O juiz e seus problemas
Benton, “Boomtown”, 1927-28 (reprodução)
Thomas Hart Benton (15/4/1889-19/1/1975) foi um pintor e muralista norte-americano. Ao lado de artistas como Grant Wood e John Steuart Curry, ele esteve à frente do movimento de arte Regional ou Figurativa Regionalista. Seu estilo, composto por pinturas quase que esculpidas, retratou cenas da vida cotidiana dos Estados Unidos. Conquanto sua obras esteja associada ao Meio Oeste norte-americano, Benton pintou diversas cenas da cidade de New York, onde viveu por mais de duas décadas; dos vinhedos de Martha, região em que passava férias em grande parte de sua vida adulta; da América do Sul; e do Oeste dos Estados Unidos.
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Uma boa parte da discussão da mídia esportiva (e dos torcedores, também) é sobre erros de arbitragem no futebol.
Não há jogo ou lance que não receba uma imediata crítica a respeito da decisão do árbitro. Não creio que seja possível eliminar do futebol o espaço para erros de interpretação do juiz.
Há erros e erros. Como regra, o árbitro erra para os dois times.
Mas, também, há juízes que se deixam intimidar pelo grito da torcida do time da casa, são os chamados “caseiros”. No entanto, há casos de juízes (por razões várias) querendo decidir a partida no apito. E, em casos raríssimos, há juízes “acertados” com equipes.
Nos dias atuais, creio que há erros de rotina da arbitragem.
Não conheço atualmente casos, como de há 30, 40, 50 anos, em que o referee apitava inferido por forte cor clubísticas.
Hoje, com as TVs marcando em cima todas as jogadas, é dificílimo qualquer equívoco proposital da arbitragem.
Há erros comuns, que favorecem um ou outro lado. “Esquemas”, como o folclore do esporte registra em seu passado, hoje não conheço.
O mais famoso caso de “compra” de ábitro é o da final, no Maracanã, da Copa Intercontinental, entre Santos e Milan.
A desastrosa arbitragem do juiz argentino (a favor do time brasileiro) estava “combinada”. Quem desejar saber detalhes (e são tantos e bem narrados) pode ler a biografia do Almir Pernambuquinho. Lá, sem qualquer constrangimento, ele conta tudo e explica aquela “estranha arbitragem”.
Mas isso é passado pois, nos dias atuais, qualquer erro é sempre analisado e exposto pela mídia e pelos torcedores.
A crise econômica atinge o futebol!
(Vincent Van Gogh (1853-1890). “Os comedores de batatas”, óleo sobre tela (1885))
A brutal crise na economia, hoje espalhada pelo mundo todo, atinge de forma dura o futebol.
Embora possa parecer uma ficção falar em dificuldades no mesmo momento em que a mídia divulga relatórios e estudos diários, mostrando um mundo azul no futebol, a verdade é outra e está exposta em nossa cara.
Dois dos principais mercados do futebol (Itália e Espanha) estão vivendo um inferno financeiro, que nem mesmo Dante conheceu em sua viagem ao infinito.
Empresas, Bancos, Seguradoras etc todos estão sofrendo prejuízos por vários lados. E o futebol, que sempre viveu de empresas (e também de governos), vai junto com estas organizações.
Na Itália, o quadro é de venda e de dispensa de atletas.
É uma política do barato ruim, médio ou bom. Jogadores – alguns de grande nome – são convidados a procurar outro ninho em troca do não pagamento de salários (atuais ou atrasado) ou multas. Nem se cogita em “vender”, porque (exceto um ou outro Clube) ninguém mais tem a grana necessária para bancar as transferências. As empresa italianas – proprietárias de grandes Clubes – estão correndo atrás de salvação para preservar seu núcleo de negócios, largando ônus como futebol, relegado a “ver navios”.
Os Bancos, tradicionais anunciantes no esporte, estão diariamente solicitando socorro.
