A noite de Romarinho.
A vitória do Corinthians, neste sábado frio no Pacaembu, foi boa mas, o melhor, foi o futebol de Romarinho. O Náutico fez o que pode e a derrota por 2×1 ficou de bom tamanho para os pernambucanos.
Os destaques da partida foram as jogadas, com toques refinados, da jovem promessa para o ataque do Timão. Em todas as vezes em que pegou na bola, fazia jogadas inteligentes mostrando uma qualidade rara no futebol atual.
Sei que muitos acharão que estou exagerando. Pode ser. Mas, em um futebol pobre como temos nos dias atuais, chega a ser razoável comemorarmos a chegada de um jovem que poderá tornar-se um craque.
Poderá tropeçar na vida e ficar apenas como mais um jogador que “poderia” ser um craque ” fora de série”. Talvez! Mas pelo que vem apresentando ele é um raio de esperança para o Corinthians e para o Brasil.
Saí do Pacaembu com a sensação de que a seleção brasileira para a Copa de 2014 poderá ter surpresas. E grandes surpresas!
Um livro para Therezinha Zerbini. Viva !
Todo poderoso Timão !
Mais que a seleção
O jogo do Corinthians rendeu à Globo um ibope superior ao alcançado pela emissora no jogo de estreia do Brasil na Copa 2010 – um feito e tanto. De acordo com números prévios do Ibope, a partida registrou uma média de 48 pontos na Grande São Paulo (Quase cinco vezes a soma do que Record e SBT conseguiram).
Há dois anos, a vitória do Brasil sobre a Coreia do Norte na Copa da África do Sul deu à Globo uma audiência média de 45 pontos, também na Grande São Paulo. A diferença em relação às duas transmissões é que na Copa, a Globo concorria com a Band, que marcou onze pontos. Ontem, exibiu sozinha o jogo.
Mais: a audiência de ontem foi também maior do que a do último capítulo de Fina Estampa, exibido em março (47 pontos).
Por Lauro Jardim
www.veja.com.br/blog/radar-on-line/
Troca de passes
No artigo de hoje na Folha, o craque Tostão (cada dia mais craque com a pena), analisa nosso futebol e faz algumas ponderações interessante.
Algumas das afirmações que faz, concordo. Outras, não.
Diz que o Timão “por causa da disciplina tática e do futebol coletivo e compacto…é o mais europeus dos times brasileiros”. Não agrada-me a comparação. O Corinthians é disciplinado, compacto e atua com bom conjunto mais isso é característica do bom futebol, daqui, e de qualquer parte do mundo. Diz que falta ao Corinthians “mais troca de passes”. É verdade. Isso falta ao futebol brasileiro atual. Mas a principal falta é de jogadores acima da média. Trocar passe ( embora não pareça é jogo complicado) e o mais cômodo é dar um chutão ou um passe para o além.
Tostão acrescenta:” No Brasil impressiona-me a pouca troca de passes e como se dá tanto a bola para o adversário, por meio de chutões e passes para jogador marcado”. Está certo. Mas faltou completar os equívocos de nossas equipes, nos dias de hoje.
Além desses chutões para todo lado, os chuveirinhos são outra praga para o futebol. E esta ligação direta, que zagueiros fazem lançando atacantes, é uma das piores coisas de nosso futebol.
Está certo Tostão. Mais troca de passe, menos chutões e passes errados e menos chuveirinho. Isto melhoraria ( e muito ) nosso futebol.
Viva a seleção
No dia 17 de Junho (há 50 anos) a seleção brasileira conquistava o Bi campeonato Mundial no Chile. Conquista inesquecível onde Garrincha foi a figura maior. Mas devemos lembrar todos aqueles heróis. De Gilmar a Zagalo, de Didi a Vavá e Amarildo. Viva a seleção brasileira campeã em 1962 no Chile !
Tempo de decisões
O mundo do futebol produz alguns fenômenos, típicos de época em que ocorrem as decisões de Campeonatos e Copas. É, quase sempre, acontecimento corriqueiro em todos os clubes.
