Acredite… se quiser.
O Departamento de Marketing do Corinthians segue em busca de um patrocinador master.
Uma proposta de R$ 28 milhões do Banco BMG foi rechaçada recentemente pelo Clube, sob alegação de que o valor seria baixo.
Por enquanto, a camisa do Timão tem um único patrocinador: Fisk, que ocupa a barra inferior.
www.timaonet.com.br
Sem Zizao, China não resiste e é goleada.
A seleção da China foi goleada, ontem à noite, 10/9, em Recife, pela Seleção Brasileira por 8×0.
Tivemos de tudo na partida, inclusive “dancinha” para comemorar os importantes gols . Este tipo de comemoração é importante, pois mostra (segundos os psicólogos do esporte) o nível mental de amadurecimento do atleta.
Tudo bem.
Mas o que teria faltado ao time chinês para conseguir um bom resultado?
Tudo. A China já está fora do próximo mundial e, no ranking da Fifa de Seleções, ocupa uma posição próxima (mas não muito melhor) do Butão.
Lamentavelmente, o treinador chinês não convocou o astro Zizao, jogador do Timão.
Se o fizesse, a festa seria outra.
Não seria igual à apresentação do Corinthians no início do ano, já que aquela é inigualável.
Como evento, a festa de apresentação do Zizao só perdeu para a chegada de Ronaldo (o fenômeno). Perdeu, não.
Em alguns quesitos (como coreografia), foi superior. Afinal, segundo marketing do Timão, ele abriria as portas do “mercado chinês” para o alvinegro.
Entendi!
Uma pena! Se Zizao tivesse com aquela camisa vermelha da China, a coisa seria diferente.
Muito diferente.
Mistificação ou fraude
No início do ano, um pouco antes das eleições no Clube, uma notícia ocupou a mídia por todo lado: o Corinthians teria um novo patrocínio na camisa.
Seria uma empresa coreana (ou japonesa, para alguns mais ousado) e seria o maior contrato já visto no futebol tapuia.
Mas o ponto alto daquela ofensiva de notícias vazadas pelo marketing corinthiano foi uma foto que provocou o maior barulho na internet (em blogs, sítios etc) e, em seguida, nos jornais, rádios e TVs.
A foto – com definição muito ruim – “mostrava” um coreano (ou japonês) com uma camisa do Timão e a propaganda da montadora Hyundai.
Era a prova que faltava do negócio realizado.
Foi um alvoroço só.
Falavam que o Corinthians estaria com um contrato fechado (na mão, como dizia um Diretor) de publicidade na camisa para o ano de 2012, e a mídia trazia inclusive os números do acerto.
Pelo que afirmavam, os Diretores do Marketing do Timão seriam 50 milhões por ano, em contrato de 3 anos.
Não houve quem não tivesse aplaudido.
Os membros da “Republica”, que reúne do pessoal de aplauso fácil (e caro) até jornalistas “independentes”, parabenizavam o Corinthians por tão grande proeza.
A foto do tal coreano provaria o acerto conseguido.
Muitos se preocuparam em dar o nome ao tal empresário que a foto borrada trazia.
O resto da história é conhecido de todos.
O tal “acordo” acertado não existia, embora o marketing corinthiano tivesse espalhado por todo lado notas da bombástica contratação.
Estamos chegando ao final do ano e o Clube ainda vive sem publicidade na camisa.
Ficou apenas a foto escura da área Vip do Pacaembu.
Ainda bem que a Globo chamou os Clubes para aditar o contrato de transmissão de jogos (até 2017,18 ou 19?).
Com grana adiantada, pela TV, está sendo possível tocar o barco.
E o tal marketing nada tem com a venda da TV.
Turbinando
(David Hockney) (Reprodução)
A Copa do Brasil do próximo ano ganhará uma nova cara.
Irá até o final do segundo semestre e terá a participação das maiores equipes do país. Viva!
Será uma competição no sistema mata-mata, que cobrirá quase todo o ano.
Nunca houve motivo para a reduzida participação das equipes nesta disputa.
Veja o que ocorreu neste ano: poucas vezes tivemos uma competição com tanta esquadras fracas. As mais fortes – em grande número – estavam na Libertadores e excluídas da Copa do Brasil.
Trata-se de um avanço, que deveria ser seguido por uma reformulação da Copa Sul-América.