A Espanha, com seu campeonato das estrelas, vive um mundo pior do que quando foi destruída sua tal “Armada invencível”, que, como sabemos, era só mera propaganda.
Real e Barça, dois dos maiores destinos de grandes jogadores nas últimas décadas, estão procurando salvar as aparências.
Não têm mais o apoio bancário, que alavancava suas operações galáticas, passando a viver de escambo. Astros destas equipes, que ainda tenham grandes salários, são “convidados” a procurar outro rumo, mesmo em operações nas quais os espanhois nada recebam. Só para livrar-se de contratos pesados.
O caso do Kaká, tão exaltado por aqui, é um exemplo do “pegue sua chuteira e saia por aí” estabelecido pelos espanhois.
Não adianta a mídia brasileira falar em propostas milionárias por nossos jogadores, porque o mercado não está para tudo isso.
Um ou outro caso mostra exceções e não a atual regra do mercado. O PSG francês vive do dinheiro árabe, que sempre se arrisca por lá. A grana é muito alta (o petróleo ajuda), mas a forma instável com que os árabes entram e deixam o futebol não traz muita confiança. Na Inglaterra, sobraram alguns Clubes com recursos, além de proprietários árabes. São os oligarcas do Leste, que já estiveram com a mão mais aberta.
Atualmente, gastam apenas o suficiente para manter um bom clima na ilha e… o passaporte da Rainha, tão querido por eles.
No mais, a crise é grande e nada indica que esteja chegando ao fim.
No Brasil, temos duas consequências claras: a primeira, trata-se da venda de jogadores para o Exterior, que está minguando e, exceto em um ou outro caso, o negócio é de valor baixo. A segunda, é a puxada de freio das empresas que investem no futebol no Brasil. Para isso não é preciso ser grande analista para ver que quase todos os grandes Clubes estão sem propaganda nas camisas. E não adianta ganhar ou perder.
Falta é dinheiro mesmo.
O futebol vive aqui e lá fora um momento de grandes dificuldades.
Mesmo com todo tipo de opinião de analistas em sentido contrário. Quem souber viver com menos dinheiro, se dará melhor.
Até a crise passar!
Seleção olímpica
Vi apenas um compacto do jogo da Seleção e sinto que há um desapego enorme pela “canarinho”.
Não sei se é porque tem muito jogador que ninguém tem ideia de onde apareceu ou se é porque há muitos atletas se achando craques sem o ser, mas a verdade mostra que os números de audiência do futebol são os menores que já tivemos.
Foi uma vitória. Só uma vitória.
Empresários na Seleção
Ontem, no Estadão, na Coluna da Sônia Racy (Direto da Fonte), uma nota de esporte chamou a atenção.
Como vem fazendo há tempos, a jornalista dá informações que habitualmente não são publicadas no Caderno de Esportes. Não me perguntem, porque não sou jornalista e não entendo essa divisão de notícias. Diz a nota “a coluna apurou que o técnico (Mano Menezes) não gosta do modus operandi de alguns empresários”. Não sei se a nota é “elogiativa” ou “criticativa” , como dizia aquele coronel nordestino. O que estarão fazendo estes empresários que o jornal não publica no Caderno de Esportes? Ou será que nosso técnico desaprova alguns (e aprova outros) empresários de jogadores convocados pela Seleção? Não entendi.
O Caderno de Esportes deveria informar melhor sobre isso.
Olha aí…!
(Aldemir Martins) (Reprodução)
A boa vitória do Corinthians ontem à noite, 25/7, no Pacaembu, no jogo contra o Cruzeiro (o Palestra de lá), deve fazer muitos corinthianos ligarem seus botões.
O Clube está fazendo o certo. Leva a disputa do Campeonato Brasileiro com todo empenho.
A disputa, como já repeti muitas vezes, não está definida e uma sequência boa de vitórias muda tudo. É o que começa a ocorrer.
O Brasileirão é importante e um |Bicampeonato agora seria ainda melhor.
