Browsing articles from "May, 2012"
May 21, 2012

Sem regularidade

 

(Romero Britto, “First Love” (2008))

A derrota do Corinthians, no jogo de abertura do Brasileirão para o Fluminense, não é o “fim do Mundo”.
Mas deve trazer uma  dose de preocupação aos alvinegros. Foi uma partida igual e se o resultado fosse um empate nada teria de injustiça.

Corinthians e Flu jogaram com times mistos. O Timão mostrou que pouco podemos esperar deste time para socorrer as carências da equipe principal. Alguns “craques” estão em precárias condições físicas. Liedson, grande jogador, faz um esforço de herói para jogar, mas seu corpo não responde. Douglas, é jogador criativo e de elegante toque de bola. Mas está longe de suas melhores condições.

No Timão, o destaque foi o zagueiro Marquinhos. Preciso no desarme, corretíssimo com a bola no pé, sai jogando com criatividade. É jogador que, evoluindo como está, em breve jogará no time titular. Gostei também do meia do Flu, Fábio, filho do técnico Abel. Toca bem na bola e tem visão de jogo.
Acho que tem futuro.

A derrota não foi um bom resultado por muitos motivos.
Primeiro, porque é sempre ruim perder, especialmente, no jogo inicial do Campeonato. Segundo, porque a regularidade sempre foi a marca deste Corinthians, com este elenco sem grandes craques. Com time organizado(equilibrado, como diz o técnico) o Corinthians foi acumulando pontos na última edição do Brasileiro. E isso não aconteceu na rodada inicial do torneio.
Vamos torcer para uma rápida recuperação,  que dê um caminho certo para a equipe.

O craque

Por mais que a torcida e a mídia peguem no pé, o técnico Tite é a razão principal deste bom momento que o Corinthians vive nos últimos 12 meses.
Com uma equipe sem estrelas, para dizer o mínimo, tem conseguido disputar todas os torneios de que participa. Organiza bem a defesa e o meio de campo. No ataque, vai como pode. Com uma equipe assim, sem nenhum jogador ficando como figurinha carimbada em nosso álbum, o técnico é o craque do time.
Esperando a chegada de melhores atletas.

No Pacaembu

Ontem, 20/5, no Pacaembu, foi possível constatar, mais uma vez, a  grande presença de crianças no estádio em uma partida do Timão.
É certo que era um jogo com pequeno público, o que estimula as famílias a comparecerem, mas é emocionante ver o número de fanáticos corinthianos que estão vindo por aí.
Viva!

May 20, 2012

Um campeonato de primeira

Esta começando o Campeonato Brasileiro de Futebol que reúne os melhores clubes do  Pais. É uma grande competição. Das melhores do mundo. Poucos são os campeonatos de oferecem tantas oportunidades de grandes jogos como o nosso. Grandes jogos e revelações de jogadores. É a mais importante competição dos clubes brasileiros. Disputado durante todo ano, pelo sistema de pontos corridos, ao final consagrará um time como campeão.

O Corinthians, campeão do ano passado, inicia sua jornada enfrentando o Fluminense  no Pacaembu. Como sabemos, nesta competição, o importante é vencer e acumular pontos. O Timão, com um time modesto mas regular, conseguiu vencer em 2011 porque venceu nos momentos certos da competição. A regularidade é mais importante que momentos de grande exibições seguido de partidas ruins.

A marca do Corinthians, nos últimos meses, é o equilíbrio e a regularidade. Equilíbrio do time sempre bem organizado. Sem craques fora de série, trabalha bem a regularidade do time e dos jogadores. Com um time bem organizado, uma defesa compacta, um meio de campo aguerrido e um ataque abaixo da média do time. Esta tem sido a receita de nossa vitória. É certo que faltam ao time uns 3 ou 4 jogadores com nível superior a média. Não temos.  Os novos jogadores  que anunciam a chegada são atletas comuns. Medianos. E em nada mudarão  a equipe que não contam com nenhum jogador extraordinário.

Num campeonato longo a regularidade é um fator de grande importância. E isso o Corinthians tem.

