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Parece que caiu a ficha dos jogadores que organizam o movimento Bom Senso FC. As idéias iniciais ( com aplauso quase geral pela mídia) levavam ao nada. Ou melhor, com uma casca de revolução, mantinha todos os problemas que temos.
As bandeiras iniciais foram ( ou eram) : férias dos atletas;tempo para pré-temporada;alteração no calendário com diminuição de jogos; flair-play financeiro (isto é pagar os salários) e presença de jogadores nos órgãos esportivos. Algumas são de inteira justiça (salários, férias, pagamento etc) mas outras são totalmente equivocadas . A principal bandeira era a diminuição de jogos dos clubes. Um erro só.
O problema da maior parte dos clubes brasileiros é ausência de jogos não excesso de jogos.
A mídia, de hoje, publica uma grande mudança na “plataforma” do BSFC. Diz um atleta para a UOL : “aumentar os jogos dos pequenos e diminuir dos grandes” Viva ! Assim começamos a melhorar. Centenas de clubes brasileiros estão fechando, um atrás de outro, por falta de competição. Aumentar o número de jogos será a salvação deste clube.
“Diminuir os jogos dos grandes ” é bandeira para meia dúzia de clube. E não sei se estes clubes querem isso.
De qualquer forma, é muito positivo que um movimento para mudar ( de verdade) pense na maioria dos clubes que estão morrendo por ai. O número de jogos mínimo citado ( 36) por equipe é reduzido. Precisaria aumentar mas já é um bom começo.
Eventos futebolisticos o ano todo, para todos os clubes, seria ótimo mas custa caro. A maioria de competições precisam de subsidios. Mas é ai que o BSFC mostrará que quer mudar ou fingir de mudar.
Muitos pontos estão faltando nesta discussão mas a entrada de número mínimos de jogos já é um grande avanço.
Esperemos que os atletas discutam ( no item flair-play financeiro) as “parcerias” em seus contratos e não aceitem participar desta ilegalidade generalizada. E neste caso não é preciso de muito coisa. Só concordar com as normas da FIFA que restringe a relação no futebol entre o clube e o jogador. É querer muito. Pode ser.
A anunciada não renovação do contrato do técnico Tite com o Corinthians está dando o que falar. E quando janeiro chegar, dará maior barulho ainda.
Tite deixa o Corinthians em uma situação singular: é o técnico mais vitorioso da história do clube. Venceu tudo. E o que é mais interessante com um elenco “médio” de jogadores. Nenhum “fora de série” entre seus jogadores. Sua força veio do trabalho, da organização da equipe, da dedicação dos jogadores etc. Foi- claramente- o fator decisivo para as últimas jornadas.
Lembremos ainda que foi sempre técnico e, por vezes, diretor de futebol e até presidente no Corinthians. Qualquer crise que aparecia ( a da Bolívia é um exemplo) a diretoria batia cabeça ( ou sumia) lá estava o Tite para “segurar a barra”.
A direção do clube diz que “segurou” o técnico quando muitos queriam sua demissão. Como sabemos, isso não é a história completa. Muitos diretores ( importantes, no clube) sempre viraram a cara para Tite. Quando de sua contratação a direção estava em pânico. Sem técnico e sem opções foram ao exterior buscar o Tite.
Com uma multa de rescisão e muitos vitórias o técnico ficou no cargo.
Agora, sem títulos no segundo turno, a diretoria usa malabarísticos argumentos para dizer que o tempo passou e o clube precisa de um novo técnico.
Dizem que já estaria contratado o técnico Mano Menezes. Não sei. Mas é um nome alguns degraus abaixo de Tite. Se retornar ao Corinthians será em situação muito diferente da que teve em sua primeira passagem. Não terá a série B ( que o Palestra prova que não precisa de técnico ou time para vencer) e também não terá Ronaldo.
Vamos aguardar. Mas creio que não foi uma boa solução.
