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Jul 27, 2012

A crise econômica atinge o futebol!

(Vincent Van Gogh (1853-1890). “Os comedores de batatas”, óleo sobre tela (1885))

A brutal crise na economia, hoje espalhada pelo mundo todo, atinge de forma dura o futebol.
Embora possa parecer uma ficção falar em dificuldades no mesmo momento em que a mídia divulga relatórios e estudos diários, mostrando um mundo azul no futebol, a verdade é outra e está exposta em nossa cara.

Dois dos principais mercados do futebol (Itália e Espanha) estão vivendo um inferno financeiro, que nem mesmo Dante conheceu em sua viagem ao infinito.
Empresas, Bancos, Seguradoras etc todos estão sofrendo prejuízos por vários lados. E o futebol, que sempre viveu de empresas (e também de governos), vai junto com estas organizações.

Na Itália, o quadro é de venda e de dispensa de atletas.
É uma política do barato ruim, médio ou bom. Jogadores – alguns de grande nome – são convidados a procurar outro ninho em troca do não pagamento de salários (atuais ou atrasado) ou multas. Nem se cogita em “vender”, porque (exceto um ou outro Clube) ninguém mais tem a grana necessária para bancar as transferências. As empresa italianas – proprietárias de grandes Clubes – estão correndo atrás de salvação para preservar seu núcleo de negócios, largando ônus como futebol, relegado a “ver navios”.
Os Bancos, tradicionais anunciantes no esporte, estão diariamente solicitando socorro.

A Espanha, com seu campeonato das estrelas, vive um mundo pior do que quando foi destruída sua tal “Armada invencível”, que, como sabemos, era só mera propaganda.
Real e Barça, dois dos maiores destinos de grandes jogadores nas últimas décadas, estão procurando salvar as aparências.
Não têm mais o apoio bancário, que alavancava suas operações galáticas, passando a viver de escambo. Astros destas equipes, que ainda tenham grandes salários, são “convidados” a procurar outro rumo, mesmo em operações nas quais os espanhois nada recebam. Só para livrar-se de contratos pesados.
O caso do Kaká, tão exaltado por aqui, é um exemplo do “pegue sua chuteira e saia por aí” estabelecido pelos espanhois.

Não adianta a mídia brasileira falar em propostas milionárias por nossos jogadores, porque o mercado não está para tudo isso.
Um ou outro caso mostra exceções e não a atual regra do mercado. O PSG francês vive do dinheiro árabe, que sempre se arrisca  por lá. A grana é muito alta (o petróleo  ajuda), mas a  forma instável com que os árabes entram e deixam o futebol não traz muita confiança. Na Inglaterra, sobraram alguns Clubes com recursos, além de proprietários árabes. São os oligarcas do Leste, que já estiveram com a mão mais aberta.
Atualmente, gastam apenas o suficiente para manter um bom clima na ilha e… o passaporte da Rainha, tão querido por eles.

No mais, a crise é grande e nada indica que esteja chegando ao fim.

No Brasil, temos duas consequências claras:  a primeira, trata-se da venda de jogadores para o Exterior, que está minguando e, exceto em um ou outro caso, o negócio é de valor baixo. A  segunda, é a puxada de freio das empresas que investem no futebol no Brasil. Para isso não é preciso ser grande analista para ver que quase todos os grandes Clubes estão sem propaganda nas camisas. E não adianta ganhar ou perder.
Falta é dinheiro mesmo.

O futebol vive aqui e lá fora um momento de grandes dificuldades.
Mesmo com todo tipo de opinião de analistas em sentido contrário. Quem souber viver com menos dinheiro, se dará melhor.
Até a crise passar!

Seleção olímpica

Vi apenas um compacto do jogo da Seleção e sinto que há um desapego enorme pela “canarinho”.
Não sei se é porque tem muito jogador que ninguém tem ideia de onde apareceu ou se é porque há muitos atletas se achando craques sem o ser, mas a verdade mostra que os números de audiência do futebol são os menores que já tivemos.
Foi uma vitória. Só uma vitória.

