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May 14, 2014

Casa cheia e em festa

Torcida esgota ingressos para estreia da Arena Corinthians no Brasileirão

Time de Mano Menezes encara o Figueirense no domingo, às 16 horas, em casa própria

AE – Agência Estado

SÃO PAULO – A ansiedade do torcedor do Corinthians por ver sua equipe finalmente atuando em seu estádio próprio ficou clara nesta terça-feira. Em poucas horas, a carga de ingressos colocada à disposição para o time paulista no duelo diante do Figueirense, domingo, às 16 horas, foi esgotada. Tudo isso para ver a primeira partida da equipe no Itaquerão pelo Campeonato Brasileiro.

Evento festivo já havia atraído muitos corintianos - JF Diório/Estadão
JF Diório/Estadão
Evento festivo já havia atraído muitos corintianos

A diretoria do Corinthians não anunciou oficialmente, mas foram colocados à venda 40 mil ingressos. A parte destinada aos torcedores do Figueirense será comercializada apenas no dia da partida, através de uma bilheteria expressa, após a abertura dos portões para a partida.

Os torcedores corintianos já haviam dado mostra da ansiedade para conhecer o Itaquerão na semana passada, quando também esgotaram em poucas horas os cerca de 20 mil ingressos vendidos para a série de amistosos envolvendo ídolos da história do clube, ocorrido no sábado.

Apesar de terem acabado com os bilhetes, os corintianos reclamaram bastante do preço dos ingressos, que variou de R$ 50 a R$ 400. O duelo deste domingo será o único disputado pelo time paulista antes que o estádio seja entregue para a Fifa. O Itaquerão será palco de seis partidas da Copa do Mundo, incluindo a de abertura, entre Brasil e Croácia, dia 12 de junho.

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May 12, 2014

Faltou vontade de vencer

Cabeça a cabeça

Fagner e Luis Fabiano fizeram os gols no clássico, que conseguiu deixar insatisfeitos os dois técnicos, Muricy Ramalho e Mano Menezes

 

RAFAEL REISDE SÃO PAULOSão Paulo e Corinthians saíram da Arena Barueri com suas invencibilidades no Brasileiro intactas. Mas o empate por 1 a 1 de ontem mexeu com os ânimos dos rivais.

Mal a partida acabou, e Muricy Ramalho, o treinador são-paulino, invadiu o gramado para dar uma pesada bronca no meia Boschilia, 18.

Tão pesada que o meia Ganso precisou intervir e separar o técnico do jogador.

“Aqui não é juvenil, não é amador. É profissional. Nós tomamos gol por conta dessa posição, que é cobrir lateral. Ele não está em Cotia [casa das categorias de base do clube]. Aqui é grande, não pode entrar desligado”, esbravejou o treinador, na entrevista coletiva após o jogo.

A bronca de Muricy em Boschilia, que atuou por apenas 8 minutos, foi porque o meia-atacante saiu de sua posição em uma jogada bem no fim da partida. Foi um lance semelhante que originou o gol corintiano.

No começo do 2º tempo, o uruguaio Alvaro Pereira tentou adiantar a marcação, mas seus companheiros não o acompanharam. Fagner surgiu no espaço deixado pelo lateral e completou um passe de Guerrero que cruzou toda a área são-paulina.

Osvaldo, que deveria cobrir o avanço do uruguaio e impedir que Fagner alcançasse a bola, chegou atrasado.

“O Boschilia é um menino de muita qualidade, mas é garoto. Clássico é diferente, ele vai aprender. Tirei o Muricy para ele dar bronca no vestiário”, afirmou Ganso, sobre o desentendimento entre o treinador e o jovem jogador.

A decepção do Corinthians não ficou tão à flor da pele quanto a do São Paulo.

Mas o técnico Mano Menezes não fez questão nenhuma de esconder que considerou o empate um resultado ruim.

O goleiro Cássio também não mostrou contentamento com o 1 a 1 e chamou o gol do adversário de “lance bobo”.

“Foram detalhes, clássico é assim. Um lance bobo, uma desatenção. O Luis Fabiano foi mais rápido e fez o gol”, afirmou o goleiro corintiano.

A jogada que enterrou a série de sete jogos sem sofrer gols e impediu que o Corinthians continuasse líder do Brasileiro aconteceu aos 36 min do segundo tempo.

Cercado por quatro marcadores, Ganso encontrou espaço suficiente para enfiar para Luis Fabiano. O centroavante ganhou na explosão de Cléber e bateu para deixar o placar do clássico igual.

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May 11, 2014

Por fora bela viola, por dentro pão bolorento

Justiça francesa desmascara esquema de fraude fiscal no futebol

Clubes como PSG e Real Madrid, empresas como a Nike e até Valcke são acusados de participar de caixa dois

Jamil Chade, correspondente – O Estado de S. Paulo

GENEBRA – Contratos falsos, contas secretas em paraísos fiscais, como Genebra, Luxemburgo e Bahamas, empresas de fachada e a suspeita do envolvimento de nomes como Paris Saint-Germain, Real Madrid, Nike, Ronaldinho Gaúcho, Anelka e até um certo Jérôme Valcke, hoje o secretário-geral da Fifa. Documentos de investigações realizadas pela Justiça francesa nos últimos anos, obtidos com exclusividade pelo Estado, revelam a criação de um esquema generalizado de caixa dois no futebol europeu. A suspeita na maioria dos casos é de fraude fiscal e crimes financeiros.

Parte dos casos veio à tona na imprensa europeia. No ano passado, os ex-presidentes do PSG, Laurent Perpere e Francis Graille, foram condenados à prisão em Paris. A Nike também teve um de seus executivos condenado. Já Valcke chegou a prestar depoimento, mas nunca foi indiciado e não sofreu qualquer tipo de punição. Os jogadores também foram inocentados.

O que a investigação revelou foi a criação de uma rede paralela de contratos no futebol. No início deste ano, o Barcelona se viu envolvido em uma enorme polêmica causada pela contratação de Neymar, com alguns contratos obscuros, mas essa prática está disseminada desde o fim dos anos 90, com a participação de empresas multinacionais, canais de televisão, clubes, agentes de jogadores e até dos próprios atletas.

O motivo da existência da manipulação financeira é o esforço de todos os atores do futebol para não pagar impostos e esconder o real volume de dinheiro que circula pelos clubes. O esquema usava diversos tipos de manobras financeiras para promover a sonegação fiscal.

SUPERFATURAMENTO
Uma das manobras era anunciar a compra de um jogador por um valor acima da realidade. O PSG, por exemplo, pagava o valor fictício ao clube que havia vendido o atleta. O dinheiro, em seguida, era usado para o pagamento do salário do jogador. Assim, ele e o clube não pagavam impostos sobre vários meses de salários.