Contra o Vasco, Corinthians começa adeus a Tite
Confirmada a saída de Tite ao fim do ano, o Corinthians começou sua curta temporada de despedida do treinador na tarde de domingo. O resultado foi o 84º empate do gaúcho à frente do time do Parque São Jorge – o 16º no atual Campeonato Brasileiro –, um 0 a 0 com o Vasco no estádio do Pacaembu.
O resultado não foi bom para os donos da casa, que agora podem parar de sonhar com a classificação à próxima Copa Libertadores. Também não foi dos melhores para a formação de São Januário, que, a três rodadas do fim do Nacional, segue na zona de rebaixamento à Série B.
Terminados os gritos da torcida em homenagem a Tite, a bola rolou, e o Corinthians foi superior no primeiro tempo. Melhor tecnicamente, a equipe paulista conseguiu criar algumas oportunidades e não as aproveitou. Após o intervalo, o jogo se arrastou lentamente para um empate sem gols.
Djalma Vassão/Gazeta Press
Os jogadores do Corinthians não conseguiram evitar seu décimo empate sem gols no Brasileiro
Vasco penso; Corinthians cego
Ciente de que Alessandro não é um lateral esquerdo, Adilson Batista optou por deixar desprotegido o lado direito de sua defesa. Ele montou o Vasco em um 4-5-1 no qual Wendel ajudava o lateral Yotún na marcação pela esquerda. Pela direita, o papel de lateral era feito pelo lento zagueiro Renato Silva, sem qualquer proteção – Fagner era um meia-atacante que mais caía pelo meio do que pela ponta.
Bastava ao Corinthians virar o jogo para encontrar uma avenida, mas a equipe teve dificuldade para enxergá-la. Nas vezes em que atacou pela esquerda no primeiro tempo, o time da casa teve um caminho mais livre e criou perigo. Foram raros esses lances, preferindo o alvinegro local furar a marcação pelo outro lado – onde estava Emerson – ou pelo meio, fechado por Abuda e Guiñazú.
De qualquer maneira, a superioridade da equipe do Parque São Jorge era clara. Chegando pelo meio, ela esteve perto do gol em cobrança de falta de Douglas. Em boa jogada pela direita, com passe de letra de Emerson, Edenílson cruzou bem, e Romarinho não conseguiu concluir como gostaria.
Pouco mudou com a entrada do tímido Igor no lugar do contundido Alessandro, aos 15 minutos. O Corinthians bateu e voltou na parte fechada da defesa cruzmaltina e só levou perigo do outro lado. Ao menos Renato Augusto percebeu a lacuna no adversário e passou a cair por ali com frequência maior.
O camisa 8 conseguiu duas finalizações perigosas dali, uma delas em tabela inteligente com Romarinho. Em outra oportunidade no mesmo setor, o falso centroavante recebeu um lançamento de Gil e deu um toque de trivela para Romarinho, que concluiria livre, na pequena área, se tivesse chegado uma fração de segundo mais cedo.
Djalma Vassão/Gazeta Press
A presença de Renato Silva na lateral direita não foi bem aproveitada pelo time do Parque São Jorge
Segundo tempo arrastado
Terminado o intervalo, após alguns minutos na esquerda, Emerson voltou para a direita, onde recebeu um bom lançamento de Douglas em contra-ataque. Ele invadiu a área, cortou a marcação e bateu cruzado, errando por pouco. Na sequência, aos 12, Adilson trocou Marlone por Thalles, o que não mudou a disposição tática vascaína.
Exceção feita ao chute de Sheik, o segundo tempo estava arrastado. Por isso, a torcida não gostou quando Tite trocou o dinâmico Renato Augusto, ainda longe da melhor forma, pelo lento Danilo. No Vasco, Adilson apostou no mais ofensivo Francismar no lugar de Wendel.
Danilo entrou pela direita, e Emerson virou centroavante. Depois, Rodriguinho substituiu Guilherme para que houvesse mais um articulador em campo. O Vasco ainda apostou no atacante André, mas o jogo não saiu da inércia e caminhou para um fim com placar zerado.