Seria interessante receber, também, os maiores Clubes de cada país (acho que deveriam tentar envolver o México e os Estados Unidos). Seria uma disputa (em mata-mata), que poderia desenvolver os mercados do Norte do continente para o futebol.
Este era o objetivo quando foi criado.
Plágio do plágio
O UOL diz que o Corinthians (não é bem o Corinthians) teria questionado o Remo por usar do símbolo da campanha da República Popular do Corinthians.
Estariam plagiando o “grande” feito de publicitários – alimentados pela Nike – em campanha de torcedores.
É plágio de um plágio, pois o símbolo utilizado pela tal República é uma cópia vulgar do símbolo da dinastia dos Romanov, que governou (e barbarizou) a Rússia por 700 anos.
Como o dinheiro da Nike é dela, pode fazer o que quiser.
E sempre há alguém, de uma empresa de publicidade, para trazer uma “grande idéia” (com grande custo, é claro) para a empresa “tocar”. Não conheço nenhum corinthiano que esteja envolvido por esta campanha. Exceto – é claro – os que estão fazendo o merchand e gastando a grana da Nike. Agora, brigar com o Remo é de lascar!
Oh, gênios!
Dois pesos e duas narrações
Engraçado esta rádio Jovem Pan.
Vive levando ao ar o gol que Rogério marcou contra o Corinthians (dizem que o número 100 de sua carreira). Não falam, no entanto, um piu sobre os gols que ele tomou do Corinthians. É proibido dizer qual é o número? Quando ele marcou é 100, quando ele tomou, não sabem.
Tenho um conhecido que fez a relação de todos os gols e, se a Jovem Pan quiser, acho que ele empresta.
Japonês de Hiroshima
Diz a lenda que há uma síndrome em Hiroshima: uma pessoa foi ao banheiro e, justamente, no momento em que caiu a fatídica bomba, estava apertando o botão da descarga.
Foi difícil fazer crer ao pobre homem que não tinha sido ele quem produziu aquele barulho todo. O Secretário Geral da Fifa vive esta síndrome. Está dizendo que foi aquela sua declaração de bêbado (a do “chute no traseiro”) que provocou o avanço das obras da Copa. Se ele souber com se faz um conjunto de reformas e construções tão complexo como este, verá que seu ato nada tem a ver com o avanço das obras.
É a síndrome de Hiroshima.
Golaço! E de letra
O belo gol de Romarinho salvou o fim de semana desportivo de nossa gente.
Um toque de gênio na vitória do Corinthians em Curitiba por 2×1, contra o Coxa. Romarinho mostra, cada dia mais, que pode se tornar um ótimo jogador para o Timão e para a Seleção Brasileira. Não só pelos belos gols que faz (um deles na primeira linha da história – aquele de Buenos Aires), mas pelo refinado toque de bola que tem. Vamos torcer para que sua carreira avance e ele – numa nova fase – consolide-se como o grande atacante que já dá claros sinais de ser. Tivesse ele o apoio da mídia, como os Lucas, Oscares ou Marcelos da vida, já estaria ocupando todo o espaço de rádios, TVs e jornais.
Melhor assim, seguir contra a maré, sem bajulação, pois a conduta da mídia nada resolve.
Conduta que só dá a ideia, errada, de que jogador médio é que merece ser rotulado como craque.
Seleção e derrota
A Seleção Brasileira perdeu no sábado, 11/8, para a do México, em jogo que não deixa espaço para choros e caras de brabo.
Perdeu, merecidamente. Trata-se de uma Seleção em que 80% dos jogadores que lá estão poderiam ficar de fora que ninguém sentiria falta. Creio que boa parte deles permaneça por lá, ainda que sem grandes resultados, e com a mídia insistindo que são craques. E este é o time “principal” do Brasil.
Com esta geração jogando esta bola, toda a Copa de 2014 pode se tornar um evento trágico para o “País do Futebol”.
Evento londrino
A abertura e o encerramento das Olimpíadas de Londres foi no mesmo ritmo: lento, arrastado, quase sonolento. Não deixará saudades e não intimida o Rio de Janeiro para daqui 4 anos. Qualquer escola de samba, com uma boa bateria e um razoável carnavalesco, fará uma apresentação muito mais criativa.
Aquela entrada com as Bachianas de Villa-Lobos indica um bom caminho para os organizadores do evento no Brasil.
Bem pior do que a festa londrina foi o desempenho da delegação do Brasil.