Empresários na Seleção

Ontem, no Estadão, na Coluna da Sônia Racy (Direto da Fonte), uma nota de esporte chamou a atenção.
Como vem fazendo há tempos, a jornalista dá informações  que habitualmente não são publicadas no Caderno de Esportes. Não me perguntem, porque não sou jornalista e não entendo essa divisão de notícias. Diz a nota “a coluna apurou que o técnico  (Mano Menezes) não gosta do modus operandi de alguns empresários”. Não sei se a nota é “elogiativa” ou “criticativa” , como dizia aquele coronel nordestino. O que estarão fazendo estes empresários que o jornal não publica no Caderno de Esportes?  Ou será que nosso técnico desaprova  alguns (e aprova outros) empresários de jogadores convocados pela Seleção? Não entendi.
O Caderno de Esportes deveria informar melhor sobre isso.

Jul 26, 2012

Olha aí…!

(Aldemir Martins) (Reprodução)

A boa vitória do Corinthians ontem à noite, 25/7, no Pacaembu, no jogo contra o Cruzeiro (o Palestra de lá), deve fazer muitos corinthianos ligarem seus botões.
O Clube está fazendo o certo. Leva a disputa do Campeonato Brasileiro com todo empenho.

A disputa, como já repeti muitas vezes, não está definida e uma sequência boa de vitórias muda tudo. É o que começa a ocorrer.

O Brasileirão é importante e um |Bicampeonato agora seria  ainda melhor.
E, de resto, deixaria a equipe ligada para a disputa do Mundial, no final de ano.

O Timão controlou o jogo do começo ao fim. Romarinho e Danilo fizeram uma ótima partida, embora, todo o time mereça aplausos pela atuação. Organizado, regular, com a defesa bem postada, o meio de campo criativo e –  agora com o Romarinho – um ataque cada dia mais forte.

O Cruzeiro seria campeão, se pudesse computar o elevado número de faltas que faz.
Neste aspecto é  imbátivel.  
E este Montillo é aquele tal craque que andava querendo mundos e fundos?  Menos! Bem menos!

Está certo o Tite. Vamos continuar nesta toada, que pode dar uma boa música.

Carlos (2 bilhões) Nuzman

Primeiro foi o Ministro Aldo Rebello, dos Esportes, e agora a Presidente Dilma, ambos  querem (porque querem) estabelecer um vínculo entre o investimento de dinheiro público e o número de medalhas conquistadas.
Nada mais justo.

O Comitê Olimpico Brasileiro tem o dobro do orçamento da Itália para o setor, que vive dando um banho nas Olimpíadas.

Contudo, fazer uma exigência como essa é quase como comprar um bilhete aéreo sem volta para Miami para o Presidente do COB, Sr. Carlos Nuzman.

Só acho um erro nesta exigência, não se deve cobrar medalhas proporcionais aos recursos investidos somente em 2016.
É preciso cobrar já, uma vez que foi dado dinheiro público por todo lado para o COB.

Jul 25, 2012

O campeonato está em aberto…

(Tarsila do Amaral, “Ovo de Urutu”) (Reprodução)

Sei que muitos leitores deste blog discordam de minha insistente defesa de que o Timão não se dê por vencido no Campeonato Brasileiro.
A diferença de 14, 15 pontos para os primeiros da tabela não deve ser motivo para desanimarmos e deixarmos o campeonato de lado.

Não há nenhuma equipe que mostre condição “imbatível” no Brasileirão.
Uma sequência de vitórias do Timão coloca-o no bloco de cima da tabela. E aí a disputa fica mais acirrada.

O título de bicampeão brasileiro é importante para o Corinthians, como o de Bicampeonato Mundial.
O melhor para a disputa do final de ano é concentra-se no Brasileirão, de corpo e alma. Se for possível tirar a diferença e vencer, melhor ainda.