O primeiro dos “fatos” é declaração desastrada de dirigente de futebol. Todos falam tudo, por todo lado e sobre qualquer assunto. Fica nítido que os dirigentes querem entrar na disputa. Não podem entrar em campo mas ficam falando tudo que faça nascer uma polêmica. É uma situação para lá de difícil segurar “declarações” de cartolas. E sempre acham que o falarão será determinante na disputa final. Puro engano. Dirigente deve falar mas, em comum acordo com técnico e jogadores . Fora disso, só complica o quadro da competição. A bem da verdade, dirigente de futebol-nestes momentos – serve para “apagar incêndios” e apenas para mais uma coisa: justificar a derrota. Se o time vencer será mérito do técnico( que deu um nó tático), do goleiro(que defendeu tudo), do atacante ( que marcou o gol decisivo), da torcida ( que gritou o tempo todo). Agora, se perde a culpa (e a palavra) estará com o dirigente. Não vejo qualquer problema nisso e acho que todo cartola deve estar preparado para isso. E não para ficar brigando, criando polêmicas que tumultuam e afetam o técnico e os jogadores.
Mas existem outros acontecimentos próprios dos períodos de decisão. Jornalistas que anunciam uma “bomba” que, quase sempre é a venda de um jogador. Isso é uma praga sem cura. Por todo lado aparecem proposta milagrosas, valores impossíveis de não ser aceito, “interesses” indesmentíveis etc. Tudo termina sem qualquer compra ou venda. Nenhum time é louco de negociar jogador na hora de decisão. Só em caso de loucura extrema.
Outro acontecimento típico de períodos de decisão é torcedor que “está preocupado” com este ou aquele jogador. Avisam que o tal “craque” mora num prédio em que ele é amigo do porteiro” e que “ontem saiu de casa e não voltou até meia -noite”. Isso- e muito mais – é sempre narrado com a emoção de que se não resolver a dita história o time perderá a decisão. Há um universo( e um inferno cheio) com estas “informações” decisivas e sigilosas. Bobagem, sòmente um número ínfimo de jogadores entrariam nessas loucuras relatadas.
Mas existe também, o torcedor que tem uma informação precisa sobre como vai atuar o adversário. E ele precisa passar para o técnico porque este fato decidirá o jogo. No caso do Corinthians isso é comum e agravado pelo fato de o pessoal do Departamento médico viverem querendo dar palpite em escalações do time, motivados por informações que receberam do outro lado.
Existem muitos outros fatos típicos de períodos de decisão. Dirigentes, técnicos, jogadores, torcedores e jornalista organizam um mundo novelesco, neste período.
O trabalho do dirigente e do técnico é trazer o narrado a realidade e superar todas as “crises” diárias que aparecem.
Viva o rádio!
Nunca escondi que gosto de ouvir rádio. Músicas, noticias e esportes ficam melhor no rádio. Nos “anos 50 e 60” o Rádio vivia um momento mágico. Era a presença obrigatória em todas as casas. Ainda hoje não abandonei este veículo que traz tantas emoções.
Para o futebol o rádio é um instrumento essencial. Ágil e direto faz a cabeça do torcedor. E ajuda a criar lendas e mitos. Ainda hoje, quando estou no campo, escuto as transmissões do espetáculo que estou vendo. Acho que nunca vou ficar livre do meu rádio.
Gosto da TV no futebol. Ou melhor, aceito a TV, mas não tenho a mesma emoção que só o rádio traz.
Ontem, quando assistia a parte final do jogo do Brasil com a Argentina, vi o lado ruim da TV.
Quando o jogador Marcelo foi expulso, em lance confuso, os narradores e comentarista começaram a baixar o porrete no argentino. Um lembrou que ele jogava no Nápolis (terra de gente ruim, pensei) e todos esculhambaram o jogador platense. Alguns minutos após , o jornalista de campo, entrevista o brasileiro (também expulso na confusão) e ele….supreendentemente diz: “o juiz esta certo eu perdi a cabeça e dei um soco nele.”
Pronto. Todo o esforço dos narradores e comentarista da TV (que xingavam por todo lado o argentino) foi para o brejo. E neste momento, a TV (arrrrrrrr) mostra o taipe e aparece o brasileiro dando um soco no argentino e começando a confusão.