E, de resto, deixaria a equipe ligada para a disputa do Mundial, no final de ano.
O Timão controlou o jogo do começo ao fim. Romarinho e Danilo fizeram uma ótima partida, embora, todo o time mereça aplausos pela atuação. Organizado, regular, com a defesa bem postada, o meio de campo criativo e – agora com o Romarinho – um ataque cada dia mais forte.
O Cruzeiro seria campeão, se pudesse computar o elevado número de faltas que faz.
Neste aspecto é imbátivel.
E este Montillo é aquele tal craque que andava querendo mundos e fundos? Menos! Bem menos!
Está certo o Tite. Vamos continuar nesta toada, que pode dar uma boa música.
Carlos (2 bilhões) Nuzman
Primeiro foi o Ministro Aldo Rebello, dos Esportes, e agora a Presidente Dilma, ambos querem (porque querem) estabelecer um vínculo entre o investimento de dinheiro público e o número de medalhas conquistadas.
Nada mais justo.
O Comitê Olimpico Brasileiro tem o dobro do orçamento da Itália para o setor, que vive dando um banho nas Olimpíadas.
Contudo, fazer uma exigência como essa é quase como comprar um bilhete aéreo sem volta para Miami para o Presidente do COB, Sr. Carlos Nuzman.
Só acho um erro nesta exigência, não se deve cobrar medalhas proporcionais aos recursos investidos somente em 2016.
É preciso cobrar já, uma vez que foi dado dinheiro público por todo lado para o COB.
O campeonato está em aberto…
(Tarsila do Amaral, “Ovo de Urutu”) (Reprodução)
Sei que muitos leitores deste blog discordam de minha insistente defesa de que o Timão não se dê por vencido no Campeonato Brasileiro.
A diferença de 14, 15 pontos para os primeiros da tabela não deve ser motivo para desanimarmos e deixarmos o campeonato de lado.
Não há nenhuma equipe que mostre condição “imbatível” no Brasileirão.
Uma sequência de vitórias do Timão coloca-o no bloco de cima da tabela. E aí a disputa fica mais acirrada.
O título de bicampeão brasileiro é importante para o Corinthians, como o de Bicampeonato Mundial.
O melhor para a disputa do final de ano é concentra-se no Brasileirão, de corpo e alma. Se for possível tirar a diferença e vencer, melhor ainda.
De qualquer forma, a própria concentração na disputa nacional dará mais tenacidade à equipe para chegar no final do ano em melhores condições para a disputa.
Mudança na Folha
A Folha anuncia que vai encerrar o caderno de esportes no modelo tabloide, que acompanha suas edições diárias.
Viva! Foi um passo atrás esta forma adotada nos últimos meses. Mas vamos torcer para que o próximo caderno de esportes não tenha a mesma confusão dos suplementos de Olimpíadas que têm saído.
Nunca vi confusão maior.
Parece coisa de centro acadêmico. Tudo misturado, anunciando grandes revelações que não são nem grandes, nem revelações.
Parabéns pelo fim do tabloide de esportes. Mas vamos melhorar muito quando terminar estas tais Olimpíadas de Londres.
Venda no jornais
Não passa um dia sem que apareça uma negociação deste jogador Lucas (ex- Marcelinho) do Tricolor para algum time europeu.
Já estão ficando cansativas as matérias com tantos números, contratos, prazos, numa sequência de se fazer inveja para qualquer marketeiro.
Curioso que isto venha ocorrendo há meses sem que a imprensa de países da Europa lembre-se de abordar o assunto, exceto para repercussão de uma notícia daqui.
2013 está chegando…
(Carybé) (Reprodução)
Os departamentos de Marketing gostam de “trabalhar” ideias geniais.
Há alguns anos, o pessoal de Marketing do Tricolor Paulista resolveu estabelecer uma data fatal, quando a torcida do SPFC superaria a do Corinthians.