Os documentos mostram como o esquema de superfaturamento foi usado por PSG e Real Madrid na transferência de Anelka. Outro caso foi a compra do argentino Tuzzio pelo Olympique de Marselha. Parte de seu salário ia para uma conta em Nova York.

Uma outra forma de evadir impostos era por meio da Nike, patrocinadora do PSG. A multinacional, segundo a Justiça, pagava os salários dos jogadores, alegando que se tratava de pagamento de contratos de imagem. Esses contratos, sempre assinados em bancos de centros off-shore, eram fictícios, segundo depoimentos.

Entre 1998 e 2005, 33 contratos foram assinados pela Nike com jogadores do PSG, entre eles Ronaldinho. “Uma auditoria revela que a Nike aceitou pagar parte dos salários dos jogadores contratados na forma de contratos de imagem para aliviar os impostos do clube”, indica a Justiça francesa.

Diante da Justiça, o brasileiro André Luiz admitiu que o contrato com a Nike do qual ele se beneficiou enquanto jogava no PSG era um complemento de salário. O dinheiro era depositado em uma conta em Luxemburgo e, quando o contrato foi assinado, a Nike sequer enviou um representante para o ato. André Luiz foi vendido pelo Tenerife para o PSG em 2002.

Jaubert Olivier, responsável pelo marketing da Nike até 2003, admitiu diante dos juízes que se tratava de “salários ocultos de jogadores”. Segundo ele, os diretores e até o presidente da Nike sabiam do esquema.

VALCKE
Para restituir a Nike, o PSG e a multinacional inventavam multas a serem pagas pelo clube. Uma das desculpas era que o atleta tinha jogado com uma chuteira de outra marca. Só entre 2003 e 2004, o PSG pagou mais de 1,2 milhão de euros (R$ 3,6 milhões) em multas fictícias para a Nike.

Essa restituição era feita por meio de um esquema financeiro complexo. O grupo de mídia Canal Plus, na época dono do PSG, criou uma filial, a Sport Plus, responsável por comprar direitos de jogadores. Cada vez que uma multa era inventada para justificar um pagamento à Nike, a Sport Plus era usada para fazer a ligação. Quem recebia o dinheiro era a Nike European Operations Netherlands BV, filial da empresa na Holanda.

Os documentos da Justiça francesa, de 2009, revelam que o diretor adjunto da Sport Plus nos fim dos anos 90 era Jérôme Valcke. Em um depoimento, o francês afirmou que a Sport Plus “foi criada no momento do projeto de transferência de Ronaldinho”. Segundo Valcke, a empresa “tinha como vocação administrar os direitos de imagem de certos jogadores do PSG”. Se Valcke jamais foi acusado pelas práticas, cartolas do PSG foram indiciados.

INTERMEDIÁRIOS
Outro truque foi criado para ocultar salários: o uso de agentes de jogadores. Os clubes repassavam aos intermediários uma parte do dinheiro que deveria ser usado para pagar os salários, alegando que se tratava de comissão. Segundo as investigações, esse dinheiro era depois repassado aos atletas em contas em paraísos fiscais. Isso ocorreu na contratação de Sorín pelo clube francês e existem suspeitas em relação aos brasileiros Raí, Ricardo Gomes e Valdo.

O atacante Christian, na transferência do PSG para o Bordeaux, recebeu 1,3 milhão de euros (R$ 3,9 milhões) em uma conta aberta na Ilha da Madeira. Um outro depósito do mesmo valor foi realizado em uma conta aberta em Lausanne, de uma empresa com sede nas Bahamas.

A Justiça encontrou uma transferência de 762 mil de euros (R$ 2,3 milhões) para uma conta de Zurique chamada Dani Geneva. A investigação mostrou que essa era a conta que a Sport Plus usava em conjunto com a Nike para pagar os salários do nigeriano Okocha e do lateral Paulo César.

OUTRO LADO
Contactada pelo Estado, a atual gestão do PSG disse apenas que o caso se trata de “questões de administrações passadas”. A Nike insistiu que atua de forma “íntegra”.

“A Nike foi absolvida pela corte francesa de acusações relacionadas às questões de direito de imagem dos atletas, confirmando que a relação entre a Nike da França e o PSG nunca foi fraudulenta”, disse a assessoria de imprensa da empresa.

Em janeiro de 2013, a companhia foi multada em 80 mil de euros (R$ 243 mil) e um de seus diretores acabou condenado à prisão. A Nike recorreu da decisão.

A Fifa evitou fazer comentários, ainda que um dos citados no caso, Valcke, seja hoje o número dois da entidade.

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May 10, 2014

Uma bela festa

 

Arena Corinthians tem primeiro gol de Rivellino e provocações de Edilson em festa

 

 

Do UOL, em São Paulo

Saiu o primeiro gol da nova casa corintiana, e foi de pênalti, do ídolo Rivellino, em um amistoso realizado na manhã deste sábado, como confraternização entre ex-jogadores do Corinthians. O Itaquerão contou com um público de 20 mil pessoas para uma série de jogos festivos. A primeira partida do dia, entre equipes com as camisas branca e preta do time do Parque São Jorge.

O campeão mundial com a seleção brasileira em 1970 estava no time de camisa branca, que causou a penalidade. Mas ainda assim foi chamado para bater contra a própria equipe. O gol foi marcado sobre o ex-goleiro e hoje comentarista Ronaldo Giovanelli.

“Os garotos são fantásticos, maravilhosos e fizeram questão que eu batesse para uma homenagem. Nunca fui um batedor de pênaltis. Pena que na minha época não tinha essa qualidade toda no estádio. A nação merece esse estádio. O Corinthians é um time fantástico e é merecedor desse estádio lindíssimo”, falou Rivellino, em entrevista ao canal Sportv.

Os três primeiros gol do estádio foram de bola parada. Logo depois, Marcelinho Carioca ainda fez um gol em cobrança de falta e Rincón também fez de pênalti.

E quem foi ao Itaquerão também pôde ver de perto ídolos de diversas épocas do Corinthians em campo. Ex-jogadores como Zenon, Amaral, Fábio Luciano, Gilmar Fubá e Ataliba participaram das partidas que tiveram 15min de duração.

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Rivellino fez, de pênalti, o primeiro gol no estádio Sebastião Moreira/Efe

Quem também marcou presença no novo estádio foram os jogadores campeões mundiais com em 2000, no Maracanã. Vampeta, Ricardinho, Fernando Baiano e Edílson participaram de partida contra outros ex-jogadores do time alvinegro que contou ainda com as presenças de Jadson e Elias.

Edílson, além de marcar nos amistosos, divertiu a torcida local ao fazer algumas embaixadinhas para lembrar polêmica contra o arquirrival Palmeiras na final do Campeonato Paulista de 1999. “Ficamos muito felizes e emocionados com aquela volta do contato com os torcedores.”