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Diz a mídia, que a diretoria do Corinthians, comunicou ao técnico Tite que não renovará, para a próxima temporada, seu contrato com o clube .
Uma pena. Tite é um profissional de primeira numa àrea onde pululam todo tipo de mediocridade. Trabalhador, dedicado, organizado venceu no Corinthians como poucos técnico na nossa história.
Quando foi contratado pela primeira vez em 2004- no meio de grande crise- logo de inicio percebi que era um profissional diferenciado.
Cheguei a dizer que ele poderia ser para o Timão um novo Oswaldo Brandão, também gaúcho, que marcou sua passagem vitoriosa pelo Corinthians.
Foi um vencedor. Merece todo aplauso.
Curiosamente, embora coberto de títulos, sempre teve uma certá má vontade por parte de uma parcela significativa da direção corinthiana. E ele sabe disso.
Quando foi contratado (nesta sua volta) estava no exterior e a direção desesperada. Não havia nome que “aguentasse” trabalhar num clube como o Corinthians.
Chegou com muita gente virando a cara. Não é do tipo populista sempre pronto a atender caprichos da direção.
Voltou e venceu. E várias vezes esteve as portas de ser mandado embora. Não foi por duas razões: sua multa no contrato e o fato de vencer muito.
Se realmente sair, Tite ficará como um grande profissional que muito ajudou o Timão, inclusive, segurando a barra nas horas de crise.
Com Tite fora a diretoria experimentará um novo quadro. Não terá mais um treinador que aguenta as tempestades e sabe supera-la pelo trabalho.
Receba um abraço, caro Tite, do tamanho da Nação Corinthiana.
Protesto com apoio da TV e da mídia toda. Quantos zeros ($) entram nestas fotos ?
Foi comovente o apoio que a mídia deu ao movimento Bom Senso FC na noite desta quarta-feira. Aplausos gerais.
Mais o que é mesmo que os jogadores querem? Melhorar o futebol brasileiro. Muito bem, e dai?
Com muita dificuldade é possível encontrar algumas idéias dos tais atletas neste movimento gattopardista.
Primeiro falavam em “mudar o calendário” com a diminuição de jogos.
Mas este problema, de jogar um pouco em demasia, é de umas 10 equipes. Para ser mais claro não chega a 10. Talvez meia dúzia.
A esmagadora maioria dos clubes brasileiros precisa de mais competições e mais jogos. Há clubes – tradicionais alguns- que estão fechando as portas pois tem jogos em apenas 3 ou 4 meses do ano.
É por este motivos que este clubes defendem os esvaziados campeonatos estaduais. É o que sobrou para grande número de clube. O necessário é criar alternativas de campeonatos onde as equipes joguem o ano todo. Diminuir é fácil. O difícil será criar e – alguns casos- subsidiar os eventos.
Outro ponto complicado neste movimento é que querem falar com a CBF e Federações. Mas, e os clubes? Nos clubes não toquem pois lá os jogadores conseguiram – à margem da lei- tornarem-se sócios (parceiros, dizem) dos times. Não são meros contratados, mas dividem o negócio com o parcelamento dos “interesses econômicos” , quer dizer “passe”.
Vocês já repararam que tornou-se corriqueiro que, no caso de qualquer jogador vendido para a Europa, quem menos ganha na transação são os clubes. Será que esta brutal ilegalidade (condenada pela Fifa), e onde a conivência dos atletas é clara, deva continuar?
Não seria a hora dos dirigentes dos clubes apresentarem uma “agenda” das suas entidades para discussão com os atletas? Seria muito bom, mas um pouco irrealista. Discutir com sócios (atletas, pai, mãe, empresários) não será uma boa coisa e pode levar ao fim dos negócio.
E isso, não! Vamos continuar a protestar por “melhorias no futebol brasileiro”. E com aplausos gerais.
(Mudar para continuar tudo como está é a base do gatopardismo, tão bem retratada no filme de Visconti)
Curiosa esta campanha dos jogadores “por mudanças ” no futebol brasileiro. Querem (porque querem) conversar com as Federações e Confederações. Segundo os atletas é ali (e nas TV) que está o Poder no Futebol.