Europeus

Não vi a final do torneio europeu de futebol. Para ser sincero, não acho esta competição a oitava maravilha do mundo. Já vi muita equipe ruim  vencer com grande festa. A mídia dá um valor exagerado para este eventos. É o famoso complexo de vira-lata. Porque é lá na Europa é bom, bem organizada, de grande qualidade. Nada disso. Na maioria das vezes os campeonatos dos países do Velho Continente são ruins. E também a tal Liga.

Retornados

Se a mídia brasileira estivesse interessada em dar um belo quadro dos brasileiros que jogam na Europa, teríamos uma situação dolorosa. Quase todos os nossos jogadores que estão por lá, são oferecidos para Deus e todo mundo. Os clubes europeus querem ficar livre dos grandes salário, neste momento de crise econômica. E nada melhor do que dispensar jogadores que estão rendendo muito pouco. Os  atletas do Brasil pouco ou quase nada tem jogado na Europa. Os nossos grandes ídolos estão na reserva por lá . Isso quando são relacionados para os jogos pois, muitas vezes, nem isso conseguem. É a hora dos retornados.

May 19, 2012

Dietrich Fischer-Dieskau

Dietrich Fischer-Dieskau, barítono alemão, considerado um dos mais importantes cantores líricos do século XX, faleceu na última sexta-feira, 18/5/12.
Nascido em Berlim, em 28/5/1925, filho de uma professora e de um diretor escolar, começou a estudar canto na infância, mais aprimorou seus estudos a partir dos 16, interrompendo-os durante a guerra.
Em 1947, começou sua tragetória como cantor profissional, interpretando em Badenweiler, “Ein Deutsches Requiem” de Brahms. Seu primeiro recital ocorreu em Leipzig, no outono de 1947, projetando-o em todo o país.
Logo chegou a atuar em papéis de destaque ao lado de sopranos como Elisabeth Schwarzkopf e Irmgard Seefried.
Debutou em 1948, no Städtische Oper Berlin, no papel de Posa na ópera “Don Carlo”, de Verdi.
Nos anos seguintes, foi convidado a se apresentar em grandes palcos operísticos, como Viena, Munique, Paris, Milão e Londres.
Além de marcantes interpretações de ópera e de lieder, destacou-se em papéis de compositores contemporâneos, como Benjamin Britten, Samuel Barber, Karl Amadeus Hartmann, Hans Werner Henze, Ernst Krenek, Witold Lutoslawski, Siegfried Matthus, Aribert Reimann, Winfried Zillig e Gottfried von Einem.
Sua obra mais popular é o registro de “Viagem de Inverno”, um conjunto de Lieder de Franz Schubert.



May 18, 2012

Um atraso só

 

(Aldemir Martins) (Reprodução)

Quem viu, na noite de ontem, o jogo do Boca contra o Flu, pela TV daqui (ou ouviu pelas rádios brasileiras) deve ter ficado triste.
Triste e preocupado com o padrão em que se encontra nosso jornalismo esportivo. E isso é regra nas transmissões de jogos com os argentinos.

A mídia tupiniquim colocou na cabeça que os jogadores argentinos são eternamente desleais, catimbeiros, maldosos, brutos como uns animais.
E eles jogariam com objetivo de machucar o adversário, iludindo o juiz ou fraudando o resultado. É uma posição antiga e claramente preconceituosa com os hermanos. O tempo todo se  fala em lances violentos, quase nojentos dos platenses.

Tudo uma fraude! Os argentinos são sim bons jogadores, têm uma bela escola de futebol, somente inferior à nossa (nós temos atletas negros e eles não, e isso faz a diferença) e o resto é invenção.
Quando vivíamos na época do rádio, tudo bem.  A mentira era livre. E aí foi sendo construída esta imagem deturpada no futebol. Agora, com a TV, por mais que se queira manipular o discurso, não dá para sustentá-lo. Essa mania de querer acusar o destempero de argentinos e de juízes pelas derrotas brasileiras é lamentável, e de vida curta. Quando vista a imagem, a farsa da transmissão é desmontada.

