.
Nos próximos dias, veremos jogadores brasileiros que atuam em Clubes da Itália, Espanha etc, fazerem grandes declarações de amor por Clubes brasileiros.
Não seriam casos de amor repentino ou de surtos de nacionalismo, mas pura necessidade de encontrar algum refúgio.
Os Clubes do Brasil devem pensar muito.
São jogadores caros e – na maioria dos casos – em fim de carreira. O melhor é continuar tentando revelar jogadores por aqui e buscar contratações de sulamericanos.
Enquanto a tempestade econômica varre a Europa, o melhor é cortar todas as despesas.
Vamos ouvir o primeiro hino do Corinthians.
(Goya. “Saturno devorando um filho”, 1815)
Não vou ficar aqui discutindo venda e contratação de jogadores.
Isso é assunto que deveria ser proibido na nossa casa, nesses momentos de decisão.
A mídia saboreia declarações de pessoas envolvidas em negociações de jogadores, sejam empresários, atletas, dirigentes, pais ou até mesmo namoradas dos negociados.
Este é o pior momento para se falar desses assuntos. E é do que a imprensa gosta, pois cria-se um ambiente ruim no time e entre os torcedores. E é o que este pessoal mais deseja.
Vamos é ouvir o primeiro – e belo hino – do Corinthians, torcendo para que nesta quarta-feira os deuses do futebol estejam conosco. Viva!
Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.
CORINTHIANS… CORINTHIANS…
A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso
O gol que muda o mundo
(Clóvis Graciano, “Figura Feminina” (1944)) (Reprodução)
O futebol é um esporte em que a emoção chega aos limites da racionalidade.
Veja o que ocorreu ontem, 28/6, com a Seleção da Itália mostrando um futebol feio e pouco criativo na Eurocopa. Apareceu um Balotelli, com seu físico de herói do novo mundo, e dele vieram dois belos gols. O primeiro (de cabeça) foi mais bonito que o segundo (um chutão “de fazenda”).
E ele – como sempre – foi comemorar com a costumeira cara amarrada.
Mas nenhum dos dois tentos chegou perto do que fez Romarinho, na quarta-feira, à noite, em Buenos Aires.
Aquele lance sutil e envenenado, com um toque na bola, fazendo o goleiro pular com feições de desespero, vale toda uma carreira. São lances como este que mudam o futebol e o mundo.
Todos nós sabemos que nosso maior problema nesta temporada é o ataque.
Perdemos Adriano, e Liedson está em precária situação física. O aparecimento de um atacante criativo e eficiente na conclusão das jogadas é o que mais queríamos. Vamos torcer para que ele, cada vez mais, progrida na carreira.
O futebol brasileiro necessita – e muito – de jogadores como este Romarinho.
Outros assuntos
Nesta últimas semanas, por razões conhecidas, não tenho tido tempo para escrever sobre vários assuntos que permeiam o mundo do futebol.
A emoção dos jogos do Corinthians tomou todo o espaço, embora estejamos atentos a outros fatos que ocorram e mereçam alguma nota.
1- Agora está claro.
Ninguém – além dos corinthianos – torcem pelo Corinthians! Na reta final não dá mais para disfarçar e cada um está indo para seu “quadrado”.
Nós em um e todos os demais, juntinhos e de cara amarrada, no outro.
2-A mídia não consegue esconder o estupor com o que vem ocorrendo.
A Globo explode em audiência (o futebol surrou até suas novelinhas), mas, mesmo assim, somos obrigado a ouvir papos como “há 102 anos o Corinthians luta para ganhar esta Copa”.
Não seria melhor dizer que “desde 1.554 o Corinthians luta pela Libertadores”.
Padre Manoel da Nóbrega e José de Anchieta poderiam ser chamados (numa sessão espírita, é claro) para testemunhar o fato.
3-A campanha do Timão escondeu a crise no vizinho da Vila Sônia.
Será? Talvez, nem isso.
4- Os jornalistas pró-Santos ficaram em estado de internação à força.
Diante da postura tímida de tricolores e palestrinos, resolveram assumir uma guerra para a qual não têm tamanho. As maiores bobagens da mídia, na fase atual, estão nascendo por lá. Peço ao pessoal do Jabuca e da Briosa que façam marcação cerrada sobre eles.
É o que basta.
5-O Corinthians – com sua campanha – melhora até o humor dos humoristas.
Veja-se o José Simão, tricolor e que estava em um momento de pura chatice. Sua coluna de hoje – na Folha – está imperdível. Criativa, provocativa e – acima de tudo – bem feita. A última frase da coluna do sãopaulino é interessante: “E vou mudar meu nome para José Timão. Questão de sobrevivência. Legítima defesa.”
Viva!
6-Até a coluna do corinthiano Tutty Vasques, no Estadão, de hoje ganhou mais sabor.
Ultimamente vinha quase sem graça, pelo excesso de governismo em seu texto, mas hoje acertou a mão. Essa foi boa: “Romarinho já supera Adriano em gols marcados pelo Corinthians. Fez três em menos de uma semana contra dois do Imperador em seus 11 meses de Clube”.
Não apoio a comparação, mas foi bem sacada.
Com a mão na Taça
O Corinthians empatou com o Boca Juniors, em Buenos Aires, há pouco mais de 30 minutos.
Foi um grande passo para a conquista do título, que será disputado na próxima quarta-feira, 4/7, no Pacaembu.
O empate foi um resultado justo, embora isso nem sempre ocorra no futebol.
No primeiro tempo, o Timão foi superior e poderia ter decidido o jogo.
