Browsing articles in "Uncategorized"
Nov 5, 2012

É treino, professor !

Tite compara confronto ao 1º jogo do Mundial

DE SÃO PAULO

Para Tite, a dificuldade que o time encontraria ontem, frente ao lanterna do Nacional, pode ser comparada à semifinal do Mundial.

“Falei que seria muito parecido com o primeiro jogo do Mundial, não pela qualidade do adversário, mas era difícil o momento do Atlético. A responsabilidade era nossa, de produzir e não tomar gol, não se expor”, disse. “Qualquer resultado que não fosse a vitória, teríamos cobrança.”

“Mostrei o retrospecto de todos os enfrentamentos do Mundial na semifinal. O São Paulo venceu o Al Itihad por 3 a 2. O Inter ganhou de 2 a 1 do Al Ahly. Esses jogos são muito nervosos. Por isso, falei, vamos fazer desse jogo um jogo parecido”, concluiu.

Segundo o treinador, o time esbarrou no próprio nervosismo no primeiro tempo.

“A equipe pressionou, mas estava ansiosa para fazer o gol no primeiro tempo. No segundo tempo manteve desempenho e conseguiu fazer o placar”, afirmou.

Cássio comemorou o resultado e, principalmente, a invencibilidade da defesa. “Demos mais um passo na nossa preparação para o Mundial e, o mais importante, não tomamos gol”, disse o goleiro, que não sofreu gols nos dois últimos jogos do Corinthians.

Para o volante Ralf, o time está próximo de atingir o mesmo nível técnico que obteve durante a vitoriosa campanha da Libertadores.

“A gente precisa terminar bem o Brasileiro, como estamos fazendo. Estamos atingindo aquele nível de atuação da Libertadores e precisamos disso, porque o Mundial vai ser muito complicado”, afirmou Ralf.

www.uol.com.br

Nov 5, 2012

Faturar ! Quanto?

Sabor Corinthians

Corinthians: produtos licenciados

Perto de disputar o Mundial de Clubes, o Corinthians não para de faturar. Nos próximos dias, serão lançados refrigerantes oficiais do time — o Guaranação, o guaraná do Timão e a tubaína Timãobaina.

Por Lauro Jardim

www.veja.com.br

Nov 5, 2012

Sem surpresas

União gasta menos com segurança e São Paulo aumenta investimento

Gastos em debate

Um dado que será divulgado amanhã promete agitar ainda mais as polêmicas entre os governos federal de São Paulo no quesito segurança pública.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, São Paulo foi o estado que destinou mais recursos ao setor em 2011: 12,26 bilhões de reais, uma alta de 13,73% em relação a 2010.

Já as despesas da União recuaram 21,26% em relação a 2010, totalizando 5,74 bilhões.

No geral, os gastos com segurança pública no Brasil totalizaram 51,55 bilhões de reais em 2011, uma alta de 14,05% em relação ao ano anterior.

Por Lauro Jardim

www.veja.com.br

Nov 5, 2012

Estamos chegando

 

Possíveis rivais do Timão, Al Ahly e Esperance empatam na 1ª final

 

Disputando a vaga africana para o Mundial de Clubes da Fifa, os egípcios do Al Ahly e os tunisianos do Esperance de Tunis protagonizaram um jogo emocionante e ficaram 1 a 1 no primeiro jogo da final da Liga dos Campeões da África. Jogando no estádio Borg El Arab, os Vermelhos sofreram, mas, já nos últimos minutos, conseguiram buscar o empate.

Ainda com as imagens do Massacre de Port Said vivas na memória do país, o Al Ahly conseguiu se recuperar na temporada e chegou na final após vencer os nigerianos do Sunshine Stars. Tentando voltar ao Mundial pelo segundo ano consecutivo, o Esperance precisou superar os congoleses do Mazembe.

 

AFP

Torcedores e jogadores das duas equipes fizeram homenagens às vítimas do massacre de Port Said

 

Depois de um primeiro tempo equilibrado, as equipes voltaram dos vestiários dispostas a buscar uma vantagem para o jogo de volta e foi o time da Tunísia quem se deu melhor. Aos 15 minutos da etapa complementar, o defensor Walid Hicheri mandou para o gol e o goleiro Sherif Ekramy colaborou para os visitantes saírem na frente.

Comandados pelos meias Mohamed Aboutrika, grande ídolo da história do clube, e Ahmed Fathi, o Al Ahly pressionou os visitantes até os últimos minutos, quando, aos 43, El Sayed Hamdy deixou tudo igual, deixando em aberto a briga pelo título.

A partida de volta acontece no dia 18 de novembro, em Tunis, capital da Tunísia. O vencedor da Liga dos Campeões da Ásia garante vaga no chamado ‘jogo 2’ do Mundial de Clubes para enfrentar quem passar do duelo entre o campeão japonês e o Auckland City, da Nova Zelândia. Na fase seguinte, a semifinal do torneio, o classificado terá pela frente o Corinthians.