Não sei se isto é tão revolucionário como vem dizendo e elogiando a mídia.
No mundo todo, Federação só serve para registrar jogadores e tomar conta da seleção nacional. O resto é com os clubes: campeonatos, eventos, números de jogos etc. Em geral é organizado Ligas que passam a administra o “negócio Futebol”.
Por aqui isso não acontece. Os clubes não se entendem e as Ligas nascem e morrem. Ficam então as Federações e Confederações com o calendário das competições.
O Brasil evoluiu muito nesta organização de eventos: jogos começam no horário; a TV mostra todos os lados da arbitragem; o estatuto do torcedor foi um avanço que deu ordem nos eventos e nos direitos do torcedor.
Precisa melhorar? Muito. Mas já se avançou léguas do que era nosso futebol no passado.
Registre-se que estas mudanças vieram mais por obrigações com a TV do que por planejamento do dirigentes. A Televisão, com suas transmissões quase diárias, foi o motor que organizou nossos jogos, horários, acesso de jogadores, imprensa etc. Tudo foi sendo arrumado pela TV (especialmente a Globo).
Mas existem, ainda, muitas mudanças que seriam necessárias. E as melhores mudanças virão dos clubes na relação jogador. Hoje ela é pra lá de complicada.
Mas por que então os jogadores pouco querem confrontar-se com os clubes e seus dirigente e ficam chamando sempre (para as mesas e reuniões) as Federações e Confederações?
Não sei o real motivo. Acho, no entanto, que os jogadores pouco querem dos clubes porque lá o relacionamento com os cartolas está muito bom. Diria ótimo.Por que então vão querer mexer onde tudo está bem.
Veja-se o caso destes deploráveis contratos de parcerias de clube/jogadores/pai de jogadores/empresários de jogadores e etc. O único ferrado é o clube.
Já viram quantas vezes a mídia anuncia a venda de um jogador para a Europa e os clubes ficam só com 5%, 10%, 20% ou 40% ? O grosso é de empresários, do próprio jogador , de pai, irmão até irmão de jogadores ? Até,por vezes, de um amigo de infância.
Mas isso é feito claramente à margem da legislação da Fifa (e também de nossas leis). O clube – que deveria ser o beneficiado do negócio- é só instrumento para outros ganharem.
Isso precisa mudar? Claro.
Por que- então- os “modernos jogadores” brasileiros- não questionam este ponto que tanto lesa o futebol e os clubes? É porque ai (no ninho do negócio) eles estão bem quietinhos e quentinhos.
Eles estão “assim” como os dirigentes dos clubes. E isso é bom para eles, especialmente, para fazer esses contratos de valores malucos, onde o clube quase nada ganha.
Eles querem uma revolução assim : mudamos tudo mas nada de mexer na relação minha com os dirigentes do time. Só paguem em dia . O resto nós nos entendemos.
E vamos falar com a Federação.
As discussões que os jogadores estão trazendo, através de um grupo chamado “Bom Senso”, são importantes e merecem aplausos. Mas também não são uma nova obra divina, escrita nas montanhas, e deveria ser vista com a participação do “outro lado”. Os jogadores já foram proclamados “anjos” perante os “diabos” (os dirigentes, é claro).
Os atletas já disseram o que querem: férias em janeiro; menos jogos na temporada; e pagamento dos salários em dia, entre outras questões.
Quem deveria fazer o “outro lado” seriam os dirigentes do nosso futebol. Triste quadro. Deste lado pouca coisa teremos. Como dizia o Barão de Itararé “de onde nada se espera, é de lá que não vem nada mesmo”.
E muitas coisa deveriam estes dirigentes trazer à mesa.
Por exemplo, diminuir o número de jogos na temporada deveria ser acompanhada da diminuição dos salários pactuados. Menos jogos, menos dinheiro e, então, menores salários para os jogadores. O que os atletas acham disso? Nenhum dirigente falou nada a respeito. E deveriam ter falado. Querer que a TV pague o mesmo valor por menos jogos é lorota.