Ontem à noite, o juiz “pegou leve” com o Flu.
Se o árbitro quisesse prejudicar, teria expulsado mais um ou dois jogadores brasileiros.  Teve até  jogador do tricolor dando um golpe (um não, 3) como somente é visto no UFC. E não foi expulso! O pior foi a cena (mal feita) de um outro jogador brasileiro, fingindo ter sido atingido. O repórter da Fox completou, informando que o argentino estava xingando o atleta do Flu, que estava rolando no chão. Que maldoso, esse argentino!
Nem aplaudiu uma cena tão ridícula dessas.

Os jogadores brasileiros, normalmente perdem a cabeça em jogos com os argentinos.
A mídia brasileira inventa e alimenta que eles são medievais e os nossos craques entram nesta bobagem. Agrave-se que o nível escolar e  cultural dos jogadores brasileiros é bem baixo, quando comparado aos argentinos. Quase todos os nossos guerreiros vêm das periferias das cidades. Poucos chegam aos clubes sabendo ler e escrever com desenvoltura. A vida só lhes deu o dom de jogar futebol. Aí eles assumem todas as bobagens da mídia,  chegando ao campo com o equilíbrio  psicológico prejudicado. E vão para o jogo como quem entra numa guerra. Como fez o Flu ontem.
E se dão os vexames que já conhecemos.

Recordo-me disso num jogo do Corinthians contra o River em 2003, na Argentina.
Não há psicólogo  que remova todos estes obstáculos: atletas com formação cultural precária; uma mídia os incendiando, pintando o adversário como desleal, violento etc; e a cabecinha de alguns de nossos jogadores (e também torcedores) aceitando que vamos enfrentar “covardes” argentinos.
É o caminho para o bom futebol ir por água abaixo.

Quando a mídia tapuia entender que os argentinos jogam futebol (e do bom), com virtudes e defeitos,  como nós também temos, nossos jogadores e técnicos mudarão a forma de enfrentar o adversário e o quadro será melhor.
Mas isto demora. E muito.

Dopados 

Quando comecei a acompanhar o futebol (no final dos anos 50), aceitei todas as informações preconceituosas (e até mentirosas) da mídia brasileira a respeito dos argentinos.
Era comum, nos jogos contra eles, a acusação de sempre: jogam dopados. Só venciam porque estavam dopados. Farsa. Anos após, vi que alguns dos maiores clubes brasileiros  (não vou citá-los novamente) adotavam os vários  “remédios”, um claro doping – comum – em seus atletas.
Aquele papo contra os argentinos era mais uma acusação preconceituosa da mídia timbira.

Sem nível

Quem leu ontem a nota do Presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro deve ter ficado espantado.
O baixo nível e a falta de pé e cabeça dos termos de seu protesto contra a arbitragem do jogo Corinthians e Vasco assustam pela infantilidade.
Não afirma nada, insinua tudo. O mais interessante é a parte final com a expressão “Muito estranho!!!!!!” . Quem foi o bobalhão que redigiu isso?
É motivo para demissão por justa causa.

May 17, 2012

Do blog do Juca

 

E o Timão comprou até o tira-teima 

 

Nunca foi tão verdadeira a ideia de que temos no país um Todo Poderoso Timão.

Depois de passar, entre os anos 50 e 70, duas décadas comprando a FPF para não ser campeão estadual e, assim, fazer crescer sua legião de sofredores e maloqueiros;

depois de fazer o mesmo com a CBF entre 1971 e 1990, quando, enfim, comprou o primeiro de seus cinco títulos brasileiros, além das três Copas do Brasil, todos no apito;

depois de comprar a Fifa e a Band para ser o primeiro campeão mundial de clubes Fifa, no ano de 2000;

depois de comprar a CBF para cair para segunda divisão e voltar a sentir o gosto de sofrer, masoquistas que são os Fiéis;

e de ver a Ponte Preta pagar mais à FPF e roubar-lhe novo título estadual que já estava comprado;

Tan-tan-tan-tan, eis que o Todo Poderoso Timão chegou ao auge:

comprou o Tira-Teima da Globo para mostrar que houve impedimento no gol do Vasco, gol que o eliminaria da já adquirida Taça Libertadores.