Antes da partida deste sábado, um jogo entre trabalhadores da obra, a portões fechados, havia sido realizado no gramado do estádio que será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, com o jogo Brasil x Croácia, no dia 12 de

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May 8, 2014

A homenagem do Corinthians ao Torino

Em 8 de maio de 1949 (há  65 anos), o Corinthians realizava uma das mais significativas homenagem que a emoção do mundo do futebol produz.

No eterno Pacaembu, o Corinthians, deixa seu tradicional uniforme branco e preto e entra em campo com uma camisa grená, para enfrentar a Portuguesa.

Era uma homenagem ao time do do Torino que -quatro dias antes- havia sofrido um terrível desastre de avião onde morreram todos seus grandes jogadores.

O Torino era a base da seleção italiana com grande admiradores pelo mundo, inclusive no Brasil.  Era um esquadrão com Mazzola, Rigamonti, Operto Ossola e muitos outros grandes jogadores. Eles voltavam de Lisboa onde haviam enfrentado o Benfica. O avião chocou-se com a torre da Basílica de Superga e, naquele momento, o grande time da Europa perdia seus craques.

A comoção tomou conta do mundo inteiro. O enterro dos ídolos do Torino produziram imagens comoventes de choro e desespero.

No ano anterior -em 1948- o time italiano havia realizado uma excursão ao Brasil  e colhera uma única derrota: para o Corinthians, por 2 x 1 .

No Brasil -especialmente em São Paulo, com sua grande colonia italiana- o impacto  do desastre foi enorme.

Coube ao Corinthians, quatro dias após, fazer esta singular homenagem. Jogou de grená contra a Portuguesa em um Pacaembu em lágrimas.

Solidario com a equipe italiana, os corinthianos doaram a renda às famílias dos jogadores vítimas da tragédia.

Antes de iniciar-se o jogo, naquele ambiente de grande comoção, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians  Dr. Maximiliano Ximenes  (creio que avó do atual diretor de futebol Ronaldo Ximenes) proferiu um belíssimo discurso que levou o estádio às lágrimas.

Anos depois, já em 2011, o Corinthians voltou a jogar com a camisa grená, lembrando aquele magnifico momento do futebol.

Nós nunca vamos esquecer daquele 8 de maio de 1949 e o belo gesto do Corinthians.

May 6, 2014

A Democracia Corinthiana na Itália

Nosso colega Luiz Sergio Scarpelli (conselheiro histórico do Corinthians) informa sobre acontecimento de grande importância. Será lançado, no próximo final de semana, na Feira do Livro de Torino, um livro sobre a Democracia corinthiana e seu craque Sócrates. Um evento da maior importância. Abaixo a nota de Scarpelli.

Inspiração alvinegra desembarca na Itália

A história da Democracia Corinthiana acaba de ser transformada em livro, na Itália. Chama-se Compagni di Stadio, Sócrates e la Democrazia Corinthiana (Fandango Libri, 314 páginas), e será apresentado este fim de semana no Salone Internazionale del Libro di Torino, o maior evento italiano dedicado à editoria. O trabalho foi escrito pela jornalista Solange Cavalcante, paulistana e corinthiana. “Sinto um profundo incômodo pelo desconhecimento geral dos europeus a respeito da história recente do Brasil”, lamenta a jornalista, que há dez anos vive na Itália. “Por isso eu quis contá-la através da Democracia Corinthiana, que considero a experiência mais inspiradora já ocorrida no futebol”. O público italiano, que já se habituou a chamar Sócrates de “Che Guevara dos gramados “, agora vai conhecer os demais companheiros daquela aventura. “Porque a Democracia não era um movimento de dois ou três, como querem os críticos”, destaca a autora, “mas de tantos outros personagens fundamentais, que entrevistei e que constam do livro”. Além de Turim, Compagni di Stadio terá outros lançamentos pela Itália, por ocasião da Copa do Mundo. Um deles, em Roma, acontecerá dia 12 de junho, dia da abertura do Mundial. “Somente a Democracia para me fazer perder a Copa no Brasil”, brinca a jornalista.

May 5, 2014

Boa vitória e pouco futebol.

Corinthians supera Chapecoense por 1 a 0 e assume liderança do Brasileirão

Guerrero marcou o único gol da partida na Arena Condá e colocou time no topo do campeonato

Ciro Campos – O Estado de S. Paulo

CHAPECÓ – Com segurança na defesa (já são sete jogos sem sofrer gol) e o oportunismo de Guerrero, o Corinthians derrotou neste domingo o Chapecoense por 1 a 0 fora de casa e virou líder do Brasileiro. O futebol mostrado esteve longe de agradar, mas num campeonato que começa sem empolgar é suficiente para colocar a equipe no topo.

Os times maltrataram tanto a bola que até o gol de Guerrero saiu de uma assistência involuntária de Jadson – ele errou o chute e a bola sobrou para o peruano marcar, já aos 32 minutos do segundo tempo.

Não demorou para ficar claro que o jogo seria duro de ver. Antes mesmo do primeiro minuto, duas infrações já tinham sido marcadas contra o time da casa. E só no primeiro tempo o árbitro precisou mostrar cinco cartões amarelos. As equipes foram para o vestiário carregando a marca de menos de 50% de tempo de bola em jogo

O Corinthians faz da defesa sua melhor virtude, algo compreensível diante da falta de criatividade que exibe do meio-campo para a frente. Até o gol de Guerrero, a equipe não tinha mostrado força para colocar o apenas esforçado time da casa em apuros. E depois do gol se dedicou a cuidar do resultado – salvo por Cássio com uma defesa nos acréscimos.

 

FICHA TÉCNICA:

CHAPECOENSE 0 X 1 CORINTHIANS

CHAPECOENSE – Danilo; Ednei, André Paulino (Alemão), Rafael Lima e Neuton; Wanderson, Diones, Ricardo Conceição e Régis (Thiago Luis); Fabinho Alves (Bergson) e Leandro. Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Cléber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Bruno Henrique), Petros e Jadson (Danilo); Romarinho (Luciano) e Guerrero. Técnico: Mano Menezes.

GOL – Guerrero, aos 32 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Wagner Reway (MT).

CARTÕES AMARELOS – André Paulino, Neuton (Chapecoense); Romarinho, Guilherme, Fagner (Corinthians).

PÚBLICO E RENDA – não disponíveis.

LOCAL – Arena Condá, em Chapecó (SC).

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May 4, 2014

Vitória no Sul pode ser uma arrancada.

Mano Menezes esconde escalação e pode mudar o time do Corinthians

Treinador trabalha com a possibilidade de formar um trio ofensivo com Luciano, Romarinho e Guerero

Fábio Hecico – O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – Mano Menezes resolveu esconder a escalação do Corinthians, que enfrenta a Chapecoense neste domingo, em Santa Catarina, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de dois bons resultados com o time considerado titular, o treinador estuda mudanças para buscar a segunda vitória seguida no Brasileirão. Com várias opções, ele trabalha variações para não deixar o Corinthians tão previsível.