Um salário mínimo por competição (clubes da série A, pagariam um mínimo X, série B outro Y, etc) . Mas também deveríamos ter um teto salarial para os jogadores. É difícil? Muito. Mas necessário e justo.
Proibição de jogadores e empresários terem participação nos direitos de transferência dos atletas (passe, em linguagem popular). No geral, estas participações nas vendas podem descambar para a participação de dirigentes. Especialmente para os jogadores de grandes contratos, estas cláusulas são frequentes e ruins. Mais que isso, a Fifa luta contra esta “participação” em compra e venda de jogadores por atletas (seus pais e parentes), empresários e até dirigentes. A solução é difícil pois boa parte dos que participam deste mundo são ex-atletas (portanto anjos).
Jogadores com salários acima de 50 salários mínimos teriam, obrigatoriamente, seguro de saúde próprio. Quer dizer, o clube só bancaria o tratamento de atletas com menos de de 50 salários mínimos. Ou então, aplique-se as regras do SUS . Jogador em tratamento por mais de 2 semanas passam a receber – e ser tratado- pelo sistema público. Difícil? Muito. Nossos pobres atletas deveriam pensar nisso. E no enorme gastos que os clubes têm com os departamentos médicos e de fisioterapia.
Uma última questão é a utilização da CLT e Justiça do Trabalho para decisões sobre contratos de atletas. Para aqueles que ganham mais de 50 salário mínimo a contratação poderia ser menos rígida (mais livre) e principalmente ficariam fora da Justiça do Trabalho. Nos dias atuais, jogadores com salários de 200 mil ou mais, vão a Justiça como “pobres coitados” em busca de proteção. Nada mais falso e danoso para as relações entre clubes e jogadores.
Os dirigentes de futebol (isto é, os diabos) deveriam falar e discutir. Até porque os anjinhos (os jogadores) não são tão angelicais como a mídia os pinta.
Tite nega atraso no planejamento do Corinthians para 2014
São Paulo (SP)
Tite ainda não sabe se será o técnico do Corinthians em 2014. Com contrato até o final do ano, o gaúcho garante que a indefinição não prejudica o planejamento da equipe do Parque São Jorge para a próxima temporada. Até porque ele prefere ficar distante das negociações para reforçar o elenco.
“O planejamento não está paralisado, pois isso não deve ficar nas mãos do treinador. Técnico não émanager. Quem deve fazer isso é a direção. Eu não gosto de cuidar desse negócio de grana. Se tem uma coisa que faço em relação a isso, é dar dois passos para trás. As pessoas de direito já estão direcionando essas questões”, comentou.
Após a vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, que manteve o Corinthians com esperanças de ingressar na zona de classificação à Copa Libertadores da América do Campeonato Brasileiro, o técnico também evitou falar sobre o seu futuro profissional. A justificativa é de que o foco precisa estar voltado ao momento atual da equipe.
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Com contrato até o fim do ano, Tite garantiu que ainda não se preocupa com o seu futuro profissional
“Estamos em uma fase importante. Acabamos de fazer um confronto entre os dois últimos campeões nacionais (vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense). Vejam o quanto de dificuldade que há aí. Temos que olhar para a situação do Corinthians”, declarou Tite, minimizando o boato de que Mano Menezes já foi contatado para substituí-lo. “Informação é uma coisa verídica, e não um comentário.”
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Na www.radioopera.com.br desta terça-feira belas óperas. Destaque para Rigoletto, de Verdi, com o grande barítono Renato Brusson(foto). Viva!
Terça
LA SERVA PADRONA (Paisiello) Horário: 07:30
Cremona, 15/5/1991. Maestro: Paolo Vaglieri.
Elenco: Anne Victoria Banks, Gian Luca Ricci.
LULU (Berg) Horário: 08:30
Londres, agosto-setembro/1996. Maestro: Ulf Schirmer.