Baseados numa pesquisa (?) feita para o Caderno Folhinha, o suplemento infantil hebdomadário do jornal Folha de S. Paulo, com crianças de 4 a 10 anos, os marketeiros disseram que em 2013 o Tricolor seria maior que o Corinthians. Fico pensando como teria sido a pesquisa, entrevistando uma criança de 4 ou 5 anos.
Deve ter sido com pirulitos numa mão e os discos de perguntas noutra.
Mas a verdade é que, com este “trabalho científico”, divulgaram por todo lado a “boa nova”, marcando o grande passo tricolor.
O ano de 2013 esta logo ali e nada mostra que a façanha anunciada será realizada.
Pelo contrário. Todos os números indicam que a diferença do Corinthians em relação aos demais times está se alargando.
Hoje a grande concorrência do Timão nos bairros populares são algumas Igrejas pentecontais, que fazem campanha contra o futebol.
São Paulo, Palestra e outros de fora, como Flamengo, Vasco e Flu estão ficando na poeira.
É… 2013 está chegando, e nada.
Calma! Não fiquem surpresos se eles não anunciaram o adiamento do ano fatal para 2013, 2033, 2044…
Quem estiver vivo poderá rir.
Ideia de gênio
A mídia anuncia que o Corinthians firmou uma parceria com o Espanhol de Barcelona.
Mas, quem será que teve esta ideia de jerico!
O que o Timão tem a ganhar juntando-se com um Clube desses? Se existem laços esportivos e afetivos dos corinthianos com alguma equipe espanhola é com o Barcelona, rival de morte deste Espanhol.
O Barça, sim, tem uma bela história de vida.
Este Espanhol, não.
É o Clube da elite mais reacionária da Catalunha. Sempre colaborou com o Franquismo e tem como seu símbolo o… periquito!
Nada, absolutamente nada, ganhará o Timão.
Só a ignorância histórica e esportiva permite uma bobagem destas!
Está certo que é (mais) uma parceria, que não vai dar em nada, além de notícias pontuais em alguns periódicos ou blogs.
Como o caso da República Popular do Corinthians, este ficará numa gaveta fechada da história.
Mais uma “trappola”
É impressionante a capacidade de “enrolar” que têm os dirigentes olímpicos brasileiros, notadamente o presidente do Comitê, Sr. Carlos Nuzman, quando o assunto é uso de dinheiro público e resultados.
Quando foi eleito para o COB, após longo domínio na Confederação de Vôlei, o Sr. Nuzman prometeu que, em 4 anos, o Brasil se tornaria uma “potência” olímpica.
Há quase duas décadas, vem pedindo recursos e mais recursos para a preparação olímpica. E os governos vem atendendo fartamente aos apelos do COB. Só não chegaram os resultados, que transformariam o Brasil numa “potência” olímpica.
O blog do Alberto Murray ( albertomurray.wordpress.com ) mostra que dinheiro não tem faltado.
Só não chegaram as medalhas, desta nova “potência”, que tanto foram prometidas.
Baseado em trabalho publicado na UOL , em 16 de julho último, vemos que, somente no ciclo Pequim/Londres, o esporte olímpico recebeu cerca de 2.1 bilhões do governo.
É grana para fazer inveja a qualquer potência olímpica.
E os resultados? Pífios! Nenhum salto com tanta grana.
Agora, com a chegada dos Jogos de Londres, o COB, com temor de que o desempenho será normal (quer dizer, com resultados pífios), prepara-se um novo discurso enganador para justificar os investimentos nas Olimpíadas do Rio, em 2016.
Estaríamos, segundo o COB, em Londres, apenas em uma “fase de preparação ” para o Rio.
Após este rio de dinheiro dos últimos anos, o Sr. Nuzman diz que não devemos esperar muita coisa em Londres, mas aguardemos os jogos do Rio/16.
É uma perfeita “trappola” (armadilha, golpe, ou melhor, trambique ) para “enrolar” o povo brasileiro.