De qualquer forma, a própria concentração na disputa nacional dará mais tenacidade à equipe para chegar no final do ano em melhores condições para a disputa.

Mudança na Folha

A Folha anuncia que vai encerrar o caderno de esportes no modelo tabloide, que acompanha suas edições diárias.
Viva! Foi um passo atrás esta forma adotada nos últimos meses. Mas vamos torcer para que o próximo caderno de esportes não tenha a mesma confusão dos suplementos de Olimpíadas que têm saído.

Nunca vi confusão maior.
Parece coisa de centro acadêmico. Tudo misturado, anunciando grandes revelações que não são nem grandes, nem revelações.

Parabéns pelo fim do tabloide de esportes. Mas vamos melhorar muito quando terminar estas tais Olimpíadas de Londres.

Venda no jornais 

Não passa um dia sem que apareça uma negociação deste jogador Lucas (ex- Marcelinho) do Tricolor para algum time europeu.
Já estão ficando cansativas as matérias com tantos números, contratos, prazos, numa sequência de se fazer inveja para qualquer marketeiro.

Curioso que isto venha ocorrendo há meses sem que a imprensa de países da Europa lembre-se de abordar o assunto, exceto para repercussão de uma notícia daqui.

Jul 22, 2012

Mais uma “trappola”



É impressionante a capacidade de “enrolar” que têm os dirigentes olímpicos brasileiros, notadamente o presidente do Comitê, Sr. Carlos Nuzman, quando o assunto é uso de dinheiro público e resultados.

Quando foi eleito para o COB, após longo domínio na Confederação de Vôlei, o Sr. Nuzman prometeu que, em 4 anos, o Brasil se tornaria uma “potência” olímpica.
Há quase  duas décadas, vem pedindo recursos e mais recursos para a preparação olímpica. E os governos vem atendendo fartamente aos apelos do COB. Só não chegaram os resultados, que transformariam o Brasil numa “potência” olímpica.

O blog do Alberto Murray ( albertomurray.wordpress.com ) mostra que dinheiro não tem faltado.
Só não chegaram as medalhas,  desta nova “potência”, que tanto foram prometidas.

Baseado em trabalho publicado na UOL , em 16 de julho último, vemos que, somente no ciclo Pequim/Londres,  o esporte olímpico recebeu cerca de 2.1 bilhões do governo.

É grana para fazer inveja a qualquer potência olímpica.
E os resultados? Pífios! Nenhum salto com tanta grana.

Agora, com a chegada dos Jogos de Londres, o COB, com temor de que o desempenho será normal (quer dizer, com resultados pífios), prepara-se um novo discurso enganador para justificar os investimentos nas Olimpíadas do Rio, em 2016.
Estaríamos, segundo o COB, em Londres, apenas em uma “fase de preparação ” para o Rio.

Após este rio de dinheiro dos últimos anos, o Sr. Nuzman diz que não devemos esperar muita coisa em Londres,  mas aguardemos  os jogos do Rio/16.

É uma perfeita “trappola” (armadilha, golpe, ou melhor, trambique ) para “enrolar” o povo brasileiro.
Faz agora o que sempre fez, promete que o futuro será vitorioso e, para isso, deve o Governo agir como sempre tem feito: arrumar mais e mais dinheiro.

Está mais do que na hora de o Governo brasileiro dar um basta e mudar tudo nesta área olímpica.
Ou, então,vamos ficar andando de uma “trappola” a outra .

Empate ou vitória

O empate de ontem à noite, 21/7, no Pacaembu, de Corinthians e Portuguesa, não foi um resultado desastroso, mas poderia ter sido melhor.
O Timão teve o domínio do jogo e poderia ter vencido. Aquela bola na trave, após uma bela jogada do Douglas, e  aquela cabeçada do Romarinho poderiam ter outro destino.

O time jogou bem e Romarinho e Douglas foram os destaques do Timão.
Vamos para frente que o Campeonato está em aberto.