Culpa da TV. Se fôsse só rádio, estaríamos repetindo por décadas e décadas, aquela jogada que , em 2012, em jogo nos USA, um argentino covarde agrediu um pobre e pacato jogador brasileiro. A TV conspira contra o futebol. Como fica agora a imagem que, por décadas e décadas, tivemos de que os jogadores da Argentina são catimbeiros, desleais, covardes, brutos, grosseiros e jogavam dopados. O que devemos fazer com as milhares estórias de agressões e atos baixos deste adversários se agora, na TV, a imagem é outro.
Acho que só o Rádio pode manter a hostilidade de Brasil X Argentina. Com a TV não dá.
Sem marola !
A mídia anda agitada e procurando crise no Corinthians. Cada declaração, cada reunião, cada almoço ou jantar torna-se uma conspiração, uma briga e uma confusão. Nada disso. O clube deve ficar preocupado (e sem dar ouvidos a essas marolas) com as importantes partidas que terá no campeonato brasileiro e na Libertadores.
A declaração do vice-presidente Rosemberg foi infeliz. O próprio presidente Mário Gobbi falou de seu espanto. Ficou também a promessa de que haverá uma explicação da desastrada palestra do dirigente. Acho que a questão não é a expressão medíocre (imprópria por si só) mas, esta história de ficar elogiando clubes adversários, não pega bem. Embora não seja a primeira vez que o vice faça isso. Há um grandes número de elogios imerecidos do marketing de outros clubes. Mas isso já está explicado e não devemos ficar botando lenha na fogueira. O protesto da torcida é natural pois, o próprio presidente, disse que ficou espantado.
Ontem, no Centro de Treinamento, o presidente explicou sua posição sobre esta marola que a mídia esta levantando sobre brigas na diretoria. E foi direto. Alguns membros da diretoria do ex- presidente Andrés não gostaram nada de ficarem fora da atual. E isso lá é motivo para toda esta confusão ! Nada disso. É algo natural e sem desdobramento maior. Por outro lado, transformar almoços e jantares de sócios e conselheiros da oposição, (com a participação de membros da situação) não é um bicho de sete cabeça. O contrário seria problema e mostraria um clube rachado. O que não ocorre.
A inveja mata !
Quando Iago, na imortal peça Otelo, de Shakespeare, tão bem transformada em ópera por Verdi, diz “…odeio Otelo…(ele)…usurpa o meu posto, o posto que em cem bem disputadas batalhas eu mereci…”, retrata um dos piores sentimentos dos homens. O que reuni a inveja e o ódio. Está ai, mostrado um dos mais negativos ponto do ser humano. A inveja cega. Reduz o homem a um ” Iago qualquer”, pronto a vingar-se de um inimigo imaginário. Luta contra fantasmas, espíritos soltos e procura matá-los todos.
Lembrei desta passagem, da obra de Verdi, quando vi o que vem sendo publicado contra o Corinthians nos últimos dias. É manifestação de ódio pura. Irracional, quase racista, onde a inveja é o principal alimento.
Há alguns anos, quando escrevi uma biografia do jogador Neco, fiz larga pesquisa sobre o clube, o jogador e o futebol. Neste trabalho pude ver a vida de um clube sofrido, briguento e discriminado por todo lado. Foi o primeiro clube que nasceu fora do círculo da elite paulistana. Isso já seria motivo para sofrer todo tipo de ataque: “clube dos carroceiros ” foi a primeiro xingo . Não pegou, o clube foi em frente. “Clube de pretos, de nordestino, de baiano, de favelado… etc ” e um monte de ofensas foram desfiliando por este século de vida. Nada abalou o Timão. Com sua base social nas classes populares, foi avançando por todo lado e tornando-se o grande clube que merece orgulho.
Mas o desejo de desqualifica-lo sempre permaneceu entre nossos adversários. Recordo-me que encontrei grande dificuldade em saber os gols que Neco marcou, pois os jornais (mesmo quando o Corinthians vencia ) só destacavam os jogadores adversários. Era uma luta contra o “fantasma” alvinegro.
Nos dias atuais esta luta ganha novos contornos mas mantém a mesma determinação: “quem são estes caras aí que se acham melhores do que nós? ”
A vida do Corinthians é um belo exemplo de vitória de um projeto que nasceu no povo, lutou com o povo e venceu em todos os campos. Cada vitória conseguida dentro do gramado era logo desqualificada : “o juiz é gatunho” ; ” jogo vendido”; “apito amigo” etc. É o mesmo esquema de sempre, que junta a inveja ao ódio.