Elenco: Constance Hauman, Julia Juon, Theo Adam, Peter Straka, Monte Jaffe, Michael Myers, Gert Henning-Jensen, Sten Byriel, Helen Gjerris, Ulrik Cold, Susanne Elmark.
I PURITANI (Bellini) Horário: 11:20
Cidade do México, 29/05/1952. Maestro: Guido Picco.
Elenco: Maria Callas, Giuseppe di Stefano, Piero Campolonghi, Roberto Silva, Rosa Rimoch, Tanis Lugo, Ignacio Ruffino.
RIGOLETTO (Verdi) Horário: 13:40
Milão, 13-21/05/1994. Maestro: Riccardo Muti.
Elenco: Roberto Alagna, Renato Bruson, Andrea Rost, Dimitri Kavrakos, Mariana Pentcheva, Antonella Trevisan, Giorgio Giuseppini, Silvestro Sammaritano, Ernesto Gavazzi, Antonio de Gobbi, Nicoletta Zanini, Ernesto Panariello.
LAKMÉ (Delibes) Horário: 15:40
Monte Carlo, outubro/1967. Maestro: Richard Bonynge.
Elenco: Joan Sutherland, Gabriel Bacquier, Alain Vanzo, Jane Berbié, Emile Belcourt, Gwenyth Annear, Claud Calès, Josephie Clément, Monica Sinclair.
MACBETH (Bloch) Horário: 18:00
Dortmund, 2001. Maestro: Alexander Rumpf.
Elenco: Hannu Niemela, Sonja Borowski-Tudor, Karl-Heinz Lehner, Jill-Maria Marsden, Thomas de Vries, Norbert Schmittberg, Fredric Hellgren, Sven Ehrke, Thomas Mehnert.
ANDREA CHÉNIER (Giordano) Horário: 20:00
Nova Iorque, 9/10/1970. Maestro: Fausto Cleva.
Elenco: Renata Tebaldi, Carlo Bergonzi, Anselmo Colzani, Judith Forst, Jean Kraft, Lili Chookasian, Gabor Carelli, Gene Boucher, Andrea Velis, Clifford Harvout, Paul Plishka.
Corinthians complica o Fluminense com gol de pênalti de Pato
Araraquara (SP)
Alexandre Pato fez aquilo que a torcida do Corinthians exigia dele desde o início do ano: assumir a responsabilidade em um momento decisivo. Na noite deste domingo, o astro que havia desperdiçado um pênalti de forma caricata na eliminação da Copa do Brasil, diante do Grêmio, resolveu se apresentar para outra cobrança. Aos 45 minutos do segundo tempo da partida contra o ameaçado Fluminense. Bateu sem “cavadinha”, converteu e garantiu a vitória por 1 a 0 na Arena Fonte Luminosa.
Comemorando como “maloqueiro e sofredor”, como cantam os torcedores, Pato tirou a camisa e correu para ouvir a torcida e abraçar os seus companheiros – sem cruzar os dedos sobre o rosto, como gostava de fazer. Seu gol deixou o Corinthians com 45 pontos ganhos, ainda com esperanças de ingressar na zona de classificação para a Copa Libertadores da América. Na quarta-feira, o adversário será o Coritiba, no Couto Pereira.
Já o Fluminense está agora na zona rebaixamento do Brasileiro. O atual campeão nacional totaliza os mesmos 36 pontos do Criciúma, à frente apenas da Ponte Preta (34) e do lanterna Náutico (17). O time pernambucano será justamente o rival de quinta-feira, no Maracanã.
Divulgação/Agência Corinthians
Pato tirou a camisa, ganhou um abraço do Sheik e o cartão amarelo do árbitro (foto: Daniel Augusto Jr.)
O jogo – O Corinthians esbanjou disposição no início da partida. Logo aos três minutos, criou a sua primeira oportunidade de gol: Guilherme fez um bom cruzamento da direita, e Douglas cabeceou para o chão. Com o goleiro Diego Cavalieri já batido no lance, os jogadores do Fluminense respiraram aliviados ao ver a bola sair, perto da meta.