Críticos e críticos 

Muitos dos leitores deste blog não entenderam bem a razão da reprodução do comentário do Renato Maurício Prado sobre o jogo do Timão com o Fla.
O artigo está perfeito,  embora isto não signifique que concorde com todas  as opiniões de seu autor. Pelo contrário, concordo com o que escreveu neste artigo.
Nada como um elogio de um crítico feroz! Só.

Jul 21, 2012

Este sim é que é um crítico

QUE DISPARIDADE!

No baile que o Corinthians  deu no Flamengo, algumas diferenças saltaram aos olhos. Por exemplo: enquanto no time paulista  todos os jogadores vão e vêm, em bloco, com impressionante e elogiável determinação  (Romarinho e Danilo se cansaram de desarmar rubro-negros em jogadas de linha de fundo na sua defesa!), na equipe carioca tudo parece ser feito com incrível indolência. Bola perdida no ataque ou na intermediária? A volta é caminhando, no máximo, trotando leve.
Só falta bocejar…

Cena comum, durante os 90 minutos: quando um rubro-negro tinha a bola, era logo cercado por três corintianos. Já quando a situação se invertia, sobrava espaço e havia tempo à vontade. Marcação dobrada por parte do time do Fla?
Nem pensar.

Abismos táticos e de postura à parte, as disparidades nas atuações individuais também foram decisivas. Enquanto os jogadores do meio-campo do time de Joel não conseguiam acertar três passes seguidos, Ralf, Paulinho, Danilo e Douglas esbanjavam precisão e objetividade.

Antes mesmo da primeira “entregada” (a de Bottinelli), Romarinho já obrigara Paulo Victor a fazer grandes defesas. Já do outro lado, Vágner Love e Hernane brigavam com a bola, nas poucas vezes em que ela conseguia lhes chegar aos pés.

Vamos falar francamente?
Três a zero foi pouco.

RENATO MAURÍCIO PRADO

(“O Globo”, Esportes, 20/7/2012, p.3)

Jul 20, 2012

Muito equilibrado

(Lucílio de Albuquerque (1877-1939), “Pigmalião e Galateia”, óleo sobre tela (1907)). Natural de Barras (PI), seu pai era magistrado, o que o levou a ingressar na Faculdade de Direito de São Paulo, sem, no entanto, concluir o curso. Frequentou a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, estudando com Rodolfo Amoedo, Daniel Bérard, Henrique Bernardelli e Zeferino da Costa. Consagrado no Salão de Belas Artes, em 1902 conquistou a menção de 2º grau. Nas edições seguintes, obteve a menção de 1º grau (1904), a medalha de prata (1907), a pequena medalha de ouro (1912, com “Despertar de Ícaro”), a grande medalha de ouro (1916) e medalha de honra (1920, com “Retrato de Georgina”). Desde sua morte, muitas mostras foram organizadas, celebrando o grande artista.
 
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Sempre admirei Maradona, atacante argentino de qualidades raras.
Vi jogos memoráveis deste polêmico atleta.

A mídia brasileira, no entanto,  nunca pegou leve com o jogador.
Primeiro, por esta bobagem de sempre compará-lo a Pelé pelo posto de número um do futebol mundial. Depois, pela problemática das drogas.

Diariamente, o grande jogador é massacrado com ataques de todo o tipo.
Curioso que famosos jogadores brasileiros, igualmente viciados em algum tipo de substância nociva, são blindados  pela mídia. O caso de Garrincha é exemplar. Notável jogador, morreu de cirrose  fruto do vício da pinga. Mas a Nação Brasileira só soube disso com a biografia  (de Ruy Castro), publicada muitos anos após sua morte. Até então, o assunto era foco de um completo silêncio.

Maradona e Garrincha eram dois notáveis jogadores.
Seus vícios – que lamentamos – jogaram contra eles, mas não devem ser motivo para diminuí-los.