Faz agora o que sempre fez, promete que o futuro será vitorioso e, para isso, deve o Governo agir como sempre tem feito: arrumar mais e mais dinheiro.
Está mais do que na hora de o Governo brasileiro dar um basta e mudar tudo nesta área olímpica.
Ou, então,vamos ficar andando de uma “trappola” a outra .
Empate ou vitória
O empate de ontem à noite, 21/7, no Pacaembu, de Corinthians e Portuguesa, não foi um resultado desastroso, mas poderia ter sido melhor.
O Timão teve o domínio do jogo e poderia ter vencido. Aquela bola na trave, após uma bela jogada do Douglas, e aquela cabeçada do Romarinho poderiam ter outro destino.
O time jogou bem e Romarinho e Douglas foram os destaques do Timão.
Vamos para frente que o Campeonato está em aberto.
Críticos e críticos
Muitos dos leitores deste blog não entenderam bem a razão da reprodução do comentário do Renato Maurício Prado sobre o jogo do Timão com o Fla.
O artigo está perfeito, embora isto não signifique que concorde com todas as opiniões de seu autor. Pelo contrário, concordo com o que escreveu neste artigo.
Nada como um elogio de um crítico feroz! Só.
Este sim é que é um crítico
QUE DISPARIDADE!
No baile que o Corinthians deu no Flamengo, algumas diferenças saltaram aos olhos. Por exemplo: enquanto no time paulista todos os jogadores vão e vêm, em bloco, com impressionante e elogiável determinação (Romarinho e Danilo se cansaram de desarmar rubro-negros em jogadas de linha de fundo na sua defesa!), na equipe carioca tudo parece ser feito com incrível indolência. Bola perdida no ataque ou na intermediária? A volta é caminhando, no máximo, trotando leve.
Só falta bocejar…
Cena comum, durante os 90 minutos: quando um rubro-negro tinha a bola, era logo cercado por três corintianos. Já quando a situação se invertia, sobrava espaço e havia tempo à vontade. Marcação dobrada por parte do time do Fla?
Nem pensar.
Abismos táticos e de postura à parte, as disparidades nas atuações individuais também foram decisivas. Enquanto os jogadores do meio-campo do time de Joel não conseguiam acertar três passes seguidos, Ralf, Paulinho, Danilo e Douglas esbanjavam precisão e objetividade.
Antes mesmo da primeira “entregada” (a de Bottinelli), Romarinho já obrigara Paulo Victor a fazer grandes defesas. Já do outro lado, Vágner Love e Hernane brigavam com a bola, nas poucas vezes em que ela conseguia lhes chegar aos pés.
Vamos falar francamente?
Três a zero foi pouco.
RENATO MAURÍCIO PRADO
(“O Globo”, Esportes, 20/7/2012, p.3)
Muito equilibrado
(Lucílio de Albuquerque (1877-1939), “Pigmalião e Galateia”, óleo sobre tela (1907)). Natural de Barras (PI), seu pai era magistrado, o que o levou a ingressar na Faculdade de Direito de São Paulo, sem, no entanto, concluir o curso. Frequentou a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, estudando com Rodolfo Amoedo, Daniel Bérard, Henrique Bernardelli e Zeferino da Costa. Consagrado no Salão de Belas Artes, em 1902 conquistou a menção de 2º grau. Nas edições seguintes, obteve a menção de 1º grau (1904), a medalha de prata (1907), a pequena medalha de ouro (1912, com “Despertar de Ícaro”), a grande medalha de ouro (1916) e medalha de honra (1920, com “Retrato de Georgina”). Desde sua morte, muitas mostras foram organizadas, celebrando o grande artista. —————————————————————-Sempre admirei Maradona, atacante argentino de qualidades raras.
Vi jogos memoráveis deste polêmico atleta.
A mídia brasileira, no entanto, nunca pegou leve com o jogador.
Primeiro, por esta bobagem de sempre compará-lo a Pelé pelo posto de número um do futebol mundial. Depois, pela problemática das drogas.