Só mesmo abatendo-o a tiros.

Vá ser forte assim em Itaquera.

(Opa, e não é que é uma boa ideia?…)

http://www.blogdojuca.uol.com.br

 

May 17, 2012

O jogo continua

 

(Manabu Mabe, “Agonia” (1963)) (Reprodução)

A primeira partida de Corinthians e Vasco terminou com empate de 0x0, num jogo comprometido pelo péssimo gramado.
São Januário – sempre elogiado – é um estádio ruim, com um gramado pior ainda. Duas equipes aguerridas, com pouca criação individual, muita força e correria foi isso o que tivemos.

O empate é um bom resultado para o Corinthians, que tem todas as condições de vencer a partida no Pacaembu na próxima quarta-feira. Não faltou empenho dos atletas. O Corinthians com uma defesa impecável, um meio de campo combativo, mas pouco criativo e um ataque com deficiências claras. Conseguiu um bom resultado  numa disputa de 180 minutos. Agora é partir para a decisão em São Paulo, onde o ataque poderá render muito mais.

Mesmo com a mídia querendo ver erros do juiz onde não houve (como no caso do gol impedido do Vasco), o resultado traduziu a partida e foi melhor para o Timão. Agora vamos ao segundo tempo desta disputa onde temos todas as condições de vencer.

A mídia sofre

Que tristeza a mídia da TV e das rádios procurando botar pressão em cima do Corinthians com esta história de Libertadores.
Todos os dados inventados para favorecer o Vasco foram trazidos. O Corinthians não ganha disso… não vence daquilo… blábláblá… e vai por este caminho. Cada vez mais fico convencido de que este Torneio é supervalorizado apenas para atacar o Timão, que ainda não o ganhou.

Esta história de dizer que é “coisa mais importante do mundo” é balela.
É uma disputa importante como tantas outras que o Corinthians já participou e ganhou. A mídia só supervaloriza porque ainda não a conquistamos. O dia em que isso ocorrer, dará a esta Copa o papel que realmente tem.
Bem menor do que diz a mídia hoje.

Estádio

Pelo que diz a mídia (e a Fifa) o único estádio em construção em bom ritmo é o do Corinthians.
No relatório divulgado pelos jornais, quase todas as reformas ou construções de arenas, estão atrasadas. Algumas já  comprometidas e  com prazos estourados. Apenas a Arena Corinthians segue uma boa trilha. Está no prazo (ou melhor, adiantada) do calendário previsto. Não seria hora de a mídia elogiar o Timão, que tanto está lutando para deixar a Cidade com um estádio para abrir a Copa? Não. Não virá nenhum elogio. Mesmo que os fatos provem o contrário.
É a regra.

May 16, 2012

Jogaço

El Greco, “O martírio de S. Maurício” (1580-1581) (Reprodução)

O  jogo de hoje à noite, em que o Corinthians enfrentará o Vasco da Gama, tem tudo para ser uma grande partida.
O  Corinthians sabe o que enfrentará. São Januário é uma zona de guerra em dias como este. O Timão terá probelmas da chegada à saída. E não será apenas a torcida que sofrerá todo tipo de problema. Os jogadores terão confusão na porta do vestiário, na sala de uniformes e até na fase de aquecimento da equipe. É assim em São Januário. E não há razão para temer ou tremer.

O Corinthians tem um time equilibrado, bem organizado e poderá fazer uma ótima partida. Terá o problema no ataque, pois estamos praticamente sem centro-avante típico. Mas isso não é motivo para lamentar. Com um time aguerrido, organizado e tocando bola, vamos para vencer.

Esta é uma partida que tem 180 minutos. Começa no Rio e termina em São Paulo, na próxima quarta-feira. Não há necessidade de decidir o jogo nos primeiros 10 minutos. Em São Januário o tempo jogará conosco. E o time do Vasco quer (e gosta) de jogar no contra-ataque. Calma e dedicação.
E vamos para vencer.