O problema é que só empenho não bastava para o Corinthians alcançar um feito raro em sua campanha na competição: marcar gols. A estratégia de Tite para acabar com o problema era apostar no meia Renato Augusto como homem de referência no ataque. O centroavante improvisado, contudo, parecia atrapalhado para servir de pivô aos seus companheiros.
Do outro lado, o Fluminense estava tão (ou mais) pressionado quanto o Corinthians para atacar. A ameaça de rebaixamento fazia o time de Vanderlei Luxemburgo igualar a vontade do adversário e precipitar-se em algumas ocasiões. Como aos 10 minutos, quando Marcelinho arrancou em contra-ataque e decidiu chutar de longe, em cima da marcação.
A partir de então, o Corinthians passou a assumir o papel de mandante do jogo e a ser mais presente no setor ofensivo. Ainda sem criatividade. As boas enfiadas de bola de Douglas dificilmente eram aproveitadas. Os seguidos levantamentos na área, menos ainda – muito pela falta de um centroavante de ofício. Romarinho insistia em cavar faltas e pênaltis, enquanto Emerson pouco aparecia.
Quando tentava dar uma resposta aos atacantes corintianos, o Fluminense sofreu um desfalque. O volante Diguinho se machucou e pediu para ser substituído, dando lugar a Valencia. Os jogadores dos dois times aproveitaram aquele momento para beber água, já que o calor era intenso em Araraquara. Existia a expectativa de ter mais vitalidade na sequência do primeiro tempo.
O Corinthians, de fato, assustou a defesa visitante já em seguida à paralisação. Aos 31, Edenílson enfim acertou um cruzamento da direita. Renato Augusto fez bom domínio dentro da área e finalizou firme, parando em bela defesa de Diego Cavalieri. Nem assim um torcedor corintiano se satisfez na Fonte Luminosa. Ele arremessou um copo de água no gramado, recolhido pelo quarto árbitro, e colocou em risco o clube que cumpria punições impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Do final do primeiro tempo ao início do segundo, o Fluminense cresceu (não consideravelmente) em meio à correria do Corinthians para acalmar a sua torcida. No intervalo, a irritação dos corintianos chegou ao auge nas arquibancadas. “Ou joga por amor ou joga por terror!”, ameaçaram em coro, após algumas vaias isoladas.
Tite esperou um pouco para agir. Aos nove minutos da etapa final, decidiu dar mais mobilidade ao Corinthians com Rodriguinho no lugar de Douglas, agora sumido no gramado. Pouco depois, dividiu o público ao substituir Renato Augusto pelo contestado Alexandre Pato. Pelo Fluminense, Luxemburgo rebateu com Igor Julião na vaga de um esforçado – e nada além disso – Wagner.
O panorama do jogo não mudou muito com as alterações. O Corinthians tinha mais posse de bola, mas estava longe de ser produtivo. O Fluminense se mostrava resignado com o 0 a 0. A ponto de Anderson bobear dentro da área e deixar a bola passar para Pato, que deixou escapar e desperdiçou a oportunidade de concluir. Àquela altura, já chamava mais a atenção as discussões entre Emerson e o zagueiro Gum.
Tite fez a sua última tentativa de mudar o placar ao trocar Guilherme por Diego Marcedo, deslocando Edenílson para o meio-campo. Luxemburgo apostou a ficha derradeira do Fluminense em Biro Biro, que ocupou o espaço de Marcelinho – sem nenhuma pressa para deixar o gramado.
Quando tudo parecia se encaminhar para o nono 0 a 0 do Corinthians na competição, Alexandre Pato caiu na área em disputa com Anderson, depois de cruzamento da esquerda. O árbitro assinalou o pênalti e expulsou o jogador do Fluminense. Pato se apresentou para a cobrança e trocou a “cavadinha” que o transformou em vilão por um chute forte na rede e naqueles que seguem desconfiando de seu futuro no Parque São Jorge.
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