Com o Comitê Olímpico Brasileiro recebendo 2,1 bilhões para sua preparação (o dobro do que recebeu o grupo da Itália, e mais do que recebeu a “gigante” Austrália, 1,7 bi), o número de medalhas conquistadas e os índices obtidos foram pífios. Com o dinheiro todo centralizado no COB, e distribuído para os “amigos” das Confederações, o Brasil faz o trabalho oposto ao que todos os exemplos de sucesso indicam. Nada se investe em Clubes, universidades, escolas e centros de formação de atletas, procurando concentrar-se em gastos administrativos de entidades, qu pouco contribuem para o crescimento dos esportes e devido suporte aos atletas. Com as mudanças na CBF fica cada vez mais difícil manter este reinado de miséria (em vitórias) e de fartura em grana vinda do governo. Vamos torcer para que a Presidente Dilma Roussef venha a ter com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro a mesma postura que aplicou ao futebol.
Aí, sim, a coisa muda.
2013 está chegando…
(Carybé) (Reprodução)
Os departamentos de Marketing gostam de “trabalhar” ideias geniais.
Há alguns anos, o pessoal de Marketing do Tricolor Paulista resolveu estabelecer uma data fatal, quando a torcida do SPFC superaria a do Corinthians.
Baseados numa pesquisa (?) feita para o Caderno Folhinha, o suplemento infantil hebdomadário do jornal Folha de S. Paulo, com crianças de 4 a 10 anos, os marketeiros disseram que em 2013 o Tricolor seria maior que o Corinthians. Fico pensando como teria sido a pesquisa, entrevistando uma criança de 4 ou 5 anos.
Deve ter sido com pirulitos numa mão e os discos de perguntas noutra.
Mas a verdade é que, com este “trabalho científico”, divulgaram por todo lado a “boa nova”, marcando o grande passo tricolor.
O ano de 2013 esta logo ali e nada mostra que a façanha anunciada será realizada.
Pelo contrário. Todos os números indicam que a diferença do Corinthians em relação aos demais times está se alargando.
Hoje a grande concorrência do Timão nos bairros populares são algumas Igrejas pentecontais, que fazem campanha contra o futebol.
São Paulo, Palestra e outros de fora, como Flamengo, Vasco e Flu estão ficando na poeira.
É… 2013 está chegando, e nada.
Calma! Não fiquem surpresos se eles não anunciaram o adiamento do ano fatal para 2013, 2033, 2044…
Quem estiver vivo poderá rir.
Ideia de gênio
A mídia anuncia que o Corinthians firmou uma parceria com o Espanhol de Barcelona.
Mas, quem será que teve esta ideia de jerico!
O que o Timão tem a ganhar juntando-se com um Clube desses? Se existem laços esportivos e afetivos dos corinthianos com alguma equipe espanhola é com o Barcelona, rival de morte deste Espanhol.
O Barça, sim, tem uma bela história de vida.
Este Espanhol, não.
É o Clube da elite mais reacionária da Catalunha. Sempre colaborou com o Franquismo e tem como seu símbolo o… periquito!
Nada, absolutamente nada, ganhará o Timão.
Só a ignorância histórica e esportiva permite uma bobagem destas!
Está certo que é (mais) uma parceria, que não vai dar em nada, além de notícias pontuais em alguns periódicos ou blogs.
Como o caso da República Popular do Corinthians, este ficará numa gaveta fechada da história.
Preparem a Maracugina…
Com a vitória do Corinthians, ontem à noite, 18/7, no Engenhão, contra o Flamengo por 3×0, o Campeonato Brasileiro dá sinais que vai mudar.
Uma sequência (de 3, 4 ou 5) vitórias do Timão mudará a cara do campeonato.
Esta diferença de 14 pontos vai encurtando e o Corinthians pode crescer no torneio em função da regularidade com que atua.
Sei que muitos acham loucura. Mas, não é não.
Ontem, à noite, além de belos gols, tivemos outras notícias agradáveis.
O bom futebol de Douglas e Danilo e, principalmente, o desempenho de Romarinho, mostrando que pode se tornar um jogador importante na competição.
O Campeonato está mudando, após engatarmos uma boa sequência, preparem a Maracugina!
Ela está na segunda gaveta, do lado esquerdo.
Os “sem-propaganda”
Lamentável na partida, foi o fato de os dois mais importantes Clubes brasileiros atuarem sem publicidade nas camisas.
Como já estamos no meio do ano, é bem possível que este quadro continue, para tristeza dos Departamentos de Futebol.