Sem sentido

Não entendo a razão desta relação amistosa entre torcedores do Vasco e do Palestra.
O time carioca, com algumas características do Corinthians é o Vasco. Um clube popular, nascido na periferia, aberto e sem racismo. Como o Timão, aceitou pessoas de todas as origens, inclusive os negros. Diferente é o Palestra, que só após a Segunda Guerra retirou de seus estatutos restrições racistas de todo tipo.

Por esta razão, não entendo a torcida vascaína, juntando-se aos palestrinos. Suas origens são diferentes e de caminhos opostos.  
Ou será que querem apagar sua bonita  história da colônia portuguesa?

Reclamar

Criticar arbitragem, quando ela erra, é um direito de todos.
Mas ficar com a mania de que será prejudicado pelo juiz, antes da partida e sem antecedentes de malandragem, é um erro. Vira coisa de chorão. E isso é péssimo. Vejam o Inter. Abriu a boca, é choro. Vamos manter a linha. Criticar, talvez, mas não chorar.

May 15, 2012

Um Parreira à paulista

 

Amedeo Modigliani, “Grande Figura Nua Deitada”, 1918.

EXPOSIÇÃO: AMEDEO MODIGLIANI NO MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO
QUANDO: Abre amanhã, dia 16/5, às 19h30, para convidados; de ter. a dom., das 11h às 18h; qui., das 11h às 20h; até 15/7.
ONDE: Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 0/xx/11/3251-5644).  ACESSO: Estação de Metrô Trianon-MASP.
QUANTO R$ 15.

 

Neste dia (15 de maio), há 10 anos, o técnico Carlos Alberto Parreira vivia um momento ímpar em sua vitoriosa carreira.
O Corinthians, time que ele dirigia, ganhava naquela noite, em Brasília, a Copa do Brasil. Três dias antes havia conquistado no Morumbi o Torneio Rio-S.Paulo, que reunia as 16 principais equipes cariocas e paulistas. Foi um momento especial em sua carreira, como ele mesmo falaria tempos depois.

Quando Parreira chegou ao Corinthians, era um técnico para lá de contestado, especialmente em São Paulo, pela mídia e pelos torcedores.
Sua fama de retranqueiro era o mínimo de que se falava. Embora já tivesse um longa carreira com grandes vitórias (como Campeão do Mundo pela Seleção Brasileira nos EUA, 1994; Campeão Nacional com o Fluminense (embora tivesse dirigido a equipe somente na parte final do campeonato), Parreira era impiedosamente criticado. Tanto que, alguns dias antes de ser contratado pelo Corinthians, em grande entrevista, disse que não desejava dirigir qualquer Clube no ano de 2002, após sua passagem pelo Inter de Porto Alegre.

A mídia paulista era especialmente azeda com Parreira.
Acusavam-no de ter um discurso muito refinado (incompatível com o futebol, segundo eles). Não era um boleiro e os jogadores não “gostavam” disso. Por outro lado, havia a dramática passagem pelo SPFC, alguns anos antes.  Logo após conquistar o Campeonato do Mundo, chegou ao Tricolor, que era todo festa. Seria a reunião de um time diferenciado, com um técnico  que falava sem erros de linguagem, tão ao gosto dos lordes. Foi um fracasso total. Creio que Parreira nunca esqueceu o “conto do vigário” em que caiu.  Aquilo que a mídia dizia ser um “Olimpo”, na verdade se tratava de um Clube com métodos quase varzeano.
Que levaria o treinador a um curto (e inesquecível) período no Tricolor.

No dia de sua apresentação no Corinthians,  a Diretoria alvinegra quase foi massacrada pelos jornalistas, que “queriam  vingança” por Parreira não ter vencido no São Paulo. Poucas foram as vozes que divergiram, vendo em Parreira um profissional de alto nível, sério e competente.

O tempo se encarregou de mostrar que o ex-técnico da Seleção era – na verdade – um treinador ideal para um grande Clube. Organizado, sua Comissão Técnica tinha toda a programação do ano. De treinos técnicos, jogos, coletivos e até dias de rachão. E ele sempre gostou de fazer o que poucos técnicos apreciam: treinar. Treinar o tempo todo, sempre cobrando disciplina em campo.