 

AFP

Presente nas três campanhas do Al Ahly no Mundial de Clubes, Aboutrika tenta voltar ao torneio em 2012

www.gazetaesportiva.net

Nov 4, 2012

Em ritmo de treino Corinthians vence mais uma

Em “treino” para o Mundial, Timão vence o Atlético-GO

TimãoNet  

O Corinthians “rebaixou” o primeiro time para a Série B de 2013. A vitória deste domingo por 2 a 0 sobre o Atlético-GO, em Taguatinga-DF, tirou qualquer chance do rival de escapar da degola nas quatro últimas rodadas que ainda restam neste Brasileirão.

Já o Alvinegro seguiu bem sua preparação para o Mundial de Clubes, daqui a um mês, no Japão. A vitória serviu para Tite poder observar o comportamento do trio Jorge Henrique, Romarinho e Martinez no ataque, já que Emerson e Danilo não jogaram. Foi o argentino, camisa 7, que marcou um dos gols, no início da segunda etapa, após bom passe de Paulinho. Guilherme completou o placar no fim.

Para o Corinthians, agora, restam mais quatro partidas para fazer os últimos ajustes, contra Coritiba, Inter, Santos e São Paulo. Já o Dragão vai cumprir tabela este mês diante de Santos, Atlético-MG, Palmeiras e Bahia.

45 minutos de estudo

De um lado, um time que entrou em campo quase rebaixado. Do outro, a equipe que se prepara para o Mundial. Ambos adotaram a cautela no primeiro tempo, devido ao calor de Taguatinga e ao gramado irregular. Destaque para a velocidade, e a vontade, de Martínez caindo pelos lados do gramado nos primeiros minutos.

O argentino corre contra o tempo para mostrar que pode, se não conquistar uma vaga entre os 11 que vão iniciar o campeonato no Japão, pelo menos tornar-se o 12º jogador de Tite. Foi dos pés dele, inclusive, que saiu a primeira chance clara do Corinthians. Após passe de Douglas, ele chutou rasteiro, a zaga do Atlético cortou e Paulinho, na sobra, chutou em cima de Márcio, que defendeu bem.

A chance corintiana foi uma resposta ao chute de Felipe, minutos antes na trave de Cássio, após corte em Alessandro e batida com o pé esquerdo. Foi o único lance de perigo do time goiano na primeira metade do jogo. Já o Alvinegro ainda assustou com Paulinho, em chute por cima.

O camisa 8 foi um dos destaques do time, ao lado de Douglas. Com um ataque de pouca estatura (Martinez, 1,77m; Jorge Henrique, 1,69m e Romarinho, 1,74m) a chegada dos jogadores de trás voltou a ser o ponto forte do Corinthians.

O primeiro rebaixado

O Atlético-GO sabia que sua missão contra o rebaixamento era muito difícil. E ficou impossível no começo da segunda etapa, depois de Paulinho passar para Martínez na entrada da área. O argentino avançou e tocou no alto na saída de Márcio. Bonito gol, o segundo dele no Brasileirão.

Com a vantagem, o Corinthians passou quase 40 minutos controlando o jogo, defendendo-se bem e buscando o ataque com Martínez e Romarinho. O autor do gol na final da Libertadores foi o jogador, ao lado de Douglas, que mais finalizou a gol: seis tentativas, nenhuma na rede.

O Atlético-GO ainda marcou seu gol, com Reniê, mas Patric desviou o chute no meio do caminho e o árbitro marcou, de forma correta, o impedimento. Tite ainda mudou três vezes o time, colocando Edenílson, Giovanni e Guilherme. O último confirmou a vitória fora de casa aproveitando rebote em jogada de Paulinho. Ele bateu rasteiro com o pé direito e garantiu o 2 a 0.

www.timaonet.com.br

Nov 4, 2012

O Barão de Itararé

O barato do Barão

A manhosa vida do patrono do humor brasileiro

CASSIANO ELEK MACHADO

RESUMO

Figura de destaque no Rio da primeira metade do século 20, Apparício Torelly, o Barão de Itararé, agitou a vida política brasileira com seu jornal satírico “A Manha”. Preso por Vargas, perdeu a verve a partir dos anos 50, mas deixou marcas nas gerações seguintes de humoristas. Biografia recupera sua trajetória.

Em 5 de dezembro de 1930, um jornal carioca trouxe uma notícia de grande monta. Em plena República, um decreto presidencial conferia o título de barão a um cidadão, tendo ao lado um estudo genealógico e o brasão da nova casa nobiliárquica, composto por “uma máscara contra gases asfixiantes e mau hálito” e um machado pingando sangue numa tigela com os dizeres “não é sopa”.

Não importa que o jornal fosse um semanário de humor, que o título se destinasse ao dono do periódico e que o decreto fosse criado por ele próprio. Tão logo se autoproclamou Barão de Itararé, Apparício Torelly jamais deixou seu baronato, vindo a conquistar, com esta alcunha, cadeira cativa na Câmara Alta do humor brasileiro.