Na segunda etapa, o Boca tocou melhor a bola e teve algumas boas oportunidades de marcar. Seu gol nasceu de uma jogada de escanteio, na qual os argentinos são mestres.
O empate do Timão foi uma bela jogada e teve a genialidade de Romarinho com um toque de craque.
Já ganhamos a Libertadores? Não! Mas um grande passo foi dado e no Pacaembu teremos todas as condições de vencer.
Vamos para frente.
O primeiro tempo terminou e agora é o Pacaembu que dará o ritmo. E lá nós poderemos conquistar mais uma Taça!
O Corinthians é só o Corinthians na Libertadores
(Di Cavalcanti) (Reprodução)
Nesta véspera do primeiro jogo do Corinthians contra o Boca, em Buenos Aires, procuro ler, ouvir e ver quase nada do que diz nossa mídia.
Extensas matérias históricas – quase todas – procurando colocar o Timão em situação ruim. A pretexto de se tratar da importância do jogo de quarta-feira, destilam-se um sem números de bobagens a respeito da história do Clube.
Apontam estatísticas, mostrando um tabu que simplesmente não exite, reúnem números, levantando informações de crédito questionável, apresentam declarações de ex-jogadores, de jornalistas etc, tudo em uma linha para achincalhar o Timão.
Outro dia, desavisadamente, ouvi um destes gênios de nossa mídia esportiva dizer que o Corinthians poderá ganhar seu primeiro título internacional! Nem os nossos adversários de arquibancada chegam a tanto.
Curioso, também, é ver aqui a constrangida torcida pelo time argentino.
Torçam! De peito aberto, camisas e bandeiras estendidas! Nós sabemos que nestes dois jogos a regra já está escrita: o Corinthians é só o Corinthians na Libertadores.
No mais, é lorota.
O jogo já vai começar
(Botticelli) (Reprodução)
O período mais angustiante de uma grande partida de futebol é a véspera do embate.
Essas 24 horas que faltam para a bola rolar faz em todas as torcidas sofrerem.
O futebol é mágico, porque uma partida nunca está “praticamente definida”.
No basquete, quase sempre, isso não acontece. Também no vôlei, no tênis, na natação. São todos esportes onde o risco de surpresa “é sempre muito baixo”.
No futebol, esta variável está sempre presente.
Como esporte coletivo, necessita de muitas cabeças frias e concentradas para uma partida dar certo. Além de boa preparação, muito treino, esforço, raça e tudo mais, há um enorme espaço para todo tipo de desdobramento e resultados.
Sempre que o Corinthians chega a 24 horas de um jogaço, fico agitado.
A cabela gira à mil e começo pensando em tudo. Jogadores, jogadas, juízes, torcidas e até se vai chover ou fará frio .
Quando o juiz apita o início do jogo, tudo isso acaba e começa a batalha.
O futebol sempre traz, para o torcedor, a esperança de vitória de seu time. No nosso caso temos uma dose elevada de esperança. Jogamos com vantagens claras de resultado e nosso time vive um bom momento na competição. Vamos esquecer nossas falhas e tocar o barco cheios de motivação e de esperança.
E rumo a uma grande vitória.
Calma, professor!
Não preciso repetir aqui os elogios que tenho feito ao técnico Tite.
Já disse, muitas vezes, que ele é nosso principal craque nestes dois últimos anos. Com um elenco modesto, sem grandes estrelas, vem fazendo o que muitos duvidavam e vencendo compeonatos importantes (como o Brasileiro do ano passado).
Acho que nosso técnico exagerou ao dizer que “é o jogo mais importante da história do Corinthians”, se é que disse realmente isso.
É jogo importante, como tantos outros que tivemos em nossos 100 anos de vida. Isso não diminui em nada a importância do trabalho que vem realizando em nosso clube.
“In Bocca al Lupo!” , nosso querido treinador, Tite.
50 anos da conquista da Copa do Mundo do Chile (1962)!
Campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1962
30/5/1962: Brasil 2×0 México
2/6/1962: Brasil 0x0 Tchecoeslováquia
6/6/1962: Brasil 2×1 Espanha
10/6/1962: Brasil 3×1 Inglaterra
13/6/1962: Brasil 4×2 Chile
17/6/1962: Brasil 3×1 Tchecoeslováquia (Final)
O Corinthians venceu o Santos, o juiz e a várzea.
A vitória corinthiana, nesta noite de quarta-feira, 13/6, na Vila Belmiro, no jogo contra o Santos, é um passo gigantesco para avançarmos na Libertadores.
O Timão venceu e convenceu.
Venceu o jogo, com uma partida equilibrada, onde sua defesa foi o ponto alto. Vários jogadores mostraram um futebol de qualidade. Mesmo os que não jogaram bem, não chegaram a comprometer. O primeiro tempo foi um baile, do começo ao fim.
Além de vencer o jogo, o Timão venceu uma arbitragem ruim. Caseira, em todos os momentos.
Faltas foram ignoradas quando favoreciam ao Timão. Até um pênalti o juiz deixou de marcar. Critérios diferentes para cartões, tudo em prejuízo do Corinthians. Expulsou Emerson e “amarelou” em violenta falta de Neymar, alguns momentos antes. Tudo em prejuízo do Timão.
Mas, além de vencer o Santos e o juiz, o Corinthians venceu a várzea instalada na Vila Belmiro. Torcida jogando todo tipo de objeto no gramado, procurando atingir o time adversário, tornou-se um padrão na Baixada Santista. E o vergonhoso apagão (com o Timão no ataque), completou o estado de várzea generalizada na partida.
A disputa está vencida? Não.
Mas o Corinthians deu um grande passo numa partida que marca bem a diferença deste Clube com os outros que estão por aí.
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