Isto tudo ocorre no período em que a mídia cobre de elogios os Departamentos de Marketing dos Clubes.
No Corinthians ele é o mais perfeito exemplo de publicidade sem resultados.
Embora “auto-definido-se” como gênios, pouco agregam ao Clube e falham no mais importante dos contratos que é o de publicidade na camisa.
O outro negócio importante para o Clube é o contrato com a Nike, mas este não foi obra da tão exaltada genialidade marketeira.
No final do ano passado, o Clube inundou a mídia com notícias de que faria contrato com uma grande montadora coreana.
Valores foram citados, cláusulas divulgadas etc. Apareceu até um coreano (ou japonês) num jogo no estádio do Pacaembu, com uma camisa que seria a de publicidade da montadora. Fotos foram feitas e divulgadas a torto e a direito em blogs, sites, twitter, facebook etc. Tudo para dar um ar de que a tacada seria genial. Passada as eleições, viu-se que era tudo fogo de palha.
A “República” (rede construída para “propagandear” a propaganda) sumiu com a foto do coreano e tudo ficou por isso mesmo.
Ainda agora, no final da Libertadores, para justificar uma publicidade pontual, contratada com uma empresa para aquele período, o nosso “genial” marketing encarregou-se de informar por todo lado que, se o Timão vencesse, estaria (99%) garantido um novo e importante contrato com o anunciante. Mais uma vez valores foram divulgados e os leitores do Radar, da Veja; de Sonia Racy, do Estadão; e de Monica Bergamo, da Folha; ficaram todos aliviados com a boa notícia.
A decisão terminou, o Timão ganhou a Taça, mas a tal publicidade não veio.
Não tem problema!
Nosso Departamento de Marketing continuará a fazer o que faz bem: propaganda dele mesmo.
E a mídia continuará elogiando-o, como sempre faz.
Que falta fazem o Ronaldo e o Presidente Lula!
A Libertadores nunca mais será a mesma !
O Corinthians venceu, há poucas horas, o Boca Juniors e conquistou a Taça Libertadores da América, no estádio do Pacaembu.
É o primeiro clube brasileiro que vence de forma invicta esta competição.
A disputa de Corinthians e Boca ficará na história como a maior final da Libertadores até os dias atuais. O clássico, que parou a América, dá outra patamar para este evento esportivo.
Até os que venceram antes – em finais pouco atrativas – terão seus títulos valorizados.
A vitória do Corinthians foi completa. Invicto, tomou apenas 3 gols e enfrentou todos os grandes adversários que andam por aí.
A torcida corinthiana está de parabéns.
Mas cumprimento, também, nossos adversários, que já há anos e anos têm como única alegria dizer que o Corinthians não tinha ganho a Libertadores. Foram eles que deram importância maior para esta conquista que, a rigor, nunca demos o valor que apregoam.
Como disse ontem, agora é lutar pelo bicampeonato Brasileiro e pela conquista do segundo título Mundial da Fifa. O bom do futebol é que o jogo nunca termina.
Parabéns, Tite !
Não preciso dizer, agora, que acho nosso técnico a maior estrela da companhia. Como sabem os leitores deste blog, sempre defendi o trabalho que executava. Mesmo com um elenco sem estrelas ou jogadores “fora de série”, montou um time competitivo, equilibrado e que ficará na história do Corinthians.
Parabéns à Globo !
Não sou de ficar elogiando a mídia esportiva, mas a TV Globo, nos últimos dias, fez um trabalho profissional e de qualidade.
O envolvimento da população nas partidas finais foi eliminando as bobagem (“há cem anos o Timão não ganha…”) e o que tivemos foi uma cobertura séria do evento. Como não vejo a transmissão do jogo, não sei se deram alguma “pisada na bola”. Pelo que me falaram, não.
A cidade parou!
A partida terminou, há quase duas horas, e os rojões e buzinas continuam pela cidade.
Moro no Centro (Bela Vista), próximo do Pacaembu, e o trânsito está como nas vésperas de feriados, mesmo às 2 horas da manhã. É esta força do Timão que abala a Globo e provoca tanta inveja em nossos adversários.
Hora de mudar!
Agora que o Timão venceu a Libertadores é hora de mudar esta Copita.
Primeiro, precisam pagar mais para os grandes clubes, que têm prejuízo elevado na competição. Segundo, necessitam repensar o número de clubes e diminuir a parcela de times da Bolívia, Peru, Equador e Venezuela, para citar alguns países. Assim a disputa será mais valorizada e de melhor qualidade.