A coruscante trajetória desse jornalista, político e humorista é o tema da biografia “Entre sem bater: A Vida de Apparício Torelly, o Barão de Itararé” [Casa da Palavra, R$ 55]. O desafio do autor, Cláudio Figueiredo, não foi pequeno. Nas 480 páginas, ele fez caber a vida de um sujeito que jogava sinuca com Villa-Lobos, foi modelo de Portinari, apresentou Jorge Amado a Zélia Gattai, criou jornais, muitas vezes escritos só por ele mesmo, afrontou o presidente Getúlio Vargas, foi sócio e inimigo de Assis Chateaubriand, vereador, pesquisador da febre aftosa e autor de centenas de máximas, muitas delas ainda circulando com frescor pela internet.

“O que se leva da vida… É a vida que se leva”, sentenciava Apporelly, como era chamado. Ele levou uma das mais agitadas, desde o princípio. Filho de brasileiro com uruguaia, neto de americano descendente de russos com índia charrua, com parentes italianos e portugueses, Fernando Apparício de Brinkerhoff Torelly (“Sou uma autêntica Liga das Nações”) nasceu em 29 de janeiro de 1895, em algum lugar entre uma fazenda uruguaia e Rio Grande (RS), onde foi registrado e cresceu.

O livro reúne fartas novidades sobre a infância e a juventude de Apporelly. Uma delas é a trágica morte de sua mãe, aos 18, quando ele tinha 18 meses. Dona Amélia “pôs termo aos seus dias, desfechando um tiro de revólver na cabeça”, descreveu um jornal local. Foi a primeira das cinco tragédias com mulheres que enfrentaria.

O pai, severo e distante, de classe média, enviou-o a um internato jesuíta em São Leopoldo (RS), onde o menino deu mostras de quatro traços marcantes do futuro Barão: 1) o contestador, que enfrentava padres com questões teológicas e com o trombone que tocava na banda escolar; 2) o “grande humorista”, que despontara no papel de Soldado Gamela numa peça de “conclusão solene do ano letivo de 1911”; 3) o criador de jornais: no colégio inventou seu primeiro periódico, “O Capim Seco”. Escrito a mão, teve só um número, de um exemplar; 4) o autor de textos curtos, divertidos e nonsense.

GRAÇA

O Barão foi um autor sem obra -à exceção de um livro de poemas que lançou aos 19-, como vaticinara Graciliano Ramos em 1936, ao conhecê-lo na Casa de Detenção carioca. A recém-reeditada biografia “O Velho Graça” [Dênis Moraes, Boitempo, 360 págs., R$ 52] relembra: “[ Apporelly] tencionava compor a biografia do Barão de Itararé. […] Correram semanas. Não se resolvia, porém, a iniciar a obra, coordenar as ironias abundantes que lhe fervilhavam no interior. Impossível dedicar-se a tarefa longa, julguei.”

Figueiredo não só topou a parada como a encarou duas vezes. Em 1987, publicou “As Duas Vidas de Apparício Torelly” (Record). Passou 20 anos sem voltar ao tema, até que, em 2007, encasquetou de voltar à pesquisa. Ao retornar ao Arquivo Público fluminense e pedir o prontuário de Apporelly, teve uma surpresa. O período de 1934 até 1950 era substancioso, mas, depois disso, os relatórios da polícia política rareavam até a última entrada, de 1961.

Última, não -penúltima. O item mais recente, de 14 de junho de 1985, era sobre o próprio Figueiredo, que naquele dia pedira o prontuário do Barão para o livro anterior -e recebera uma parte ínfima dos papéis. Ao voltar à carga anos depois, localizou documentos pessoais, agora depositados no Instituto de Estudos Brasileiros da USP. E pôde, enfim, ouvir a voz do Barão, em pedaços de uma gravação feita nos anos 50 pela escritora Antonieta Dias de Moraes. O áudio raro estava com uma parente dela, em São Carlos (SP) -a voz não era cavernosa como a efígie barbuda de seu dono pode sugerir.

“Resolvi escrever o novo livro do zero. Com a vantagem de ter podido usar depoimentos colhidos para o anterior, como o de Luís Carlos Prestes”, relata o biógrafo.

A polícia política, diz ele, fez “um ótimo serviço para mim”: “O investigador ia lá, a cada conferência dele, sentava incógnito na 35ª cadeira e anotava tudo. Foi uma grande contribuição para a preservação da memória dele”, brinca Figueiredo, perfeccionista como seus talentosos irmãos Rubens (escritor premiado e tradutor de “Guerra e Paz”) e Reinaldo (cartunista e membro do “Casseta & Planeta”, ele ilustrou a capa deste ilustríssimo semanário).

A MANHA

O biógrafo ainda mergulhou na leitura da maior criação de Apporelly, o jornal “A Manha”. Com a estreia do projeto Hemeroteca Digital Brasileira (hemero

tecadigital.bn.br), em setembro, uma boa amostra da manhosa publicação está disponível on-line).

Criado em 1926 como suplemento do jornal “A Manhã”, de Mário Rodrigues, pai do dramaturgo Nelson, “A Manha” logo virou independente, sob a batuta onisciente de “Nosso querido diretor”, como Apporelly se referia a si mesmo.