Maradona, além de grande atleta, é uma dessas pessoas de discurso e ações polêmicas.
Mas é extremamente generoso, como demonstrou o episódio de sua entrevista com o Rei na TV Argentina. Pelé vivia um péssimo momento, com o filho preso,  envolvido em um problema barra pesada. Maradona poderia ter devolvido toda a ironia que recebera (inclusive de Pelé),  mas fez o contrário. Foi solidário e o apoiou, enquanto sofria como pai, num gesto memorável, esquecido pela mídia tapuia.

Sempre gostei de Maradona.
Há muito tempo ele mostra sua admiração pelo Corinthians. Nunca escondeu que seu ídolo foi Rivelino, o Reizinho do Parque. Sempre disse que procurava imitar o notável meia do Timão.

E agora, antes do jogo com o Boca, veio com uma declaração que mostra porque ele é esta figura fantástica.

Disse Maradona : “O Corinthians é uma equipe totalmente atípica das demais brasileiras. Ele se parece muito mais com um clube italiano do que de seu país, muito arrumado, que explora os contra-ataques, preenche os espaços vazios “.

Vejam que analista refinado!
Disse em poucas palavras o que estamos vivendo nestes últimos meses.  Time organizado, bem colocado em campo e difícil de ser vencido.

Este Maradona é craque e cada vez mais admiro este argentino!

Jul 19, 2012

Preparem a Maracugina…

 

 

Com a vitória do Corinthians, ontem à noite, 18/7, no Engenhão, contra o Flamengo por 3×0, o Campeonato Brasileiro dá sinais que vai mudar.
Uma sequência (de 3, 4  ou 5) vitórias do Timão mudará a cara do campeonato.

Esta diferença de 14 pontos vai encurtando e o Corinthians pode crescer no torneio em função da regularidade com que atua.  
Sei que muitos acham loucura. Mas, não é não.

Ontem, à noite, além de belos gols, tivemos outras notícias agradáveis.
O bom futebol de Douglas e Danilo e, principalmente, o desempenho de Romarinho, mostrando que pode se tornar um jogador importante na competição.

O Campeonato está mudando, após engatarmos uma boa sequência, preparem a Maracugina!
Ela está na segunda gaveta, do lado esquerdo.

Os “sem-propaganda”

Lamentável na partida, foi o fato de os dois mais importantes Clubes brasileiros atuarem sem publicidade nas camisas.
Como já estamos no meio do ano, é bem possível que este quadro continue, para tristeza dos Departamentos de Futebol.

Isto tudo ocorre no período em que a mídia cobre de elogios os Departamentos de Marketing dos Clubes.
No Corinthians ele é o mais perfeito exemplo de publicidade sem resultados.

Embora “auto-definido-se” como gênios, pouco agregam ao Clube e falham no mais importante dos contratos que é o de publicidade na camisa.
O outro negócio importante para o Clube é o contrato com a Nike, mas este não foi obra da tão exaltada genialidade marketeira.

No final do ano passado, o Clube inundou a mídia com notícias de que faria contrato com uma grande montadora coreana.
Valores foram citados, cláusulas divulgadas etc. Apareceu até um coreano (ou japonês) num jogo no estádio do Pacaembu, com uma camisa que seria a de publicidade da montadora. Fotos foram feitas e divulgadas a torto e a direito em blogs, sites, twitter, facebook etc. Tudo para dar um ar de que a tacada seria genial. Passada as eleições, viu-se que era tudo fogo de palha.
A “República” (rede construída para “propagandear” a propaganda) sumiu com a foto do coreano e tudo ficou por isso mesmo.

Ainda agora, no final da Libertadores, para justificar uma publicidade pontual, contratada com uma empresa para aquele período, o nosso “genial” marketing encarregou-se de informar por todo lado que, se o Timão vencesse, estaria (99%) garantido um novo e importante contrato com o anunciante. Mais uma vez valores foram divulgados e os leitores do Radar, da Veja; de Sonia Racy, do Estadão; e de Monica Bergamo, da Folha; ficaram todos aliviados com a boa notícia.