A falta que a Base faz
(Leonardo Da Vinci, “O Homem Vitruviano”)
Por disputar duas competições importantes, o Corinthians, vem utilizando um time misto em boa parte dos jogos.
Foi o que ocorreu, ontem, 10/6, no jogo de Porto Alegre contra o Grêmio. E os resultados deste time misto não estão sendo nada positivos.
Além de perder vários pontos no Campeonato Brasileiro, o Time B mostra que o técnico deve ter pouca esperança em buscar, nesta formação, algum craque que possa melhorar o Time A. Ao contrário, o que vemos, na maioria dos casos, são jogadores de pouca qualidade e que não terão sucesso no time principal.
Vários dos atletas do time misto são jogadores contratados, com o critério de “compor o elenco”. Quer dizer, não se trata de craques (ou “ainda”, não o são), mas poderão substituir bem os titulares. Especialmente os contratados “para compor” pouco ou quase nada estão rendendo.
Neste momento é que vemos o quanto faz falta uma boa categoria de base que revele jogadores.
Nem sempre os que vem da Base são craques (alguns poucos, sim), mas, convenhamos, para jogar o que estão jogando, alguns destes contratados, os atletas de Base fariam papel igual ou melhor. E sempre trariam a possibilidade de aparecer um ou outro atleta diferencidado.
O mais grave é que as revelações da Base não são para curto prazo.
Hoje, estamos pagando pelos últimos anos de abandono da categoria. O que for feito agora dará frutos daqui 2, 3, 4 ou 5 anos. É preciso começar pensar nisso o quanto antes
Desqualificação
É lógico que é imprudente para um Diretor de Clube declarar que seu time é “medíocre”.
Independentemente de significar mediano (mas também significa “pequeno”), uma declaração destas tem fator explosivo, como todos estamos vendo. Mas mesmo que esta questão “medíocre” seja problema, não acho que este seja o maior dos problemas de nosso marketing.
Primeiro é preciso dizer que a mídia vem, quase com unanimidade, aplaudindo (diria melhor, louvando) o trabalho do marketing do Corinthians nos últimos anos.
Não passa dia em que não encontremos elogios para tudo. De coisas boas ou ruins, o quadro é sempre de aplauso.
Recordo que, nos últimos meses, tivemos um sem número de estudos, análises, relatórios etc todos altamente elogiativos ao trabalho do marketing corinthiano.
O principal destaque é sempre o aumento das receitas do Clube que, segundo a propaganda oficial, assumida pela mídia, seria fruto do brilhante trabalho do marketing alvinegro. Os mesmos relatórios – que são a base dos elogios – mostram, de forma incontestável, que todos (sim, todos) os Clubes tiveram grande aumento de suas receitas nos últimos anos. Destaque-se que entre os que elevaram suas receitas, estão alguns Clubes sem departamento de marketing. E se todos aumentaram este índice, não terá sido obra de um ou outro Clube. Embora isto seja claro nos “estudos”, a mídia insiste em dizer que foi “tacada” do marketing alvinegro que promoveu esta revolução.
Acrescente-se que o maior aumento de receitas vêm da TV onde, como sabemos, o marketing tem pouco ou quase nenhuma intervenção.
O que não quer dizer que não tenhamos boas (diria ótimas) ações do marketing corinthiano.
A venda de ingressos pela internet é um notável avanço e merece todo aplauso. Embora não concorde com o sistema de preços das entradas, esta forma de compra, pelo sistema “Fiel Torcedor” e pela Internet, merece todo aplauso.
Mas, como afirmei acima, a declaração imprudente do vice do Clube, numa palestra de marketing, não está na palavra medíocre (que em si, está errada), mas no que vem falando o marketing, nos últimos anos, para endeusar suas obras.
É comum venderem a ideia (isto aparece na palestra indigitada) que o Clube surgiu, quando eles começaram o marketing. Por esta razão chegaram a falar em “reconstrução do Corinthians” como se os 100 anos anteriores devessem ser esquecidos. É esta proposta de desqualificação o ponto mais negativo na atuação do nosso marketing. Quem viu a palestra, onde aparece a palavra “medíocre” , notou o esforço que o marketing faz para dizer que trabalha num ambiente de dificuldades. Enquanto em outros times a situação é fácil (pois teriam títulos internacionais, que nós não teríamos) no Timão eles precisam ser “gênios” para superar a diferença com Santos e São Paulo.