O jornal circulou até fins de 1935, quando o Barão foi preso por ligações com o Partido Comunista Brasileiro, então na clandestinidade. Posto em liberdade em 1936, já ostentando a volumosa barba que cultivaria até o fim da vida, ele retomou o jornal por um curto período, até que viesse nova interrupção, ao longo de todo o Estado Novo (1937-45). Voltaria em edições espasmódicas até 1959.

“Apporelly sempre foi uma pedra no sapato do Getúlio, a quem se referia como ‘G. G. Túlio Vargas'”, diz Lira Neto, biógrafo do presidente. Vargas marcou a trajetória do humorista até onde menos se percebe. Se foi em Itararé (SP) que sediou seu baronato, havia aí uma piscadela para o líder gaúcho. Foi lá que aconteceu -ou deixou de acontecer- um episódio importante na Revolução de 1930, a “batalha que nunca houve”.

Figueiredo avalia a relação dos dois como “tortuosa”. Eles se conheceram nos tempos de colégio, em Porto Alegre, quando Apporelly vivia na mesma pensão que Benjamin, irmão de Getúlio. Opositor fervoroso do ditador, o que lhe custou prisão e silêncio, em 1969, em entrevista ao jornalista e tradutor Remy Gorga, Filho, o Barão disse sobre Getúlio: “Vivo, inteligente, tinha um porte de estadista raro. Ele era povo, não latifundiário. Getúlio sempre foi o pai da pátria”.

Apporelly também teve incursão pela política “stricto sensu”, aventura que durou menos de um ano. Com o fim do Estado Novo, candidatou-se, em 1947, a vereador do Distrito Federal (o Rio), com o lema “Mais leite! Mais água! Mas menos água no leite!”. Com 3.669 votos, foi o oitavo mais votado do PCB, que conquistou 18 das 50 cadeiras. Mas o Partidão logo sofreria sanções: em janeiro de 1948, seus vereadores foram cassados. “Um dia é da caça… os outros da cassação”, anunciou “A Manha”.

Outro caso clássico deu nome à nova biografia do humorista. Em 1934, ele foi sequestrado e espancado por oficiais da Marinha. Ao reassumir seu posto, mandou pregar na porta da redação uma placa com os dizeres “Entre sem bater”.

O filósofo Leandro Konder, 76, conheceu Apporelly e escreveu o breve “Barão de Itararé: O Humorista da Democracia”.”O humor do Barão me possibilitava evitar a chatice frequente da produção cultural do pensamento de esquerda”, disse Konder àFolha.

A historiadora Isabel Lustosa chama a atenção para o novo enfoque ideológico do humorismo de Apporelly: “A tradição humorística anterior a ele era conservadora. O humor dele já nasceu com esse compromisso com a esquerda”. Segundo ela, “A Manha” propôs um tipo de humor mais moderno que o de revistas como “Careta”, “Fon-Fon” e “Malho”, embora tenha bebido nessa fonte.

Figueiredo compara o humor do Barão ao de Agamenon Mendes Pedreira, “homem de imprensa” criado pelos cassetas Hubert e Marcelo Madureira. “O Barão foi estagiário do Agamenon, que é um homem de Neandertal do humor brasileiro”, brinca Madureira, que diz ter lido “Entre sem Bater” “de uma sentada” e “com profundo prazer”. “Nunca falamos: ‘Vamos imitar o Barão’. Mas ‘A Manha’ influenciou muito o ‘Pasquim’, que nos influenciou demais.”

O Barão de que fala Madureira é, sobretudo, o que brilhou até meados dos anos 40. O biógrafo crava uma data precisa: 9 de junho de 1944. Para celebrar os 25 anos de jornalismo de Apporelly, organizou-se um banquete no prédio da Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio, que foi um verdadeiro “desembarque na Normandia” de intelectuais: Portinari, Drummond, Niemeyer, Samuel Wainer, Vinicius de Moraes e Oswald de Andrade.

O cardápio, desenhado pelo cartunista paraguaio Guevara, parceiro de Apporelly em “A Manha”, indicava, além dos pratos, a programação da cerimônia, que incluía a execução de “A Marselhesa”. Figueiredo sustenta que a esse apogeu seguiu-se uma linha descendente no humor do Barão.

“As melhores fases do seu trabalho sempre coincidiram com os períodos de maior liberdade e efervescência na vida brasileira, como o fim dos anos 20, a primeira metade da década de 1930 e a redemocratização, em 1945”, disse à Folha. “Seu afastamento da vida pública e o mergulho do país no clima da Guerra Fria podem ter contribuído para o início da decadência, sua e do seu jornal.”

O humorista foi deixando o humor de lado e passou a se interessar por uma velha paixão, a ciência, e pelo esoterismo. No final dos anos 1950, andou às voltas com estudos sobre a filosofia hermética, as pirâmides do Antigo Egito e a astrologia, campo no qual desenvolveu certo “horóscopo biônico”.