Diariamente, o grande jogador é massacrado com ataques de todo o tipo.
Curioso que famosos jogadores brasileiros, igualmente viciados em algum tipo de substância nociva, são blindados pela mídia. O caso de Garrincha é exemplar. Notável jogador, morreu de cirrose fruto do vício da pinga. Mas a Nação Brasileira só soube disso com a biografia (de Ruy Castro), publicada muitos anos após sua morte. Até então, o assunto era foco de um completo silêncio.
Maradona e Garrincha eram dois notáveis jogadores.
Seus vícios – que lamentamos – jogaram contra eles, mas não devem ser motivo para diminuí-los.
Maradona, além de grande atleta, é uma dessas pessoas de discurso e ações polêmicas.
Mas é extremamente generoso, como demonstrou o episódio de sua entrevista com o Rei na TV Argentina. Pelé vivia um péssimo momento, com o filho preso, envolvido em um problema barra pesada. Maradona poderia ter devolvido toda a ironia que recebera (inclusive de Pelé), mas fez o contrário. Foi solidário e o apoiou, enquanto sofria como pai, num gesto memorável, esquecido pela mídia tapuia.
Sempre gostei de Maradona.
Há muito tempo ele mostra sua admiração pelo Corinthians. Nunca escondeu que seu ídolo foi Rivelino, o Reizinho do Parque. Sempre disse que procurava imitar o notável meia do Timão.
E agora, antes do jogo com o Boca, veio com uma declaração que mostra porque ele é esta figura fantástica.
Disse Maradona : “O Corinthians é uma equipe totalmente atípica das demais brasileiras. Ele se parece muito mais com um clube italiano do que de seu país, muito arrumado, que explora os contra-ataques, preenche os espaços vazios “.
Vejam que analista refinado!
Disse em poucas palavras o que estamos vivendo nestes últimos meses. Time organizado, bem colocado em campo e difícil de ser vencido.
Este Maradona é craque e cada vez mais admiro este argentino!
Este COB é de morte !
Mirou. “Paisagem com fazendeiros e cavaleiros” (óleo sobre tela)
Anton Mirou (1570–1661?). Nascido em Antuérpia, filho de um boticário, pintor barroco de origem flamenga e de família protestante, notabilizou-se ao registrar paisagens. Em decorrência de conflitos religiosos, radicou-se em Frankenthal, onde formou um grupo de artistas, reunindo Gillis e Pieter van Coninxloo Schoubroeck.
Quem acha que os grandes problemas da gestão do esporte brasileiro limitam-se ao futebol, não conhece os tão falados “esportes olímpicos”.
Enquanto no futebol os dirigentes tem sua conduta diariamente analisada, o que ocorre no vôlei, no basquete, na natação, no atletismo e demais modalidades, passa quase sem críticas ou holofotes. E esta área (dos chamados esportes olímpicos ou “amadores”) tem as piores gestões.
Foi preciso que um consultor americano, num momento de grande lucidez, dizer poucas palavras para definir o quadro reinante, em que é dificil promover qualquer mudança de mentalidade, pois o sistema é contaminado pela quase perpetuação de presidentes de suas entidades.
Na Folha, de hoje, 17/7, diz Steve Roush: “Algumas Confederações são governadas pela mesma pessoa durante um longo período. É quase uma operação familiar. É um problema infundir novas ideias, um novo gerenciamento”.
O maior exemplo é o Sr. Carlos Nuzman, presidente que há quase duas décadas responde pelo COB, tendo tido antes um longo (e quase interminável) reinado na Confederação Brasileira de Vôlei, onde seguiu os passos de seu papai.
Em quase todas as modalidades, isso se repete, em longo e familiar reinado de dirigentes.
Tudo mantido por dinheiro público.