Luciano pode recurar vaga no ataque do Corinthians - Daniel Augusto Jr./Ag.Corinthians
aniel Augusto Jr./Ag.Corinthians
Luciano pode recurar vaga no ataque do Corinthians

 

Mano estuda algumas opções para superar a possível retranca dos catarinenses. Não está descartada uma formação com três atacantes, com Luciano ao lado de Romarinho e Guerrero. Sem nunca utilizar esse esquema, Mano faz testes para, quando for preciso, a falta de entrosamento não atrapalhar.

Outra possibilidade de mudança seria a entrada de Bruno Henrique na vaga de Guilherme. O técnico ficou muito satisfeito com a troca dos volantes diante do Nacional-AM, na última quarta-feira. Bruno, apesar de marcador, tem boa chegada ao ataque e uma forte finalização. Foi num chute dele, com rebote do goleiro, que Guerrero pegou o rebote e desencantou após mais de três meses, marcando um dos gols do time na vitória por 3 a 0, pela Copa do Brasil.

De certo é a escalação do peruano. Ele está ganhando uma sequência para se firmar no time. E, se depender de sua opinião, o esquema com dois meias, no caso Petros e Jadson, será mantido. “Estou me entrosando bem com dois volantes (meias)por trás, que podem me habilitar a fazer gols”, afirmou o peruano.

Nada, porém, de questionar possíveis mudanças do chefe. “Também é importante o esquema com três atacantes para mexer com as defesas adversárias. Os dois esquemas são bons e o professor está procurando o melhor para cada partida.”

O Corinthians ainda não contará com o meia Renato Augusto, que fica mais uma semana em tratamento das dores no joelho direito e não vai viajar para Chapecó. A escalação deve ter Cássio; Fagner, Cléber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Bruno Henrique), Petros (Luciano) e Jadson; Romarinho e Guerrero.

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May 1, 2014
admin

Desconstruindo o mito do Morumbi

Quando a Copa do mundo foi confirmada para nosso país, a mídia criou muita agitação em cima da candidatura do Morumbi para abrigar a abertura do evento. Houve uma onda de informações equivocadas sobre o estádio e suas condições para as reformas, e quase todas as vozes serviam a uma campanha em favor do estádio.

Nosso blog publicava, ao longo desse período, uma série de artigos que falavam ad difícil tarefa para tornar o Morumbi viável para a Copa, e ia contra toda a maré criada em torno deste tema.

Colocamos abaixo a reprodução desses textos, em ordem cronológica. 

30/05/2007

A Copa 2014 e os Estádios (1)

A Copa do Mundo de Futebol de 2014, que será realizada no Brasil, precisa vencer grandes obstáculos até o dia do pontapé inicial do jogo de abertura.

A primeira grande dificuldade para um evento de tal magnitude, realizado num país “emergente”, é a falta de recursos, tanto na área privada, como na pública, bem como a deficiente infraestrutura que precisará ser construída, reformada e estar pronta para os jogos de 2014.

A experiência de todos os países que realizaram as últimas cinco Copas do Mundo mostra que este é um evento caro, com grande retorno, mas caro.

Aceitando-se que a infraestrutura geral do país sede já tenha recebido investimentos, e, para o evento, necessite apenas complementá-los, não é pouco o que deve ser gasto em aeroportos, hotelaria, estradas, transportes, comunicação etc. Tudo isso, nos indicam as experiências anteriores, ficará por conta dos governos que, em muitos casos, terão que inverter prioridades para adaptar-se à Copa 2014. Além disso, os jogos precisam de estádios modernos, amplos, como vimos nas últimas edições de copas na Alemanha, Japão-Coréia etc. Também aqui não podemos ignorar que muitos recursos públicos terão que ser investidos. Haverá necessidade de previsões orçamentárias, transposição de verbas, suplementações, créditos especiais, tudo demandando novas fontes de recursos.

A idéia de que a iniciativa privada construirá estádios pelo País todo, propagandeada pela CBF, não tem sustentação nas experiências anteriores, mesmo de países ricos e com grupos econômicos fortes, e tampouco nos eventos realizados no Brasil. No fim, o que se verá, é que serão os cofres públicos, de maneira direta ou indireta, que bancarão os jogos.

Para a Copa 2014 aqui é que aparece o segundo obstáculo. Estando o Brasil realizando os Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro, todos estes problemas ganharam uma superdimensão. Notadamente pelo descalabro orçamentário com que se está fazendo o Pan-2007. Como é público, quando da escolha do Rio como sede para o PAN, o COB e os organizadores do evento informaram que haveria um gasto aproximado de menos de 400 milhões de reais, e que haveria uma grande presença de capitais privados no evento. Nada disso era verdade. Hoje, pelos cálculos mais otimistas, o custo do Pan-americano se aproxima de 4 bilhões, sem que nada tenha vindo da iniciativa privada. O ônus desta anarquia orçamentária não ficará com o COB, mas respingará no futebol, sobre o qual incidirão dúvidas em qualquer idéia, projeto ou proposta, considerando que todos estamos perplexos com a fraude orçamentária Pan-2007.

O Fim do Pacaembu

A mais importante sede dos jogos da Copa de 2014 é inegavelmente a cidade de São Paulo. E aqui reside um potencial problema que pode desmoralizar a Copa do Mundo. A cidade vive o dilema de encontrar o estádio onde será feita a abertura ou o encerramento do mundial. E o que estamos vendo é uma confusão que mais lembra o Pan do Rio do que qualquer evento alemão.

Os primeiros passos da preparação da Copa 2014 decretam o fim do Pacaembu. A prefeitura, por motivos pouco consistentes, desistiu de derrubar ou reconstruir um estádio no Pacaembu alegando dificuldades com moradores, por vezes, problemas com ambientalistas, por outras. Mas a única verdade que nasce dessas primeiras tratativas da Copa 2014 é que, escolhendo-se uma outra alternativa que não seja lutar pelo Pacaembu, a prefeitura decreta a transformação do estádio da cidade em templo católico e evangélico e palco de rock e sertanejo. Certamente um outro estádio será sede do mundial e não nos parece razoável que a prefeitura construirá outra arena e manterá o Pacaembu.

Fica, portanto, resolvido o primeiro round da Copa 2014 na cidade de São Paulo. A prefeitura joga a toalha e o estádio que mais contribuiu para o crescimento do futebol paulista e brasileiro terá um funeral sem luxo.

Nos próximos textos falarei sobre a alternativa Morumbi, a Arena da Federação e opções do Governo do Estado, prefeitura, de Corinthians e Palmeiras.