Recluso, encastelou-se ao final da vida num apartamento no bairro carioca de Laranjeiras, com livros do chão ao teto, como relembra Remy Gorga, Filho, que lá esteve em 1969. “Parecia que aquelas torres de livros iam nos soterrar a qualquer momento.” Em 1971, em 27 de novembro, aniversário do levante comunista que motivara sua prisão nos anos 30, Apporelly morreu, dormindo em sua cama.

www.folha.com.br

Nov 4, 2012

Uma eterna final

EX-JOGADORES DE PONTE E CORINTHIANS REEDITAM FINAL DE 1977 EM VALINHOS

 

 

Basílio comemora o gol que deu o título de 1977 ao CorinthiansBasílio comemora o gol que deu o título de 1977 ao CorinthiansCrédito da imagem: Arquivo / Gazeta Press

Trinta e cinco anos depois, os protagonistas da histórica final do Campeonato Paulista de 1977estarão frente a frente novamente. Ex-jogadores de Corinthians e Ponte Preta organizam um amistoso beneficente marcado para 1º de dezembro, um sábado, no campo do Castelo, em Valinhos. Osingressos já estão à venda.

O torcedor interessado em prestigiar o encontro pode adquirir seu lugar no Estádio Moisés Lucarelli, na Foto Ótica Ferrari e no Giovanetti, em Campinas, além do espaço Nona e no Itamaracá Mall, em Valinhos. As entradas custam R$ 20.

Dicá, do lado da Ponte Preta, e Basílio, pelo Corinthians, são os responsáveis por armar os respectivos times. Os nomes dos demais participantes ainda não foram confirmados.
A renda da partida será revertida a cinco entidades assistenciais (Apae, Recanto dos Velhinhos, Casa da Criança e do Adolescente, Instituto Esperança e Grupo Rosa e Amor). A expectativa é reunir dois mil torcedores.

A decisão de 77 é uma das mais lembradas até hoje. O título representou para o Corinthians o fim de um jejum de 23 anos sem conquistas. Após ganhar o primeiro jogo (1 a 0) e perder o segundo (2 a 1), o Timão precisava vencer o último duelo para faturar o Estadual. O empate era da Ponte.

Um gol chorado de Basílio, já no segundo tempo, garantiu o triunfo do Corinthians por 1 a 0. O resultado deu a taça ao clube do Parque São Jorge. Para a Ponte, foi uma das principais decepções dos seus 112 anos de história. Após fazer a melhor campanha nas fases anteriores, não teve o direito de fazer os jogos decisivos no Majestoso.

www.meutimao.com.br

Nov 4, 2012

Parabéns

 

Fábio Santos completa cem jogos pelo Corinthians neste domingo

 

Luiz Ricardo FiniSão Paulo (SP)

A partida contra o Atlético-GO será especial para o lateral esquerdo Fábio Santos. Contratado pelo Corinthians em janeiro do ano passado, o jogador completa cem partidas com a camisa alvinegra neste domingo, às 17 horas (de Brasília), no confronto que será realizado em Taguatinga.

Quando chegou ao Timão, Fábio Santos erareserva  de Roberto Carlos, mas se tornou titular na partida contra o Tolima, pela pré-Libertadores, pois o pentacampeão alegou estar lesionado. Posteriormente, o ex-jogador da Seleção deixou o Corinthians e se transferiu para o futebol russo.

Desde a saída de Roberto Carlos, Fábio Santos virou dono da posição e, atualmente, sequer tem um substituto imediato. O técnico Tite, que sempre demonstra confiança no ala, adotou o bom humor ao falar sobre a marca que o lateral esquerdo atinge neste domingo.

Divulgação/Agência Corinthians

Fábio Santos virou titular depois da saída de Roberto Carlos (Crédito: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

“Quando completei cem jogos, minha filha entrou em campo e me deu uma camisa comemorativa. Mas, naquele jogo, tomamos o empate aos 40 minutos do segundo tempo e saí bravo (risos). Mas (a sequência) é o reconhecimento do trabalho dele”, afirmou o técnico, que fez seu centésimo duelo no empate por 2 a 2 contra o Ceará, em agosto do ano passado. 

Nos 99 jogos que disputou pelo Corinthians, Fábio Santos marcou quatro gols. Antes do Timão, o lateral atuou também por São Paulo, Kahima Antlers (Japão), Cruzeiro, Mônaco (França), Santos e Grêmio.

www.gazetaesportiva.net

Nov 4, 2012

Mamãe agradece.

Um, dois, tlês, coloca o chinês!