Isso é uma solene ignorância, além de ser uma manipulação da verdade. O maior patrimônio do Clube é a grande torcida que ele conseguiu amealhar nos últimos cem anos e isso veio pelas suas inúmeras lutas e conquistas.
Uma palavra colocada de forma imperfeita aqui ou acolá é um fato perfeitamente corrigível. Agora, uma ideia permanente de que o Clube começou quando um punhado de gênios chegou, é um problema muito mais grave.
Talvez o fato de que o mais importante contrato do marketing do Clube – o acordo com a Nike – não tenha sido feitos pelos gênios “reconstrutores” incomode-os um pouco. A bem da verdade, assim como o contrato com a TV, o de material esportivo quase nenhuma influência deve ao setor de marketing.
Enquanto aguardamos o contrato de publicidade na camisa – este sim – onde o marketing mostrará sua competência, precisamos manter um ambiete calmo, sem qualquer conflito, que venha prejudicar o time neste momento tão importante.
Neste quadro o silêncio do pessoal do marketing ajudaria muito.
E o futuro?
(Botticelli, “A Calúnia de Apeles”, 1490)
Passou quase sem comentários a informação, vazada pelo tio de Ricardo Teixeira, de que o ex-Presidente da CBF acredita que o Brasil não vencerá a Copa do Mundo de 2014.
É informação importante, trazida pelo Blog do Perrone, e mostra um quadro ruim para nossa Seleção. A perspectiva de uma derrota seria um dos motivos da renúncia e da mudança para os Estados Unidos, organizada e executada pelo ex-Presidente. Não acredito muito que desempenho da Seleção no gramado tenha sido motivo para este gesto inédito de um dirigente esportivo. Acho que as razões foram outras. Mas não deixa de ser relevante a informação de descrédito na Seleção Brasileira por parte de seu comandante.
Não há dúvidas de que o futebol brasileiro não vive um grande momento.
É só olharmos para os campeonatos europeus que, no passado, eram dominados por grandes jogadores brasileiros que, nos dias atuais, não mostram nenhum destaque. Quase todos os brasileiros que atuam no Velho Continente têm atuações apagadas. Muitos são jogadores médios (até ruins), que foram levados por “empresários” através do “bom diálogo” com dirigentes de clubes europeus. Foram contratados pela Europa a partir de uma única referência: são atletas brasileiros. E isso, por muito tempo, foi sinônimo de excelência . Contudo, trata-se de um exército de jogadores, que saíram do Brasil quase sem ser percebidos.
Mas há também as estrelas, badaladas pelo mídia nacional. Qualquer passe, gol ou defesa desses grandes nomes são festejados por aqui. Quase sempre em imagens curtas, que não mostram a real e completa atuação do craque. Mas, mesmo estas estrelas (geralmente lembradas quando o assunto é Seleção), não estão jogando grande coisa.
Outro dia, vendo um jogo do Milan pela RAI, o locutor disse algumas vezes: “Dov´è Robinho?”. No dia seguinte jornais, rádios e TVs daqui destacavam a “grande partida” do atacante brasileiro. Kaká vive uma má fase e seu maior destaque limita-se ao twitter de seus familiares. Dizem que seu problema é físico. Pode ser, mas seu desempenho não é diferente dos de Ronaldinho Gaúcho, Adriano etc.
A maior prova de que não há craques brasileiros na Europa é a luta diária, permanente, compulsiva dos clubes europeus para emprestarem,venderem, darem seus craques para clubes brasileiros.
Com o fim da temporada europeia teremos uma grande leva de “retornados”. Todos com o mesmo discurso: de amor ao clube e à terra natal. Mas trazendo na bagagem pouco futebol.
Ainda há tempo de montar uma boa Seleção, mesmo sem grandes jogadores?
É o desafio do técnico Mano Menezes. Vamos acreditar na riqueza do futebol brasileiro, que sempre faz nascer craques. E faltam dois anos pra Copa.
99% acertado
A contratação da publicidade na camisa do Corinthians sumiu dos noticiários.