31/05/2007

A Copa 2014 e os Estádios (2) – A “Arena da Federação”

Os países que realizaram Copas do Mundo, ou grandes eventos esportivos, e que necessitaram construir estádios, adotaram como modelo estádios vinculados a clubes. Esta decisão é perfeitamente lógica e procura garantir ao investimento feito uma ampla capacidade de retorno. Como sabemos, construir estádios modernos é caro. Fica sem sentido fazê-lo apenas para evento único, praticamente esgotando-se sua utilidade.

Experiências de organização bem-sucedida, ocorreram em cidades onde a prefeitura ou o governo local se dispunha a construir a praça de esportes e, depois, administrá-la, com clubes regionais utilizando-a para campeonatos regulares e possibilitando retorno permanente dos investimentos aplicados. O melhor caminho, no entanto, para a viabilidade econômica dos investimentos, foi encontrado quando a edificação se vincula a um clube, especialmente a um clube de massa, podendo ter ocupação intensa, por muitos campeonatos e por longo tempo.

Mesmo grupos privados, que se dispunham à construção de estádios, sempre procuraram vinculá-los a um clube, com a mesma preocupação: conseguir retorno a longo prazo e garantir a permanência daquela agremiação. Foi o que vimos ocorrer em Portugal, no bem-sucedido exemplo da Eurocopa, quando o governo português reuniu alguns grupos privados e reconstruiu os estádios do Benfica, do Porto, do Sporting e de alguns outros clubes.

Foram feitas obras magníficas, caras, derrubaram-se estádios antigos – como o velho Estádio da Luz do Benfica – e construíram-se modernas praças para a prática de futebol e para outras utilizações de marketing, como lojas, estacionamentos etc. Mas o essencial disso, foi que os empreendedores escolhiam primeiro o clube, elaboravam-se os projetos, e viabilizava-se a construção. Hoje temos o Benfica, o Porto, o Sporting, e outros mais, com estádios moderníssimos, utilizados todo o ano, e em competições nacionais e internacionais.

Com isso, ficou o governo com a garantia de estar apoiando clubes centenários, e os investidores privados com a segurança de que nas próximas décadas poderão receber os valores investidos.

Não obstante o modelo deste bem-sucedido projeto da Eurocopa, que foi basicamente repetido na Copa da Alemanha, aparece agora, no início das discussões sobre estádios para a Copa de 2014 em São Paulo, a surpreendente proposta da construção pela Federação Paulista, junto com um grupo privado e o Governo, de um estádio de futebol.

Ora, quem deverá jogar na “arena” a ser construída pela Federação Paulista de Futebol?

Os jogos do Campeonato Paulista, não mais do que três meses por ano? Quem garantirá retorno aos investidores em um negócio feito por uma entidade que não é dona de clube, numa cidade em que existe um estádio municipal?

Não consta que a Federação Paulista vá organizar algum clube para ela e sustentar, nas próximas décadas, o retorno do investimento que seria feito. Estamos, portanto, diante de uma proposta inédita e quase surrealista!

Mais surpreeendente, ainda, é a postura da Prefeitura de São Paulo que, sendo proprietária de um estádio historicamente importante para o futebol brasileiro, como o Pacaembu, covardemente abandona seu estádio, condenando-o a futuramente transformar-se num centro religioso, ou para shows de rock ou rap, ou ainda, para jogos de casados e solteiros, aliando-se à Federação para construir um “estádio sem clube”! Ou há muito dinheiro sobrando e o País pode construir estádio só para a Copa, sem uso pós-evento, ou já estamos diante do primeiro caso complicado da Brasil-2014.

A lamentável adesão da Prefeitura ao projeto da “Arena da Federação” mostra o quanto confusas estão as autoridades municipais e, o que é pior, o quanto será difícil a organização de uma Copa Mundial de Futebol no Brasil.

Esta sem dúvida é a pior das opções que a cidade tem!

01/06/2007 

A Copa 2014 e os Estádios (3) – O São Paulo tenta salvar o Morumbi

Na confusa discussão para a decisão do estádio da Capital paulista que sediará a Copa do Mundo, o São Paulo FC, mais uma vez, faz um bom trabalho político e uma excelente ação de mídia.

Seu objetivo é claro: salvar o seu Morumbi, reformando-o, e colocando-o como estádio para abertura ou fechamento da Copa do Mundo de 2014.

E este é um esforço gigantesco, considerando-se os problemas que tem seu estádio.

O Morumbi é uma daquelas praças de esportes que nasceram de acordo com o modelo do Maracanã. Como o Mineirão, Beira Rio, Castelão, foram todos feitos a partir de duas premissas: -grandes públicos; e -pouca qualidade de acomodações.

Era a época de 120, 130, 140, 180 mil pessoas num estádio, todos amontoados de qualquer jeito, sem medidas de razoáveis conforto e segurança. Este ciclo de construção de estádios esvaiu-se no final da década de 1980 e 90, com o aparecimento das “arenas” construídas para públicos menores, com muito conforto, lugares com cadeiras, lojas, restaurantes, sanitários e estacionamentos, além de fácil acesso e adequado transporte coletivo.

Vários países demoliram os velhos estádios, como Wembley, os portugueses, alemães etc. Com dinheiro farto, iniciou-se a leva da construção de estádios menores e de conforto quase digno dos grandes teatros.

O São Paulo não teve dinheiro para dinamitar o Morumbi, muito menos para adaptá-lo às novas exigências de público, mídia e de torcedores em geral. E muito menos para edificar um novo.

As duas últimas pequenas reformas que o estádio sofreu, com a colocação de amortecedores e a construção de algumas acomodações – foram feitas, ou com dinheiro da Federação Paulista na gestão Farah, ou patrocinado por CBF-FIFA para realização do Mundial de Clubes de 2000 -, no mais, foi uma pinturinha aqui, a construção de um banheirinho ali, ou a colocação de um camarote para uma empresa acolá.

Restou ao São Paulo, e estão fazendo de forma eficiente, embarcar na nave da Copa 2014, para produzir uma grande reforma que dê sobrevida ao Morumbi.

Os próprios planos apresentados pelo São Paulo para a CBF mostram a inviabilidade desta reforma, ainda que se procure justificá-la pelos baixos custos.

Ressalte-se, de plano, que o São Paulo não omite que isto tudo deverá ser feito com dinheiro alheio, já que não tem recursos próprios para grande reforma.

Quem conhece, ainda que de forma superficial, o estádio do Morumbi sabe da inviabilidade de transformá-lo numa arena moderna, que exige lugares com cadeiras em todo o estádio, estacionamento para veículos de torcedores, banheiros e restaurantes minimamente decentes, acessos modernos e amplos, isto tudo quase inexistente, e o que é pior, de difícil implantação no caso tricolor.