Zizao chegou como estratégia de marketing. Quase sem jogar, virou o mais improvável anti-herói da Fiel

CHRISTIAN CARVALHO CRUZ – O Estado de S.Paulo
Quer água de cocô? Hehehe.” O Zizao vai abrindo a geladeira e eu não sei se essa risadinha dele é a de sempre. Um reflexo nervoso que encerra as frases que ele estropia em português? Ou uma zombaria ensinada pelos amigos no vestiário? Penso rápido e fico com a primeira. Sua intimidade com os latins ainda não dá pra essas sutilezas de deslocar a sílaba tônica em nome de uma boa sacanagem. “Água de cocô. Brasil. Gostoso. Hehehe”, ele insiste, e abre espaço pros copos na mesa com tampo de vidro. Numa braçada ele escanteia os montes de Bis, bolachas recheadas e um livrinho de capa verde vai junto. Português do Brasil para Chineses. Dentro, uns rasgos de papel do seu dicionário artesanal construído dia a dia desde que chegou para jogar no Corinthians, em março. Lá fora, o silêncio do vento, latidos esparsos e os passarinhos do condomínio bucólico onde ele mora, fora de São Paulo. O verbete mais novo, em letra mirrada de criança, é simples e esperançoso como o seu futebol: “apoio = support = (dois ideogramas chineses que sou incapaz de reproduzir)”. Anotou porque queria escrever no Facebook um agradecimento à mais fiel das torcidas. “Obrigado por seu apoio.”

Um dia ele se atrasou 10 minutos para o treino; pediu desculpas até para a bandeirinha - Jonne Roriz/Estadão
Jonne Roriz/Estadão
Um dia ele se atrasou 10 minutos para o treino; pediu desculpas até para a bandeirinha

 

Bebemos a água de coco. E logo eu percebo que há uma palavra banida do vocabulário zizaozístico. Marketing. Ela exerce um estranho poder sobre ele – o poder de repentinamente deixá-lo puto. Sem hehehes. Nem precisa entender a frase inteira. Se ouve “marketing” o Zizao já sabe do que se trata. E então desapruma as sobrancelhas, murcha os lábios e diz numa tacada só, em inglês yakissoba: “É uma boa ideia o clube me trazer como estratégia de marketing. Isso o ajuda a ficar conhecido na China. Mas tem uma coisa importante: eu preciso jogar bem pro marketing funcionar. Se eu não jogo bem, as pessoas se esquecerão de tudo”. Soa quase como um grito de socorro. Deve ser chato ser visto como um negócio, um enfeite. Um vaso da dinastia Mao para mera apreciação e, às vezes, deboche. Já teve equipe de TV que levou o Zizao pra equilibrar melão na cabeça no Mercado Municipal. Outra que o fez cantar “aqui tem um bando de loucos…” e mais uma que só queria saber se ele conhecia Tufão e Carminha. “No conhece. Hehehe”, respondeu, um tanto sem jeito e assustado.

O economista Luis Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians, nunca tergiversou sobre o plano que ele mesmo inventou: “O mercado de futebol na China está crescendo rápido. Tem empresário graúdo investindo. O Zizao é o nosso jeito de fazer os chineses olharem pro Corinthians. Queremos colocar a marca Corinthians na China pra vender camisas lá, fazer amistosos lá, pré-temporadas, parcerias com empresas de lá”. Por que lá? A economia, estúpido. Lá o marfinense Drogba foi jogar por US$ 320 mil por semana. E também o argentino-fluminense Darío Conca, por US$ 60 milhões por cinco temporadas. Lá está o técnico italiano Marcelo Lippi, campeão do mundo em 2006. Lá o Barcelona belisca € 10 milhões numa pré-temporada de duas semanas. Rosenberg quer enfiar o Corinthians nessa ciranda. Calma, palmeirense… Não é tanta maluquice assim. “O mercado chinês de futebol está em formação. Os torcedores ainda não se identificam com os clubes locais, estão aprendendo a gostar do jogo. E já é o décimo campeonato com maior média de público no mundo, na frente do Brasil, o 13º. Trazendo um chinês pra cá, o Corinthians tenta se posicionar entre as marcas referenciais que estarão no imaginário desse torcedor em formação. Com estratégias complementares, como oferta de produtos do clube, plano de sócios e excursões constantes, pode dar certo”, analisa o Fernando Ferreira, sócio-diretor da Pluri Consultoria Negócios Esportivos.

Vendo-o afundado no sofá da sua sala, de camiseta, calça de abrigo e havaianas, eu acho que o Zizao não dá a mínima pra essa coisa toda. Ele quer jogar. Mais que isso. Quer mostrar que sabe jogar e assim afastar um pouco a sombra do tal marketing. E, se me permitem um pitaco neste país de técnicos de futebol e comentaristas políticos, arrisco queimar a minha língua: pelo que vi nos treinos das últimas duas semanas, digo que o Zizao sabe jogar. Não é um Messi, obviamente, ao contrário do que jurou o repórter de uma TV estatal chinesa que veio entrevistá-lo esses dias. Mas está longe de ser um perna-de-pau. Vi o Zizao marcar gols de cavadinha e de sem-pulo. Driblar com certa desenvoltura. E perder umas bolas fáceis. Acima de tudo, vi o Zizao correr pra chuchu. “Olha, quando a gente soube que viria um chinês pro time ficou todo mundo desconfiado. Pra que um chinês?! Pô, com esse monte de jogador que tem no Brasil…”, me disse numa tarde quente o lateral-esquerdo Fábio Santos. “Mas um boleiro reconhece outro bem rápido. No primeiro treino, assim que o Zizao tocou na bola, a gente sacou que ele sabe jogar.” Os meus colegas com mais tarimba em coberturas futebolísticas diziam – com razão e evocando o mestre Didi – que treino é treino e jogo é jogo. Alguns deles, porém, compartilhavam, além da beirada do campo, uma dúvida a respeito de qual seria a perna boa do Zizao. Porque num exercício de cruzamentos e finalizações, o china batia de esquerda e de direita com a mesma força e precisão.