A decisão terminou, o Timão ganhou a Taça, mas a tal publicidade não veio.

Não tem problema!
Nosso Departamento de Marketing continuará a fazer o que faz bem: propaganda dele mesmo.
E a mídia continuará elogiando-o, como sempre faz.

Que falta fazem o Ronaldo e o Presidente Lula!

Jul 18, 2012

Homenagem prematura.

Gregório Lopes, “Martírio de São Sebastião” (1536-38)  (Reprodução)
Gregório Lopes (c. 1490-1550) foi um dos mais importantes pintores renascentistas de Portugal. Formou-se na oficina de Jorge Afonso, pintor de D. Manuel I, posteriormente passando a integrar o grupo de artistas da corte lusa. Pintou altares e painéis religiosos para diversas igrejas e mosteiros de Portugal.

 

Há uma regra na Administração Pública de grande importância e que passa quase sem ser notada.
É a que proibe dar-se nomes de pessoas vivas para ruas, praças, escolas, prédios públicos etc.  Só quem já morreu deve receber este tipo de homenagem. Se os cariocas tivessem seguidos este preceito, não estariam hoje na maior saia justa que o futebol já viveu.

O tal estádio do “Engenhão” recebeu o nome de João Havelange, ex-Presidente da CBD (CBF) e da Fifa.
Havelange sempre recebeu as maiores honrarias da mídia brasileira, em especial dos cariocas, e era quase “uma instituição” do Rio de Janeiro.

Com as confusões reveladas na Justiça  suíça, comprometendo – e muito – a badalada gestão do ex-Presidente, iniciou-se uma campanha para trocar o nome da arena carioca, excluindo o do cartola e rebatizando-a como jornalista João Saldanha.
Há defensores de um e de outro, mas, está aí um problema que seria evitado se os cariocas tivessem seguidos a regra: gente viva não deve ceder seu nome para estádios ou praças públicas.

Sempre haverá o risco de ser contestado e o nome dado passa a comprometer o bem público que “recebeu a homenagem”.

Não sei no que dará esta campanha toda, mas, sempre achei, que a regra de proibição era correta.

O próprio Corinthians que, apressadamente e sem critéiros, deu o nome de um médico para o Centro de Treinamento da Airton Senna, está agora em uma outra saia justa.
O tal “facultativo” é candidato a vice-Prefeito em uma das tantas chapas que estão por aí. Obviamente a escolha para a vaga não se deve por um grande prestígio partidário.

Acho que a regra básica (nada de utilizar nome de vivos)  é o melhor caminho para os locais públicos.
Não valem apenas os elogios da mídia. Eles – em si- não são um bom critério para a escolha de nomes.

Que abatimento

Confesso que estou ficando perplexo com o abatimento de tricolores, santistas e até palestrinos.
Calma, pessoal! O mundo não acabou. Vocês precisam apenas reciclar a lista de piadas e ter um pouco mais de criatividade. Ânimo, gente ! O Brasileirão está aí e tudo pode mudar.
Ou piorar, também.

Jul 16, 2012

O campeonato começou.

 

(O’Neill. “Embarcando no navio”, 1860. George Bernard O’Neill (1828-1917) nascido em Dublin, Irlanda, foi aceito como aluno da Royal Academy, em 1845. Despontou como artista em 1852, reconhecido por sua obra “O enjeitado”. Conhecido como pintor de cenas rurais e imagens bucólicas, algumas remontando a situações pueris e até emotivas. É considerado seguidor de Thomas Webster e de Frederick Daniel Hardy. )

 

O Brasileirão de 2012 começou neste ultimo final de semana.
Até agora, o que interessava mesmo eram as disputas finais da Libertadores e da Copa do Brasil.