Há algumas semanas, tudo foi dado como tendo 99% acertado com uma montadora coreana. Surgiam inclusive valores (50 milhões por ano), estratégias, lançamentos etc. tudo foi falado. E, claramente, vazado pelo Corinthians. Teria sido um grito de gol antes do tempo? Pode ser. O marketing sabe que o maior impacto vem do silêncio. Quanto aos vazamentos, estes são muitos, fazendo a coisa perder força. Vamos torcer para que o silêncio das últimas semanas seja indicativo de que o Clube negocia um bom contrato.
É aguardar.
Mudanças: sim ou não
(Juan Miró)(Reprodução)
Para a maioria dos Dirigentes de Clubes e Federações não devemos discutir qualquer mudança no futebol brasileiro: tudo ficaria para depois da Copa de 2014.
A renúncia, e mudança para Miami, do ex-presidente Ricardo Teixeira desorientou todo mundo. Liga, novo Clube dos Trezes, projetos A, B, C foram todos para o arquivo. Dirigentes que eram inimigos (na maioria das vezes só para efeito público) voltam a sorrir e a se abraçar. É hora de curar as feridas, pois a renúncia atingiu todo mundo. Fica apenas a esperança de que as coisas continuem no mesmo lugar, sem grandes solavancos.
Mas já aparecem dois fatos que podem antecipar as mudanças no futebol brasileiro, desrespeitando a trégua até o final da Copa .
O primeiro fator preocupador é o governo com sua ideia de editar uma nova legislação para o esporte. É uma mudança que atingiria em cheio o “poder” nos Clubes, Federações e Confederações. A declaração do Ministro Aldo Rebelo, ontem no Estadão, provocou urticária em muitos Dirigentes. Uma nova legislação pode democratizar os Clubes e Federações e trazer uma dose grande de transparência na gestão esportiva. Os dirigentes pouco podem fazer , além de figa. Se o Governo for em frente será um transtorno – e grande- para a cartolagem.
O segundo ponto que preocupa é esta disputa por um vice na CBF. O que parecia pacífico, sem problemas, pode tornar-se numa sinalização do novo poder no futebol. Embora todos digam que as decisões ficam para o pós- Copa, as pedras no tabuleiro estão sendo colocadas agora. E haverá reações. Quais e de onde nós veremos mais claramente nas próximas semanas.
Mas a consolidação do poder “Marin” nesta gestão pode ser, também, uma reeleição fácil de seu grupo em 2014.
Fritando
As declarações do presidente Marin – no início discretas, agora quase públicas -, sobre o técnico da Seleção, Mano Menezes, são constrangedoras.
O novo presidente da CBF não esconde – de ninguém – que não gosta de Mano. Por enquanto o técnico está “fingindo-se de morto”, mas, se vierem maus resultados e a campanha continuar, não terá como não falar. Neste caso, o presidente Marin não se mostra nada discreto e cordial.
É crítica o tempo todo.
Caso Oscar
Quem acha que teremos emoções somente no “Caso Cachoeira” é porque não está acompanhando a confusão Oscar-SPFC-Inter-Bertolucci.
Já apareceu de tudo: gravações, traições, contratos frios, comissões, participações, decisões judiciais e tudo mais. Não perco nenhum lance, acompanhando a mídia, inclusive o www.blogdobrirner.net. Este vive um momento raro: parece o Consultor Jurídico, com decisões, sentenças, opiniões de juristas etc.
E vêm mais emoções por aí.
O UOL fraquinho
Hoje pela manhã fui dar uma olhada no UOL para ver a notícia do dia sobre as “dificuldades” do estádio do Corinthians.
A matéria do dia está fraquinha: “Para MP, lista de obras sociais do Corinthians não preenche padrão de acordo judicial”. Fraca, não? Estava esperando que anunciasse que o foguete da Coreia do Norte, lançado recentemente, estava se dirigindo para Itaquera e o choque destruidor estava por ocorrer. Bom, menos mau.
Vamos aguardar a matéria de amanhã.
Publicidade na camisa
Nos últimos meses foram publicados notas e notas sobre o novo patrocinador da camisa do Timão.
Há um mês o assunto esquentou e a mídia – praticamente toda – garantia um contrato do Clube com uma montadora coreana. Números, prazos e estratégia de marketing, tudo foi anunciado em jornais, rádios, TVs e blogs. Passados alguns dias o assunto desapareceu. Hoje ninguém fala mais nada. É possível que a atitude certa seja a dos dias atuais. Bico calado até terminar a negociação. Aquela divulgação prévia – de que tanto o marketing gosta – não ajudou em nada ao Clube.
Só as empresas ganham com as divulgações antecipadas.
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