“Direito melhor. Hehehe”, o Zizao afirma, mostrando o dedão daquele pé, onde há uma colônia de calos e bolhas a atestar seu uso mais frequente. Com 1,70m, 63 kg e uma voz fina e hesitante, o Zizao parece um menino de 16 ou 17 anos, embora tenha 24. Pelos meus cálculos, a timidez dele é 358 vezes maior que o PIB da China. Mesmo assim ele não reluta em me mostrar a casa que comprou e está pagando em prestações com o grosso do seu salário de US$ 15 mil por mês. Comprou e não alugou porque, se puder, quer ficar pra sempre no Brasil. Curioso isso, pois o que ele conheceu do País nestes oito meses se resume às duas rodovias que usa para ir e voltar do treino e aos filmes Cidade de Deus e Tropa de Elite que lhe indicaram dizendo “toma, olha como é o Brasil”. No ano que vem ele quer trazer a namorada chinesa e ir para Fernando de Noronha, que garantiram pra ele ser um “palaíso”. Mas raramente o Zizao sai de casa. É praticamente um china in box. Provou caipirinha e não gostou. Feijoada, sim. E admira a religiosidade do povo local. “Tite conversa com santa. Todos dias. Acho ouve ele. É bonito. Hehehe,” conta sobre o treinador.

Seu empréstimo ao Corinthians termina no final de 2013 e, depois disso, sabe-se lá. A casa ele achou na internet. É dessas pré-fabricadas de madeira, instalada sobre um andar térreo de alvenaria. Tudo simples, com poucos móveis e só uma traquitana made in China digna de nota: um robô-vassoura. Você aciona o bicho por controle remoto, ele faz o serviço aos rodopios, reconhecendo degraus, cantos, toda sorte de obstáculos, e no final volta sozinho pra tomada. Uma beleza. No andar de cima vive o casal de amigos chineses que mora com o Zizao. Zhengjie Zhuang, a mulher, acaba de dar à luz. Yang Jiang, o marido, está há oito anos no Brasil, ajuda Zizao como intérprete e tem um negócio de importação de coisinhas pra animais de estimação. No momento, ele aposta nas unhas de silicone para gatos. “Na China é um sucesso. Aqui ainda vai pegar.” Os três conversam em mandarim. Mas a língua materna do Zizao é o cantonês. Nela, o seu nome, Zhi Zhao (Zizao e a variante Zizão são obras corintianas), é pronunciado Tchi Tchu, de onde vem o apelido Tchu. Mas o Yang não gosta de chamá-lo assim. “É que na minha cidade Tchu quer dizer fedido.”

O Zizao mora no andar de baixo, uma parte da casa que cheira a sabão em pó. O quarto dele fica ao lado da área de serviço. É de onde ele ouve todos os dias, perto das 6 e meia da tarde, um vizinho gaiato parar o carro no portão, acelerar forte e gritar: “Vai Zizao! Vai Colíntias!” Também pensa na mãe, no pai e na irmã olhando as datas de nascimento deles que tatuou no braço direito. E onde ri sozinho ao lembrar o Pacaembu e a magnética embevecida assim cantar: “Um, dois, três! Coloca o chinês!” Isso me remete a um comentário do publicitário Washington Olivetto sobre a capacidade dos corintianos nos encantarmos com certos jogadores folclóricos do nível de um Ataliba, um Biro-Biro, um Zizao: “O time que tem um monte de anti-heróis na plateia convive melhor com seus anti-heróis de dentro do campo”. Meu amigo jornalista Celso Unzelte, grande historiador do Timão, lembra do volante cintura-dura Ezequiel e valida: “Ao contrário dos gênios, esses caras são como nós, mortais. Só que tiveram a chance de estar lá embaixo jogando. Dão tudo de si como nós daríamos”.

Retornemos ao quarto do Zizao. Enfileirados perto da porta há dois pares de chuteiras e dez tênis Nike, seu patrocinador. Uma cama, uma mesa, um violão e um criado-mudo cheio de moedas e cédulas de yuan, o dinheiro chinês. Nas paredes pintadas de laranja berrante ele pendurou com esparadrapo uns cartazes que o Tite lhe deu. Num deles, em português e inglês, se lê “Humildade. Ambição. Sabedoria”. Noutro, uma frase do craque Tostão: “Ao contrário do que diz o chavão, que o medo de perder tira a vontade de vencer, os grandes jogadores e times começam a perder mais que o habitual quando se acostumam com a vitória, o sucesso, a rotina, e perdem a ansiedade, o medo de serem derrotados”. O Zizao diz, sem tirar os olhos de um cubo mágico que tem entre os dedos: “Eu entende. Yang traduz”. Ele acerta todas as cores do brinquedo logo depois. Não gastou nem dois minutos. “Existe técnica. No bom ainda. Record mundial cinco segundos.”