E com resultados pouco animadores, como vemos nas Olimpíadas, embora o Sr. Nuzman tenha prometido – quando assumiu o COB, lá atrás, há quase 20 anos, que, em “no máximo” 4 anos, seríamos uma “potência olímpica”. Até hoje estamos esperando a chegada do paraíso.
A receita para mudar este quadro é aplicar-se a todas as entidades de esporte (Clubes, Federações, Confederações etc) o princípio adotado pelo Corinthians em seu novo Estatuto: mandato de 3 anos; fim da reeleição; e a limitação para que o Dirigente só possa se recandidatar após 2 mandatos de terceiros (um lapso de 6 anos).
Se aplicada, esta regra produziria uma grande mudança nos esportes olímpicos, refletindo-se também no futebol.
Bastaria ao Governo querer e agir pela mudança na legislação do Esporte.
O Ministro Aldo Rebelo, alegre pela recente vitória do Palestra na Copa do Brasil, poderia enviar um projeto de lei promovendo uma revolução no Esporte.
Vamos lá, Ministro!
O campeonato começou.
(O’Neill. “Embarcando no navio”, 1860. George Bernard O’Neill (1828-1917) nascido em Dublin, Irlanda, foi aceito como aluno da Royal Academy, em 1845. Despontou como artista em 1852, reconhecido por sua obra “O enjeitado”. Conhecido como pintor de cenas rurais e imagens bucólicas, algumas remontando a situações pueris e até emotivas. É considerado seguidor de Thomas Webster e de Frederick Daniel Hardy. )
O Brasileirão de 2012 começou neste ultimo final de semana.
Até agora, o que interessava mesmo eram as disputas finais da Libertadores e da Copa do Brasil.
As primeiras rodadas do Campeonato Nacional amargaram muitos jogos com equipes reservas e, portanto, com poucos atrativos para os torcedores.
Melhor seria se o Brasileirão só tivesse jogos após o final das duas disputas, que tanto agitaram o Brasil. Esperemos que no próximo ano – com a Copa do Brasil vitaminada pela presença de todos os grandes clubes – não se perca tempo com rodadas pouco atrativas no Nacional.
Para o torcedor, o Brasileirão começa agora. Alguns times partem com vantagem de 10, 12 até 14 pontos sobre os demais.
Nada que não possa ser recuperado.
Pelo que vimos até aqui, não há nenhum grande Clube com força para disparar na competição.
O campeonato deve ser conquistado pela equipe que mostrar melhor regularidade. Bom, aí se situa a nossa grande arma.
O Corinthians, iniciando suas partidas no ritmo que tem imprimido nos últimos anos, deve assinalar o alerta de “perigo” para os adversários.
Com uma sequência de 3 ou 4 vitórias, o Timão passará a disputar os primeiro posto do Campeonato.
Regularidade é a primeira exigência de uma competição por pontos corridos.
E o Corinthians tem o melhor momento neste tipo de disputa.
Vamos torcer para que a equipe se concentre no Campeonato, assim as vitórias virão.
Podem preparar o vidro de calmante!
Romarinho
Fiquei com a nítida impressão de que os jornalistas que falaram ou escreveram sobre a partida de sábado, 14/7, do Timão contra o Náutico, não viram o jogo.
A atuação de Romarinho foi solenemente ignorada pelos “especialistas” da matéria. Para quem estave no Pacaembu, o jogo foi outro. Todas as bolas que chegaram até Romarinho, receberam seu toque criativo e de boa qualidade.
Não perdeu uma jogada e só foi parado por faltas.
Se será craque “fora de série” é outra coisa.
Agora que foi – disparado – o melhor jogador da partida, isto ele foi.
Ou então, o futebol é outro esporte, e o que vimos era rugbi.
CBF e os problemas
Esta confusão toda em que ficou a Fifa, a CBF, Blatter, Havelange, Teixeira etc, está longe de chegar ao fim.
E tudo isso ocorre no período em que se aproxima a Copa no Brasil.
Ainda teremos muitos lances e caneladas por aí.
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