As primeiras rodadas do Campeonato Nacional amargaram muitos jogos com equipes reservas e, portanto, com poucos atrativos para os torcedores.
Melhor seria se o Brasileirão só tivesse jogos após o final das duas disputas, que tanto agitaram o Brasil. Esperemos que no próximo ano – com a Copa do Brasil vitaminada pela presença de todos os grandes clubes – não se perca tempo com rodadas pouco atrativas no Nacional.

Para o torcedor, o Brasileirão começa agora. Alguns times partem com vantagem de 10, 12  até 14 pontos sobre os demais.
Nada que não possa ser recuperado.

Pelo que vimos até aqui, não há nenhum grande Clube com força para disparar na competição.
O campeonato deve ser conquistado pela equipe que mostrar melhor regularidade. Bom, aí se situa a nossa grande arma.

O Corinthians, iniciando suas partidas no ritmo que tem imprimido nos últimos anos, deve assinalar o alerta de “perigo” para os adversários.
Com uma sequência de 3 ou 4 vitórias, o Timão passará a disputar os primeiro posto do Campeonato.

Regularidade é a primeira exigência de uma competição por pontos corridos.
E o Corinthians tem o melhor momento neste tipo de disputa.

Vamos torcer para que a equipe se concentre no Campeonato, assim as vitórias virão.

Podem preparar o vidro de calmante!

Romarinho 

Fiquei com a nítida impressão de que os jornalistas que falaram ou escreveram sobre a partida de sábado, 14/7, do Timão contra o Náutico, não viram o jogo.
A atuação de Romarinho foi solenemente ignorada pelos “especialistas” da matéria. Para quem estave no Pacaembu, o jogo foi outro. Todas as bolas que chegaram até Romarinho, receberam seu toque criativo e de boa qualidade.
Não perdeu uma jogada e só foi parado por faltas.

Se será craque “fora de série” é outra coisa.
Agora que foi –  disparado – o melhor jogador da partida, isto ele foi.  
Ou então, o futebol é outro esporte, e o que vimos era rugbi.

CBF e os problemas

Esta confusão toda em que ficou a Fifa, a CBF, Blatter, Havelange, Teixeira etc,  está longe de chegar ao fim.
E tudo isso ocorre  no período em que se aproxima a Copa no Brasil.
Ainda teremos muitos lances e caneladas por aí.

 

Jul 12, 2012

Recomeço é sempre complicado

Dimitri Bouchène (1893-1993) "Vista de uma janela em Nápoles" (Reprodução)

 

O técnico Tite terá um trabalho muito difícil para recolocar o time no caminho da vitória.
Ontem à noite, 11/7, no Pacaembu, ficou claro que o trabalho será árduo e  dependerá da chegada de novos jogadores.

Como  todos os corinthianos sabem, o ponto forte da equipe campeã brasileira e das Américas, é o conjunto.
Não há grandes talentos, nenhum “fora-de-série” no elenco, mas a organização de jogo, com uma defesa e um meio de campo sólidos, fizeram o time chegar às recentes conquistas.

Dizem os especialistas que este relaxamento, após as conquistas, é natural.
Não sei. Não deveria ser assim, mas o trabalho deve recomeçar o quanto antes. Se voltarmos a ter uma equipe equilibrada, aguerrida e com alguns novos atletas, poderemos mudar o quadro do Campeonato Brasileiro.

Calma e trabalho são a melhor receita.
E – também – a chegada de alguns bons jogadores ajudaria muito.

Comemorações

Estranho é o torcedor brasileiro: seu time está numa pindaíba de dar dó e, quando conquista um bicampeonato, a torcida começa a xingar seu principal rival, que nem estava na disputa.
Obrigado. Nós sabemos o quão importantes somos, mas não é preciso ficar lembrando isto na hora de sua festa.

Parabéns à Globo

A TV Globo fez o que pode pelo futebol na noite de ontem.
Se o resultado não foi lá essas coisas, não havia muito mais a fazer. Faltava o básico aos contendores.
Em todo caso, parabéns pelo esforço global.