Veja-se o exemplo das cadeiras que, se colocadas em todo o estádio, reduzirão sua capacidade para aproximadamente 50 mil pessoas, o que o tornará grande em tamanho, pequeno em acomodações e com muitas dificuldades para os torcedores assistirem aos jogos.

A CBF sabe que reformas não salvam o Morumbi. Os próprios governos estadual e municipal, que fingem apoiar os projetos do Tricolor, também o fazem por não quererem construir outra alternativa de estádio. O São Paulo vai fazendo seu discurso e a sua luta, mesmo sabendo que a manutenção do Morumbi como estádio da Copa, desqualifica a cidade de São Paulo como local para abertura ou encerramento desse evento mundial.

Salvar o Morumbi, reformando-o na onda da Copa do Mundo só é possível dentro de uma concepção de evento inteiramente diversa dos últimos cinco realizados. Seria como dizer assim: “realizemos uma Copa para os pobres”, aí o Morumbi estaria dentro. O difícil será convencer o mundo, especialmente a FIFA, que cada vez mais procura transformar o evento Copa em megaespetáculo, retroceder e aceitar um estádio como o Morumbi, quase sem acesso, com precárias instalações e com uma reforma que mais se parecerá com gambiarra, mambembe, do que com reconstrução de arena.

Mas o São Paulo insistirá, e se ninguém fizer nada em sentido contrário, crê que receberá dinheiro público e salvará seu estádio, ainda que isto comprometa a realização da Copa do Mundo no Brasil.

02/06/2007

A Copa 2014 e os Estádios (4) – O Corinthians fora da fita

A realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, proporciona ao Corinthians uma oportunidade de ouro para dela participar, construindo seu estádio.
Como sabemos, a abertura ou o encerramento desse evento será em São Paulo, e como vimos nos textos anteriores, a cidade não possui estádios dentro dos padrões aceitáveis para sediar importantes partidas como um Mundial de futebol.
Considerando que, em todas as competições esportivas mundiais de monta realizadas nas últimas décadas, a construção de estádios sempre esteve vinculada a algum clube, o Corinthians – clube de massa, não possuindo estádio compatível para jogos do mundial – é, inegavelmente, a melhor solução para a construção de uma arena que sedie uma Copa do Mundo.
Isto porque todos os investidores, envolvidos neste tipo de evento, preocupam-se com o pós-mundial, com seu uso futuro e permanente em campeonatos populares, viabilizando o retorno do investimento. Salta aos olhos, portanto, que ao Corinthians a oportunidade é grande, mas, desenganado, o clube sequer está participando de discussões com CBF e FIFA, para posicionar-se na preparação do Mundial.
É uma oportunidade que não está perdida, mas que pode se esvair, da mesma forma como o clube já perdeu a chance de construir sua praça de esportes na década de 1960, ao apoiar o São Paulo, na construção de seu estádio, por decisão equivocada de seus dirigentes, ou a oportunidade repetida ao final dos anos 1970 e início dos 80, não aproveitada mais uma vez, para construir, como era praxe na época, um estádio grandalhão e sem conforto.
Mas, esquecidos os erros das décadas de 50 a 80, entramos neste período de pré-definição de estádios para a Copa 2014, e, infelizmente, o clube tem uma posição de completa omissão, quando não, de procurar caminhos errados. A parceria feita com a MSI deixou aos investidores estrangeiros e “meio-clandestinos” a possibilidade da construção de um estádio. Ocorre que, com a definição da Copa 2014, este estádio certamente deveria estar inserido nos preparativos da FIFA. E é aí que as coisas se complicam.
Como vem reiteradamente dizendo, o Senhor Joseph Blatter, Presidente da FIFA, opõe-se ferozmente a estes investidores soviéticos que estão entrando no futebol. Basta ver o que tem sido declarado nos últimos dois anos sobre MSI e Corinthians, para se compreender que, no que depender da FIFA, eles terão dificuldades para se inserir mais nos negócios do futebol.
Nas últimas semanas, depois da decisão da Premier League que considerou a transferência de Tevez uma fraude, diminuiu mais ainda o espaço para estes complicados investidores que buscam atuar no futebol.
Eles estão com a porta fechada e pela mesma brecha por onde estiverem entrando, a FIFA vai procurar empurrá-los para fora, ou dificultar suas ações.
Ora, como é que o Corinthians apresentaria à comissão da FIFA um estádio patrocinado por esta gente que ela tanto procura cercear?
É por isso que, nas discussões ocorridas até agora, o Corinthians é completamente omisso, o presidente Dualib nem mesmo participa de qualquer tratativa sobre o evento. É uma figura fora da foto. E isto se deve ao fato de que o clube está agregado com gente cujos negócios escusos a FIFA não apóia, e até condena.
Sobra então ao presidente Dualib e à direção do Corinthians anunciar, vez por outra, interesse em estádios com projetos totalmente desvinculados da Copa 2014, o que é mais do que irrealismo, mas uma procura desesperada de justificar a parceria feita pelo clube.
Ficamos assim: estádio fora do contexto de uma Copa é difícil sair, até porque não acomodarão jogos do mundial.
Entrarmos em qualquer projeto da FIFA, com essa gente não será possível! Destaque-se que a FIFA tem encaminhado investidores para os eventos da Copa e não os fará para um contexto Corinthians-MSI.
Aqueles que apoiaram a parceria, dizendo que o problema da origem do dinheiro era dos investidores, deveriam, neste momento, tomar a palavra e considerar o terrível dano causado ao clube.
Os projetos da COOPERFIEL (torcedores construindo um estádio), ou de uma arena construída pela empresa W. Torres, ou uma arena em Guarulhos: qualquer um deles para se viabilizar terá que se ajustar ao clube e aos interesses da Copa do Mundo. Fora deste contexto, podem ser generosos, idealistas, temerários ou geniais, mas padecerão pelo caminho.
O Corinthians, portanto, na discussão da Copa do Mundo, é um ausente, até porque seu Presidente não pode aparecer falando em projetos de seus parceiros porque os organizadores do Mundial não o ouvirão.

30/08/2007

“Pro Brasilia fiant eximia”*

(*) Pelo Brasil façam-se grandes coisas

O anúncio feito no dia de ontem, 29/08, de que o Morumbi reformado será a praça paulista para a Copa do Mundo representa, entre outras coisas, um grave apequenamento da cidade.

Seria natural que uma metrópole como São Paulo, que tantas iniciativas pioneiras e audaciosas já tomou, se preparasse para a Copa do Mundo de 2014 com o mesmo espírito de grandeza e audácia que fizera do vilarejo colonial de Piratininga, fundado por Jesuítas, a maior e mais importante metrópole da América do Sul.