Bolonas e bolinhas. E aí está. Jogar futebol, pro Zizao, é como resolver um cubo mágico. Questão de técnica e raciocínio. A intuição ele deixa pros brasileiros. Foi assim desde que aos 9 anos ele decidiu ser jogador profissional na China – um país, como lembra o Yang, que só é bom com as bolinhas pequenas e sempre viu o futebol como coisa de malandro. Mas o pai do Zizao deu aquela força. Botou o menino numa escolinha e foi atrás de livros e vídeos pra entender o jogo. Leu biografias de Zidane, Maradona, Ronaldo, Beckham. Viu gravações dos jogos dos grandes times europeus. “Trabalhar é uma necessidade da vida. E trabalhar como jogador era o sonho do Zizao, então eu dei o meu máximo apoio, como daria em qualquer outra profissão que ele escolhesse”, me diz por Skype, de Panyu, sudeste da China, o patriarca Chen Jing Xian, de 50 anos. O Yang, que traduz a conversa, garante que Jing Xian se tornou um entendido no assunto. “Quando assiste a um jogo no estádio, ele vai apontando quem está fora de posição, quem tem boa técnica e quem é ruim e, principalmente, quem está com preguiça.”

Vai ver é por isso que o Zizao treina tanto. É comum que ele durma no centro de treinamento para se exercitar na manhã seguinte, sozinho, sem ordem de ninguém. Nessas horas está sempre com a bola, chutando-a num paredão, ensaiando viradas rápidas, ou apenas correndo com ela colada nos pés. O preparador físico Fábio Mahseredjian conta que pede pra ele não exagerar, porque, se deixar, o Zizao treina em dois períodos todos os dias – por conta própria. “Eu já trabalhei com jogador croata, peruano, argentino, italiano. E te juro: o Zizao é o primeiro que eu vejo treinar sem ser obrigado. Um dia furou o pneu do carro dele e ele chegou dez minutos atrasado. Você precisava ver o tanto que esse menino se desculpou. Pediu desculpas pra comissão técnica, pros roupeiros, pro outros jogadores, para a bandeirinha de escanteio…”, diz, hiperbólico, o Mahseredjian. No momento, ele faz um trabalho de fortalecimento muscular com o Zizao, porque o Tite, em bom titenês, pediu para melhorar “o potencial de estabilização” dele. Traduzindo: o Tite, egresso da escola gaúcha de futebol, acha que o Zizao precisa aguentar mais em pé quando levar uns trancos dos adversários. Desde que chegou, ele já sofreu duas luxações no ombro – a primeira por causa de um tombo, a segunda por causa de um simples puxão na camisa – e teve que operar.

Até este domingo, o Zizao tinha jogado apenas 13 minutos. Contra o Cruzeiro, no dia 17 do mês passado. Chutou pro gol, caiu, cobrou escanteio, deu passe de calcanhar. E correu pra chuchu. Ao todo, tocou nove vezes na boa. Na melhor delas deixou um zagueiro sentado e, quando ia deixando o segundo com uma pedalada, acabou desarmado. Se passasse, ficaria sozinho na cara do gol. “Abusado esse Zizao!”, espantou-se o narrador Milton Leite. Nos dias seguintes à partida, o china ficou horas na frente da TV revendo o lance. Queria entender onde tinha errado, se havia outra saída. E, provavelmente pensando num cubo mágico, concluiu: “Melhor jogar bola baixo perna do zagueiro”. Vai Zizao! Vai Colíntias!

www.estadao.com.br

Nov 3, 2012

Mãe é mãe

Zizao recebe visita de sua mãe durante o treino do Corinthians

TimãoNet  

Zizao tem mais um motivo para sorrir no Corinthians. Depois de, enfim, estrear com a camisa do clube, contra o Cruzeiro, no último dia 17, o meia-atacante recebeu uma ilustre visita no CT Joaquim Grava. Trata-se de sua mãe, que acompanhou cada passo do filho durante a atividade desta manhã de sábado.

Bem tranquila, a senhora assistiu aos trabalhos e até tirou um tempinho para se alongar sentada em um banco. Ela deverá ficar com o filho no Brasil nos próximos seis meses. Até então, quem o acompanhava no novo país era seu pai, mas, por conta do vencimento do visto, teve de voltar para a China.

O problema é saber o nome dela. Como não fala inglês, não é possível entender como se escreve o nome. Nem mesmo Zizao consegue soletrá-lo.

Como o técnico Tite pretende usar força total até o fim do Brasileirão para embalar a equipe para o Mundial de Clubes, o camisa 200 deverá voltar a jogar somente na próxima temporada, durante o Campeonato Paulista.

www.timaonet.com.br