Quando o Corinthians ganhou o primeiro tricampeonato foi…” roubado”..; quando venceu o quarto centenário foi………..”roubado”; quando começou vencer os brasileiros……….foi “roubado”; quando venceu as Copas do Brasil foi…….”roubado”; quando foi o primeiro campeão do mundial de clubes……” foi roubado”… e todos os títulos que vier a ganhar serão sempre……….”roubados”. Nada eliminará o ódio e a inveja dos menores. E por esta razão procuram fantasmas que expliquem (e destruam) o sucesso do alvinegro.
Não digo com isso que não ocorra erros, de todos os tipos, em arbitragens. Muitas vezes fomos duramente prejudicados e outras (raras) favorecidos. Sem que, em um caso e outro, isso fosse “esquema” montado.
O que não significa dizer que não existam casos de “roubos” comprovados no futebol. Quem tiver o trabalho de ler a biografia do jogador Almir (chamado de pernambuquinho) verá um caso deplorável para o futebol. Ele diz, sem muita discrição que no jogo final da Copa Intercontinental contra o Milan, no Maracanã, o juiz estava comprado pelo time brasileiro (o Santos). E isto foi dito pelo diretor santista. E mais, diz que o médico do Santos dopou vários jogadores ( inclusive ele) para a partida contra os italianos. Embora com uma prova deste tipo a mídia continua ignorando o fato. Ah! se fosse outro time!
Devemos entender nossos adversários e suas crises de inveja e ódio. Nada eliminará este estado mental. Cada vez que jogarmos (vencendo ou perdendo) a dose de revolta aumentará nos corações de nossos irados adversários.
Esta legião de “Iagos” não será vencida nem eliminada. Só terá que conviver com um Corinthians cada vez maior, cada vez mais vencedor, cada vez mais forte no coração de nosso povo.
Noite fria, futebol gelado.
Ontem no Pacaembu, no empate do Corinthians com o Figueirense, o frio e um futebol ruim dominaram o ambiente. O Timão, com sua equipe principal, mostrou um ataque de irritar qualquer cristão (ou ateu). As jogadas, muitas vezes bem tramadas no meio de campo, não tiveram conclusão ou, quando tinham, erravam feio.
O ataque do Corinthians continua sendo seu maior problema. Com a saída de Adriano, e as precárias condições físicas de Liedson, ficamos sem força na finalização. Os reservas testados não estão em bom momento e pouco acrescentam ao time.
Por outro lado, alguns jogadores, de quem tanto esperavamos, estão “fora de forma”. É isso mesmo, no quarto mês da temporada parece que não fizeram qualquer período de treinamento.
O pior é que não existem boas alternativas no mercado que possa suprir a falta de atacantes. Muitos dos nomes por ai falado, demorariam algum tempo para poder atuar bem. E nosso ataque precisa de bons jogadores “súbito”. O tempo é tudo e não temos mais espaço neste quesito.
Que falta faz ,nesses momentos,bons jogadores da Base ! O negócio é ir em frente e torcer para que alguns jogadores melhorem ( e muito) seu desempenho.
Reuniões e reuniões
Qualquer reunião de sócios ou conselheiros do Timão tornam-se, “na mídia”, uma conspiração, articulação etc. Ontem, no Pacaembu, encontrei alguns diretores da atual gestão no intervalo do jogo. Como todos sabem não faço parte do atual grupo dirigente, o que não impede nenhuma conversa, discussão, palpites etc.
Na noite de quarta, em um galinhada ( onde o cozinheiro sou eu), reunimos perto de 30 corinthianos. Metade, pelo menos, era pessoal ligado a atual diretoria, e outros eram membros da oposição. Conversa animada cheia de todo tipo de palpite sobre jogador, jogadas etc como é comum. Nada mais. No último sábado, almoçamos no restaurante do Corinthians numa mesa de uns 20 sócios e conselheiros. Velhos corinthianos, com uma vida dedicada ao clube, onde metade era da oposição e outra parte da situação ( inclusive diretores) e alguns não eram de lado nenhum. Conversamos sobre jogadores do passado e do presente; jogos históricos, gols e tudo mais.
Na mídia tudo isso aparece como conspirações, jogadas, alianças etc. Fazer o que! Qualquer papo no Corinthians vira reunião na mídia.
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