O projeto de reforma do Morumbi para a Copa não representa nada disso. Um estádio velho, absolutamente superado, sem qualquer perspectiva de remodelação minimamente aceitável para uma abertura ou encerramento de Copa do Mundo, é apresentado como se não houvesse mais audácia, arrojo, para se buscar a construção de uma arena moderna, grande, que projetasse a cidade nos próximos 50 anos.

Agrava tudo isso que o projeto apresentado aos inspetores da FIFA é quase uma proposta de um PAN “II”, de segunda classe. Não há orçamento para nada. Pode custar um real, um milhão ou dez bilhões. É uma reforma com livro-caixa em aberto, e, repetindo o que fizeram Nuzman e seus amigos, o SPFC apareceu com a idéia e pede aos outros que venham com o dinheiro.

Fora a apresentação de multimídia, que pode ser confeccionada em qualquer lugar, tudo lá é interrogação. Não há orçamento; não existe definição de razoável projeto de engenharia. E tudo isso por que, se existissem, os valores seriam certamente altíssimos, incompatíveis para um estádio de Copa e para esse Morumbi.

É inegável que a cidade pode criar a alternativa de construir uma arena moderna, à altura de sua história. Caso prevaleça essa participação mambembe do Estado de São Paulo na Copa, uma primeira medida poderia ser mudar a legenda do brasão do Estado. E ao invés de “Pelo Brasil façam-se grandes coisas” (Pro Brasilia fiant eximia), alterem-na para “Pelo Brasil façam-se pequenas coisas”.

Não creio que esse projeto, claramente insustentável, possa receber o apoio da sociedade paulista. Passado o momento eufórico da festinha com a FIFA, quando se voltarem os olhos para a efetivação do projeto, tomar-se-á consciência do grave erro cometido e se buscará melhor alternativa.

Esperamos que não seja tarde!

22/04/2009

O “PAC da bola”

A Imprensa divulgou de forma discreta, discretíssima, que o Prefeito Kassab, aproveitou sua presença no jogo do último domingo, entre Corinthians e São Paulo, para inspecionar as obras realizadas no estádio do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014. Não sei exatamente o que o Prefeito andou vendo, junto com o Presidente Juvenal Juvêncio, nem tampouco se ele estava acompanhado dos Secretários Feldman e Caio que, como o alcaide, são responsáveis pela infeliz escolha do Morumbi como arena para abertura da Copa 2014.
É possível que tenham mostrado para o Prefeito aquele velho vídeo com computação gráfica que mostra um estádio inexistente. Ou, talvez, tenham-no levado para ver um bar que abriram por lá. Ou uma ou outra área VIP, que quase nada siginificam em termos de preparação do espaço para o evento mundial.
A rigor o Morumbi nada avançou para sediar a Copa, como informam todos os especialistas na matéria, pois sua reforma é “difícil, cara e sempre será precária”. O São Paulo vai empurrando com a barriga, já que não tem condições de nada ou pouco realizar neste sentido. No início, disseram que reformariam o estádio sem dinheiro público. Embora sendo impossível, com isso conquistaram apoio do Prefeito e de seus Secretários Caio e Feldman e, ao mesmo tempo, inviabilizaram a procura de outro espaço para a Copa na Cidade de São Paulo.
Sem dinheiro público, ou a fundo perdido, o São Paulo sabe ser impossível cobrir o estádio, construir garagens e fazer outras reformas necessárias para sua adequação às normas da FIFA. A estratégia tricolor para conseguir recursos públicos será mostrada quando não houver mais tempo para a construção de uma nova arena na Cidade e isto já está se aproximando. Os três responsáveis pelo desastre na Prefeitura serão os melhores representantes para que o São Paulo consiga os recursos e reforme seu estádio.
Mas o Tricolor precisa lutar muito e, por essa razão, já começa a trabalhar na área federal a idéia de que com a atual crise, o Governo Federal deveria criar um “PAC esportivo”, isto é, a criação de fundo de empréstimo para custeio de todas as obras envolvidas com a realização do mundial.
Não sei se isso dará certo, mas creio que o Prefeito Kassab e os Secretários Feldaman e Caio devem se preparar para toda sorte de problemas que virão da opção errada que fizeram ao escolher o Morumbi.
Ainda que o diretor de marketing são-paulino tenha dito: “as grandes obras de reforma começarão em setembro, sem dúvida”, todos os que conhecem o problema sabem que o São Paulo, fora uma ou outra pintura ou reforma de um e outro camarote VIP, não tem condições para realizar as obras necessárias para a Copa 2014.
Kassb, Feldman e Caio – todos são-paulinos – estão com o maior mico na mão e terão que resolver o equívoco que cometeram, uma vez que FIFA, Governo Federal e Estadual reconhecem a inviabilidade da escolha do Morumbi.


23/09/2009

PAN-07 x COPA-14

Quem acreditava que os problemas do Pan do Rio, realizado em  2007, não se repetiriam na preparação da Copa do Mundo de Futebol de 2014 perde a esperança.
A mídia paulista, ressalvados aqueles que sempre se posicionaram bem, que costumava “espinafrar” o preparo e a execução do Pan-07, precisa mudar a lente de seus óculos e dar uma olhada no que está ocorrendo na reforma do Morumbi para a Copa.
De início será preciso lembrar da farsa que levou a Prefeitura da Capital paulista a escolher o estádio do São Paulo para sediar a Copa:
1) a reforma seria feita com dinheiro privado;
2) o estádio atenderia às condições da FIFA para a abertura do Mundial.
Nada disso ocorreu. Não há grana privada e o estádio não terá condições – ainda que se gaste muito – de sediar a abertura dos jogos.
O SPFC sabia que não teria os recursos para a reforma. Era de conhecimento da CBF que somente uma obra gigantesca poderia reconstruir o Morumbi para a suportar a abertura da competição.
Partindo daquelas duas mentiras, tudo vem sendo feito em atos que deixam o Pan-07 como um evento menor, em relação ao caráter espantoso de suas ações. O que temos hoje é uma verdade escondida e indesmentida: poucas vezes tivemos tamanha mobilização de esforços públicos para apoiar um ente privado como na preparação do Mundial de Futebol em São Paulo.
Veja-se o caso do empréstimo do BNDES: nunca o banco apoiou Clube algum nesta terra! Os financiamentos a entidade estatais são públicos (sim, é preciso dizer isso!), efetuados diretamente ao tesouro de Estados ou Prefeituras (que avalizam os contratos e pagam ao banco).
A mídia paulista de nosso Estado, excetuada a parcela dos que mantêm o senso crítico, chega à aberração de dizer que o empréstimo do BNDES é privado. Ignorância? Nada disso! Poderíamos dizer que armam a maior privatização de um banco público, sem conhecimento de um mínimo mortal tapuia. E, se tal fato tivesse ocorrido com o Pan? Vemos o Poder Público desviando recursos para um Clube privado, sem qualquer aval de ente público, e sem garantias de viabilidade financeira que lhe possibilitem retorno.
A capacidade de indignação, exibida pela mídia bandeirante, esgotou-se nas críticas ao Engenhão. Que, diga-se, não foi contruído para o futebol e está sendo pago pelos cofres cariocas.
O último (?) projeto de reforma do estádio do Morumbi é uma confissão de ilegalidade deste tal Comitê Paulista da Copa. A maior parte do projeto “ocupa” uma área pública, sem cerimônia, sem lei, sem respeito à Cidade e sua população. A FIFA deveria mandar mais esta proposta para o lixo, não sem antes encaminhar cópia ao MP, para reponsabilizar o Comitê que violou a lei.
Está mais do que claro que a CBF prefere fazer a abertura do Mundial em Brasília. E agora tem bons motivos. Afinal o projeto do São Paulo é uma homenagem ao Jeca Tatu, tal é o seu atraso.
O Prefeito Kassab, o Feldman (não corre, não!) e o Dr. Caio sabem o tamanho do problema que criaram.
Mas, mantendo-se as ressalvas acima, e a nossa mídia? Fala sobre lei de licitação, estudos do sr. Othake, projetos mirabolantes, investidores que não existem, perseguição da Fifa etc.
Tudo para não ter que dizer que o Pan-07 – que foi péssimo – foi menos chocante do que a preparação paulista para a Copa-14.