Sua vitoriosa passagem pelo Corinthians marcou sua carreira. Decorridos 10 anos daquela conquista, ele se tornou um técnico que deixou imensa saudade e uma marca positiva entre os corinthianos. Após aquela temporada, desapareceram os rótulos acusando-o de retranqueiro, despreparado e anti-futebolista. E ele merece todo o respeito por ser um profissional correto, sério competente e vitorioso.
E nós do Corinthians agradecemos. Muito.

Não esquecem 

O que leva uma torcida, na hora em que seu time é campeão, gritar e cantar xingamentos contra um adversário que não estava ali?
Simples. Freud explicaria bem. Não se esquecem do adversário – em qualquer situação – porque queriam, na verdade, não o título,  mas o status e a grandeza que correspondem ao outro e eles não têm.

Mônica e Sônia

A coluna de hoje da Mônica Bérgamo, na Folha, e a da Sônia Racy, no Estadão, deveriam circular juntas.
Todas as fotos são iguais. Torcedores “famosos” – a maioria banqueiros – num camarote no Morumbi, no último domingo. Será que apareciam para prestigiar a equipe deles? Não creio. Talvez  fosse mais um banqueiro querendo melhorar sua  imagem diante do público (Vejam, eles vão ao futebol!  então são gente comum…) do que para mostrar a força do time.

Bom exemplo 

O Blog do Birner, no dia de hoje, publica uma interessante matéria sobre a briga do SPFC/Inter/Oscar/ Bertolucci.
Um membro de um Tribunal Superior – onde tramita o caso – vai se dar por impedido na matéria, por ser torcedor militante do São Paulo. É um exemplo que deve ser destacado. Em tese, a imparcialidade em casos como este, estaria comprometida. Mas faz bem o juiz em se afastar da questão. Há outros casos idênticos a esse. E alguns onde o comportamento foi no sentido contrário.
Devemos aplaudir o magistrado lembrado pelo Blog do Birner e  não nos esquecer dos que fizeram de maneira diversa.

May 15, 2012

Dez anos!

Corinthians, campeão da Copa do Brasil, 2002.


 

 

Corinthians, campeão do Rio-São Paulo, 2002.



May 14, 2012

2 títulos em 3 dias

 

(Aldo Bonadei. “Abstrato” (1962) (Reprodução))

Há 10 anos o Corinthians ganhava dois títulos em uma mesma semana.
Foi uma jornada de intensa emoção, com o Timão vencedo o “Torneio  Rio-São Paulo” ( dia 12 de maio de 2002) e a “Copa do Brasil” em 15 de maio.

No domingo,  no Morumbi, o Corinthians conquistou o primeiro título (Rio-São Paulo), com um empate contra o São Paulo.
O Timão já havia vencido o primeiro jogo (3×2) em 5 de maio. O Torneio reunia as principais equipes cariocas e paulista. Eram 16 times  na disputa, que teve partidas emocionantes. No primeiro jogo da final, os gols do Corinthians foram de David, Gil e Leandro. No segundo jogo, o Corinthians conquistou a Taça com um empate no Morumbi. O gol do Timão foi de Rogério, aos 32 do segundo tempo. Para desespero dos tricolores, que vinham de uma série famosa de derrotas para o Coringão.

Na quarta-feira (dia 15) – ainda com um sabor de festa no ar –  com um empate com o Brasiliense, em Brasília,  o Corinthians ganhava a Copa do Brasil.
No primeiro jogo (dia 8), vencera a equipe da capital no Morumbi, por 2×1, com dois gols de Deivid. No empate em Brasília, também o gol do Timão foi de Deivid.

Esta é uma marca inesquecível para o Corinthians: dois títulos importantes em uma mesma semana.
A equipe corinthiana era dirigida pelo técnico Carlos Alberto Parreira e uma eficiente equipe de profissionais. O time-base daquela conquista era: Dida, Rogério, Anderson, Fábio Luciano; Fabrício, Vampeta, Ricardinho; Deivid, Gil e Leandro.

Dois títulos que a torcida corinthiana nunca esquece.

Pages:«1234»