01/08/2010 

E agora prefeito?

Este blog nunca entrou no oba-oba de um “udenismo tardio”, que defende o Governo fora de qualquer evento esportivo. Quando a Prefeitura de São Paulo, por meio do Dr. Caio Carvalho, afirmava que o Morumbi seria preparado para a Copa com dinheiro privado e atenderia às exigências da Fifa, dissemos que nada disso ocorreria. Aquele discurso da CBF de que a Copa seria privada, também dissemos que não era correto. Qualquer País do mundo que queira sediar um evento como Copa ou Olimpíada deve preparar o bolso (quer dizer: o cofre público), pois terá que investir muito. Como sempre afirmamos – neste debate – o importante era garantir investimentos com transparência, seriedade e de forma regular. Transparência que, por sinal, nunca houve no projeto de reforma do Morumbi.

Mas o assunto agora é outro.

No Estadão de hoje (1/8/10) – domingo – o sr. Bernie Ecclestone (vice-rei da Fórmula 1) abre a boca e diz que a Prefeitura tem que refazer Interlagos ou… não terá mais F1 em São Paulo.
Diz o sr. Ecclestone: “O futuro da Fórmula 1 no Brasil depende agora de melhoras importantes em Interlagos… Não posso mais ser questionado pelas equipes por qual corremos no pior circuito do campeonato” E conclui de forma direta: “Vou ter uma conversa com o prefeito.”

E agora, Sr. Prefeito, Sr. Caio e Sr. Feldman? Não seria a hora de a iniciativa privada ser chamada para bancar a festa? Afinal é um investimento para uma só competição (???) no ano.

A Cidade de São Paulo que já dá um vexame histórico de ficar sem solução para realizar a abertura da Copa por falta de estádio, pode caminhar para um segundo vexame. Não, não acho. No caso da Fórmula 1 o discurso do “udenismo tardio” vai para uma pasta de arquivo. Dirão que o evento é importante para a Cidade, para o turismo, para a TV etc e tal.

Não sei o que farão as autoridades do Municipio e as empresas vinculadas a este evento. Creio, no entanto, que não será repetido o equívoco da preparação da Copa, onde os interesses clubísticos dos membros do Comitê Organizador inverteram as prioridades: o projeto de preparação para a Copa ficou subordinado a encontrar solução (e dinheiro) para reformar um estádio privado. O grande projeto era salvar o Morumbi e impedir outra solução. Então, ficamos num beco, sem solução.

Será que a entidade que promove a Fórmula 1 não está de má vontade com São Paulo? Diria o Secretário-Geral da Fifa.


Apr 30, 2014

Ouro para o bem do SPFC- 2

SÃO PAULO – Três clubes da capital paulista decidem acatar um apelo feito pelo rival. O fato, nos dias atuais, parece impossível de acontecer. Há 76 anos, porém, CorinthiansPalestra Itália e Portuguesa aceitaram um convite do São Paulo e disputaram um torneio quadrangular cujo objetivo era ajudar financeiramente a equipe são-paulina. O episódio, que ficou conhecido como “Jogo das Barricas”, foi lembrado pelo presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, nesta terça-feira, em resposta ao mandatário do São Paulo, Carlos Miguel Aidar.
No começo de julho de 1938, duas semanas depois do término da Copa do Mundo da França, uma crise financeira fez o São Paulo organizar a Taça Mündell Júnior (uma homenagem ao dirigente paulista Augusto  Mündell Júnior).

“O São Paulo F.C faz um apelo aos sócios do Palestra, Corinthians e Portuguesa, para que coadjuvem a atitude esportista dos diretores, que colocaram seu quadros à disposição do São Paulo”, diz um trecho da reportagem publicada pelo Estado no dia 1.º de julho de 1938.

A ideia do São Paulo, que havia sido fundado 31 meses antes, era que os torcedores dos times rivais pagassem meia-entrada para ter acesso ao Parque Antártica, local dos jogos – disputados todos no mesmo dia (domingo, 3 de julho).

Os espectadores tinham a opção de entrar sem pagar ingresso. Dessa forma, o apelo da diretoria do São Paulo tornou-se fundamental para a arrecadação. Os diretores do clube, segundo a reportagem, ficaram a postos em frente à entrada do estádio com “cartões de lembrança para todos que desejarem cooperar.”

Os planos do São Paulo deram certo, apesar de o time ser derrotado por 3 a 0 pela Portuguesa. Na edição do dia 5 de julho de 1938, dois dias depois do Torneio, o Estado afirmou que o “clube tricolor estava satisfeito com o êxito financeiro de seu festival”. De acordo com o texto, boa parte do estádio foi tomado pelos torcedores. A geral, por exemplo, estava lotada.

O sorteio dos confrontos ocorreu pouco antes das partidas. O Corinthians enfrentou o Palestra e passou à final pelo número de escanteios (2 a 0, após um empate sem gols). O time corintiano sagrou-se campeão após bater a Portuguesa por 2 a 1.

Nos meses seguintes, o São Paulo se reergueu e chegou ao vice-campeonato paulista daquele ano – o time ficou a dois pontos do Corinthians na tabela de classificação. Em abril de 1942, o São Paulo contratou Leônidas da Silva por 200 contos de réis, na transação mais cara do futebol sul-americano até então. O primeiro título estadual do clube seria conquistado no ano seguinte.

 

www.estadao.com.br

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